A Unimed Natal conquistou um lugar de destaque entre as 50 maiores operadoras de planos de saúde do Brasil, resultado de um processo de reestruturação iniciado em 2017. Sob a liderança do diretor-presidente Dr. Fernando Pinto, a cooperativa médica adotou estratégias que garantiram equilíbrio econômico-financeiro, ampliação dos serviços assistenciais e valorização dos médicos cooperados.
A atual gestão encontrou um cenário financeiro desafiador, com a necessidade de utilizar o mecanismo do Pro Rata há 23 anos, reduzindo, em média, 26% da produção dos cooperados para manter a operação sustentável. “O primeiro desafio foi eliminar o Pro Rata e adotar um modelo de remuneração baseado em indicadores de qualidade assistencial”, explica Dr. Fernando Pinto.
Além da revisão do modelo de remuneração, a Unimed Natal investiu na profissionalização da gestão, contratando especialistas em saúde suplementar e implementando práticas de governança corporativa. “Com essas mudanças, conseguimos distribuir sobras para os médicos cooperados, melhorar a remuneração e garantir a sustentabilidade da Unimed Natal”, acrescenta o diretor-presidente.
O cardiologista Ricardo Queiroz, pré-candidato à presidência da cooperativa médica, e atual membro do Conselho Administrativo da Unimed, destaca a importância desse processo para o fortalecimento da categoria médica. “A valorização dos cooperados médicos sempre foi um compromisso central dessa gestão. Hoje, temos uma Unimed Natal mais sólida, sustentável e, com a nossa experiência, preparada para continuar crescendo cada vez mais”, diz Ricardo.
Entre as entregas mais significativas dessa reestruturação está o Complexo de Saúde Unimed Natal (CSU), o maior investimento da cooperativa em seus 47 anos de história. O novo espaço contará com um hospital geral, uma unidade materno-infantil e um amplo Centro de Diagnóstico, reforçando o compromisso da Unimed Natal com a qualidade da assistência prestada aos seus beneficiários.
As eleições para a nova diretoria executiva e o Conselho de Administração da Unimed Natal ocorrerão no dia 31 de março de 2025, por meio de votação eletrônica.
O Rio Grande do Norte, sob alerta de chuvas intensas na quarta-feira (5) e na quinta-feira (6), choveu na capital potiguar em 12 horas, um acúmulo superior a 90 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A região maior precipitação foi a de Ponta Negra, na Zona Sul. No maior cartão postal, a água ficou acumulada sobre a engorda, principalmente em trecho próximo ao Morro do Careca. O problema tem sido registrado em janeiro e este mês, em ocasiões quando chove forte. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo já explicou que executa uma obra de drenagem e aterro hidráulico, e que o problema é natural.
Em uma pesquisa em relação aos primeiros anos de obras de engorda em praias do Ceará e de Santa Catarina, os alagamentos apareceram com as primeiras chuvas. Na Praia de Iracema (CE), dois trechos de areia da Beira Mar de Fortaleza cederam após as chuvas e formaram buracos acumulando água, em 2021. A obra iniciou-se em 2019. Em Santa Catarina, a praia de Balneário Camboriú também já foi alagada devido a fortes chuvas. Inclusive, em janeiro deste ano, fortes chuvas causaram alagamentos generalizados em Camboriú, levando o município a decretar estado de emergência. Lá, a obra foi lançada em 2021.
Segundo levantamento do MapBiomas, no período entre 1985 e 2021, o Brasil já perdeu 15% de suas praias e dunas, diante do avanço das cidades sobre o litoral. Por isso, uma das consequências vistas no país é a proliferação de obras de proteção costeira. No Rio Grande do Norte, foram quase 5 km de engorda, desde o Hotel Serhs até o Morro do Careca. A obra em Natal foi executada pela DTA engenharia, a mesma empresa que fez a engorda em Balneário Camboriú (SC). O secretário Thiago Mesquita (Meio Ambiente e Urbanismo), detalha a solução para evitar os alagamentos futuros.
