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Categoria: Economia

Gasolina do RN fica 0,73 mais cara do que a da Paraíba

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A gasolina vendida na Refinaria potiguar Clara Camarão, administrada pela 3R Petroleum, está R$ 0,73 mais cara do que o preço praticado no estado vizinho da Paraíba. Essa diferença ocorreu após o recente reajuste por parte da 3R, que vende o litro do combustível às distribuidoras por R$ 3,43, enquanto que a refinaria da Petrobras, em Cabedelo, comercializa o produto por R$ 2,70. Esse é um dos fatores apontados como justificativa para os potiguares pagarem por uma das gasolinas mais caras do Brasil, segundo último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).

De acordo com o último levantamento, feito entre os dias 07 e 13 de abril, a gasolina comum no Estado registrou preço médio por litro nas bombas de R$ 6,07, ficando no ranking dos cinco mais caros do Brasil, ao lado de Acre (R$ 6,84), Rondônia, e Amazonas (R$ 6,34) Roraima (R$ 6,15) e igual a Sergipe. Além disso, o RN também registrou preço médio por litro da gasolina aditivada a R$ 6,17 (6ª mais cara do Brasil e mais cara do Nordeste) e a R$ 4,90 (2º mais caro do Brasil).

Na semana passada, a 3R Petroleum aumentou o preço da gasolina e do diesel comercializados na refinaria, aumentando oito centavos. Com isso, o litro passou a custar R$ 3,436. Já o Diesel A S500 teve um acréscimo de seis centavos, ficando em R$ 3,497.

O especialista e economista Ricardo Valério, aponta que o fato da refinaria Clara Camarão ser privatizada explica a “carestia” dos preços no estado em relação aos vizinhos. “O único fator é a empresa privada que tem a liberdade de mercado para praticar o preço de sua conveniência para segurar a margem de lucro desejada. Hoje em dia, somente isso, é que é responsável pela carestia no RN”, afirma.

Segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de Postos de Combustíveis do Rio Grande do Norte (Sindipostos-RN), Maxwell Flor, ainda não é possível afirmar se os preços já foram repassados para os clientes com os últimos reajustes. “A 3R faz esses reajustes semanais, então os postos, em alguns deles se absorve e em outros não, é muito dinâmico. Depende do estoque de cada posto e das vendas. Se o movimento está fraco e as vendas baixas, o revendedor acaba absorvendo esse reajuste para poder segurar e conseguir melhorar”, explica.

Em relação aos preços dos combustíveis no Rio Grande do Norte, a 3R Petroleum disse em nota que necessita importar gasolina, de forma a não desabastecer os postos do Estado, uma vez que a Refinaria Clara Camarão não detém capacidade para produzi-lo. “Assim, a Companhia o adquire no mercado ao preço de referência internacional, que é sensível a flutuações do dólar, a variações do Brent e a custos logísticos incidentes até a chegada do produto aos postos. Portanto, o preço encontrado pelo consumidor nas bombas reflete toda uma cadeia de produção inescapavelmente conectada às cadeias globais de valor em que a Companhia está inserida”, informou à TRIBUNA DO NORTE.

Motoristas e condutores dizem que têm buscado alternativas e o máximo possível de promoções visando economizar na hora de abastecer. Neste sentido, vários postos em Natal e no interior, por exemplo, promovem descontos para usuários com cadastros, pagamentos no Pix ou à vista, entre outras ações, como aplicativos de acúmulo de pontos e cashback.

Tribuna do Norte

3R Petroleum aumenta preço dos combustíveis na refinaria do RN; veja valores

FOTO: JOSÉ CRUZ

A 3R Petroleum aumentou o preço da gasolina e do diesel comercializados na refinaria potiguar Clara Camarão, em Guamaré, nessa quinta-feira (11). O valor dos combustíveis segue mais alto do que o praticado pela Petrobras.

