SELO BLOG FM (4)

Categoria: Economia

Mercado imobiliário brasileiro dispara e Natal é a 14ª capital com maior alta nos preços

FOTO: CANINDÉ SOARES

Os preços dos imóveis subiram 7,7% em 2024 e registraram a maior variação anual desde 2013, quando encareceram 13,7%. O cenário de alta demanda foi puxado principalmente pelo crescimento da economia brasileira e pelo aquecimento do mercado de trabalho, segundo dados do índice FipeZap, estudo feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em conjunto com o DataZap, hub imobiliário do grupo OLX.

A alta dos preços foi sentida em praticamente todo o país, com as 22 capitais monitoradas apontando valorização de mais de 2%. Curitiba lidera as capitais, com um valor de venda 18% maior do que o registrado em 2023.
Em seguida estão Salvador (16,3%), João Pessoa (15,5%), Aracaju (13,7%), Belo Horizonte e Vitória (ambas com 12,5%).

O caso de Curitiba não é recente e evolui desde a pandemia. Dados do Registro de Imóveis do Brasil e da Fipe, mostram que, entre março de 2019 e fevereiro de 2020, cerca de 46 mil imóveis foram transacionados na capital paranaense, saltando para 58 mil imóveis entre junho de 2023 e maio de 2024, último dado disponível.

“Os bairros mais procurados nos portais do grupo OLX para venda são próximos ao centro histórico, ou seja, são bairros com mais infraestrutura urbana e oferta de serviços. Essas localidades já apresentam maior densidade demográfica e estão se valorizando mais do que regiões com maior oferta de terrenos”, afirma Paula Reis, economista do DataZap.

A economista também explica que os segmentos de moradia popular e de médio padrão foram os principais responsáveis pela demanda de crédito no mercado imobiliário em 2024. Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que a carteira de crédito cresceu 23% até novembro em todos os segmentos.

Tendência apontada nos últimos anos, os imóveis com um dormitório encareceram 8,7%. Na sequência, ficaram unidades com três (8%), dois (7,1%) e quatro ou mais dormitórios (6,2%).

No ano passado, o preço médio do metro quadrado calculado pelo FipeZap chegou a R$ 9.366. Casas com um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda em R$ 11,1 mil o metro, enquanto imóveis com dois dormitórios ficaram com um valor menor, de R$ 8.387 o metro.

No geral, os preços do mercado imobiliário superaram a variação média dos preços da economia, medida pelo IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços-Mercado), que subiu 6,5% até novembro, e o IPCA-15, adotado como uma prévia para a inflação ao consumidor, com alta de 4,6% no período de 12 meses até dezembro.

CIDADES MAIS CARAS DO BRASIL PARA COMPRAR IMÓVEL

Entre as capitais, Vitória fechou o ano com o valor médio do metro quadrado mais alto do país, a R$ 12,2 mil. Em seguida, estão o metro quadrado de Florianópolis (R$ 11,7 mil), São Paulo (R$ 11,3 mil), Curitiba (R$ 10,7 mil) e Rio de Janeiro (R$ 10,2 mil).

Balneário Camboriú (SC) segue no topo das cidades com o metro quadrado mais caro, avaliado em R$ 13,9 mil, em média. A vizinha Itapema (SC) ficou pouco atrás, com o metro custando R$ 13,7 mil e Vitória (ES) com R$ 12,2 mil.
Betim (MG), por outro lado, é o município com o menor valor por metro quadrado, com R$ 4.280, seguida pela gaúcha Pelotas (R$ 4.286), São Vicente (R$ 4.478) e Santa Maria R$ 4.814.

Ranking das capitais com maior alta nos preços de imóveis em 2024

1 – Curitiba (PR): + 18,00%
2 – Salvador (BA): + 16,38%
3 – João Pessoa (PB): + 15,54%
4 – Aracaju (SE): + 13,79%
5 – Belo Horizonte (MG): + 12,53%
6 – Vitória (ES): + 12,51%
7 – Fortaleza (CE): + 11,49%
8 – Goiânia (GO): + 11,49%
9 – Maceió (AL): + 10,50%
10 – Cuiabá (MT): + 10,31%
11 – Belém (PA): + 9,90%
12 – Florianópolis (SC): + 9,07%
13 – São Luís (MA): + 8,73%
14 – Natal (RN): + 8,51%
15 – Manaus (AM): + 8,45%
16 – Recife (PE): + 6,64%
17 – São Paulo (SP): + 6,56%
18 – Porto Alegre (RS): + 6,44%
19 – Campo Grande (MS): + 4,08%
20 – Brasília (DF): + 3,71%
21 – Rio de Janeiro (RJ): + 3,13%
22 – Teresina (PI): + 2,80%

