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Categoria: Economia

Setor imobiliário espera novos negócios com o Complexo Turístico da Redinha

FOTO: ALEX RÉGIS

As obras do Complexo Turístico da Redinha, na zona Norte de Natal, ultrapassaram 80% de execução, o que deve permitir a entrega do equipamento no dia 31 de julho. A informação é da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Alvo de muita expectativa para permissionários e demais trabalhadores que dependem do ativo para geração de renda, a chegada do Complexo também é aguardada com bastante otimismo pelo setor imobiliário da capital. A avaliação de fontes ouvidas pela reportagem é de que o empreendimento irá valorizar a região, permitir a instalação de novos empreendimentos e gerar negócios.

O presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, destaca que o equipamento, aliado à revisão do Plano Diretor de Natal (PDN), trará diversas oportunidades para o setor. “O Complexo chega para oxigenar a região. Aquela área ficará mais atrativa e irá fomentar o mercado de imóveis, com capacidade para a construção de novos empreendimentos”, avalia. O Novo Mercado da Redinha, que integra o Complexo, contará com um andar, 33 boxes, sete restaurantes, praça de alimentação, mirante, píer e deck para embarcações, além de varanda panorâmica.

A Prefeitura realiza estudos para conceder a operação do mercado à iniciativa privada, por meio de um processo de concessão, o que deve aumentar as perspectivas de investimentos em todo o perímetro onde o empreendimento está instalado. O presidente do Conselho Regional de Corretores de imóveis (CRECI-RN), Roberto Peres, assegurou que há boas expectativas de investimentos para a região, especialmente, se levado em conta também a vigência do PDN. “A Redinha passou, com a revisão, de um gabarito de sete metros e meio para construções de até trinta metros de altura”, explica.

“Isso, por si só, já garante uma expansão de negócios para a região. Com o Complexo, a gente espera que novos empreendimentos – quer sejam comerciais, quer sejam residenciais – surjam ao redor daquela área”, completa. Renato Gomes, do Sindicato de Habitação do RN (Secovi), também comemora o novo equipamento. “O Complexo, obviamente, vai levar mais turistas e pessoas que moram na região a frequentar a localidade. Por consequência, a gente espera a instalação de imóveis circunvizinhos. É uma forma de a área ganhar valorização e um potencial maior de construções”, diz.

Gomes diz ainda que espera um novo olhar, por parte dos investidores, para o bairro e adjacências. “É bem verdade que tem muita gente contando os dias para voltar a comer ginga com tapioca ou socializar com os amigos na Boca da Barra. E, claro, isso tende a induzir a chegada de equipamentos pela iniciativa privada, que precisa ter um olhar diferente para a área”, indica.

Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis, discorre sobre a boa localização da Redinha e comenta as possibilidades de investimento. “A Prefeitura tem se voltado para aquela região e isso será acompanhado pelo mercado imobiliário. A Redinha é uma área muito boa de se morar, relativamente próxima de outras localidades, com uma excelente extensão de mar. Paralelo, temos ali bons terrenos com valores acessíveis, ideais para fazer empreendimentos muito interessantes. Então, acho que a chegada do Complexo será de muita validade para abrir um novo elo urbano e de moradia”, descreve o empresário.

Ele também mencionou o Plano Diretor como fator de estímulo aos negócios para o mercado imobilário no entorno do equipamento. “O Plano permite a construção de edificações bem acima do que era permitido anteriormente. Acredito que isso vai ser mais uma razão para alavancar novos projetos”, conjectura. A obra do Complexo Turístico foi dividida em cinco lotes e conta com investimentos da ordem de R$ 25 milhões, fruto de uma parceria entre a Prefeitura do Natal e o Governo Federal.

Saneamento e segurança são desafios na região

Apesar do otimismo com a chegada do Complexo, as fontes ouvidas pela TRIBUNA DO NORTE comentaram que há desafios a serem superados para melhorar a a atratividade de investimentos na região. Setores como saneamento, infraestrutura, limpeza e segurança pública estão entre os pontos de atenção. “Vejo como necessário um acesso mais qualificado à região, tanto para quem vem de Santa Rita, quanto para que vem do outro lado da capital”, sugere Renato Gomes, do Secovi.