A Gasolina A subiu oito centavos na refinaria da 3R e passou a custar R$ 3,436, o litro. Já o Diesel A S500 teve um acréscimo de seis centavos no preço e agora é vendida a R$ 3,497.

Em comparação com os preços praticados no terminal paraibano da Petrobras, em Cabedelo, os combustíveis potiguares são mais caros. A gasolina vendida às distribuidoras no estado vizinho custa 2,709, ou seja, 72 centavos mais barato. Já o Diesel sai a 3,306 por litro, que significa 19 centavos a menos que na refinaria de Guamaré.

Tribuna do Norte

Mercado e custo podem ditar extração de petróleo em novos poços do RN, afirma economista

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Com a descoberta de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço Anhangá, próximo da divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, a Petrobras já anunciou que pretende perfurar ao menos 16 poços na chamada Margem Equatorial, que vai do RN ao Amapá. O investimento anunciado pela estatal para esta região é de US$ 3,1 bilhões. Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a descoberta é considerada importante e deve trazer novo panorama de desenvolvimento ao estado. Economista afirma que mercado internacional pode ditar extração ou não do petróleo devido aos custos.

Localizado a 250 km de Natal e a 190 km de Fortaleza, o poço está a uma profundidade de 2.196 metros e é a segunda descoberta na Bacia Potiguar neste ano, que já teve comprovação da presença de hidrocarboneto também no Poço Pitu Oeste, a 24 km de Anhangá. Segundo a estatal, as descobertas ainda precisam de avaliações complementares.

Para Pedro Lúcio, diretor da Federação Única dos Petroleiros e do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN), defende que a descoberta é um passo importante para o Rio Grande do Norte. “A Petrobras de dezembro para cá, já perfurou dois poços, os dois com formação de hidrocarbonetos comprovada. Então a Petrobras agora deve seguir para novos estudos para testar ou não a viabilidade comercial desses poços e espero que sim, estamos torcendo muito para que esses campos sejam viáveis comercialmente, porque isso vai trazer um novo panorama de desenvolvimento e produção de petróleo e gás para o RN”, disse.

William Eufrásio, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vê a descoberta como algo positivo. “É sempre uma boa notícia você ter uma grande quantidade de petróleo. Espero que seja muito grande mesmo. Em situações favoráveis, ou seja, com a extração desse petróleo, você traz muita gente para cá, seja da Petrobras, já empregado e recebendo o salário, mas você cria e chama os empregos, com o que está conectado ao aumento da exploração desse petróleo”, avalia.

Mas o especialista aponta que estes efeitos econômicos, como a geração de empregos, não serão imediatos. “Tem um tempo, um hiato. Todo o petróleo ainda é fundamental para qualquer economia, são valores, são recursos. Mas ele é em águas ultraprofundas. Isso significa dizer que os custos são maiores do que quando é em águas rasas e isso vai ser observado. Ou seja, qual o custo para retirar esse petróleo dessas águas profundas”, avaliou.

A Petrobras acredita que as atividades exploratórias na Margem Equatorial representam um passo no compromisso da companhia em buscar reposição de reservas e desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética.

De acordo com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, a companhia tem histórico de quase três mil poços perfurados em águas profundas e ultraprofundas, sem qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente, reforçando o compromisso da estatal com o respeito ao meio-ambiente. “Associado à capacidade técnica e experiência acumulada em quase 70 anos, habilitam a companhia a abrir novas fronteiras e lidar com total segurança suas operações na Margem Equatorial” afirma Prates.

“Com o avanço da pesquisa exploratória da Margem Equatorial brasileira, aumentamos o conhecimento desta região, considerada como uma nova e promissora fronteira em águas ultraprofundas, que será fundamental para o futuro da companhia, garantindo a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país”, afirma o diretor de Exploração e Produção Joelson Mendes.