Ranking das cidades mais caras em 2024 (preço médio por m²)

1 – Balneário Camboriú (SC): R$ 13.911/m²
2 – Itapema (SC): R$ 13.721/m²
3 – Vitória (ES): R$ 12.287/m²
4 – Itajaí (SC): R$ 11.857/m²
5 – Florianópolis (SC): R$ 11.766/m²
6 – São Paulo (SP): R$ 11.374/m²
7 – Barueri (SP): R$ 10.844/m²
8 – Curitiba (PR): R$ 10.703/m²
9 – Rio de Janeiro (RJ): R$ 10.289/m²
10 – Belo Horizonte (MG): R$ 9.365/m²
11 – Brasília (DF): R$ 9.325/m²
12 – Maceió (AL): R$ 9.173/m²
13 – Vila Velha (ES): R$ 9.056/m²
14 – São Caetano do Sul (SP): R$ 8.545/m²
15 – São José dos Campos (SP): R$ 8.233/m²
16 – Recife (PE): R$ 8.089/m²
17 – Fortaleza (CE): R$ 8.031/m²
18 – São José (SC): R$ 7.956/m²
19 – Osasco (SP): R$ 7.933/m²
20 – Goiânia (GO): R$ 7.929/m²
21 – Joinville (SC): R$ 7.615/m²
22 – São Luís (MA): R$ 7.440/m²
23 – Belém (PA): R$ 7.405/m²
24 – Santos (SP): R$ 7.322/m²
25 – Santo André (SP): R$ 7.196/m²
26 – Niterói (RJ): R$ 7.132/m²
27 – Porto Alegre (RS): R$ 7.111/m²
28 – Manaus (AM): R$ 7.061/m²
29 – Blumenau (SC): R$ 7.008/m²
30 – João Pessoa (PB): R$ 6.890/m²
31 – Campinas (SP): R$ 6.888/m²
32 – Guarulhos (SP): R$ 6.816/m²
33 – Salvador (BA): R$ 6.766/m²
34 – São Bernardo do Campo (SP): R$ 6.511/m²
35 – Diadema (SP): R$ 6.467/m²
36 – Guarujá (SP): R$ 6.431/m²
37 – Praia Grande (SP): R$ 6.150/m²
38 – Cuiabá (MT): R$ 6.099/m²
39 – Campo Grande (MS): R$ 5.769/m²
40 – Caxias do Sul (RS): R$ 5.671/m²
41 – Teresina (PI): R$ 5.628/m²
42 – Natal (RN): R$ 5.613/m²
43 – Canoas (RS): R$ 5.578/m²
44 – Jaboatão dos Guararapes (PE): R$ 5.447/m²
45 – Contagem (MG): R$ 5.419/m²
46 – São José dos Pinhais (PR): R$ 5.353/m²
47 – São José do Rio Preto (SP): R$ 5.321/m²
48 – Aracaju (SE): R$ 5.163/m²
49 – Londrina (PR): R$ 5.115/m²
50 – São Leopoldo (RS): R$ 5.101/m²
51 – Novo Hamburgo (RS): R$ 5.043/m²
52 – Ribeirão Preto (SP): R$ 4.918/m²
53 – Santa Maria (RS): R$ 4.814/m²
54 – São Vicente (SP): R$ 4.478/m²
55 – Pelotas (RS): R$ 4.286/m²
56 – Betim (MG): R$ 4.280/m²

Folhapress

Exportações do RN crescem 42,6% em 2024 e movimentação do comércio exterior tem soma recorde

FOTO: ASSECOM

As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 42,6% em 2024 em relação ao ano anterior, chegando a US$ 1,1 bilhão. Com isso, ao longo de 2024, o comércio exterior do Estado alcançou um volume recorde de transações, atingindo US$ 1,7 bilhão — soma das exportações com as importações (US$ 595 milhões). Esses números estão na mais recente edição do Boletim Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), com as informações da Balança Comercial do RN, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta terça-feira (07/01), por meio da plataforma “Comex Stat”.

