O cofundador da Microsoft e filantropo Bill Gates criticou duramente Elon Musk em entrevista ao Financial Times, ao comentar os cortes promovidos pelo bilionário em programas de ajuda humanitária ligados ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), iniciativa conduzida por Musk.
Segundo Gates, os cortes afetaram instituições como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), incluindo projetos voltados à saúde infantil e materna em regiões vulneráveis. Um dos exemplos citados foi um hospital em Gaza, Moçambique, que atuava na prevenção da transmissão do HIV de mães para filhos.
“A imagem do homem mais rico do mundo matando as crianças mais pobres do mundo não é bonita”, afirmou Gates.
O empresário também criticou o que chamou de falta de preparo de Musk ao tomar decisões com grande impacto social. Na ocasião, Musk teria confundido Gaza, em Moçambique, com a região de mesmo nome no Oriente Médio, e justificou o corte do financiamento alegando que o projeto visava fornecer preservativos ao grupo extremista Hamas.
“Eu adoraria que ele fosse até lá conhecer as crianças que agora estão infectadas com HIV porque ele cortou o dinheiro”, disparou Gates.
Ainda na entrevista, o fundador da Fundação Bill & Melinda Gates reforçou seu compromisso com a filantropia. “Podem dizer muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado a garantir que ‘ele morreu rico’ não será uma delas. Há problemas urgentes demais no mundo para ignorar.”
O cardeal norte-americano Robert Prevost foi eleito o próximo líder da Igreja Católica nesta quinta-feira (8) e escolheu o nome de “papa Leão XIV”. Trata-se do primeiro papa vindo dos Estados Unidos.
A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina por volta das 13h07 (horário de Brasília) para anunciar que os cardeais chegaram a um consenso sobre o sucessor do papa Francisco.
Após a confirmação da decisão, o papa eleito passou pela chamada “Sala das Lágrimas”, utilizada para tomar consciência da nova missão e realizar a troca de vestimentas para se apresentar com as vestes pontifícias.
Em seguida, o papa apareceu na sacada com vista para a Praça de São Pedro, onde se dirige ao público de fiéis presentes.
Nascido nos Estados Unidos, Prevost é conhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru durante os anos 80. Essa experiência lhe conferiu fluência em espanhol e um profundo entendimento da Igreja na América Latina, fazendo dele um potencial representante das Américas como um todo.
A fumaça branca emitida pela chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, nesta quinta-feira (8/5), e o badalar dos sinos anunciaram a escolha de um novo papa. O nome daquele que sucederá Francisco e que será 267° pontífice no cargo deve ser anunciado em breve, como prevê o protocolo.
O conclave para a escolha do pontífice teve início nessa quarta-feira (7/5). Desde então, cardeais de todo o mundo estão isolados no Vaticano para que, por meio do voto, definam quem irá liderar a Igreja Católica pelos próximos anos.
A fumaça branca anuncia a escolha do sumo pontífice. Na sequência, é apresentado o escolhido na varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e proclamada a frase “Habemus Papam” (“Temos um papa”), para que se cumpra a tradição.
O cargo estava vago desde a morte do papa Francisco, em 21 de abril deste ano. Jorge Bergoglio foi o primeiro papa latino-americano, sucedendo Bento XVI após a renúncia deste.
Antes de aparecer na sacada, o Papa eleito responde duas perguntas: “Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?” (aceitas a tua eleição, canonicamente feita, para Sumo Pontífice?) e “Quo nomine vis vocari?” (Como queres ser chamado?), como o último ato formal do Conclave. Cada cardeal presta, então, sua homenagem e obediência ao novo Papa.
Depois desse momento, e antes de aparecer na sacada da Basílica de São Pedro, o novo Papa se dirige à sacristia da Capela Sistina, conhecida como “Sala das Lágrimas”, onde veste as roupas próprias. Esse é o momento em que ele irá se recolher em oração por alguns minutos, antes de se apresentar aos fiéis.
O governo do presidente Javier Milei e seus aliados no Parlamento da Argentina tentarão chegar a um consenso em comissões nesta terça-feira (6) para avançar com uma reforma do Regime Penal Juvenil que, entre outras modificações, inclui a redução maioridade penal de 16 para 14 anos e o estabelecimento de um sistema abrangente para lidar com crimes cometidos por adolescentes.
As comissões de Legislação Penal, Família e Juventude, Orçamento e Justiça da Câmara dos Deputados abordarão 14 projetos apresentados por diferentes forças políticas, a maioria ligada ao governo de Milei, com o objetivo de substituir uma lei em vigor desde 1980. Embora a proposta tenha gerado resistência da esquerda, ela obteve apoio significativo após mais de oito sessões informativas.
A proposta original promovida pelo governo estabelecia a idade mínima de punição em 13 anos, uma modificação que foi defendida em várias ocasiões pelo próprio Milei, que argumentou que crimes de adultos mereciam penalidades de adultos. No entanto, os projetos de lei a serem apresentados nesta terça abordarão uma reforma consensual para reduzir a maioridade penal para 14 anos.