Extração pode depender do mercado internacional

Ciente de que a Petrobras tem recursos para extração de petróleo em águas ultraprofundas, o especialista ainda afirma que o mercado internacional pode ditar o que será feito. “Ele é explorado ou não, dependendo da relação entre o custo de exploração desse petróleo em águas ultraprofundas e o preço do petróleo no mercado internacional. Quando o preço do petróleo internacional sobe demais e está muito acima do custo de extração, então esse poço será bem demandado, porque fica mais barato tirar o petróleo de lá do que comprar externamente. Agora, se o preço do petróleo cair a valores idênticos ou abaixo do custo de exploração desse petróleo, não compensa retirar o petróleo. É um processo de oscilação que vai depender muito dos preços do petróleo”, explicou.

“A gente tem visto o preço do petróleo, dependendo do tipo do barril, oscilando entre US$ 80 a US$ 100 dólares aproximadamente. No pré-sal,,ele era extremamente favorável quando o preço estava acima de 50 dólares. Então, como está perto aí dos US$ 80, US$ 90, US$ 100, o pré-sal é vantajoso. Se esse aí poço de ultra profundidade tiver mais ou menos o custo do pré-sal, que já é relativamente bom, a gente pode dizer que nesses próximos meses será favorável a estação desse petróleo”, esclareceu William.

Entre os fatores que podem interferir diretamente no mercado nacional, estão os conflitos entre a Ucrânia e a Rússia, um dos grandes países produtores de petróleo. “O preço do petróleo, ele tem também um elemento, um componente muito especulativo. São players internacionais que jogam bilhões de dólares, não é um jogo de criança. Esses conflitos internacionais, em particular o da Rússia e Ucrânia, estão falando da Otan entrar, ele gera complicadores grandes. A Faixa de Gaza é um conflito mais localizado, mas também chama a atenção pela capacidade que teriam os países árabes de retalhar Israel, e eles podem retalhar reduzindo a oferta de petróleo. E isso gera aumento nos preços. Dado o contexto de conflitos no mundo, esse preço do petróleo pode oscilar e criar implicações, eu diria, favoráveis, dado que o cenário [de redução de conflitos bélicos] não é muito positivo”, completou.

PETRÓLEO E ENERGIAS RENOVÁVEIS. Visto como um estado que foca nas energias renováveis, o RN terá no petróleo a possibilidade de gerar mais uma fonte de energia. No entanto, o especialista aponta que o petróleo não é utilizado apenas como matéria prima para combustíveis. “Embora ele seja muito utilizado na forma de combustíveis, o petróleo é um produto. Que serve para muitas outras coisas, para além da queima via combustível. Está na base da produção de plásticos, da produção de determinados insumos agrícolas. Então, ele tem mil e uma utilidades”, observou o professor da UFRN.

Para Eufrásio, as energias limpas são uma realidade e surgem como uma possibilidade de reduzir a demanda pelo petróleo. “Isso poderá provocar uma queda nos níveis de preço, favorecendo até outros setores que utilizam o petróleo ou componentes como insumos nas suas produções. Então, isso também será favorável para o RN. O que a gente precisa, evidentemente, é ter um polo científico produtivo que utilize de fato as novas tecnologias, não somente para gerar energia, e gerar também novos produtos. E é isso aí que está o gargalo. O empresariado, em geral, espera que o Estado crie as primeiras condições para que eles possam vir. E o nosso Estado ainda não tem, porque é um estado pequeno e com poucos recursos”, finalizou.

Agora RN

Melões frescos elevam exportações potiguares em 19,8% no primeiro trimestre

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Os efeitos do El Niño, que provoca seca no semiárido brasileiro e cria condições climáticas favoráveis ao cultivo desta lavoura, aumentaram a produção de melões na safra 2023/2024, que finaliza em abril. Isso, associado ao fim da safra na Espanha, principal região produtora da fruta na Europa, elevou as exportações do melão potiguar no primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, o Estado enviou para o mercado internacional mais de 55,8 mil toneladas da fruta, responsáveis por negociações da ordem de US$ 39,4 milhões – uma fatia de 23% do volume total exportado pelo RN nos três primeiros meses de 2024, quando o acumulado chegou a US$ 171,5 milhões. Esse volume é 19,8% maior que o acumulado no primeiro trimestre de 2023.