Ao longo do ano, a pauta de exportação foi diversificada, com destaque para óleos combustíveis (US$ 558,7 milhões), melões frescos (US$ 120,1 milhões), óleo diesel (US$ 86,7 milhões) e melancias frescas (US$ 52,9 milhões). “Esses produtos refletem a capacidade do estado de combinar uma base agrícola consolidada, liderada pela fruticultura, com uma crescente relevância no setor energético, especialmente no comércio de combustíveis”, aponta a análise feita pela equipe técnica que elabora o Boletim.

Os principais produtos importados nos doze meses de 2024 foram células fotovoltaicas (US$ 129,1 milhões), “outras gasolinas” (US$ 92,2 milhões), grupos eletrogêneos de energia eólica (US$ 54,6 milhões), trigo e centeio (US$ 49,6 milhões) e óleo diesel (US$ 40,7 milhões). “A predominância de tecnologias voltadas à transição energética reforça o compromisso do Rio Grande do Norte com o desenvolvimento sustentável, consolidando sua posição como líder nacional na geração de energias renováveis”, aponta a análise.

Os cinco principais destinos das exportações potiguares no período foram: Singapura (US$ 199,3 milhões), Países Baixos (US$ 189,2 milhões), Ilhas Virgens Americanas (US$ 187,8 milhões), Estados Unidos (US$ 66,1 milhões) e Reino Unido (US$ 52,2 milhões).

Nas importações, os principais parceiros foram: China (US$ 260,4 milhões), Estados Unidos (US$ 76,2 milhões), Suíça (US$ 44,1 milhões), Argentina (US$ 34,3 milhões) e Países Baixos (US$ 32,7 milhões).

Dezembro

A SEDEC também divulgou a edição do Boletim Econômico com as informações sobre a Balança Comercial específica de dezembro de 2024. As transações comerciais do Rio Grande do Norte no último mês de 2024 somaram US$ 126,8 milhões. As exportações alcançaram US$ 64,6 milhões, enquanto as importações somaram US$ 62,2 milhões.

Acesse aqui a íntegra do Boletim com as informações sobre a Balança comercial do RN em dezembro de 2024.

Trump ameniza tom, derruba dólar e traz algum alívio ao governo Lula

FOTO: GETTY

A duas semanas da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em um segundo mandato não consecutivo, a moderação no tom sobre a imposição de tarifas de importação pelo novo governo trouxe alívio para moedas emergentes, entre elas o real. Nessa segunda-feira (6/1), o dólar fechou em baixa de 1,1% no Brasil, cotado a R$ 6,11. Na mínima do dia, chegou a R$ 6,09.

A cotação mais baixa da moeda norte-americana neste início de ano é uma boa notícia para o governo Lula (PT), que vem sendo pressionado e cobrado desde que o dólar rompeu a barreira dos R$ 6, no fim do ano passado.

A alta global do dólar nos últimos meses estava relacionada à tarifação ameaçada por Trump, visto que aumentos nas tarifas podem intensificar ou gerar novas guerras comerciais e, por consequência, elevar a inflação nos EUA, já que produtos mais baratos deixariam de entrar no país.

De acordo com reportagem de segunda-feira do jornal The Washington Post, assessores de Trump têm estudado tarifas apenas em importações críticas, o que seria uma mudança considerável em relação às ameaças do republicano durante a campanha presidencial de 2024.

Como candidato, Trump apelou a tarifas “universais” de até 10% ou 20% sobre tudo o que é importado para os EUA. Muitos economistas alertaram que tais planos poderiam causar choques nos preços. Agora, de acordo com o jornal, a tarifação atingiria somente setores-chaves para a segurança do país, como defesa bélica (por meio de tarifas sobre aço, ferro, alumínio e cobre); suprimentos médicos críticos (seringas, agulhas, frascos e materiais farmacêuticos); e produção de energia (baterias, minerais de terras raras e até painéis solares).

Trump negou as informações em sua rede social, Truth Social, ainda pela manhã, mas isso não foi suficiente para a reversão do movimento de enfraquecimento do dólar.

