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Categoria: Economia

Parques eólicos offshore no RN devem gerar 25,4 GW de energia

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Após a recente sanção presidencial do projeto de lei que regulamenta a instalação de equipamentos para geração de energia eólica offshore (em alto-mar), cresce a expectativa para o início das operações dos parques energéticos no litoral potiguar. Atualmente, o Rio Grande do Norte possui 14 projetos aguardando licenciamento pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Juntos, esses projetos têm potencial para gerar 25,4 GW de energia, ocupando uma área de 6,8 mil quilômetros ao longo da costa.

O estado é o quarto em número de projetos em licenciamento, ficando atrás do Rio Grande do Sul (30), Ceará (26) e Rio de Janeiro (16). Ao todo, o Brasil registra 103 projetos sob análise no Ibama, com um potencial total estimado em 244 GW.

Os dados mais atualizados do Ibama — que é o órgão encarregado por licenciar os empreendimentos em mar aberto, indicam um cenário promissor — com projetos em diferentes estágios de avaliação.

A geração de energia offshore é realizada por meio de turbinas eólicas instaladas em plataformas fixas ou flutuantes no leito marinho. A vantagem é que em alto-mar, onde os ventos são mais rápidos, constantes e livres de obstáculos, os parques têm produção mais eficiente em comparação com as turbinas eólicas terrestres. Além disso, os aerogeradores utilizados no mar são de maior porte do que os encontrados em terra firme.

No Rio Grande do Norte, os parques eólicos em mar aberto serão instalados a distâncias que variam entre 10 e 40 quilômetros da costa, principalmente no litoral norte, entre os municípios de Touros e Grossos. Os 14 projetos em licenciamento preveem a instalação de pelo menos 1.680 aerogeradores, com alguns parques atingindo capacidade de até 3 GW. Para efeito de comparação, o atual consumo energético do Rio Grande do é de 1 GW.

A Petrobras lidera em número de projetos no estado, com três grandes empreendimentos: “Costa Branca I”, “Costa Branca II” e “Ginga”, que juntos podem somar 4,6 GW de potência instalada.

O texto que estabelece o “Marco Legal da Energia Offshore” é de autoria do ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Ele explica que a legislação regulamenta a exploração energética em áreas marítimas brasileiras. “O objetivo é destravar investimentos bilionários no setor, que podem gerar royalties para estados e municípios, além de milhares de empregos diretos e indiretos”, explica.
Para garantir a sustentabilidade das atividades, a lei impõe exigências para o descomissionamento de projetos e a restauração das áreas exploradas, além de exigir consultas prévias às comunidades impactadas, assegurando o respeito às práticas marítimas tradicionais e à cultura local.

As receitas geradas pela exploração do setor, provenientes de bônus de assinatura, taxas de ocupação e participação proporcional sobre a energia produzida, serão distribuídas entre a União, os estados e os municípios. Os investimentos serão prioritariamente direcionados à pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.

Para o secretário adjunto estadual de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, a regulamentação representa a abertura de um novo setor de geração de energia no Rio Grande do Norte. Segundo ele, o setor eólico offshore possui especificidades completamente diferentes do eólico onshore (em terra), com características próprias e uma cadeia de valor que precisa ser desenvolvida. “A tecnologia de geração de energia é distinta, assim como a indústria envolvida. Os equipamentos são muito maiores, e a logística é completamente diferenciada. Por se tratar de uma atividade no mar, há uma sinergia significativa com a infraestrutura portuária, incluindo a fabricação dos componentes e outros processos relacionados”, detalhou.

“Isso, certamente irá atrair muitos investimentos para o Brasil e, especialmente, para o Rio Grande do Norte. Atualmente, existem mais de nove projetos em desenvolvimento na costa do estado, com milhões já investidos por empresas multinacionais que aguardavam a regulamentação da atividade pelo governo federal para dar continuidade aos seus investimentos e avançar nos projetos de geração de energia no mar”, complementou Fonseca.