Com o novo sistema de drenagem da praia de Ponta Negra contará com 16 dissipadores de energia para reduzir a velocidade da carga hidráulica e evitar a degradação da engorda. O sistema anterior, tinha mais de três décadas e favorecia a erosão ao arrastar areia para o mar. “Dos 16 dissipadores, 10 estão prontos, dois estão na fase final de acabamento e ainda faltam seis. Esse é o motivo do desconforto visual na área, mas é uma questão de tempo”, justificou o secretário. Esses dissipadores funcionarão como caixas de infiltração para receber a água das chuvas e minimizar o impacto sobre a engorda.
Segundo a Prefeitura do Natal, a previsão para conclusão do novo sistema de drenagem da praia de Ponta Negra é que seja finalizado, em até 40 dias. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), acompanha e fiscaliza a execução do projeto. Além do avanço de infraestruturas urbanas, as mudanças climáticas aceleram o processo erosivo — as praias são afetadas pela elevação do nível do mar e aumento da frequência das tempestades.
*Rodrigo Rafael é jornalista, Diretor de Representação Institucional da Assembleia Legislativa e tem MBA em Environmental, Social & Governance (ESG) pelo IBMEC/São Paulo.
Como leigo entendo que todo o material da engorda foi retirado do fundo do mar, e está todo encharcado de água.
Com as chuvas intensas, o volume de água concentrada aumentou, e causou o alagamento.
Mas os apocalípticos de plantão, que somente querem o "quanto mais pior melhor", não dão nenhuma alternativa de solução ao problema da praia de Ponta Negra.
O governo federal lançou uma nova estratégia de comunicação que gerou bastante repercussão nas redes sociais: a distribuição de bonés com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros”. A ideia, que surgiu no Ministério das Relações Institucionais, foi inspirada no boné vermelho usado por Donald Trump em sua campanha presidencial nos Estados Unidos, com a famosa frase “Make America Great Again”. O boné azul passou a ser usado por ministros e aliados do governo nas vésperas da eleição para a presidência da Câmara e do Senado. Logo, a peça virou um símbolo de apoio ao governo, mas também gerou críticas e memes.
A estratégia de marketing rapidamente tomou as redes sociais, com muitos internautas se apropriando da imagem do boné para fazer piadas e críticas ao governo. A oposição reagiu de maneira criativa e utilizou a mesma ideia de boné, mas com uma mensagem irônica: “Comida barata, novamente Bolsonaro 2026”. Para reforçar a provocação, os deputados oposicionistas levaram para o Congresso pacotes de café e peças de picanha, símbolos da alta no preço dos alimentos que afeta os brasileiros. A resposta foi uma maneira de ironizar o governo em um momento em que a população sofre com a inflação e o aumento no custo de vida.
Em meio à crescente insatisfação popular com a situação econômica do país, o governo tem se apoiado em estratégias publicitárias, como a distribuição de bonés, mas não tem apresentado soluções eficazes para os problemas enfrentados pelos cidadãos. A falta de controle sobre a inflação, os altos preços dos alimentos e a dívida pública crescente são questões que, até o momento, não foram resolvidas. Isso tem levado o governo a um isolamento cada vez maior, com uma crescente desconfiança por parte da população, que vê as ações publicitárias como uma tentativa de desviar a atenção das falhas na gestão econômica.
O governo Lula (PT) conseguiu gastar mais de R$13,2 milhões com viagens apenas no mês de janeiro, o mês dos recessos no Legislativo e no Judiciário. Foram pouco mais de R$7 milhões com as passagens aéreas e apenas R$6,1 milhões com as diárias pagas aos funcionários a título de ressarcimento. Cerca de 13% do total (R$1,75 milhão) das despesas em 2025 foram realizadas com viagens internacionais. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Foram realizadas 6,7 mil viagens bancadas pelo pagador de impostos este ano. O trecho mais frequente foi Brasília-São Paulo (166).
Em 2023, o governo Lula conseguiu gastar R$2,28 bilhões com passagens aéreas e diárias pagas a funcionários em viagens.