“Tem ainda a questão da limpeza. Se houver esse planejamento, se a segurança funcionar, naturalmente outros bons atores vão surgir para que o equipamento seja melhor aproveitado”, afirma Gomes, em seguida.

Já para Sérgio Azevedo, do Sinduscon-RN, os problemas em relação a saneamento são o principal gargalo. “É preciso ampliar o saneamento em toda a zona Norte, porque, a partir desse aspecto, é bastante caro investir na área hoje em dia. O deslocamento pela região e a infraesttura urbana também precisam melhorar”, aponta Azevedo.

O empresário Ricardo Abreu reforça a necessidade de investimentos em vias de acesso à zona Norte e acrescenta: “Além de melhorar estradas, é importante pensar no aperfeiçoamento de linhas de transporte urbano. E não se pode esquecer do fator segurança para que o investimento privado venha muito mais rápido”.

Estudos para PPP

Para gerenciar a operação do Complexo Turístico da Redinha, a Prefeitura pretende conceder o ativo à iniciativa privada. De acordo com Danielle Mafra, secretária-executiva de PPPs e Concessões de Ntal, o edital deverá ser lançado em breve. Estudos técnicos estão sendo elaborados para analisar a viabilidade da parceria. O edital irá contemplar desde estacionamentos, áreas de circulação, centro de artesanato e o próprio mercado.

Segundo Mafra, algumas empresas já demonstram interesse em fazer parte da parceria com a Prefeitura. Ela preferiu não divulgar nenhuma estimativa de investimentos no âmbito da concessão. A Prefeitura tem trabalhado no edital desde o início do ano para constituir exatamente qual será a área da concessão. A PPP para administração do Complexo da Redinha, de acordo com a gestora, deverá gerar valorização dos imóveis próximos, pois o investimento está sendo feito em vias de acesso, iluminação da região e uma estação própria de tratamento de esgoto.

Também foi feita a proteção costeira na praia, através do enrocamento de proteção do Mercado. “É uma licitação grande, com seis lotes diferentes. Existem seis frentes de trabalho, dentre elas, iluminação pública, drenagem, calçada, pavimentação. Temos um ponto com vocação turística, mas tinha a necessidade de melhorias da praia urbana. Temos na gestão do prefeito Álvaro Dias uma ação contínua de valorização dos equipamentos públicos para preservar a história e a cultura de Natal, atrair novos empreendimentos, mais emprego e oportunidade para empresas de Natal”, afirma a Secretária.

Tribuna do Norte

No RN, vendas avançam 0,5% em abril e comerciantes aproveitam alta

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O comércio está em alta em 2024. É o que aponta a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, as vendas do setor cresceram 0,9% no Brasil e 0,5% no Rio Grande do Norte no comparativo com março deste ano. Esse foi o quarto resultado positivo seguido no varejo, que acumula alta, no País, de 4,9% no ano e crescimento de 2,2% na comparação com abril do ano passado. O levantamento afere a receita bruta de revenda nas empresas, com 20 ou mais pessoas, que têm como atividade principal o comércio varejista.

No comparativo com abril do ano passado, as vendas do comércio potiguar cresceram 6,4%, posicionando o Estado na oitava colocação entre as 25 taxas positivas, em todo o País. Já no varejo ampliado, o crescimento foi de 11,3%, colocando o RN na sexta posição entre as 26 taxas positivas.

“Esse resultado nos traz muito entusiasmo e reflete aquilo já percebemos há meses com base na condução da economia brasileira realizada pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Os dados mostram ainda a força do setor dos pequenos negócios, que hoje representam cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB), além de ter garantido o emprego para seis em cada dez brasileiros no mês de abril”, avaliou o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No varejo ampliado, que inclui, além das atividades do varejo, as de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, a taxa de crescimento no Estado foi de 2%, na contramão do país que teve queda de 1%.