Ele reforça que o Rio Grande do Norte, atualmente, lidera os preparativos para essa nova atividade. O estado foi o primeiro a medir o potencial de geração de energia eólica no mar. “Atualmente, temos sistemas de anemometria instalados em alto-mar, que medem o potencial em tempo real. Essa ação foi possível graças ao Atlas Eólico Solar do Rio Grande do Norte (lançado em 2023), que também incluiu medições offshore. Os dados obtidos são fundamentais para que as empresas desenvolvam projetos mais eficientes e competitivos”, detalhou.

O secretário cita ainda o projeto do Porto-Indústria Verde no Rio Grande do Norte, um empreendimento de R$ 5,6 bilhões que visa impulsionar a indústria de energia limpa e gerar 50 mil empregos. O porto, localizado em Caiçara do Norte, atuará como base para a fabricação de componentes offshore, operação e manutenção de usinas em alto-mar, além de permitir a produção e exportação de hidrogênio e amônia verdes. O projeto será desenvolvido através de uma Parceria Público-Privada (PPP). A meta é concluir a primeira etapa da infraestrutura até o final de 2026. “O porto também servirá como base operacional para suporte à operação e manutenção das usinas em alto-mar. Essa integração de ações coloca o Rio Grande do Norte em destaque como um dos estados mais preparados para liderar o desenvolvimento da energia eólica offshore no Brasil”, encerrou.

No caso do Rio Grande do Norte, líder nacional em geração de energia eólica em terra, estudos desenvolvidos pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis mostram que o potencial para futura geração offshore – com parques eólicos no mar – alcança 54,5 GW no estado, suficiente para suprir aproximadamente um terço de toda a energia elétrica consumida no Brasil em 2020 (cerca de 651 TWh).

Produção de energia no RN

Atualmente, o Rio Grande do Norte é o sexto maior produtor de energia do Brasil, com 11,7 GW de potência instalada, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A energia eólica é responsável por quase 90% dessa produção, totalizando 10,08 GW, o que coloca o estado em segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas da Bahia, com 10,7 GW.
A energia solar também ganha destaque, com 1,2 GW de potência instalada, posicionando o estado em quarto lugar no ranking nacional. O setor fotovoltaico tem grande potencial de crescimento, com projetos em construção que somam uma estimativa de 9,6 GW de capacidade adicional.

Safra de Frutas no Porto de Natal cresce 107% em comparação ao ano anterior

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O Porto de Natal encerrou o ano de 2024 com um marco na movimentação de frutas, atingindo 135.302 toneladas exportadas. O volume representa um aumento de 107% em relação ao mesmo período de 2023 e consolida um resultado animador, após a saída das operações da CMA CGM.

Em coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (20), o diretor-presidente da CODERN, Paulo Henrique Macedo, destacou os investimentos previstos para 2025 que vão beneficiar o Porto de Natal, destacando o apoio decisivo do Governo Federal, do Ministério de Portos e Aeroportos e do Governo do Estado, através da governadora Fátima Bezerra, nas pautas estratégicas, como a instalação das defesas da Ponte Newton Navarro e a dragagem do canal de acesso, sem falar nas obras que já estão em processo licitatório com recursos do PAC em conta, para as reformas dos armazéns, galpões e instalação da usina fotovoltaica.

“Estamos vivendo um bom momento após o cenário negativo da saída da CMA CGM do Porto de Natal e a nossa expectativa é que esses números melhorem cada vez mais. Esse resultado extraordinário acontece graças à eficiência das operações, à expertise na operação de frutas e ao empenho de todos os envolvidos. Esse momento nos motiva a buscar ainda mais avanços em 2025”, declarou o diretor-presidente.

Com o aumento das exportações de frutas, cresce também a geração de empregos diretos e indiretos no Rio Grande do Norte, envolvendo desde o cultivo até o transporte e a logística portuária. O setor de frutas representa uma das maiores forças econômicas do Estado com impacto significativo no PIB estadual.

Outro ponto abordado pelo diretor-presidente da CODERN na coletiva, além dos investimentos que serão feitos e do aumento da safra de frutas, foi a criação da comissão de implantação da agenda ESG no âmbito da Companhia, com ações já implantadas em três áreas: Ambiental, Social e de Governança. É um termo que abrange um conjunto de boas práticas elaboradas com o propósito de guiar as empresas em direção a ações mais sustentáveis.