As informações são do Boletim da Balança Comercial do RN de março. O informativo é elaborado mensalmente pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante uma série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

Impulsionadas pela demanda no mercado europeu, sobretudo na Espanha, Reino Unido e Países Baixos, as exportações de frutas tropicais contribuíram para que o Rio Grande do Norte fechasse março com um crescimento de 8% no volume das exportações do mês em relação a março do ano passado. Foram negociados US$ 34,5 milhões, contra US$ 31,9 milhões em 2022. Já, em comparação com o mês anterior, houve um recuo de 24,1% nas exportações do estado.

Além do melão, cujo volume exportado somou cerca de US$ 10,4 milhões, as mercadorias mais exportadas no terceiro mês do ano foram óleos combustíveis (US$ 6,3 milhões), Melancias frescas ( US$1,7), Sal marinho ( US$ 1,7 milhões) e os mamões frescos ( US$1,6 milhões), que juntos respondem por cerca de 63,2% de todo o volume gerado pelas exportações do RN em março. A publicação do Sebrae também mostra que, no primeiro trimestre deste ano, o volume acumulado das exportações cresceu quase 20% em relação ao mesmo intervalo de 2023. o volume já soma US$ 171,5 milhões, enquanto no ano passado o montante acumulado no período foi de US$ 143,1 milhões.

Perspectivas otimistas para o melão

O melão foi o segundo principal item das remessas de produtos ao exterior nesse período e, pelo segundo mês consecutivo, foi o protagonista da pauta de exportações potiguar, posição que vem sendo ocupada pelo petróleo (fuel oil), até então o item que vem liderando o ranking de mercadorias mais enviada do Rio Grande do Norte para outros países no período. E a tendência é que o melão assuma a primeira posição e se mantenha em um quadro bom de desempenho até a chegada da entressafra.

De acordo com previsões da HortifrutI Brasil, núcleo de estudos e pesquisas do setor ligado à Universidade de São Paulo (USP), a safra 2023/24 de melão e melancia, que deve terminar no fim deste mês, apresenta expectativas mais positivas em comparação com a temporada anterior, tanto produtivas quanto comerciais.

Apesar da taxa de câmbio favorável, com o dólar forte, que contribui para o aumento de receita em real, o setor de exportação de frutas enfrentou desafios na temporada passada: os preços elevados de transporte e das embalagens de papelão. Para a próxima, o cenário é mais animador. A regularidade no fechamento dos contratos, que evita atrasos nos embarques das frutas, e um menor custo de produção, dadas as menores aplicações de defensivos, queda no valor dos fertilizantes e das embalagens e, principalmente, diminuição dos preços do frete marítimo, que foi um dos grandes entraves da safra anterior.

As perspectivas otimistas também estão fundamentadas na boa procura no exterior pelo melão brasileiro. A queda na produção da Espanha, tanto por problemas climáticos (principalmente seca, mas chuvas também atrasaram o plantio em alguns momentos) e redução de área, levou a um aumento da demanda por melões de outras origens, como o do Brasil, cuja maior produção está concentrada no Rio Grande do Norte.

Gasolina domina importações

O volume de compras de mercadorias fora do Brasil pelo Rio Grande do Norte apresentou um crescimento de 12% em março no comparativo com o terceiro mês do ano passado. O total de importações chegou a pouco mais de US$ 32 milhões, volume que é 30,3% maior que as importações de fevereiro, quando o volume foi de US$ 24,6 milhões. A indústria da energia continua ditando a régua das cifras aplicadas na importação de produtos para o mercado interno do Rio Grande do Norte.

