O Rio Grande do Norte arrecadou em agosto deste ano R$ 142,6 milhões a mais que no mesmo mês do ano passado. Segundo dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), foram recolhidos aos cofres públicos R$ 816,1 milhões em agosto de 2023, contra R$ 673,5 milhões do mesmo período de 2022, o que corresponde a um acréscimo de 21,19% nas receitas próprias (ITCD, IPVA, ICMS).
Do total arrecadado em agosto, R$ 755,7 milhões (92,6% das receitas) correspondem ao ICMS.
De janeiro a agosto de 2022, a arrecadação foi de R$ 5,22 bilhões. No mesmo período deste ano, a arrecadação chegou a R$ 5,80 bilhões.
“Às vezes, a arrecadação pode ter um aumento grande, mas se houver queda em outros tipos de fonte, fica sem efeito. E é isso que está acontecendo com relação a essa questão financeira do Estado, por isso esses 20% [alíquota do ICMS]. Nos últimos meses, estão tendo quedas constantes no FPE [Fundo de Participação dos Estados], e quando somamos arrecadação com a queda, a conta não fecha”, diz a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).
Segundo o Tesouro Nacional, de julho a setembro deste ano, o RN recebeu R$ 88,2 milhões a menos, por exemplo, de Fundo de Participação dos Estados (FPE), que é repassado pelo Governo Federal. Essa foi a redução nominal, mas a queda foi maior se considerar a perda da inflação. Ao todo, de FPE, o Estado recolheu neste ano, de julho a setembro, R$ 1,015 bilhão.
O secretário de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, afirmou em entrevista ao AGORA RN que o governo deverá encaminhar nas próximas semanas um projeto de lei complementar à Assembleia Legislativa propondo para 2024 a manutenção da alíquota de ICMS em 20%. O aumento em dois pontos percentuais no ICMS, de 18% para 20%, foi aprovado no fim de 2023 pela Assembleia Legislativa e passou a vigorar a partir do dia 1º de abril, e deveria durar até 31 de dezembro, retornando aos 18% em janeiro de 2024.
A frustração de receitas, no entanto, força o Estado a manter o aumento do imposto também no próximo ano. Além disso, o movimento de estados vizinhos, como Ceará, Paraíba e Pernambuco, que aumentaram o ICMS, contribuiu para a decisão do governo potiguar.
O último trimestre do ano concentra algumas das datas mais importantes para o comércio varejista. A primeira é o Dia das Crianças, que, em 2023, deve movimentar R$ 96 milhões em Natal e R$ 18 milhões em Mossoró. De acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio RN (IFC), o volume injetado na economia deve crescer cerca de 45% na capital, que registrou R$ 66 milhões em 2022; e mais de 60% em Mossoró, que movimentou R$ 11 milhões no ano passado.
Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, os negócios potiguares devem estar preparados para aproveitar a data comemorativa. “Esse é um dos períodos de maior faturamento do comércio, então essa projeção de crescimento tão expressiva é muito animadora para os negócios locais. Com mais gente querendo comprar presentes e passear com as crianças, estamos esperando um aumento de pelo menos 35% no valor dos gastos médios”, ressaltou Marcelo.
Em Natal, entre os dias 2 e 12 de setembro, 615 consumidores participaram do levantamento. No município de Mossoró, durante o mesmo período, um total de 570 pessoas foram entrevistadas pela equipe do IFC. O nível de confiança de ambas as pesquisas é de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais.
Natalenses devem gastar mais de R$ 180 em presentes
A expectativa é que 67,6% dos natalenses vá às compras para o Dia das Crianças – um crescimento de 3,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022, quando 63,7% dos entrevistados pretendiam comprar. A maior parte pertence ao sexo masculino (68,5%), tem de 35 a 44 anos (75,3%), possui Ensino Médio completo (71,3%) e recebe de 6 a 10 salários mínimos por mês (72,2%).
A maioria deseja presentear filhos (50,6%), enquanto 36% comprará para sobrinhos. Além disso, 44,7% vai adquirir entre dois e três presentes. Com gasto médio de R$ 184,58, os brinquedos são os preferidos de quem vai às compras na capital (59,5%), seguidos de itens de vestuário (32,6%) e calçados (10,1%).