Entre as atividades pesquisadas no País, cinco avançaram em abril. O destaque foi no ramo equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%). Ligado ao comércio de alimentos, a área de supermercados, bebida e fumo, tiveram um crescimento de 1,5% em abril. O setor de móveis e eletrodomésticos (2,4%) também teve resultado positivo após a queda em março. Os estados quem mais registraram avanço em abril foram Rondônia (5,1%), Roraima (4,5%) e Amapá (3,7%). Já o Maranhão (-1,4%), Bahia (-1,2%) e Paraíba (-1,1%) ficaram entre os que tiveram piores desempenhos.

Tribuna do Norte

Cesta básica registra variação positiva no mês de maio em Natal

FOTO: FREEPIK

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da cidade do Natal, calculado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), por meio da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES), registrou para o mês de maio de 2024, uma variação positiva de 0,35% em relação ao mês anterior. Com este resultado, a variação no ano ficou em 2,30%, nos últimos doze meses (Junho/2023 a Maio/2024) atingiu 3,82% e 682,03% desde o início do Plano Real.

O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou uma variação positiva de 0,29% em relação ao mês anterior. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Sal e Condimentos (4,56%), Óleo e Gorduras (2,75%), Tubérculos, Raízes e Legumes (2,34%), Farinhas, Féculas e Massas (1,82%), Açúcares e Derivados (1,66%) e Frutas (1,52%).

Já o grupo Habitação apresentou uma variação positiva de 1,74%. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Reparos (3,93%) e Artigos de Limpeza (0,27%).

Os Artigos de Residência teve uma variação positiva de 0,70% em função do aumento de preços nos seguintes itens: Mobiliário (2,29%), Cama, Mesa e Banho (2,28%) e Utensílios e Enfeites (1,03%).

Cesta Básica

O custo da cesta básica teve uma variação positiva de 1,66% em relação ao mês anterior.

Nas despesas com os produtos essenciais, o custo com a alimentação por pessoa foi de R$ 622.49. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 2.489,96. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes etc., o dispêndio total seria de R$ 7.678,09.

Dos treze produtos que compõem a Cesta Básica, nove tiveram variações positivas: Leite (11,13%), Café (4,48%), Frutas (4,01%), Carne de Boi (2,50%), Tubérculos (2,20%), Arroz (1,65%%), Açúcar (0,72%), Farinha (0,65%) e Pão (0,53%). As variações negativas ocorreram em quatro produtos restantes: Óleo (-5,60%), Leite (-3,05%), Legumes (-1,55%) e Margarina (0,68%).

Cesta Básica

– Janeiro: variação positiva de 2,83%

– Fevereiro: variação positiva de 0,73%

– Março: variação positiva de 1,05%

– Abril: variação positiva de 2,26%

– Maio: variação positiva de 1,66%

IPC

– Janeiro: 0,46%

– Fevereiro: 0,68%

– Março: 0,44%

– Abril: 0,36%

– Maio: 0,35%

“PEC das Praias” pode estimular a competitividade do turismo no RN

FOTO: CANINDÉ SOARES

A PEC nº 3/2024, que autoriza a União a vender os chamados terrenos de marinha, localizados próximos das praias, lagoas e rios, pautou o debate público nas últimas semanas e vem dividindo opiniões. A proposta ficou conhecida como PEC das Praias, embora o texto não trate especificamente de acesso ao mar nem a faixas de areia. Defensores da proposta, em tramitação no Senado, dizem que o texto vai facilitar o registro fundiário e a geração de empregos. Segmentos do turismo sugerem discussões aprofundadas e destacam que a medida já vem sendo aplicada em outros países. Enquanto isso, ambientalistas veem risco de agravamento da crise climática.

