Um adolescente de 14 anos, morador de Campo Grande (MS), foi identificado como um dos chefes de uma organização criminosa virtual que atuava em todo o Brasil, aliciando menores para práticas ilícitas, crimes de ódio, automutilação e violência. A informação é da repórter Giovanna Machado, da CNN Brasil.
A descoberta ocorreu durante operação nacional da Polícia Civil, deflagrada na última terça-feira (15), com apoio do Ministério da Justiça e coordenação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, envolvendo forças policiais de sete estados.
Na casa do adolescente foram apreendidos celulares, computadores e documentos. Segundo a polícia, ele ocupava um alto cargo hierárquico no grupo, sendo responsável pela chamada “engenharia criminosa” da rede.
A operação resultou em cerca de 20 mandados de busca e apreensão, duas prisões temporárias de adultos e sete internações provisórias de adolescentes em MS, SC, SP, PR, RS, MG e GO.
O grupo atuava em plataformas criptografadas como Telegram e Discord, atraindo jovens vulneráveis com desafios e recompensas simbólicas. Os conteúdos envolviam automutilação, maus-tratos a animais e disseminação de discurso de ódio.
Os investigados poderão responder por associação criminosa, indução à automutilação, maus-tratos a animais, entre outros crimes, com penas que podem ultrapassar 10 anos de prisão.
O governo federal lança, nesta quinta-feira (17), o Sistema de Cadastro Nacional de Animais Domésticos (SinPatinhas). O programa prevê gerar um banco de dados nacional para os pets.
O registro é gratuito e gera um documento único e intransferível, que deve acompanhar o animal por toda a vida, como informações sobre localização, em caso de desaparecimento, por exemplo.
Uma vez cadastrados, os tutores poderão também receber informações sobre campanhas do governo para castração, vacinação e microchipagem.
A lei que autoriza a criação do RG animal foi sancionada em dezembro do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O cadastro inclui informações detalhadas sobre os tutores (identidade, CPF, endereço) e os animais (espécie, raça, idade, vacinas, doenças).
Segundo o governo, iniciativas semelhantes já existem no país, mas de forma descentralizada, obrigando os proprietários a preencherem dados repetidos em diferentes sistemas. A proposta pretende integrar informações e simplificar processos, além de permitir a melhor execução de políticas voltadas à proteção dos animais.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que a primeira-dama Janja Lula da Silva continuará representando o Brasil em eventos oficiais internacionais sempre que for convidada, designada ou desejar.
“A gente ainda tem um mundo muito machista. E quem é Janja Lula da Silva? Uma pessoa formada, socióloga, já trabalhou no batente de um centro de referência em assistência social. Então, como o próprio presidente diz, ela vai ser o que quiser ser. Ela vai fazer a agenda que quiser porque todas as mulheres devem ter essa liberdade de total autonomia”, disse em entrevista ao Poder360 na 2ª feira (14.abr.2025).
Janja viajou para Roma (Itália) em fevereiro para participar da 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), vinculado à ONU (Organização das Nações Unidas). Ela foi convidada pelo fundo. Wellington Dias também participou. A viagem custou ao menos R$ 260 mil aos cofres públicos.
O ministro citou como exemplo a atuação da ex-primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008), que foi casada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
“Eu vou citar um exemplo, não gosto muito de citar, mas tive uma relação de proximidade com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ali vi a importância da dona Ruth Cardoso. Quantas vezes ela representou o Brasil em fóruns internacionais”, afirmou.
Janja tem sido criticada pela oposição pelos gastos em viagens e os custos de sua equipe, mesmo sem a primeira-dama ter um gabinete oficial na estrutura do governo.
A ida da primeira-dama ao Japão, por exemplo, foi motivo de insatisfação dos opositores. Janja chegou ao país no dia 18 de março, uma semana antes da chegada do próprio presidente brasileiro, sem anúncio prévio.