O setor varejista também está otimista para o comércio de Serviços, considerando que a data pode impulsionar a procura por lazer, alimentação e entretenimento. Além de investir em presentes, cerca de 34,4% dos entrevistados pretende passear com as crianças e 27,7% irão a shoppings. Neste passeio, o gasto médio será de R$ 172,95.
Volume movimentado em Mossoró deve crescer mais de 60%
De acordo com o IFC, a maior parte dos mossoroenses (56,9%) também pretende comprar presentes para as crianças. Porém, diferente de Natal, a maioria das pessoas que vai às compras na capital do Oeste pertence ao sexo feminino (57,7%), tem de 35 a 44 anos (66,9%), possui Ensino Médio completo (57%) e recebe de 3 a 5 salários mínimos por mês (65,8%).
Cerca de 55,2% dos entrevistados declarou que gastará com presentes para os filhos, enquanto 30,4% comprarão para os sobrinhos. Além disso – em contraste com a capital potiguar, onde a maioria comprará entre dois e três presentes – 40,6% dos consumidores de Mossoró pretendem comprar apenas um item.
Para tanto, os mossoroenses devem gastar aproximadamente R$ 168,14 – um aumento de 38,5% em relação ao valor registrado em 2022, quando a média foi de R$ 121,41. Os itens mais procurados serão os brinquedos (59,8%) e roupas (36,8%), mas os consumidores também devem gastar cerca de R$ 145,92 levando as crianças para passear (20,4%) e indo à praia ou lagoa (35,7%).
Busca pelos presentes
No principal centro comercial de Natal, a expectativa é de alta movimentação, de acordo com Matheus Feitosa, presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba). De olho isso, algumas lojas, vão aproveitar o feriado do dia 12 para abrir as portas. Tradicionalmente, o comércio não funciona em feriados.
“A expectativa de vendas do dia dia das crianças é a melhor. Na semana passada, na sexta-feira e no sábado, o Alecrim já estava mais movimentado. Durante essa semana também aguardamos mais movimentação. O Alecrim vai funcionar em horário especial dia 12, das 8h às 14h”, destacou.
Para atrair os pequenos consumidores, cada vez mais exigentes, o Home Center Ferreira Costa, na zona Sul da capital, recheou as prateleiras com bastante novidades para todas as idades. De bonecos a brinquedos educativos, cama e banho, mesa e cadeira, servir ou até mesmo iluminação.
Neste ano, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos prevê um crescimento de 7% em relação a 2022. O aumento, contudo, não é só na raiz do setor. Nas lojas, a procura pelo melhor brinquedo atrelado a preço para presentear a garotada já é muito grande. E a Ferreira Costa já percebeu um aumento de 30% nessa procura.
Brincadeira são fundamentais
as brincadeiras desempenham um papel importante na vida dos pequenos, por isso, elas devem fazer parte da rotina de maneira saudável e adequada a cada etapa de crescimento. Por meio das brincadeiras, por mais singelas que sejam, a criança desenvolve suas capacidades sociais, emocionais e cognitivas, além de descobrir o mundo por meio das experiências, e se divertir. Nesse sentido, os benefícios das brincadeiras podem ser potencializados se elas forem realizadas junto aos pais e amigos queridos, e em meio a ambientes mais próximos à natureza. Tendo essa ideia em vista, uma das principais recomendações de médicos e especialistas em desenvolvimento infantil é reduzir o tempo das inúmeras “telas” às quais os pequenos estão expostos.
Com o consumo cada vez maior da internet e a correria do dia a dia, alguns pais podem encontrar dificuldades ou a falta de ideias para propor brincadeiras “offline”. Apesar da ajuda que a internet oferece para as crianças, principalmente na educação, o uso de telas na infância em excesso pode ser um risco. A dependência do celular, computador ou tablet afeta o desenvolvimento infantil.