A PEC em questão transfere os terrenos de marinha, mediante pagamento, aos seus ocupantes particulares e, gratuitamente, quando ocupados por estados ou municípios. Apesar do nome, os terrenos não pertencem à Marinha do Brasil. Na verdade, são as áreas situadas na costa marítima, aquelas que contornam as praias, ilhas, margens dos rios e das lagoas, em faixa de 33 metros medidos a partir da posição da linha imaginária do preamar (maré cheia média). A faixa foi estabelecida pela Carta Náutica de 1831.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), Abdon Gosson, diz que os hoteleiros veem a PEC como uma boa oportunidade, desde que todos os critérios regulatórios sejam obedecidos. O argumento é de que com a possível extinção do pagamento das cobranças de foro, taxa de ocupação e laudêmio (transferência de propriedade), o Brasil poderia ter mais competitividade turística frente a outros países. Gosson destaca que a visão é consensual entre os empresários da hotelaria. “Isso é uma prática que já acontece em diversos países. Estados Unidos, Canadá, na Europa, no Extremo Oriente. No México o exemplo é Cancún, que tem centenas de hotéis e todos têm a propriedade dessas áreas”, conta o presidente da ABIH/RN.

Para critérios específicos, como hotéis, resorts, cassinos, outras instituições, ele diz que a medida é muito bem aceita pelo turista do mundo. “Nessa PEC permanece com a União as praias, demais terrenos de marinha, áreas específicas. Não é qualquer área. Então, se for baseado nesse princípio e com essas condições, nós concordamos plenamente para uma melhoria significativa e elevar o padrão de qualidade do turismo”, pontua.

A PEC sugere retirar a obrigatoriedade de pagamento de taxa à União por pessoas que ocupam essas áreas. Além disso, esses territórios poderiam ser transferidos a entes privados mediante pagamento. Atualmente, o imóvel é compartilhado entre o morador ou ocupante, que detém 83%, e a União, com 17% da área. De acordo com o governo, existem cerca de 500 mil imóveis no País classificados como terrenos de marinha, dos quais em torno de 271 mil aparecem registrados em nome de responsáveis únicos (pessoas físicas e jurídicas).

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes Bares e Similares do Estado (SHRBS), Habib Chalita, diz que é preciso cautela e que o tema deve ser discutido exaustivamente, com foco na viabilidade sustentável. “Isso precisa ser debatido com a população local porque se vier acontecer ou não, tem que se prestigiar a sustentabilidade, o meio ambiente, dar acesso à população. São vários fatores que precisam ser colocados na mesa para que ninguém possa sair perdendo”, pondera Chalita.

Ele reforça que o mesmo acontece fora do Brasil, mas os países trabalham exaustivamente com a população local, a proteção ao meio ambiente. “Não é um tema que seja discutido em seis meses porque isso envolve a população, a iniciativa privada que gera emprego e impostos e, principalmente, o meio ambiente. Não estou aprovando nem desaprovando, estou sugerindo o debate em exaustão em todo o litoral brasileiro”, frisou.

Polêmica nas redes sociais

No fim de semana passado, o tema ganhou holofotes após um embate virtual nas redes entre a atriz Luana Piovani e o jogador de futebol Neymar, após ela publicar vídeos em suas redes pedindo que as pessoas fossem contrárias à PEC. Neymar foi associado à questão por uma parceria que fechou com uma incorporadora, a Due, em um projeto anunciado como “Caribe Brasileiro”, que cota com imóveis de alto padrão em uma área de 100 quilômetros entre os litorais de Pernambuco e Alagoas. A incorporadora Due, parceira do atacante, nega que a PEC vá beneficiar seu empreendimento.

As duas celebridades, no entanto, trocaram farpas. Por um lado, Luana chamou Neymar de “péssimo cidadão, pai e marido”, além de “mau caráter”. O jogador, por sua vez, respondeu, entre outras coisas, que a atriz é “maluca” e a acusou de querer “lacrar na internet”. O surfista Pedro Scooby, ex-marido de Piovani também se pronunciou sobre a desavença pública entre ela e o amigo dele. Scooby se declarou contra o assunto, em postagem no Instagram, após Luana ter lhe cobrado um posicionamento público.

Controvérsia no Senado

A PEC das Praias, que já foi tema de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em 27 de maio, despertou controvérsias entre os debatedores, além da grande repercussão nas redes sociais. O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) citou a tragédia do Rio Grande do Sul como efeito das mudanças no clima mundial.