Natal apresenta redução no preço da gasolina comum; preço médio chega a R$ 6,13

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O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal realizou uma pesquisa de preço de combustíveis na cidade de Natal, na segunda semana do mês de janeiro segunda-feira 13. A pesquisa identificou redução no preço da gasolina comum em relação ao mês de dezembro, sendo vendida nos postos de combustíveis em média a R$ 6,13 e a aditivada por R$ 6,19.

Essa redução encontrada pelos pesquisadores, pode ser uma promoção aplicada pelos postos, uma vez que não houve redução no preço dos combustíveis nas refinarias. De acordo com dados da Agência nacional de combustíveis para esse mesmo período, o preço médio da gasolina é de R$ 6,35 no estado e a nacional ficou em R$ 6,14. Mesmo com a defasagem que os combustíveis estão em relação à moeda estrangeira.

O estudo abrangeu todas as quatro regiões da capital e analisou os preços dos combustíveis. No total, foram pesquisados 87 postos de gasolina, contemplando todas as regiões da cidade. Em dezembro, a pesquisa realizada pelo Procon Natal identificou o preço médio da gasolina comum na capital por R$ 6,67 e no mês de janeiro o preço médio da gasolina sendo vendida nos postos é de R$ 6,13, ou seja, uma redução de R$ de (R$ -0,54), de um mês para o outro.

Em todas as regiões foi observado redução no preço, destaque para a região leste onde quase todos os combustíveis pesquisados estavam com os melhores preços em relação as demais regiões. A gasolina comum teve redução no preço médio de R$ 0,66 de um mês para o outro, uma vez que em dezembro o preço médio dessa região era de R$ 6,66 e neste mês a pesquisa encontrou de R$ 6,00. O menor preço da gasolina comum foi de R$ 5,54, no posto da Alexandrino de Alencar no bairro de Lagoa Seca. O diesel e o etano estavam com o preço médio de R$ 6,01 e R$ 4,29, respectivamente. Já o gás natural foi exceção, uma vez que o menor preço foi encontrado na região sul de R$ 4,87 em média.

O consumidor deve pesquisar antes de abastecer, já que a pesquisa encontrou uma variação entre o maior e menor preço podendo resultar em uma economia significativa. É o caso do etanol que o maior preço encontrado foi de R$ 4,99 e o menor de R$ 3,79, este menor preço foi na região leste no bairro do Alecrim e Dix-Sept Rosado, e isso representa uma variação de 31,66 % entre o maior e menor preço, uma diferença em reais de R$ 1,20. No diesel S-10 a diferença encontrada entre o maior e menor preço foi de R$ 0,75, onde o maior preço foi de R$ 6,49 e o menor R$ 5,74, na região leste no bairro do Alecrim e Ribeira, região oeste no bairro de Bom Pastor. Também foi observada grande diferença entre o maior e menor preço da gasolina comum de R$ 1,15, onde o maior preço R$ 6,69 e o menor R$ 5,54 no bairro de Lagoa Seca na zona leste da capital.

O Procon Natal, investiga se o aumento encontrado é abusivo avaliando a cadeia de produção e distribuição dos combustíveis. No entanto, os consumidores devem continuar atentos aos preços e pesquisar antes de abastecer. Caso identifiquem valores muito acima da média encontrada pela pesquisa do Procon Natal, podem denunciar apresentando o cupom fiscal emitido pelo posto de combustível na sede do órgão, localizada na Rua Ulisses Caldas, nº 181, Cidade Alta, ou pelos canais de atendimento ao consumidor: (84) 98812-3865 e e-mail [email protected], para que sejam adotadas as medidas administrativas cabíveis.

Agora RN

Confiança do comércio natalense cresce 4,9% e setor encerra 2024 mais otimista

FOTO: JOSÉ ALDENIR

Em dezembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) natalense registrou alta de 4,9% em comparação ao mesmo período de 2023. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), o otimismo dos negócios locais está diretamente relacionado à Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que cresceu aproximadamente 7,2% em relação a dezembro de 2023.

Os dados, apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indicam que os varejistas natalenses enxergam que o comércio avançou em 2024. De acordo com o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, a confiança dos comerciantes também foi impulsionada pela queda dos níveis de desemprego e pelo crescimento do setor nos últimos meses.