Durante a campanha, ele reforçou sua defesa em torno das tarifas, que chamou de “a palavra mais bonita do dicionário”. Na quarta-feira (1º/1), ele postou que as tarifas vão pagar a dívida norte-americana e “tornar a América rica novamente”.

Trump toma posse oficialmente no próximo dia 20. Nessa segunda, sua vitória nas eleições de novembro foi certificada pelo Congresso dos Estados Unidos.

Também em âmbito internacional, o mercado está de olho na divulgação de novos indicadores econômicos nesta semana, principalmente os de mercado de trabalho nos Estados Unidos, que sairão na próxima sexta-feira (10/1). Eles vão indicar como está se comportando a economia do país e podem dar pistas sobre os próximos passos de política monetária – corte, subida ou manutenção dos juros.

Processo de acomodação

Ainda na segunda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que há um processo de “acomodação natural” e citou o que chamou de “estresse” no mundo todo no final de 2024. Ele ainda afirmou que não está em discussão uma eventual mudança do atual regime de câmbio, que é flutuante. No fim do ano passado, o Banco Central (BC) interveio fazendo leilões (vendas de dólares) em razão da saída atípica de recursos do país.

“O presidente eleito dos Estados Unidos deu declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem, mas não existe discussão de mudar o regime cambial no Brasil nem de aumentar imposto com esse objetivo”, disse o ministro.

Metrópoles

Bancos veem Selic e Dólar sem trégua até julho

FOTO: ILUSTRAÇÃO

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ouviu bancões e agentes do mercado financeiro e produziu uma pesquisa que é um banho de água fria na equipe econômica do governo Lula. A maioria dos entrevistados, que tem nomes como Bradesco, Caixa, Itaú, BRB, BNDES, Santander e vários outros, não conta com estabilização da Selic ou do Dólar até o meio do ano. E fica pior. Para 57,9% dos ouvidos, a inflação deve passar dos 4,5%, ou seja, vai estourar o teto da meta.

O céu é o limite

O número dos entrevistados que acham que a Selic ficará acima dos 14,25% é esmagador: 84,2%. A expectativa é chegue aos 15% até junho.

Dólar, R$6

Com apreciação prevista, o Dólar também não traz boas notícias. O previsto é a moeda na casa dos R$6. Só em julho fica perto dos R$5,90.

Tesoura cega

O corte de gastos não convenceu. O governo previa economia de R$71 bilhões em 2 anos. Os bancos esperam entre R$40 bilhões e 55 bilhões.

Dados

A pesquisa foi realizada em dezembro e considerou percepções sobre as atas do Copom e projeções para o mercado de crédito para este ano.

Diário do Poder

Brasil e China começam 2025 entre piores resultados das Bolsas

FOTO: DIVULGAÇÃO

O início do ano fraco para a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) se destaca dentre os principais índices mundiais. O Ibovespa acumulou uma retração de 1,46% nos 2 primeiros pregões de 2025 e tem a 10ª maior baixa da lista de países.

A China é outro destaque dos piores resultados dos mercados globais, onde as maiores Bolsas ocupam do 2º ao 5º lugar das desvalorizações. Contrasta com outras nações asiáticas –Japão e Índia entraram em janeiro com expansão.

A lista é liderada pelo S&P 500 VIX, usado para medir a volatilidade do índice de mesmo nome dos Estados Unidos. Entretanto, o resto do mercado norte-americano começou 2025 em alta. É o caso da Dow Jones (+0,44%) e da Nasdaq (+1,61%).
Outro destaque negativo da lista foi a Rússia. A Moex (Bolsa de Valores de Moscou) caiu 1,89%.

A 1ª semana do ano foi marcada por uma agenda econômica fria no cenário nacional e internacional. Os investidores ainda processam a aprovação do pacote de corte de gastos do governo pelo Congresso no fim de 2024. Não foi suficiente para acalmar os ânimos em relação ao temor pela política fiscal.

Outro ponto de destaque no Brasil é a sucessão do Banco Central. O novo presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, e 3 diretores indicados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiram o cargo oficialmente em 2025.