Segundo o Portal da Transparência, as despesas do governo federal com viagens em 2024 foram de R$2,27 bilhões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou nesta quinta-feira (6) sobre o escândalo relacionado aos repasses feitos pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid). Em uma postagem em sua rede, a Truth Social, o chefe de Estado disse acreditar que esse pode ser o maior escândalo da história.
– Parece que bilhões de dólares foram roubados da Usaid e de outras agências, muito disso vai para mídias de notícias falsas como “lucro” por criar boas histórias sobre os democratas. (…) Este pode ser o maior escândalo de todos, talvez o maior da história! Os democratas não podem se esconder desta [vez]. [É um escândalo] muito grande, muito sujo! – declarou.
Na publicação, Trump disse ainda que o site Politico “parece ter recebido” 8 milhões de dólares (R$ 46 milhões) e questionou se o jornal The New York Times ou outros veículos de imprensa também teriam recebido quantias da agência.
REPASSES POLÊMICOS
Em uma nota publicada pela Casa Branca na última segunda-feira (3), o governo americano detalhou alguns projetos polêmicos que teriam sido financiados pela Usaid, como, repasses para a EcoHealth Alliance, entidade que esteve envolvida em uma pesquisa no Instituto de Virologia de Wuhan, na China, sobre o coronavírus em morcegos.
Além disso, o governo dos Estados Unidos também elencou inúmeros repasses da Usaid para produções culturais de cunho progressista sobre diversidade, transgêneros e questões relacionadas ao “ativismo LGBT” ao redor do mundo.
Entre elas estão:
– 1,5 milhões de dólares (R$ 8,68 milhões) para “promover a diversidade, a equidade e a inclusão nos locais de trabalho e nas comunidades empresariais da Sérvia”;
– 70 mil dólares (R$ 405 mil) para produção de um “musical sobre diversidade, a equidade e a inclusão na Irlanda”;
– 47 mil dólares (R$ 272 mil) para uma “ópera transgênero” na Colômbia;
– 32 mil dólares (R$ 185 mil) para uma “história em quadrinhos transgênero” no Peru;
– 2 milhões de dólares (R$ 11,58 milhões) para mudanças de sexo e “ativismo LGBT” na Guatemala.
A lista ainda tem outros itens como “centenas de milhares de refeições que foram para combatentes afiliados à Al Qaeda na Síria” e também “centenas de milhões de dólares para financiar ‘canais de irrigação, equipamentos agrícolas’ e até fertilizantes usados para apoiar o cultivo sem precedentes de papoula e a produção de heroína no Afeganistão”.
Em nota à imprensa, o governo Trump ressaltou que a agência “não tem prestado contas aos contribuintes, pois canaliza enormes somas de dinheiro para os ridículos — e, em muitos casos, maliciosos — projetos de estimação de burocratas entrincheirados, com quase nenhuma supervisão”.
A Casa Branca completou o comunicado dizendo que, no entanto, “o desperdício, a fraude e o abuso acabam agora”.
TRUMP PÕE TODOS OS FUNCIONÁRIOS EM LICENÇA
Ao voltar ao ar na última quarta (5) depois de ficar indisponível por três dias, o site da Usaid passou a apresentar uma mensagem informando sobre a decisão do presidente Donald Trump de colocar todos os funcionários em licença administrativa, exceto equipes responsáveis por missões críticas, liderança central e programas especiais.
A página também informou que o Departamento de Estado está preparando um plano para trazer de volta aos EUA os funcionários da Usaid que estão em missão em outros países. Segundo a mensagem, o governo providenciará e pagará pelas viagens. O retorno deve se dar no prazo de 30 dias e os contratos não essenciais serão rescindidos.
USAID E BOLSONARO Michael Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos, fez uma declaração na última segunda que gerou grande repercussão no Brasil. Ao podcast War Room, de Steve Bannon, ex-assessor do presidente Donald Trump, Benz afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estaria no cargo se a Usaid não existisse.
– Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil, e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta – disse Benz.
De acordo com Benz, a entidade gastou “dezenas de milhões de dólares do contribuinte americano financiando a pressão para que projetos de lei contra a desinformação fossem aprovados” no Parlamento brasileiro, e também bancou advogados que teriam feito pressão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que Benz chamou de “tribunal da censura” – para reprimir tuítes de Bolsonaro.