“A economia do Rio Grande do Norte teve um 2024 marcado pelo crescimento do comércio varejista e pela queda do desemprego. Os últimos dados da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, mostram que em novembro o setor já apresentava alta interanual pelo 12º mês consecutivo; então os empresários locais tiveram bons motivos para terminar o ano mais animados e otimistas do que em 2023”, explicou Marcelo.

De acordo com o levantamento da CNC, apenas as empresas que comercializam bens duráveis apresentaram queda de confiança (-1,5%) na comparação com dezembro de 2023. Por outro lado, a confiança dos negócios que empregam até 50 funcionários cresceu 5%.

Turismo do RN cresce 19% e apresenta o maior resultado no Brasil
Liderando o ranking nacional, o Rio Grande do Norte se destacou no setor de serviços em novembro de 2024, com um crescimento de 19,1% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse avanço, impulsionado pelo turismo, colocou o estado no topo entre os que mais cresceram no país. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira 15 pelo IBGE, através da Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS).

“O número reforça a importância do Turismo na economia do Rio Grande do Norte e chama nossa atenção para buscar mais investimentos para o segmento e fazendo girar a roda econômica. Quanto mais investimentos no turismo potiguar, mais turistas chegam ao nosso estado, sejam eles nacionais ou internacionais, movimentando toda uma cadeia, deixando nos cofres públicos mais recursos para investimentos”, afirmou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

O setor de Serviços como um todo registrou um aumento de 14,3% no penúltimo mês do ano, em relação ao mesmo mês de 2023. Esse foi o quarto melhor desempenho anual do país.

Já o Brasil cresceu 2,9%, e o Turismo brasileiro, 9,2%, utilizando a mesma base de comparação. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o RN cresceu 4,1%, estando acima da média brasileira de 3,2%.

Agora RN

RN registra o segundo maior preço da gasolina no Nordeste, segundo pesquisa da ANP

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O Rio Grande do Norte (RN) apresentou o segundo maior preço médio da gasolina comum entre os estados do Nordeste, com R$ 6,30 por litro, conforme apontado pela pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A pesquisa, realizada entre 5 e 11 de janeiro de 2025, considerou dados de 37 postos de combustíveis no estado.

O preço do litro de gasolina no RN ficou atrás apenas do Ceará, onde o valor médio foi de R$ 6,39. Em seguida, estão Bahia e Sergipe, com preços de R$ 6,29. Outros estados com preços elevados incluem Alagoas (R$ 6,13), Pernambuco (R$ 6,12), Maranhão (R$ 5,96), Piauí (R$ 5,96) e Paraíba (R$ 5,88).

Nas capitais da região, Natal registrou o quarto maior preço, com R$ 6,24 por litro. As cidades com os preços mais altos foram Fortaleza (R$ 6,39) e Salvador (R$ 6,27), seguidas por Aracaju (R$ 6,33) e Maceió (R$ 6,12). São Luís apresentou o preço mais baixo da região, com R$ 5,73 por litro.

Preço do gás de cozinha no RN

No que se refere ao gás de cozinha (GLP), o Rio Grande do Norte ocupa a 5ª posição entre os estados nordestinos com os preços mais elevados. O preço médio do botijão de gás no estado é de R$ 104,50, sendo considerado um dos mais baixos da região. Pernambuco lidera com o preço mais acessível, de R$ 92,11, seguido por Alagoas (R$ 99,15) e Sergipe (R$ 103,78).

Os preços mais altos de gás de cozinha foram registrados na Bahia (R$ 124,60), Maranhão (R$ 110,04) e Ceará (R$ 105,76).