As crianças em idades cada vez mais precoces têm tido acesso aos equipamentos de telefones celulares, smartphones, notebooks e computadores, com isso, as brincadeiras ao ar livre e a magia do brincar, além do contato com outras crianças, acabam ficando prejudicados. Segundo dados da pesquisa TIC KIDS ONLINE BRASIL 2019 (Pesquisa sobre o Uso da Internet por Crianças e Adolescentes no Brasil), em 2019, 89% da população entre 9 e 17 anos era usuária de Internet, o que corresponde a cerca de 24 milhões de crianças e adolescentes, dos quais, 95% tinham no telefone celular o dispositivo de acesso à rede.
Com isso, a conexão com o mundo real é primordial para o desenvolvimento infantil, tanto da parte cognitiva e corporal, quanto comportamental e afetiva. Um exemplo disso é o fato de que os bebês, até os 2 anos de idade, ainda não são capazes de diferenciar do mundo real aquilo que enxergam nas telas. Portanto, é essencial que, em cada fase, os pais tenham atenção e proporcionem o ambiente correto para que a criança amadureça naturalmente.
Brincar, portanto, se torna uma experiência libertadora que proporciona às crianças terem imaginação, serem criativas, e construírem sua personalidade para experienciar o mundo no futuro.
Para quem está prevendo um aumento do combustível com a guerra de Israel, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que neste momento a estatal vai dar uma demonstração da importância da atual política de preços. Afinal, com ela, Prates espera “mitigar um provável aumento da volatilidade de preços do petróleo e variações especulativas em razão do conflito em Israel e Gaza”.
“Isso vai mostrar como está dando certo a política atual de preços da Petrobras, ela deve mitigar esses efeitos”, disse Prates em evento organizado pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, pelo Innovation Norway e pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro.
No último sábado (7), Israel foi bombardeado por milhares de mísseis lançados pelo grupo militante palestino Hamas. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), o ataque partiu da Faixa de Gaza.
Após o ataque, o comandante militar do Hamas, Muhammad Al-Deif, divulgou uma mensagem anunciando a operação “Tempestade Al-Aqsa”. Na gravação, Al-Deif diz que o grupo “alvejou as posições inimigas, aeroportos e posições militares [de Israel]” com milhares de foguetes.
O comandante militar ainda declarou guerra a Israel. “Se você tem uma arma, use-a. Esta é a hora de usá-la – saia com caminhões, carros, machados. Hoje começa a melhor e mais honrosa história”. No domingo (8), o gabinete de segurança de Israel anunciou que estava oficialmente em estado de guerra.
Em comunicado, o governo defende que a guerra “foi imposta ao Estado de Israel num ataque terrorista assassino a partir da Faixa de Gaza”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que o país “se vingará poderosamente” pelo ataque de militantes palestinos. Segundo autoridades, o conflito já deixou mais de 1000 mortos, com pelo menos 700 pessoas mortas em Israel e 400 na Palestina.
A 3R Petroleum, empresa privada que assumiu em junho os campos de exploração de petróleo que eram operados pela Petrobras no Rio Grande do Norte, anunciou uma nova mudança nos preços dos combustíveis nesta quinta-feira (5) na refinaria Clara Camarão, em Guamaré.
No caso da gasolina, o litro passou de R$ 3,269 para R$ 2,958 – uma redução de 9,5%, ou 31 centavos. Já no caso do diesel, o preço do litro caiu de R$ 4,454 para R$ 4,354 – uma diminuição de 2,2%, ou 10 centavos. Os novos valores começam a ser praticados imediatamente.
Em comparação com os preços praticados pela Petrobras, mesmo com a redução da 3R Petroleum, os preços na Clara Camarão estão mais caros. A gasolina comercializada no terminal da estatal em cabedelo, na Paraíba, está a R$ 2,814, ou 14 centavos mais barato. Já o diesel na Paraíba custa, atualmente, R$ 3,626, uma economia de 73 centavos em relação ao potiguar.