A equipe da primeira-dama justificou a viagem antecipada, afirmando que ela acompanhou a equipe precursora “para economizar passagem aérea” e negou qualquer falta de transparência.
O presidente rebateu a oposição por questionar as viagens de Janja ao afirmar que os questionamentos são “molecagem”, “fake news” e “irresponsabilidade”. Ele disse que a companheira é independente.
“Ela vai estar onde ela quiser, vai falar o que ela quiser e vai andar para onde ela quiser”, declarou Lula em 29 de março.
Uma advogada foi presa nessa quarta-feira (16/4) após furtar uma bolsa com R$ 36 mil em joias e dinheiro na recepção de um hotel de luxo em Goiânia (GO). O circuito de segurança do hotel flagrou o momento em que Taynara Trindade (foto em destaque) comete o crime.
As imagens mostram quando um homem chega ao local com uma bolsa de mão, a deixa no sofá e sai. A advogada, então, levanta-se e pega a bolsa. Para despistar, ela senta e espera um pouco antes de deixar o hotel.
A vítima sentiu falta da bolsa e avisou a gerência do hotel, que chamou a Polícia Militar de Goiás (PMGO). Ao retornar ao hotel, na noite dessa terça, a advogada foi presa em flagrante no quarto onde estava hospedada. No local, a polícia recuperou a bolsa.
Taynara foi levada à Central de Flagrantes de Goiânia, junto ao empresário. Eles devem responder por furto qualificado.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, a advogada teria sido ajudada por um empresário que também foi preso.
Em depoimento, a mulher negou o crime. Ainda na delegacia, a advogada teria discutido com o delegado, após falar sobre a forma como foi presa e como os policiais militares agiram durante a detenção.
A coluna Na Mira tenta localizar a defesa de Taynara Trindade. O espaço segue aberto.
Parlamentares do partido Novo, representados pelo deputado Marcel van Hattem (RS), protocolaram requerimento de Informação ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, exigindo explicações sobre a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que suspendeu a extradição do traficante búlgaro Vasil Gergiev Vasilev, condenado na Espanha, em retaliação à recusa da Justiça espanhola de extraditar o jornalista Oswaldo Eustáquio, exilado na Espanha.
“É inadmissível que um ministro do Supremo Tribunal Federal interfira diretamente nas relações exteriores do Brasil, desrespeitando tratados internacionais e constrangendo diplomatas de países amigos. A decisão que suspendeu a extradição de um traficante e exigiu explicações da embaixadora espanhola é um abuso que compromete a imagem do país e viola frontalmente a Convenção de Viena”, explicou Van Hattem (Novo-RS).
O requerimento levanta sérias preocupações quanto à interferência do Judiciário em assuntos de competência do Executivo, principalmente nas relações exteriores. Entre os principais pontos questionados por Van Hattem, Adriana Ventura (Novo-SP) e Gilson Marques (Novo-SC) estão:
A existência ou não de interlocução prévia entre o STF e o Itamaraty sobre a exigência de esclarecimentos do embaixador espanhol;
A avaliação do Ministério sobre o possível excesso por parte de um ministro do Judiciário ao demandar explicações formais a um diplomata estrangeiro;
A resposta do Itamaraty às negativas de extradição por razões políticas;
A posição do governo brasileiro quanto à aplicação do princípio da reciprocidade nesse caso específico;
Os impactos diplomáticos já percebidos e o risco de retaliações por parte da Espanha.
Além disso, o documento alerta para a possível violação à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, ao envolver diretamente um embaixador estrangeiro em exigências de natureza judicial. A medida, segundo o requerimento, pode configurar ingerência indevida nos assuntos internos de outro Estado e comprometer a imagem internacional do Brasil.
Os parlamentares destacaram ainda a necessidade de proteger as boas relações bilaterais com um dos principais parceiros do Brasil na União Europeia, classificando a atuação do STF como “potencialmente danosa” à diplomacia brasileira.