Preços médios de combustíveis nos estados e capitais do Nordeste (jan/2025)

Gasolina comum (preço médio por litro):

Ceará: R$ 6,39
Rio Grande do Norte: R$ 6,30
Bahia: R$ 6,29
Sergipe: R$ 6,29
Alagoas: R$ 6,13
Pernambuco: R$ 6,12
Maranhão: R$ 5,96
Piauí: R$ 5,96
Paraíba: R$ 5,88

Capitais do Nordeste (preço médio por litro):

Fortaleza: R$ 6,39
Aracaju: R$ 6,33
Salvador: R$ 6,27
Natal: R$ 6,24
Maceió: R$ 6,12
Recife: R$ 6,11
Teresina: R$ 5,93
João Pessoa: R$ 5,84
São Luís: R$ 5,73

Gás de cozinha (preço médio do botijão de 13kg):

Bahia: R$ 124,60
Maranhão: R$ 110,04
Ceará: R$ 105,76
Paraíba: R$ 104,84
Rio Grande do Norte: R$ 104,50
Piauí: R$ 104,16
Sergipe: R$ 103,78
Alagoas: R$ 99,15
Pernambuco: R$ 92,11

Agora RN

46% dos potiguares estão inadimplentes. Confira dicas para organizar finanças em 2025

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Cerca de 45,67% da população adulta do Rio Grande do Norte está inadimplente. Percentual é o terceiro maior do Nordeste, aponta levantamento do Serasa. Com dados relativos ao mês de outubro de 2024, o valor médio das dívidas é de R$ 1.457,48, sendo a maior parte vinculada a bancos, cartões de crédito e contas de água, energia e gás.

Diante desse cenário, a chegada de 2025 representa uma oportunidade para reavaliar hábitos financeiros e adotar um planejamento eficiente. Segundo Erli Bandeira, Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, o primeiro passo é compreender a real situação financeira: “Entender como o dinheiro está sendo gasto é essencial para priorizar o que realmente importa e tomar decisões conscientes sobre as finanças.”

A seguir, confira cinco passos fundamentais do especialista para organizar suas finanças em 2025:

  1. Faça um diagnóstico financeiro completo

A prioridade é entender bem tudo que afeta o seu orçamento. Liste todas as suas fontes de renda e categorize os gastos em fixos (como aluguel e contas de consumo), variáveis (supermercado e transporte) e ocasionais (viagens e presentes). Isso permitirá identificar para onde está indo seu dinheiro e onde é possível reduzir excessos.

“Sem esse panorama, é impossível planejar ou estabelecer prioridades. O diagnóstico financeiro é a base para qualquer mudança positiva. Hoje existem muitas ferramentas práticas que auxiliam nisso”, orienta Bandeira.

  1. Estabeleça metas claras e alcançáveis

Defina objetivos de curto, médio e longo prazo, como quitar dívidas, começar uma reserva de emergência ou investir em uma nova habilidade. Para começar, metas simples, como guardar uma porcentagem da renda todo mês, podem ser mais fáceis de seguir e ajudam a criar o hábito de economizar.

“Metas realistas não só facilitam o planejamento como também aumentam a motivação ao longo do processo. São essas metas que podem dar a cada um foco e um direcionamento em vários outros aspectos de nossa vida”, destaca o consultor do Sicredi.

  1. Crie um orçamento mensal equilibrado

Baseado no diagnóstico financeiro, elabore um orçamento que priorize o essencial e elimine gastos desnecessários. Uma boa estratégia é aplicar a regra 50-30-20:

  • 50% para despesas essenciais (moradia, alimentação, transporte);
  • 30% para desejos (lazer, hobbies);
  • 20% para investimentos e quitação de dívidas.
  1. Construa ou fortaleça sua reserva de emergência

Especialistas recomendam que essa reserva cubra de 3 a 6 meses de despesas essenciais. Comece destinando um valor fixo mensal para uma aplicação de boa liquidez, que possa ser acessada em caso de necessidade.

“A reserva de emergência é uma proteção contra imprevistos, como uma despesa médica, uma perda de emprego ou reparo inesperado, e pode evitar o grande percentual de endividamento das famílias como observamos no estado”, orienta o consultor.

  1. Use o crédito de forma consciente e invista no futuro

Se precisar recorrer ao crédito, planeje antes e compare as condições oferecidas. Evite empréstimos que comprometam mais de 30% da renda e dê preferência a opções com taxas mais justas. Além disso, pense em diversificar seus recursos por meio de investimentos, alinhados ao seu perfil financeiro e objetivos de longo prazo.