A última vez que a gasolina havia caído de preço na refinaria de Guamaré havia sido em 10 de agosto, quando o combustível saiu de R$ 3,299 para R$ 3,199. Desde então, só havia tido aumentos. Já no caso do diesel, a última redução havia sido em 31 de agosto, quando saiu de R$ 3,999 para R$ 3,872. De lá para cá, só havia aumentado.
O Rio Grande do Norte tem enfrentado uma distorção fiscal que vem prejudicando seu desenvolvimento regional. Para se ter uma ideia das perdas geradas apenas pela última renovação dos incentivos fiscais do Regime Automotivo do Nordeste, cálculos baseados em análise do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que, de 2021 a 2025, o Rio Grande do Norte acumula um prejuízo de R$ 328 milhões.
Desse total, R$ 195 milhões são referentes a perdas nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e R$ 133 milhões a menos no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Nesse mesmo período, a região Nordeste perdeu R$ 2,69 bilhões (em recursos do FPE) e outro R$ 1,86 bilhão (em recursos do FPM). Com os quase R$ 5 bilhões que deixaram de entrar nos cofres públicos, seria possível em apenas 1 ano, por exemplo, construir 16 mil creches ou 2.550 escolas, construir 1.600 hospitais de campanha e comprar 8.900 ambulâncias.
Criado no fim dos anos 1990 e previsto para durar até 2010, o benefício fiscal já foi prorrogado duas vezes. Deveria se encerrar em 2025, mas há um movimento para estender o prazo até 2032, por meio de adendo ao texto da Reforma Tributária. A proposta foi rejeitada no Congresso por apenas um voto, mas deve voltar para apreciação do Senado até novembro.
Os fabricantes não beneficiados frisam que essa distorção fiscal tem impactos significativos na qualidade de vida de milhares de cidadãos. “É fundamental que os cidadãos de Rio Grande do Norte, assim como todos os brasileiros, se posicionem contra a prorrogação desses incentivos fiscais.
É hora de entrar em contato com os parlamentares de seu estado e pedir que ajam para evitar essa prorrogação que prejudica não apenas o Rio Grande do Norte, mas toda a região Nordeste”, assinala artigo que contesta o benefício. (veja o link: https://istoedinheiro.com.br/a-reforma-tributaria-nao-pode-conceder-privilegios/).
Beneficiadas
Atualmente, a principal beneficiada é a Stellantis, dona das marcas Fiat, Peugeot, Citroën e Jeep, que deixa de pagar os 11,6% referentes ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e contribui com somente 2% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), sendo que a alíquota normal é de 12%. A empresa tem uma fábrica na cidade de Goiana (PE).
Os subsídios para essa única empresa chegam a R$ 5 bilhões ao ano. Dessa forma, ampliou sua participação no mercado respondendo por mais de 30% das vendas de automóveis e comerciais leves do País, já que pode praticar preços que as concorrentes, localizadas em outras regiões, especialmente no Sul e Sudeste, não conseguem alcançar.
O programa de incentivo faz com que a redistribuição do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) para os outros estados do Brasil seja reduzida, já que o imposto não é recolhido em Pernambuco e Bahia, local onde as empresas beneficiadas se instalaram. Além da Stellantis, é beneficiada pelo programa a fabricante de autopeças Moura, também de Pernambuco.
Consequências
A prorrogação dos incentivos por mais sete anos para as poucas fabricantes já contempladas e a inclusão da chinesa Build Your Dreams (BYD), que planeja implantar três fábricas na Bahia para a produção de carros eletrificados, pode não apenas agravar os danos já causados aos estados afetados, mas também desencorajar futuros investimentos de outras empresas do setor.
Poucos resultados
Auditoria do TCU indica que, desde 2010, o volume acumulado de recursos às empresas automobilísticas do Nordeste superou R$ 50 bilhões. O órgão avaliou que as empresas não promoveram a aglomeração industrial ao redor das fábricas e que a maior parte dos insumos de fornecedores continua vindo do Sul e do Sudeste. Como resultado, cada emprego gerado na fábrica em Pernambuco equivale à renúncia de R$ 34,4 mil mensais, cita o texto.