Ele disse que os senadores precisam conhecer com clareza o que a PEC pode trazer à sociedade e ressaltou que na faixa costeira localizam-se ecossistemas de alta relevância ambiental, como manguezais, manchas residuais da mata atlântica, restingas, dunas eólicas e recife de corais. “Os terrenos de marinha são aliados estratégicos fundamentais para adaptação à crise climática e preservação desses ecossistemas”, sublinhou o parlamentar.

Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) propôs convidar para o debate uma série de autoridades da União, dos estados e dos municípios. Girão também chama a atenção para a polêmica em torno do tema: ele considera que o texto da proposta deve ser aperfeiçoado, mas contestou os argumentos de que a PEC resultaria na privatização das praias. “Talvez, essa opinião seja fruto da falta de um melhor conhecimento sobre o conteúdo da PEC ou, em alguns casos, de simples má-fé no sentido de imputar interesses escusos aos interessados na sua tramitação exitosa”, avalia Girão.

Tribuna do Norte

Saldo da balança comercial do RN tem crescimento de 160,19% de janeiro a maio

FOTO: SANDRO MENEZES

A balança comercial do Rio Grande do Norte registrou, entre janeiro e maio de 2024, o melhor desempenho desde 2018. O saldo da variação entre exportações e importações foi de US$ 249,6 milhões, o que representa uma alta de 160% em relação ao montante registrado no mesmo período do ano passado, quando o superávit foi de US$ 96 milhões.

Entre janeiro e maio de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações potiguares somaram US$ 456,2 milhões, ultrapassando com folga os US$ 246,5 milhões de 2023. Já as importações atingiram US$ 206,3 milhões, superando os US$ 150,5 milhões do ano passado.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, comemorou os resultados nas operações comerciais potiguares. Ele aponta para a recuperação e o fortalecimento de áreas estratégicas, como a do petróleo, a partir da recuperação das operações petrolíferas em campos onshore (em terra). Somente em maio deste ano, os óleos combustíveis representaram 54% das vendas ao mercado exterior.

“Esse aumento nas exportações representa um fator positivo para a economia. Somente em maio, o saldo positivo foi de US$ 16,3 milhões. Isso é muito significativo”, pontua.

Somente em maio, as exportações somaram US$ 66,9 milhões, o que representa uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as importações totalizaram US$ 50,6 milhões, marcando um crescimento de 2% no mesmo comparativo anual.

“Também é importante falar da questão das importações, o que é favorável, pois estamos comprando máquinas e equipamentos, fortalecendo a produção de energia eólica e solar. Isso fortalece cada vez mais a nossa economia”, pontua Torquato.

Ainda em maio, de acordo com os resultados, o Rio Grande do Norte importou US$ 50,6 milhões em produtos, sendo que os equipamentos eólicos representaram 59% da pauta de compras.

Relações Econômicas

Torquato ainda mencionou Singapura, Holanda, Emirados Árabes Unidos, Ilhas Virgens, Estados Unidos e Espanha como importantes destinos dos produtos potiguares no ano passado.

Além disso, os resultados deste ano também mostram o fortalecimento nas relações econômicas com novas fronteiras, especialmente com a China, que foi responsável por enviar US$ 32,92 milhões em produtos ao Rio Grande do Norte no mês de maio.

Os equipamentos voltados para o setor fotovoltaico produzidos na China lideraram as aquisições no Rio Grande do Norte. Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, o número reflete os projetos de geração de energia solar fotovoltaica centralizada. “A importação se intensificará até 2026, quando quase 11 gigawatts de potência instalada em energia solar fotovoltaica entrarão em operação”, comentou ele.