“O Itamaraty deve esclarecer se consentiu com essa ingerência e quais medidas está tomando para conter os danos provocados por essa afronta à soberania de um Estado estrangeiro”, concluiu o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
Bebês com pelos descendo pela testa, subindo pelas costas e enchendo os braços. Assim ficaram algumas crianças europeias expostas ao minoxidil, medicamento comumente utilizado para o tratamento de calvície. Os casos ganharam notoriedade pelo menos desde os últimos dois anos, e agora o alerta chegou ao Brasil, onde a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda cuidado redobrado aos pais de recém-nascidos no uso do remédio.
Nessa terça-feira (15/04), a Anvisa publicou uma nova recomendação aos fabricantes do minoxidil, que agora precisam incluir na bula o risco de hipertricose em bebês após a exposição acidental ao medicamento. A hipertricose é o aumento excessivo de pelos em diferentes regiões do corpo, uma condição popularmente conhecida como “síndrome do lobisomem”. A agência também orienta que os profissionais de saúde alertem os pacientes que evitem que bebês tenham contato com áreas do corpo onde foi aplicado o minoxidil e que os pais lavem bem as mãos após a aplicação.
Os primeiros casos foram notificados na Espanha, e no total o Centro de Farmacovigilância de Navarra identificou 11 ocorrências, descritas em um relatório. A hipótese dos especialistas é que as crianças tiveram contato com o minoxidil de uso tópico dos pais e que, por terem a pele mais fina e permeável, tiveram uma alta absorção do medicamento. Outra possibilidade é que tenham passado a mão na área com medicamento aplicado nos pais e levado o dedo à boca em seguida. Os quadros são reversíveis após algum tempo da interrupção do contato da criança com o remédio.
Originalmente, o minoxidil foi desenvolvido para controlar a pressão arterial, mas verificou-se que um de seus efeitos colaterais era o crescimento de pelos. Por isso, hoje ele tem um uso off label (isto é, além do propósito inicial) para tratar calvície. O risco para os bebês é o formato tópico do medicamento, na forma de um creme ou loção aplicado na pele. O minoxidil também é comercializado na forma de comprimidos.
Em participação no Pleno Time, novo programa do Pleno.News, desta quarta-feira (16), o vereador do Rio de Janeiro Rafael Satiê (PL) disse que o jornal O Globo “foi canalha e covarde” com o presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala do parlamentar foi uma avaliação do episódio controverso em que o jornal publicou uma zombaria à condição médica do ex-presidente.
Foi publicado na rede social X um link de uma matéria com o título: Intestino de Bolsonaro se adianta e já está preso. A imagem que ilustra a matéria é o ex-presidente com sonda nasogástrica, tirada na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde ele está internado desde o último sábado (12).
O link leva o leitor para o site Sensacionalista, que se identifica como um blog de humor. O texto diz que “o intestino de Jair Bolsonaro se adiantou à Justiça e já está oficialmente preso” e que esse problema “foi causado por excesso de ‘popcorn and ice cream’”, uma ironia à fala do líder da direita que chamou atenção, em inglês, às condenações de vendedores ambulantes que estavam na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Ao ser questionado sobre um veículo que está completando 100 anos de existência cometer tamanho “deslize”, Satiê foi enfático ao dizer que não se tratou de deslize.
– Não é deslize. É canalhice. Eles são canalhas. O que eles fizeram foi proposital. Não existe um jornal com 100 anos de idade, que tenha uma relevância nacional – ou tinha uma relevância nacional – cometer esse tipo de “deslize”. É o famoso “sem querer querendo”, o famoso “não fiz querendo fazer”. Foram eles que tentaram sim fazer essa sátira, uma piada de extremo mau gosto com o presidente Bolsonaro, que foi hospitalizado.
O parlamentar também lembrou que as intercorrências na saúde de Bolsonaro são em “decorrência do fatídico dia da facada”, em 6 de setembro de 2018.