A gasolina foi o item mais importado pelo RN no terceiro mês deste ano, com operações que totalizaram US$ 8,8 milhões e 10,4 mil toneladas do combustível adquiridas no exterior, mais especificamente nos Países Baixos. Até agora, o Estado já importou 37,2 mil toneladas do derivado de petróleo, o que também o posiciona entre os itens mais exportados pelo estado no primeiro trimestre, alcançando um volume de US$ 33,8 milhões.

Agora RN

Ações da Petrobras sobem com descoberta de petróleo no RN

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A segunda descoberta de petróleo pela Petrobras na Margem Equatorial brasileira, na bacia de Potiguar, anunciada na terça-feira (9), agradou o mercado financeiro, que manteve as ações da companhia em alta no pregão desta quarta-feira (10). A despeito da queda do preço do petróleo e as especulações sobre a substituição do presidente da companhia, Jean Paul Prates, que também estão se arrefecendo.

Os papéis da empresa começaram o dia valendo R$ 38,73. Por volta das 12h20, tanto as ações preferenciais como as ordinárias da companhia subiam mais de 2% na B3 e fecharam o dia por R$ 39,59 registrando uma alta de 2,22%.

Além de dar pistas sobre as possibilidades de produção nas águas ultraprofundas da bacia Potiguar, a descoberta no poço exploratório Anhangá, na costa do Rio Grande do Norte, garante maior credibilidade sobre o aumento de reservas da companhia. Somado às atividades na Margem Equatorial brasileira, a companhia adquiriu, em 2023, novos blocos na Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, país da costa oeste da África.

A constatação de reservatórios turbidíticos de idade Albiana portador de petróleo é inédita na Bacia Potiguar e foi realizada através de perfis elétricos e amostras de óleo, que serão posteriormente caracterizados por meio de análises de laboratório. A Petrobras informou que dará continuidade às atividades exploratórias na Concessão POT-M-762_R15, visando avaliar a qualidade dos reservatórios, as características do óleo e a viabilidade técnico-comercial da acumulação.

Segundo a Ativa Investimentos, a bacia Potiguar está localizada a alguns quilômetros de distância da bacia da Foz do Amazonas, alvo principal da petroleira, e mesmo assim possui características geológicas parecidas, “o que é ótimo”, avalia a corretora.

A Ativa destaca que a nova fronteira tem potencial, sobretudo por se tratar ainda de exploração em águas ultraprofundas, onde a Petrobras é destaque global. “A descoberta coloca uma pulga na orelha do Ibama. Se existem condições parecidas com Foz do Amazonas na bacia Potiguar, fica a impressão que o que existe na Foz do Amazonas pode ter grandes proporções. Em suma, a descoberta ajuda a Petrobras a colocar pressão no órgão para agilizar a licença solicitada pela empresa e que segue parada por mais de um ano no órgão”, afirmou em nota.

Tribuna do Norte

Pesquisa de preço do Procon Natal identifica aumento no preço dos combustíveis na capital potiguar

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O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, realizou pesquisa de preço de combustível na capital no dia 08 de abril e identificou aumento em todos os combustíveis pesquisados. O maior percentual de aumento encontrado foi para o etanol, de 19,28%. Em março, este combustível havia registrado redução no preço de -12,25% e foi o que teve maior redução em valores absolutos.

O etanol no mês passado custava em média R$ 4,27, já neste mês de abril o preço médio encontrado foi de R$ 5,09, chegando em alguns postos ao maior preço de R$ 5,48. Alguns locais não reajustaram este combustível, e a pesquisa registrou o mesmo preço praticado no mês anterior, de R$ 4,28.