Nas comissões, também serão discutidos aspectos como as penas máximas de prisão que podem ser impostas a adolescentes, que variam de 10 a 20 anos, sanções alternativas e diferentes abordagens para serviços socioeducativos em centros para os que não atingiram a maioridade.
Também será buscado um consenso sobre os critérios para evitar que jovens condenados cumpram penas em prisões comuns ou com adultos e para prever modalidades atenuadas, como a prisão domiciliar ou institutos fechados especializados. Caso se chegue a um consenso nas comissões, os parlamentares assinarão um parecer que permitirá que o assunto seja abordado no Parlamento.
Um dos fatores que motivaram esse debate foi o assassinato de Kim Gómez, uma menina de sete anos arrastada por um veículo roubado por dois adolescentes, de 14 e 17 anos. O caso gerou comoção pública e pressão para reformar a lei atual.
As inteligências artificiais (IAs) vêm ganhando usos cada vez mais inusitados, mas poucos tão mórbidos quanto este: cientistas da Dinamarca e dos Estados Unidos desenvolveram o life2vec, um algoritmo capaz de prever com 78% de precisão a morte de uma pessoa.
A tecnologia analisa sequências de eventos da vida para estimar a longevidade humana. Há fatores que somam anos à expectativa, como a prática regular de exercícios, e outros que reduzem, como o tabagismo frequente.
Embora tenha sido apresentada na Nature Computational Science como umpasso significativo na análise de dados de saúde, ainda há quem tema que aferramenta possa ser usada por empresas de saúde prejudicando os usuários.
A tecnologia, que ainda está em fase de desenvolvimento, não gerou nenhum site de cadastro, embora muitas calculadoras on-line tenham se aproveitado do nome dela para surfar em sua popularidade.
Como foi feita a pesquisa?
Liderada pelo professor Sune Lehmann, a pesquisa superou as limitações dos modelos tradicionais de análise de dados em saúde, aumentando em 11% a precisão em relação às calculadoras anteriores.
O sistema trabalha com uma base de dados de mais de seis milhões de pessoas, analisando variáveis como educação, saúde, renda, profissão e endereço. Ter rendimentos mais altos ou ocupar cargos de liderança, por exemplo, tende a estar associado a uma vida mais longa.
Cada um desses fatores recebe um código no conjunto de dados dinamarquês — como S52 para antebraço quebrado ou IND4726 para quem trabalha em uma tabacaria — que a equipe traduziu em “palavras” para o algoritmo. Isso tornou os questionários extremamente complexos.
Para prever a longevidade de alguém, a equipe utilizou dados de janeiro de 2008 a dezembro de 2015 de um grupo de pessoas entre 35 e 65 anos de idade. O sistema precisava prever quem ainda estaria vivo quatro anos após 2016.
Em 2021, foram selecionadas aleatoriamente 100 mil pessoas desse grupo — metade já falecida, metade ainda viva — e o algoritmo acertou o prognóstico em 78% dos casos.
Qual a utilidade desta inteligência artificial?
O objetivo do programa não é ser uma simples calculadora de morte, como aquelas de sites que capturam dados pessoais. Segundo os autores, também não se trata de criar ferramentas para planos de saúde ou seguros de vida. A proposta é usar os resultados para planejar políticas públicas de saúde e demografia a longo prazo, a partir de amostragens de determinadas populações.
“Nosso objetivo é de que os dados sejam utilizados para prever resultados de saúde pública, como detecção precoce de insuficiência cardíaca, efeitos colaterais de medicamentos prescritos e mortalidade hospitalar. Estamos trabalhando em maneiras de compartilhar o modelo com comunidades de pesquisa mais amplas, mas não podemos correr o risco de vazar dados e precisamos fazer mais pesquisas antes de podermos fazer isso”, afirma a equipe criadora da life2vec em comunicado à imprensa.
A equipe, liderada pelo professor Sune Lehmann Jørgensen da Universidade Técnica da Dinamarca, observou que, como o modelo foi treinado exclusivamente com dados da Dinamarca, os resultados podem não ser tão precisos para pessoas de outros países.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que iniciará “imediatamente o processo para impor tarifas de 100%” sobre filmes exibidos nos EUA, mas produzidos no exterior.
“A indústria cinematográfica americana está morrendo rapidamente (…). Hollywood e muitas outras regiões dos Estados Unidos estão devastadas”, escreveu Trump no domingo (4), em publicação na rede social Truth Social.
Segundo ele, outros países estão oferecendo diversos tipos de incentivos para atrair cineastas e estúdios norte-americanos, o que estaria enfraquecendo o setor nos EUA. “Trata-se de um esforço coordenado de outras nações, que representa uma ameaça à segurança nacional”, justificou o presidente.