– Eles [Usaid] construíram um polvo de censura no Brasil e ele foi construído inteiramente com a Usaid, por que a Usaid declarou Bolsonaro um Trump populista, um Trump dos trópicos, e em seguida montou essa operação para controlar o ecossistema de informações no país – completou.
Após a declaração de Benz, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse ser “fundamental que o Congresso Nacional e demais instituições competentes investiguem o financiamento e a atuação dessas organizações em território brasileiro”.
– Transparência e soberania não podem ser negociadas. Além disso, é necessário que o Itamaraty e os órgãos de inteligência avaliem os riscos dessa interferência para a segurança institucional e política do Brasil – apontou.
Além de bancar ONGs, ativistas picaretas e iniciativas de esquerda no Brasil, o dinheiroduto da Usaid, agência do governo americano cuja extinção foi decretada por Donald Trump, sustentou também interesses bilionários como o Amazon Biodiversity Fund (ex-Althelia Biodiversity Fund, ABF) fundo privado para negócios “sustentáveis”. Esta semana, o pesquisador Mike Benz, ex-Departamento de Estado, revelou que dólares da Usaid interferiram nas eleições presidenciais brasileiras.
Alma francesa
O ABF é ligado ao fundo francês Mirova, gerenciado no Brasil pela Vox Capital, de Antonio de Moraes Neto, herdeiro do Grupo Votorantim.
Ataque à soberania
Não fosse essa interferência da Usaid, disse Benz, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria sido reeleito e estaria no cargo, hoje.
Não é segredo
A própria embaixada dos EUA explica o caminho dos US$30 milhões da Usaid. Metade para ABF, metade para a ONG Alliance Bioversity&CIAT.
Chamariz
A grana é usada pelo ABF como garantia de empréstimos com o selo de confiança do governo dos EUA, enorme atrativo para investidores.
Presidente questionou Natalia Cherkashina sobre as técnicas de defesa contra radiação da tecnologia russa. Engenheira aeroespacial respondeu estar a trabalhar para melhorar a segurança de cosmonautas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, perguntou esta sexta-feira se a atual tecnologia aeroespacial russa permite que um animal como uma vaca, um coelho ou um gato seja levado a Marte.
“Natalia, diga-me, por favor, se as atuais técnicas de defesa contra as radiações permitem que, por exemplo, as vacas cheguem a Marte e regressem, ou os coelhos, os gatos, os cães”, perguntou o Presidente russo, transmitido sexta-feira pelo diretor-geral da Roscosmos, a agência espacial russa.
O chefe do Kremlin colocou esta questão a Natalia Cherkashina, uma engenheira aeroespacial que premiou pelo desenvolvimento de materiais e tecnologias para proteger os cosmonautas da radiação.
A cientista respondeu que está atualmente a fazer investigação para aumentar os níveis de segurança dos cosmonautas contra as radiações.
“A vaca era uma piada”, disse Putin, acrescentando: “Precisamos de vacas na Terra“.
O Presidente afirmou que demora cerca de um ano e meio a chegar a Marte e que os níveis de radiação são mais elevados do que na órbita da Terra.
A Rússia celebra o Dia da Ciência no próximo sábado e esta sexta-feira o Kremlin acolheu a cerimónia anual de entrega de prémios a jovens cientistas, que se realiza todos os anos desde 2008.
O primeiro ser vivo no espaço foi um animal, não uma vaca, mas sim uma cadela vadia das ruas de Moscovo chamada Laika. Lançada a bordo da nave soviética Sputnik 2, a 3 de novembro de 1957, Laika chegou a orbitar o planeta Terra, mas acabou por falecer devido ao sobreaquecimento da nave. Após este lançamento a União Soviética enviou mais 12 cães para o espaço e apenas cinco voltaram com vida.
Após a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o preço dos alimentos, em que sugeriu que a população deixe de comprar produtos que estejam muito caros, internautas usaram as redes sociais para multiplicar memes e piadas sobre a afirmação.