O estudo analisou os preços dos combustíveis contemplando as quatro regiões da capital e todos estavam com aumento em relação ao mês anterior, no entanto, foi observada uma exceção no gás veicular que se manteve com o preço do mês passado de R$ 5,16. A gasolina comum e aditivada teve aumento de 2,66% e 2,38%, em Reais o aumento foi de R$ 0,16 e 0,15, respectivamente. Para o diesel comum e o S-10, o aumento encontrado foi maior de 3,14% e 2,33%, em Reais o custo para o consumidor foi de R$ 0,19 e R$ 0,14, respectivamente.

O Núcleo de pesquisa analisou os dados e identificou situações em que  o consumidor deve observar na hora de abastecer seu veículo. E para isso, realiza pesquisa de preço de combustível mensalmente em 86 (oitenta e seis) postos de gasolina na cidade do Natal, contemplando as quatro regiões da cidade, analisando os preços entre o mês atual e o anterior. As planilhas contendo todos os dados de preço, média e variação, bem como os estabelecimentos pesquisados, para todos os combustíveis, dentre outras informações podem ser obtidas através do endereço eletrônico http://www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa. É permitida a cópia dos dados da pesquisa, desde que seja citada a fonte: Núcleo de pesquisa Procon Natal. No entanto, é vedada a utilização deste material, integral ou parcial, para fins de anúncio publicitário comercial de qualquer espécie.

Por fim, os consumidores devem está atentos e pesquisar os melhores preços para abastecer e caso o consumidor, identifique preços muito acima da média encontrada pela pesquisa do Procon Natal, faça denuncia com posse do cupom fiscal emitido pelo posto de combustível, na sede do órgão, localizado na rua Ulisses Caldas n° 181, Cidade Alta ou pelos canais de atendimento ao consumidor: WhatsApp: (84) 98812-3865 e e-mail: [email protected], para medidas administrativas cabíveis.

RN recebe Complexo Solar com investimentos de R$ 2,1 bilhões

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O Complexo de Usinas Solares Mendubim, localizado em Assu, começou a operar oficialmente na manhã de terça-feira (9). Ao todo, 13 usinas formam o parque que é capaz de gerar 531 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes. Com um investimento de cerca de R$ 2,1 bilhões, o projeto abrange uma área de 1,2 mil hectares – o equivalente a 1,2 mil campos de futebol. O empreendimento é resultado de uma parceria de quatro empresas norueguesas: Scatec, Equinor, Hydro Rein e Alunorte. O lançamento do complexo contou com a presença de lideranças das empresas e autoridades políticas.

A usina fotovoltaica é a sexta maior do Brasil. Terje Pilskog, CEO global da Scatec, defende que Mendubim é um marco da empresa no Brasil. “Esse complexo solar, em pleno semiárido nordestino, é o segundo empreendimento da Scatec no país. O Brasil é um mercado chave para nós e possui um imenso potencial para crescer em energia renovável”, afirma. As 13 usinas ocupam uma área operacional de 900 hectares e mais 300 hectares de área de preservação ambiental.

A construção começou em julho de 2022 e, no auge da obra, aproximadamente 1,6 mil trabalhadores da região estiveram em campo simultaneamente. A expectativa é de que 30 profissionais continuem atuando na manutenção das usinas. As primeiras operações comerciais começaram em fevereiro deste ano, pelas Mendubins 11 e 9, como são chamadas as usinas individualmente. As demais foram acionadas gradualmente até março.

O country manager da Scatec no Brasil, Aleksander Skaare, considera que o Brasil não apenas se posiciona bem enquanto produtor, mas, ainda, pela qualificação de sua mão de obra especializada no setor das energias renováveis. “O país tem imenso potencial de crescimento em energias renováveis. Já lidera, de longe, esse setor na América Latina, e é um dos principais players internacionais desse mercado. Queremos fazer parte disso”, comenta.

A governadora Fátima Bezerra também participou da cerimônia e agradeceu a confiança dos investidores estrangeiros. “Queria agradecer por vocês terem acreditado no Rio Grande do Norte, terem apostado em Assu, no Rio Grande do Norte. O que nós estamos celebrando não é um equipamento qualquer, é um marco muito importante não só para o Estado, mas também para o Nordeste, Brasil e Mundo”, afirmou.