As empresas da capital do Oeste devem terminar 2023 com um saldo positivo de 6 mil empregos formais, um crescimento de aproximadamente 50% em relação ao desempenho observado no ano passado. A projeção do Instituto Fecomércio RN (IFC) parte dos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostram saldo positivo de 1.409 carteiras assinadas em agosto – acréscimo de 498 vagas (+54,7%) em comparação ao mesmo período de 2022.
Apesar de ter registrado seu melhor desempenho de 2023 em agosto, com a abertura de 5.975 vagas, o saldo de empregos formais do Rio Grande do Norte caiu em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criados 6.858 postos de trabalho. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindilojas Mossoró) e vice-presidente da Fecomércio RN, Michelson Frota, o contraste entre os números do estado e do município reflete a força das atividades do setor agrícola e petrolífero.
“Mossoró foi beneficiada pela retomada do polo petrolífero e a ampliação da área plantada, que também tiveram um impacto muito expressivo nos negócios que atuam nos setores do Comércio e de Serviços. Em agosto, nosso Comércio criou 381 vagas, um crescimento de mais de 1.000% em relação às 33 vagas abertas no mesmo período do ano passado. O saldo do setor de Serviços, por sua vez, cresceu mais de 520% – saltando de 35 para 220 postos de trabalho”, explicou Frota.
Os números registrados no acumulado em 2023, de janeiro a agosto, reforçam o crescimento do saldo de empregos de Mossoró em relação ao ano passado. O destaque é o segmento do Comércio, que viu o número de novas carteiras de trabalho assinadas sair de 40 para 404 (+910%); enquanto os negócios que atuam com Serviços apresentaram saldo de 2.905 vagas até o oitavo mês do ano – 569 postos de trabalho (+24,4%) a mais do que em 2022, quando o setor somava 2.336 vagas.
De acordo com o vice-presidente da Federação, o saldo positivo de empregos formais é um indicador de otimismo para o setor produtivo. “Se nossa projeção for confirmada, esse aumento expressivo no número de carteiras assinadas terá um impacto grandioso na geração de renda em Mossoró. Com mais gente trabalhando, o poder de consumo das famílias certamente crescerá e todo mundo vai sair ganhando – tanto quem compra, quanto quem vende”, ressaltou Michelson.
O último trimestre do ano concentra algumas das datas mais importantes para o comércio varejista. A primeira é o Dia das Crianças, que, em 2023, deve movimentar R$ 96 milhões em Natal e R$ 18 milhões em Mossoró. De acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio RN (IFC), o volume injetado na economia deve crescer cerca de 45% na capital, que registrou R$ 66 milhões em 2022; e mais de 60% em Mossoró, que movimentou R$ 11 milhões no ano passado.
Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, os negócios potiguares devem estar preparados para aproveitar a data comemorativa. “Esse é um dos períodos de maior faturamento do comércio, então essa projeção de crescimento tão expressiva é muito animadora para os negócios locais. Com mais gente querendo comprar presentes e passear com as crianças, estamos esperando um aumento de pelo menos 35% no valor dos gastos médios”, ressaltou Marcelo.
Em Natal, entre os dias 2 e 12 de setembro, 615 consumidores participaram do levantamento. No município de Mossoró, durante o mesmo período, um total de 570 pessoas foram entrevistadas pela equipe do IFC. O nível de confiança de ambas as pesquisas é de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais.
Natalenses devem gastar mais de R$ 180 em presentes
A expectativa é que 67,6% dos natalenses vá às compras para o Dia das Crianças – um crescimento de 3,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022, quando 63,7% dos entrevistados pretendiam comprar. A maior parte pertence ao sexo masculino (68,5%), tem de 35 a 44 anos (75,3%), possui Ensino Médio completo (71,3%) e recebe de 6 a 10 salários mínimos por mês (72,2%).
A maioria deseja presentear filhos (50,6%), enquanto 36% comprará para sobrinhos. Além disso, 44,7% vai adquirir entre dois e três presentes. Com gasto médio de R$ 184,58, os brinquedos são os preferidos de quem vai às compras na capital (59,5%), seguidos de itens de vestuário (32,6%) e calçados (10,1%).