Considerada infeliz frente à alta da inflação sobre o preço da comida, a declaração ocorreu durante entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, nesta quinta-feira (6).
– Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter de baixar para vender, porque, senão, vai estragar – sugeriu o petista.
Nas redes sociais, tanto páginas de humor quanto políticos de oposição fizeram chacota com a “solução” apresentada por Lula. Em uma das publicações, há a imagem de uma mulher no supermercado em frente a prateleiras vazias, fazendo gestos como quem pensa, com a legenda “eu escolhendo apenas os produtos baratos no governo Lula”.
Outra linha de piadas faz referência às promessas de campanha de Lula, quando afirmava, por exemplo, que o valor da picanha ficaria mais acessível aos brasileiros. A ex-candidata à Prefeitura de São Paulo Marina Helena (Novo) publicou uma imagem do presidente durante a entrevista, com a frase: “Prometeu picanha, entregou jejum intermitente”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem sido um dos principais oposicionistas do presidente nas redes sociais, também usou a declaração para criticar o governo.
A partir da referência ao personagem Julius, da série americana Todo mundo Odeia o Chris, conhecido por gostar de obter os maiores descontos possíveis, Nikolas fez uma montagem com o rosto de Lula, com a famosa frase dita pelo personagem: “Se eu não comprar nada, o desconto é bem maior”.
O tema dos alimentos tem sido especialmente explorado pela oposição, que chegou a confeccionar bonés com os dizeres “comida barata novamente, Bolsonaro 2026”.
O Ministério Público Federal (MPF) participou, nessa quinta-feira (6), de inspeção judicial para verificar alternativas para desvio do tráfego de trecho da rodovia RN-118 que passa sobre a calha (parede) do Açude Itans, em Caicó, no Rio Grande do Norte. A medida faz parte da ação civil pública apresentada pelo MPF para cobrar solução para problemas estruturais que colocam em risco a população local e o tráfego de veículos na rodovia.
Na ação, o MPF indicou os problemas estruturais e de manutenção no Itans, a partir de uma perícia de engenharia de 2023, que apontou como principal risco a passagem da rodovia, além da necessidade de ajustes na limpeza, iluminação, segurança e acesso às instalações. Por isso, a finalidade principal da inspeção judicial foi verificar possíveis alternativas para desviar o tráfego no trecho da rodovia que passa pelo açude e interromper o risco da circulação intensa de veículos, inclusive de caminhões, na estrutura comprometida.
Participaram da inspeção representantes da Justiça Federal, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), do Departamento de Estradas e Rodagens (DER/RN), do município de Caicó e ainda moradores da região. Durante a vistoria, além de observar novamente as falhas estruturais já constatadas, foram verificados os possíveis desvios de tráfego. Os danos na parede do açude são visíveis, com os postes na área entortados, e demandam medidas emergenciais.
Para o procurador da República Victor Queiroga, a inspeção possibilitou a comprovação in loco de que há danos provocados ao Açude Itans. “O açude hoje está com pouco volume de água, mas, no caso de uma cheia mais forte, haverá danos mais relevantes e riscos para a população que vive no entorno”, explicou.
Ele ressaltou também a preocupação do MPF com a população local e os transeuntes. “Ouvimos várias pessoas ao longo do caminho para verificar exatamente qual o impacto desse deslocamento. Constatamos também o intenso tráfego de veículos, em uma rodovia que é bastante estreita. Esse tráfego precisa ser desviado, com o menor prejuízo possível para a população”, concluiu o procurador.
A Justiça Federal promoverá nova audiência para apresentação de propostas de desvio emergencial e permanente pelos órgãos.
Segurança de barragens – Após as tragédias das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, o MPF tem promovido uma mobilização em todo o país para verificar a segurança desses equipamentos. A partir de um levantamento, ações em vários estados buscam garantir as medidas preventivas, emergenciais e estruturais necessárias.
De acordo com o Relatório de Segurança de Barragens de 2024, o Açude Itans está classificado como de Risco Médio e Dano Potencial Associado Alto, nos termos da Lei n.º 12.334/2010 (Política Nacional de Segurança de Barragens).
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