O local está a seis quilômetros da subestação de energia de Assu 3, que se conecta ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O espaço é considerado propício para geração de energia solar. O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) Roberto Serquiz disse que a instituição “abrirá estradas” para os novos parceiros.

“São três empresas chegando aqui e agora é recepcionar e dar as mãos. Estamos colocando à disposição o centro de referência nacional em energias renováveis no Senai”, disse, relembrando que o Senai tem a primeira Faculdade de energias Renováveis do Brasil. “Tem laboratórios capacitados, como o recente laboratório de hidrogênio verde, já preocupado com a offshore e criando agora o laboratório na área fotovoltaica, então oferecemos todo o apoio para as empresas que chegam aqui nas áreas de gás, petróleo e energias renováveis”, completa.

A composição acionária do projeto contava, inicialmente, com 3 sócios – Scatec, Hydro e Equinor, os quais teriam partes iguais no empreendimento. Mas, desde o início de o mês passado, a Alunorte adquiriu 10% do empreendimento e assumiu o compromisso de comprar 60% da energia produzida. A empresa firmou um termo de compra de energia (PPA) por vinte anos. A composição se divide agora em 30% para cada um dos sócios iniciais (Scatec, Equinor e Hydro Rein) e 10% para a Alunorte.

Mulheres na obra

Ao longo de sua construção, Mendubim selecionou e capacitou 240 mulheres sem formação profissional para atuar na área de renováveis, sendo 120 treinadas para montagem dos painéis solares e 120 para atuação em outras qualificações diversas. A iniciativa foi promovida em parceria com o Instituto Tecnológico do Brasil (Itec).

O esforço somou a outras iniciativas que levou à participação de 30% de mulheres em atividades operacionais e de manutenção dos equipamentos. No Brasil, em todas as áreas, a participação das mulheres da Scatec é de 39% do quadro de funcionários.

Projeto busca menor impacto ambiental

A produção de energia limpa e renovável ao longo dos próximos anos em Mendubim evitará que, aproximadamente, 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalentes deixem de ser emitidas na atmosfera. Para além desse marco, várias outras medidas foram tomadas para minimizar o impacto do projeto ao meio ambiente.

Entre elas está a decisão – inédita – da não remoção da camada mais superficial do solo nesse projeto, que é considerada uma inovação de engenharia nas usinas fotovoltaicas. Tradicionalmente, em projetos similares, são retirados 15 centímetros de cobertura do solo. “A ideia, aqui, foi diminuir o impacto ambiental e preservar a microbiologia do solo”, explica o country manager da Scatec Aleksander Skaare.

Da área construída, foram resgatados mais de 6,2 mil animais da fauna originária local. Um esforço de manejo – abrangendo uma equipe de mais de 40 pessoas – que os direcionou para reservas legais na mesma bacia hidrográfica onde se situa Mendubim. A grande maioria (95%) desses animais era composta por cobras, lagartos e tatus. “Também tomamos o cuidado de solicitar a um apicultor local para remanejar as colmeias de abelhas que encontramos na região”, informa Skaare.

Atualmente, no Rio Grande do Norte tem 24 plantas de energia fotovoltaica, que geram 562 MW. Mas existem 259 empreendimentos outorgados. Os projetos de energia solar fotovoltaica correspondem a 73,3% dos empreendimentos com construção ainda não iniciada, evidenciando o aumento expressivo do segmento nos próximos anos.

Tribuna do Norte

Petrobras descobre petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar

FOTO: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PETROBRAS

A Petrobras descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, da Concessão POT-M-762_R15. O poço 1-BRSA-1390-RNS (Anhangá) está situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá. Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

A companhia pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial.

Com informações de Blog do Heitor Gregório