O setor varejista também está otimista para o comércio de Serviços, considerando que a data pode impulsionar a procura por lazer, alimentação e entretenimento. Além de investir em presentes, cerca de 34,4% dos entrevistados pretende passear com as crianças e 27,7% irão a shoppings. Neste passeio, o gasto médio será de R$ 172,95.
Volume movimentado em Mossoró deve crescer mais de 60%
De acordo com o IFC, a maior parte dos mossoroenses (56,9%) também pretende comprar presentes para as crianças. Porém, diferente de Natal, a maioria das pessoas que vai às compras na capital do Oeste pertence ao sexo feminino (57,7%), tem de 35 a 44 anos (66,9%), possui Ensino Médio completo (57%) e recebe de 3 a 5 salários mínimos por mês (65,8%).
Cerca de 55,2% dos entrevistados declarou que gastará com presentes para os filhos, enquanto 30,4% comprarão para os sobrinhos. Além disso – em contraste com a capital potiguar, onde a maioria comprará entre dois e três presentes – 40,6% dos consumidores de Mossoró pretendem comprar apenas um item.
Para tanto, os mossoroenses devem gastar aproximadamente R$ 168,14 – um aumento de 38,5% em relação ao valor registrado em 2022, quando a média foi de R$ 121,41. Os itens mais procurados serão os brinquedos (59,8%) e roupas (36,8%), mas os consumidores também devem gastar cerca de R$ 145,92 levando as crianças para passear (20,4%) e indo à praia ou lagoa (35,7%).
ACCIONA NORDEX GREEN HIDROGEN FABRICA EQUIPAMENTO ESSENCIAL PARA NOVA FONTE ENERGÉTICA. FOTO: ARQUIVO/ASSECOM
Em continuidade à agenda de trabalho na Espanha, a governadora do RN Fátima Bezerra se deslocou, na tarde desta quarta-feira (04), à cidade de Puertollano, distante 241 quilômetros de Madrid, onde se reuniu com dirigentes da indústria de eletrolisadores Acciona Nordex Green Hidrogen, S.L. e assinou Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de cadeia industrial de hidrogênio de baixo carbono e energias eólica e solar no Rio Grande do Norte.
Eletrolisadores são equipamentos imprescindíveis para a produção de hidrogênio verde. Em Puertollano, a comitiva do RN visitou a planta de eletrolisadores e o laboratório de desenvolvimento da Nordex. “Estamos dando mais um passo importante para alavancar o nosso estado nas energias renováveis. Assinamos o memorando com a Nordex, que vai possibilitar toda a cadeia de produção de hidrogênio verde, contemplando a estrutura do nosso porto indústria”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.
O Coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hugo Fonseca, explicou que a Nordex desenvolve tecnologia própria para produção de hidrogênio verde e isso vai reduzir custos na instalação da cadeia industrial e na cadeia de produção. “É o primeiro memorando deste tipo, que a empresa assina com um governo brasileiro. Para o RN isso é muito importante e vai impactar em todo o país”, declarou Hugo Fonseca.
Em Puertollano, a governadora esteve acompanhada dos secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha e da Assessora Especial de Governo, Guia Dantas.
A EMPRESA
Em abril de 2016, a Acciona Windpower fundiu-se com a empresa alemã Nordex para se tornar um dos principais fabricantes mundiais de turbinas eólicas e equipamentos para energias limpa. A Acciona é hoje a principal acionista do Grupo Nordex.
No mercado brasileiro desde 2013, e com sede em São Paulo, o Grupo Nordex produz torres de concreto para turbinas em suas próprias fábricas. A grande maioria das torres de concreto da empresa tem material adquirido localmente, reduzindo custos de transporte associados à produção remota e criando cerca de 250 empregos por fábrica de torres de concreto.
Além das oportunidades para o desenvolvimento econômico local, a pegada de carbono das torres da Nordex é 40% menor em comparação com torres de aço da mesma altura. A empresa também utiliza pás de rotor fabricadas localmente no Brasil. Isto torna possível atender aos requisitos locais de criação de valor.
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