Pauta comercial (janeiro/maio):

2024

Exportação: US$ 456.186.410

Importação: US$ 206.324.732

Saldo: US$ 249.861.678        

2023

Exportação: US$ 246.542.423

Importação: US$ 150.513.745

Saldo: US$ 96.028.678

2022

Exportação: US$ 274.481.386

Importação: US$ 161.773.695

Saldo: US$112.707.691 

2021

Exportação: US$ 169.257.054

Importação: US$ 134.491.008

Saldo: US$ 34.766.046

2020

Exportação: US$ 114.892.960

Importação: US$ 68.322.326

Saldo: US$ 46.570.634

2019

Exportação: US$ 191.325.424

Importação: US$ 65.007.684

Saldo: US$ 126.317.740

2018

Exportação: US$ 116.838.408

Importação: US$ 60.474.249

Saldo: US$ 56.364.159

Fecomércio RN projeta mais de R$ 412 milhões em vendas para o Dia dos Namorados

FOTO: DIVULGAÇÃO/SEBRAE-RS

Ocasião importante para o comércio local – não apenas pela venda de presentes, mas também pelos serviços relacionados às comemorações – o Dia dos Namorados deve movimentar cerca de R$ 412,3 milhões no comércio e serviços no Rio Grande do Norte, em 2024. O valor representa um aumento de 15,8% em relação aos R$ 355,9 milhões do ano passado.

É o que projeta a pesquisa de Intenções de Compras para o Dia dos Namorados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio RN) que analisa as expectativas para Natal e Mossoró. O estudo, conduzido pelo Instituto Fecomércio RN (IFC), revela um aumento significativo nas intenções de compra na capital potiguar, com 62,5% dos consumidores planejando adquirir presentes para a data, comparado aos 57,6% do ano anterior.

Em Natal, a maioria dos consumidores que planejam ir às compras são homens (68,2%), e a faixa etária predominante é de 25 a 34 anos, representando 68,3% dos entrevistados. Além disso, 64,5% dos consumidores com ensino superior manifestaram intenção de compra, e os mais propensos a gastar são aqueles com renda mensal entre 6 a 10 salários mínimos, correspondendo a 78,6%.

Os dados também revelam que a maioria dos consumidores (63,6%) pretende gastar até R$ 200 em presentes, enquanto 30,8% estão dispostos a desembolsar mais de R$ 200. O valor médio dos presentes este ano é estimado em R$ 157,57, um aumento de 5,43% em relação a 2023.

O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, comenta sobre os resultados da pesquisa: “Observamos um aumento na intenção de compras para o Dia dos Namorados deste ano, o que reflete uma recuperação econômica e uma maior confiança dos consumidores. Este crescimento é um indicativo positivo para o comércio local, que deve se preparar para atender a essa demanda”.

Em relação ao local de compra, 54% dos consumidores planejam adquirir seus presentes em lojas de shopping, seguidos por 21,7% que preferem o comércio de rua e 16,9% que optarão por compras online. Além disso, 66,5% dos consumidores pretendem realizar uma pesquisa de preços antes de finalizar suas compras, demonstrando uma preocupação com o custo-benefício.

Expectativa de crescimento de negócios em Mossoró supera índice do estado

A pesquisa também verificou as intenções de compras para Mossoró e revela que a movimentação financeira esperada especificamente na cidade é de R$ 38,1 milhões. O número representa uma alta de 19,8%, acima do crescimento esperado para o estado. O gasto médio com presentes será de R$ 148,74.

Em Mossoró, 49% dos consumidores pretendem presentear. Entre os tipos de presentes, as peças do vestuário (28,7%); perfumaria e cosméticos (21,2%); calçados e bolsas (18,1%); e joias, relógios e acessórios (14,7%). Quase 70% dos entrevistados deverá dar apenas um presente, enquanto 23,6% espera desembolsar um pouco mais e ofertar dois presentes.

Entre as pessoas presenteadas na Capital do Oeste, estão em primeiro lugar o esposo ou esposa (61,5%), seguido pelo namorado ou namorada (27,8%) e o companheiro ou companheira (6,5%).