Até o momento, a Casa Branca não divulgou detalhes sobre como as tarifas serão aplicadas nem os critérios para sua implementação. A medida integra uma nova etapa da política comercial agressiva de Trump contra parceiros econômicos dos Estados Unidos.
Entre os países mais visados está a China, que, em resposta a tarifas impostas por Washington a seus produtos, anunciou em abril que vai reduzir “de forma moderada” o número de filmes norte-americanos exibidos oficialmente em seu território.
Pequim adota um sistema de cotas para limitar a presença de filmes estrangeiros nas salas de cinema. Como a China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo — atrás apenas dos EUA —, o bloqueio pode afetar consideravelmente a receita de estúdios de Hollywood.
O veículo utilizado pelo papa Francisco, popularmente conhecido como papamóvel, será transformado de forma que possa servir como uma unidade de saúde móvel para atender crianças na Faixa de Gaza. De acordo com o Vaticano, a adaptação foi um pedido feito pelo próprio pontífice.
Em nota, a Santa Sé destacou que o legado de paz deixado por Francisco “continua a brilhar” em um mundo assolado por conflitos. “A proximidade que ele demonstrou aos mais vulneráveis durante sua missão terrena continua irradiando mesmo após sua morte”, completou. O 266º papa, e o primeiro das Américas, morreu no último dia 21 de abril.
“Foi seu último desejo para um povo a quem demonstrou tanta solidariedade ao longo do seu pontificado, sobretudo ao longo dos últimos anos”, destacou o Vaticano. De acordo com o comunicado, o pedido foi feito já em meio aos últimos meses de vida de Francisco, que confiou a iniciativa à organização humanitária Caritas Jerusalém.
“Em meio à guerra terrível, à infraestrutura em colapso, a um sistema de saúde mutilado e à falta de educação, as crianças são as primeiras a pagar o preço, com a fome, as infecções e outras doenças evitáveis colocando suas vidas em risco”, ressaltou a Santa Sé.
“Papa Francisco costumava dizer: ‘Crianças não são números. São rostos. Nomes. Histórias. E cada uma delas é sagrada’ e, com este último presente, suas palavras se tornaram ações.”
Ainda segundo o Vaticano, o papamóvel está sendo adaptado com equipamentos para diagnóstico, exame e tratamento – incluindo testes rápidos para infecções, instrumentos de diagnóstico, vacinas, kits de sutura e outros suprimentos considerados vitais para manter a saúde de crianças em zonas de conflito.
A equipe que utilizará o veículo em Gaza será composta por médicos e paramédicos, “que alcançarão crianças aos cantos mais isolados de Gaza assim que o acesso humanitário à faixa for restabelecido”, concluiu o comunicado.
Na última quarta-feira (30/4), o rei Charles III promoveu uma emocionante recepção no Palácio de Buckingham para reunir instituições de caridade do Reino Unido que atuam no apoio a pessoas com câncer, condição enfrentada pelo monarca desde fevereiro de 2024.
Segundo informações da BBC, Charles aproveitou a reunião para compartilhar sua própria experiência e como ele tem lidado com o diagnóstico. Para ele, fazer parte das estatísticas do câncer tem sido uma experiência “intimidadora e, às vezes, assustadora”.
Embora o enfrentamento da doença seja marcado por desconfortos, ele reforçou como ter uma rede de apoio solidária é fundamental para que ele se mantenha forte.
“Os momentos mais sombrios da doença podem ser iluminados pela maior compaixão”, afirmou.
Rei Charles escreve relato pessoal sobre diagnóstico de câncer
Embora não tenha revelado atualizações sobre seu estado de saúde, o rei compartilhou reflexões sobre o poder da conexão humana para garantir avanços e melhoras no tratamento. “Como uma dessas estatísticas, posso garantir que essa também pode ser uma experiência que coloca em foco o melhor da humanidade”, declarou.
Na mensagem, Charles também exaltou o trabalho da chamada “comunidade de cuidado” — profissionais, voluntários e organizações que acompanham pacientes com dedicação e cuidado.
“Na explicação cuidadosa de uma enfermeira especialista, na mão segurada por um voluntário ou na experiência compartilhada em um grupo de apoio, há um profundo impacto na vida de quem enfrenta o câncer”, escreveu o rei Charles.
“Embora a jornada de cada paciente possa ser diferente, juntos vocês estão garantindo que um diagnóstico de câncer nunca signifique enfrentar o futuro sem esperança e apoio”, complementou.
Entre os convidados da recepção, estavam representantes de instituições, pessoas que convivem com câncer, além de familiares que perderam entes queridos para doenças, incluindo a apresentadora de rádio Adele Roberts, o ex-jogador de futebol Ashley Cain e o ator Richard E Grant.
Durante o evento, Charles citou Dame Deborah James — ativista que morreu de câncer em 2022 — e relembrou uma de suas frases marcantes. “Não se arrependam e sempre, sempre tenham uma esperança rebelde”, citou o monarca.
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