A OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu, nesta segunda-feira (30), manter o nível máximo de alerta para a pandemia da Covid-19, exatamente três anos depois de ter declarado a doença como urgência de saúde pública internacional.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, seguiu as recomendações do comitê de urgência sobre a Covid-19, composto por diversos especialista, que se reuniram na última sexta-feira, de acordo com comunicado divulgado hoje.
“O diretor-geral da OMS concorda com o conselho oferecido pelo comitê em relação à pandemia de Covid-19 em andamento e determina que o evento continua a constituir uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O diretor-geral reconhece as opiniões do comitê de que a pandemia de Covid-19 provavelmente está em um ponto de transição e agradece ao conselho do Comitê de navegar cuidadosamente por essa transição e mitigar as possíveis consequências negativas”, diz a nota oficial.
Tedros Adhanom também destacou o avanço no combate à doença. “Enquanto entramos no quarto ano da pandemia, não há dúvidas de que estamos numa situação muito melhor do que há um ano, quando a onda da Ômicron atingiu o pico”, disse.
O Rio Grande do Norte apresenta mais de 1 milhão de pessoas com doses de reforço contra a covid-19 em atraso. Desse total, 697.746 não apresentam a primeira dose de reforço (D3) no esquema vacinal e 528.143 ainda não receberam a D4. O percentual dos indivíduos com a D3, por sua vez, é de 56%, enquanto que, para a D4, esse valor cai para 25%. Em números absolutos, 1.784.240 e 803.149, respectivamente, receberam as doses de reforço.
Ao todo, o Estado conta com 2.785.846 pessoas imunizadas com a D2 e DU, o que corresponde a 87% da população total. Os dados são do RN+ Vacina e foram verificados por volta das 8h45 desta sexta-feira, (20).
Com o cenário de baixa nas doses de reforço, as principais praias do litoral do Estado, além de açudes e lagoas no interior, começam a contar com locais de vacinação a partir deste sábado (21). A iniciativa faz parte do programa “Verão Protegido”, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), e objetiva ampliar a cobertura vacinal.
Segundo Laiane Graziela, coordenadora de imunização da Sesap, o foco do projeto será diminuir, sobretudo, o número de doses de atraso nos adultos. Ainda, segundo ela, a ideia é repetir resultados alcançados com outros projetos, como o “Minha Escola Nota 10” e “Minha Empresa Nota 10”, e aproveitar o atual período das férias para encontrar espaços de vacinação.
A iniciativa também comemora os dois anos desde a primeira aplicação da vacina contra a covid-19 na enfermeira Maria das Graças até o aumento da imunização geral. “A vacinação mudou completamente o cenário de adoecimento pela covid-19, assim como o número de pessoas que tiveram agravamento da doença e o perfil de óbitos. Esse trabalho conjunto cooperou para que muitas vidas fossem salvas ao longo destes dois anos”, enfatiza Kelly Lima, coordenadora de vigilância em Saúde da Sesap.
A vacina contra a Covid está disponível para qualquer pessoa a partir dos seis meses de idade. O reforço é aplicado para idosos, adolescentes e crianças dos 3 aos 11 anos que já têm pelo menos quatro meses da aplicação da sua última dose da vacina. Diana Rego, subcoordenadora de vigilância epidemiológica, destaca que a pandemia ainda segue em curso e, portanto, é fundamental imunizar a maior quantidade possível de pessoas de todas as faixas-etárias que podem receber a vacina.
Mais de 136 mil crianças, entre cinco e 11 anos, estão aptas a receber a terceira dose da vacina contra a covid-19, em todo o Rio Grande do Norte. Os dados são do RN Mais Vacina e servem de alerta para pais e responsáveis garantirem a qualidade da imunização. A D3 deve ser aplicada com o intervalo de 120 dias da última dose. Somente em Natal, 24477 já podem ser vacinadas. Em Mossoró, esse quantitativo é de 12827 crianças.
A Plataforma RN Mais Vacina é resultado de uma parceria entre o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e a Secretaria de Saúde Pública do Estado (SESAP/RN)
As mortes causadas pela pandemia de covid-19 deixaram 40.830 crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil, segundo estudo publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Para os autores da pesquisa, divulgada hoje (26) pela Fiocruz, houve atraso na adoção de medidas necessárias para o controle da doença, e isso provocou grande número de mortes evitáveis.
Os resultados obtidos pelos pesquisadores podem ser consultados em artigo publicado em inglês, em 19 de dezembro. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 2020 e 2021, e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) entre 2003 e 2020.
Coordenador do Observatório de Saúde na Infância, iniciativa da Fiocruz com a Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Cristiano Boccolini alerta que essas crianças e adolescentes necessitam, com urgência, da adoção de políticas públicas intersetoriais de proteção.
“Considerando a crise sanitária e econômica instalada no país, com a volta da fome, o aumento da insegurança alimentar, o crescimento do desemprego, a intensificação da precarização do trabalho e a crescente fila para o ingresso nos programas sociais, é urgente a mobilização da sociedade para proteção da infância, com atenção prioritária a este grupo de 40.830 crianças e adolescentes que perderam suas mães em decorrência da covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia”, afirma o pesquisador, que é um dos autores da pesquisa.
A morte de um dos pais, e em particular da mãe, está ligada a desfechos adversos ao longo da vida e tem graves consequências para o bem-estar da família, acrescenta a pesquisadora do Laboratório de Informação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Celia Landmann Szwarcwald.