– Desde esse dia, nunca mais a saúde do nosso presidente foi a mesma. Tentaram assassinar o presidente que, na atual conjuntura, liderava as pesquisas eleitorais na corrida presidencial. (…) O jornal O Globo de uma maneira ridícula, canalha, fazendo piada com a vida de alguém? Isso é ridículo, covarde. Isso mostra a parcialidade da imprensa – disparou Satiê.
A coluna teve acesso ao depoimento de uma testemunha que descreveu o cenário de horror vivido diariamente na Tenda Espiritual Vovó Maria Conga Aruanda, localizada no Setor Leste do Gama, pelas vítimas do pai de santo Alex Silva, 23 anos, e da mãe de santo Hayra Vitória Pereira Nunes, 22. Na oitiva, a testemunha afirmou ter presenciado diversas cenas de tortura e classificou o casal como “sádico”.
Segundo o relato, as vítimas eram submetidas a um verdadeiro martírio diário. Toda a ação, orquestrada pelo casal, que utilizava a religião como forma de atrair as vítimas, começava logo pela manhã, quando os torturados eram obrigados a limpar a casa de Hayra, preparar refeições e cuidar dos filhos dela — quatro crianças.
À noite, porém, os maus-tratos se intensificavam. Conforme apontam as investigações, as vítimas eram submetidas à exploração sexual e forçadas à prostituição.
Tormento
À polícia, a testemunha relatou que Hayra utilizava dois celulares: um pessoal e outro exclusivo para anunciar os programas envolvendo as vítimas. Segundo o depoimento, o aparelho continha contatos de clientes e fotos das vítimas, que eram enviadas para fins de aliciamento. Os “clientes”, conforme relatado, eram numerosos.
A testemunha também contou que diversas pessoas frequentavam a casa e tinham conhecimento das torturas, mas fingiam não saber o que se passava. “As crianças presenciavam tudo e até desdenhavam das vítimas”, revelou. “Uma vez, Alex fingiu estar incorporado por uma entidade e forçou uma das vítimas a comer um cigarro aceso e pimenta.”
O depoimento aponta ainda que uma das vítimas, uma adolescente transexual, teve as mãos e a língua queimadas com uma concha de cozinha aquecida por Hayra. A jovem fazia uso de medicamentos controlados, mas foi obrigada a interromper o tratamento pelos pais de santo.
“Ela tomava Depakene (remédio psiquiátrico), mas a Hayra mandou parar, dizendo que ela ficava lerda e não fazia as coisas direito”, relatou a testemunha. A adolescente, segundo ela, era a mais exposta às humilhações. “Alex a obrigou a ajoelhar, deu tapas no rosto dela, enquanto Hayra ria da cena. Depois, mandou que ela lambesse o chão, enfiou uma pimenta no ânus dela e, quando caiu um pouco de fezes, ordenou que ela lambesse também.”
O controle exercido por Hayra sobre as vítimas era extremo. De acordo com o depoimento, ela rasgou a maioria dos documentos das vítimas e confiscou os que restaram. Uma das vítimas, conforme relatado, possui uma cicatriz entre o ombro e o peito, causada por uma queimadura feita com cigarro e vela. “A diversão da Hayra era humilhar eles”, concluiu a testemunha.
Prisão
Após a adolescente conseguir fugir do centro de tortura, em 26 de janeiro de 2025, e relatar à polícia todos os episódios de sofrimento. A polícia desencadeou robusta investigação policial, conduzida pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama).
Hayra Vitória foi presa pouco tempo depois, em 6 de março. Nessa terça-feira (15/4), a Polícia Civi do DF (PCDF) deflagrou mais uma fase da Operação Black Magic, com a prisão de Alex Silva.
A partir da primeira prisão e da ampla repercussão do caso, surgiram novas testemunhas, vítimas e envolvidos, o que possibilitou aos investigadores identificar a participação ativa desse outro líder espiritual. A denúncia que levou o homem à prisão foi revelada com exclusividade pela coluna.
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