A 2ª semana do ano será mais quente no Brasil. Haverá divulgação de indicadores econômicos importantes, como inflação e balança comercial. …

Na América do Norte, destacou-se a divulgação de dados sobre o setor industrial dos Estados Unidos. Os números indicaram uma evolução em dezembro, mas uma contração no cenário de longo prazo.

Além disso, o mercado internacional se prepara para o momento em que Donald Trump (Partido Republicano) assumirá a Casa Branca. Ele prometeu medidas protecionistas de fortalecimento da economia norte-americana. Toma posse em 20 de janeiro.

Na Ásia, uma grande movimentação veio por parte da China. O presidente do país, Xi Jinping, prometeu estímulos fiscais para impulsionar a economia. Entretanto, não detalhou quais medidas serão adotadas. A incerteza costuma agitar os mercados.

Poder 360

Gasolina e diesel têm aumento de preço na refinaria do RN; Confira

FOTO: DIVULGAÇÃO

O início do ano trouxe um aumento no preço dos combustíveis na refinaria potiguar Clara Camarão, localizada em Guamaré. O primeiro reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel aconteceu nesta quinta-feira 2. A refinaria é administrada pela Brava Energia, antiga 3R Petroleum.

O preço do óleo Diesel A S500 passou de R$ 3,541 para R$ 3,591, o que corresponde a um acréscimo de cinco centavos por litro do combustível comercializado na refinaria potiguar.

A gasolina tipo A, vendida às distribuidoras, teve um aumento de três centavos, passando de R$ 3,173 para R$ 3,203.

Agora RN

Salário mínimo passa para R$ 1.518 a partir desta semana

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Brasil tem desde esta quarta-feira (1º de janeiro) um novo valor de R$ 1.518 para o salário mínimo, o que representa aumento de R$ 106 em relação a 2024 (R$ 1.412). Segundo o governo federal, o novo valor incorpora a reposição de 4,84% da inflação de 12 meses apurada em novembro do ano passado (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 2,5% de ganho real.

O reajuste está de acordo com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional que condiciona a atualização do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Por essa nova norma – válida entre 2025 e 2030 – o salário mínimo terá ganho real de 0,6% a 2,5%.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior o reajuste deveria ser a reposição da inflação mais 3,2% (variação do Produto Interno Bruto em 2023).

O reajuste menor vai afetar a remuneração de 59 milhões pessoas que têm o rendimento ligado ao valor do salário mínimo, como empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, trabalhadores por conta própria e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Impacto direto

O valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal como os pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões; de quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7 milhões; dos trabalhadores com carteira dispensados do serviço, cerca de 7,35 milhões que acionaram o seguro-desemprego (dado de julho de 2024); e os trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS-Pasep), cerca de 240 mil pessoas no ano passado.

A empresa Tendências Consultoria, de São Paulo, estima que a nova política de reajuste de salário mínimo vai gerar R$ 110 bilhões de economia dos gastos públicos até 2030, sendo que R$ 2 bilhões são previstos em 2025.

Entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve 77% de ganho real (acima da inflação). Essa política de reajuste ficou interrompida entre 2018 e 2022. O salário mínimo no Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas.

Diário do Poder

Recorde: 33% das empresas brasileiras fecham 2024 inadimplentes

FOTO: DIVULGAÇÃO

De acordo com dados levantados pela companhia Serasa Experian, empresas brasileiras batem recorde de inadimplência no final do mês de outubro passado e situação deve persistir em 2025.

É o maior numero da serie histórica, com 7 milhões de empresas no vermelh0, o que representam 33% das companhias nacionais, o passivo somado chega a 156 bilhões de reais.

O economista-chefe do Serasa Luiz Rabi afirma que as altas taxas de juros justificam os números alarmantes

“A taxa de juros é uma variável muito importante para a inadimplência das empresas, assim como a inflação é importante para a inadimplência do consumidor. Nesse cenário de inflação e juros subindo, as duas inadimplências vão ficar pressionadas. Então, nos próximos dois trimestres, não esperamos nenhum tipo de arrefecimento nessa tendência”, pontua Luiz Rabi

O Banco Central (BC) já indicou novos aumentos para a taxa básica de juros no próximo ano, com isso especialistas projetam um período difícil para os empreendimentos brasileiros em 2025.

Diário do Poder