“As crianças órfãs são mais vulneráveis a problemas emocionais e comportamentais, o que exige programas de intervenção para atenuar as consequências psicológicas da orfandade.”
O dado sobre órfãos é uma parte da análise dos pesquisadores sobre a mortalidade causada pela pandemia de covid-19 em toda a população. Outro ponto destacado pelo estudo é que a covid-19 foi responsável por mais que um terço de todas as mortes de mulheres relacionadas a complicações no parto.
Os pesquisadores calculam que, em 2020 e 2021, a covid-19 foi responsável por quase um quinto (19%) de todas as mortes registradas no Brasil. Durante o pico da pandemia, em março de 2021, o país chegou a contabilizar quase 4 mil óbitos pela doença por dia, número que supera a média diária de mortes por todas as causas em 2019, que foi de 3,7 mil.
O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), nesta sexta-feira 23, aponta que 271 novos casos de Covid-19 foram confirmados nas últimas 24 horas, no Rio Grande do Norte.
O boletim ainda informa que houve 1 óbito em um intervalo de 24 horas, na cidade de Açu.
Com esse novo levantamento, o estado soma 581.223 casos confirmados e 8.618 mortes referentes à Covid.
Natal tem 703.892 pessoas com a campanha de vacinação completa contra a covid-19, o que corresponde a 79% de um total de 890.480 pessoas que formam a população local. O percentual, no entanto, ainda está abaixo da meta de cobertura de 712.384. Os dados são do RN + Vacina e foram atualizados às 08h31, desta segunda-feira, (12).
Em relação ao número de vacinados com a 1ª dose de reforço (D3), 52% do público conta com a aplicação no calendário vacinal. O número de pessoas com a 2ª dose de reforço (D4), por sua vez, representa apenas 22%, ou seja, 199.215 pessoas em números absolutos. Em resposta à TRIBUNA DO NORTE, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que a pasta está ‘fazendo o possível’ para atingir a meta de cobertura.
Dentre as estratégias mantidas nesse momento, segundo a SMS, estão a disponibilidade da vacina em 62 unidades básicas, além do funcionamento dos pontos extras em shoppings e na árvore de Mirassol. Além disso, desde outubro, a pasta está vacinando todas as crianças, com vacinas de rotina e campanha, servidores e pais de alunos nos CMEIS. “Mas cabe também à população cumprir com suas responsabilidades e completar seus esquemas vacinais e vacinar seus filhos”, adverte a pasta.
Na divisão por faixa-etária, o público de 3 a 4 anos tem o segundo menor percentual de vacinados, com 11%. O imunizante aprovado para esse público, vale lembrar, é a Coronavac. Segundo apontou a Secretaria de Estado de Saúde do Estado (SESAP), na semana passada, as doses repassadas pelo Ministério da Saúde são insuficientes e não atendem a demanda da maioria das cidades do RN.
O Rio Grande do Norte tem 2.776.801 pessoas vacinadas com a D2 e DU contra a doença, percentual que está acima da meta de cobertura. Os números para a primeira e segunda dose de reforço são, respectivamente, 55% e 23%.
D5 para idosos
Na última sexta-feira (9), o Rio Grande do Norte liberou a aplicação da terceira dose de reforço (D5) contra covid-19 para idosos acima de 60 anos. A ampliação da campanha acontece em decorrência de fatores como o aumento no número de casos notificados e hospitalizados da doença, além da identificação da variante BE.9 no Estado. O objetivo, de acordo com a Sesap, é aumentar a imunidade e reduzir o número de óbitos do público-alvo.
Pelo segundo dia consecutivo, o Rio Grande do Norte registrou mais de mil casos de Covid-19 em um intervalo de 24 horas, conforme divulgou a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Os dados são referentes ao período entre a manhã de quarta-feira (8) e esta quinta-feira (9).
Em 24 horas, o estado registrou 1.091 casos confirmados da doença. Ainda de acordo com a Sesap, o estado chegou ao total 572.471 diagnósticos positivos para a doença desde o início da pandemia. O estado ainda tem 2.448 casos suspeitos cadastrados.
Nas últimas 24 horas não foi registra nenhuma morte pela doença no Rio Grande do Norte. Porém, desde que a pandemia começou, são 8.511 óbitos.
O estado já tinha alcançado a marca de mil casos de Covid-19 em 24 horas no boletim divulgado na quarta-feira (7). Na data, o estado registrou 1.051 casos confirmados e um óbito em Assu, no Oeste potiguar.
Antes disso, o RN não registrava mil mortes ou mais em um dia desde 5 de julho de 2022.
Gráficos elaborados pelo Laboratório de Inovação em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte mostram uma tendência do aumento de casos diários iniciada em novembro, mas bem abaixo da situação já registrada no estado em outras ocasiões, desde que a pandemia começou.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) vai distribuir aos municípios 59.100 doses da vacina Pfizer para iniciar a aplicação da quinta dose da vacina contra a Covid nos idosos acima de 60 anos de idade, ampliando a campanha no Rio Grande do Norte. A dose também é chamada de terceira dose de reforço.
O acordo foi pactuado junto aos municípios, que devem começar a vacinação desse público a partir da sexta-feira (9).
A decisão foi tomada, segundo a pasta, a partir do atual cenário epidemiológico da Covid-19 no estado, a possível sazonalidade da doença e outros fatores.
Nesta quarta, o estado voltou a registrar mais de 1 mil casos de Covid em 24 horas, fato que não ocorria há cinco meses.
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