“Usar o crédito de forma consciente é essencial para que ele se torne uma solução, e não um problema. As cooperativas de crédito desempenham um papel importante nesse sentido, oferecendo aconselhamento presencial para que cada caso seja analisado de forma personalizada por especialistas. Com disciplina e planejamento, é possível organizar as finanças e transformar 2025 em um ano mais tranquilo e seguro”, finaliza Bandeira.

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Cesta Básica em Natal registra aumento de 3,7% em dezembro

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O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, realizou uma pesquisa de preços da cesta básica na capital e identificou aumentos no mês de dezembro. Este já é o terceiro mês consecutivo de alta nos produtos pesquisados. Neste mês, o aumento foi de 3,70%, considerando que, no mês anterior, o preço médio era de R$ 412,74. Isso representa um custo adicional de R$ 15,88 para o consumidor.

O estudo, realizado pelo Núcleo de Pesquisa do Procon Natal, constatou aumentos em quatro categorias de produtos de um mês para o outro. As categorias de mercearia e higiene/limpeza apresentaram aumentos de 0,41% e 0,85%, respectivamente. Já os setores de açougue e hortifrúti registraram os maiores percentuais de alta, com 4,69% e 6,18%, respectivamente. Entre os 40 itens que compõem a cesta básica, 26 registraram aumento de preço em comparação ao mês anterior, o que equivale a 65% dos produtos.

No acumulado de 12 meses, o aumento na cesta básica foi de 4,42%. Apenas no último trimestre do ano, o acumulado chegou a 5,45%. Em outubro, o preço médio da cesta era de R$ 402,27, passando para R$ 428,62 no final de dezembro, o que representa um acréscimo de R$ 26,35.

Produtos que contribuíram para o aumento anual incluem, na categoria de Mercearia: arroz (R$ 7,14), pão francês (R$ 13,86), café (R$ 9,74) e óleo de soja (R$ 7,79). Também produtos na categoria de Açougue: carne de primeira (R$ 43,42/kg), pescado (R$ 45,65/kg), queijo coalho (R$ 46,84/kg) e caixa de ovos com 30 unidades (R$ 18,53).

A pesquisa comparou os preços da cesta básica em diferentes segmentos comerciais, visando orientar os consumidores. O preço médio mais alto foi encontrado nos hipermercados R$ 434,75, enquanto nos supermercados de bairro o valor médio foi de R$ 412,93, uma variação de 5,29%, ou R$ 21,83. Já nos atacarejos, o preço médio foi de R$ 391,37. A diferença entre o valor mais caro nos hipermercados e o mais barato nos atacarejos foi de 11,09%, representando uma economia de R$ 43,39 para o consumidor.

Preço da cesta básica sobe pelo terceiro mês seguido em Natal; tubérculos lideram alta

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O custo da cesta básica em Natal teve um aumento de 1,92% no mês de dezembro, em relação ao mês anterior. Nas despesas com os produtos essenciais, o custo com a alimentação por pessoa foi de R$ 593,97. Dos itens, os tubérculos (batata doce, macaxeira, aipim, batata inglesa e inhame) tiveram o maior aumento, com 7,40%. Em seguida está o óleo de cozinha, com 5,21%, que desde novembro se mantém em alta. Os dados constam na pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da cidade do Natal, calculado pelo Idema, através da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES). De acordo com o CES, a variação de 2024 ficou em 4,33%.

Além do dos tubérculos e do óleo, outros oito itens registraram aumento no período: Pão (5,18%), Legumes (4,22%), Arroz (3,98%), Margarina (1,66%), Café (1,65%), Carne de Boi (1,24%), Açúcar (0,49%) e Feijão (0,10%). Apenas três itens apresentaram redução em dezembro: Farinha (-7,60%), Frutas (-3,22%) e Leite (-0,74%).

Dezembro foi o quarto mês com a cesta básica mais cara, atrás apenas de janeiro (2,83%), novembro (2,45%) e abril (2,26%). Enquanto os meses que a cesta teve redução foram agosto (1,87%), setembro (2,73%) e julho (3,67%).

De acordo com a metodologia da pesquisa, uma família natalense constituída por quatro pessoas gastaria R$ 2.375,88. com Alimentação. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes etc., o dispêndio total seria de R$ 7.188,54.

Tribuna do Norte