Pesquisa do Procon Natal identifica redução no preço da cesta básica

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, conduziu uma pesquisa de preço da cesta básica na capital, revelando uma redução de 1,07% em relação ao mês anterior. Esta diminuição é uma boa notícia para os consumidores, especialmente após cinco meses consecutivos de aumento nos preços. No mês de maio, o preço médio da cesta básica em Natal foi de R$ 429,05, representando uma economia de R$ 4,59 em comparação com o mês anterior, quando o custo era de R$ 433,64. O estudo, realizado pelo Núcleo de Pesquisa do Procon Natal, monitora mensalmente os preços de quarenta itens essenciais na cidade.

As categorias de mercearia, açougue e hortifrúti apresentaram variação negativa, com reduções de (-0,26%), (-0,95%) e (-1,59%), respectivamente. Entretanto, alguns produtos registraram aumento de preço, e na media o arroz agulhinha tipo dois de R$ 6,82 e açúcar cristal de R$ 4,52, na categoria de mercearia. Na categoria de açougue, produtos como carne de segunda de R$ 25,25, frango congelado R$ 12,42 e queijo coalho R$ 46,82 tiveram seus preços aumentados em relação ao mês anterior. O mesmo padrão foi observado na categoria de hortifrúti, onde itens como batata comum preço médio de R$ 8,43 e batata-doce de R$ 5,37 também registraram aumentos.

Ao longo dos meses pesquisados deste ano, o preço médio da cesta básica teve uma trajetória ascendente, passando de R$ 416,11 no início do ano para R$ 433,64 no final do quadrimestre, representando um aumento de R$ 17,53 para os consumidores. No entanto, em maio, houve uma reversão dessa tendência, com uma redução no preço médio.

Durante as quatro semanas do mês de maio, foram observadas variações nos preços da cesta básica. A primeira semana geralmente apresenta preços mais altos, enquanto na última semana os preços tendem a ser mais baixos. Para o Núcleo de pesquisa é comum encontrar a primeira semana com alta de preço dos produtos comercializados, assim como na última semana os menores preços para os consumidores irem as compras.

O Núcleo de Pesquisa do Procon Natal acompanha semanalmente 26 estabelecimentos comerciais na capital, coletando os preços de 40 itens que compõem a cesta básica. Os resultados completos da pesquisa são divulgados no início do mês seguinte no site oficial do Procon Natal. O objetivo principal do Procon Natal com essa pesquisa é fornecer informações aos consumidores da capital para promover o consumo consciente e econômico. Os consumidores são encorajados a estar atentos às variações de preços durante a semana e em dias específicos do mês, além de procurar os estabelecimentos com os melhores preços. O Procon Natal, divulga na íntegra no início do mês subsequente, o preço médio da cesta básica mais barata, assim como a variação dos seguimentos pesquisados, o maior e menor preço encontrado, no site www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa.

Por fim, essa pesquisa fornece valiosos insights para os consumidores tomarem decisões informadas durante suas compras. Para mais informações, dúvidas ou denúncias, os consumidores podem entrar em contato com o Procon Natal através do WhatsApp (84) 98812-3865, e-mail [email protected] ou visitando a sede do órgão na rua Ulisses Caldas, 181, no bairro de Cidade Alta.

Secretário da Fazenda fala em “falso discurso” para justificar queda no ICMS do RN em maio

FOTO: DIVULGAÇÃO/SEFAZ

Com uma queda de 2,6% no ICMS em maio, o secretário Estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, usou as redes sociais para justificar “queda de arrecadação sem nenhuma queda de preços para a população” e ainda citou que “teve gente dizendo que isso seria bom para o nosso estado” em referência a quem era contra o reajuste da alíquota do imposto no estado.

Na postagem, o secretário cita que “RN reduz alíquota para 18%. PB aumenta alíquota para 20%”.

Além disso, Carlos Eduardo Xavier citou o “falso discurso de alguns que fez o RN ir na contramão do país, prejudicando o presente e o futuro do nosso estado”.

O titular da Fazenda estadual usou como comparativo o estado da Paraíba. “Arrecadação primeiro quadrimestre RN cresce 8,03%. Arrecadação primeiro quadrimestre PB cresce 16,71%. ICMS maio RN cai 2,67%. ICMS maio PB cresce 22,83%”.

Tribuna do Norte