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Juiz anuncia criação de “calçada da fama” no Tribunal mas desiste após repercussão negativa entre população

FOTO: DIVULGAÇÃO

Após a repercussão negativa do anúncio da construção de uma “calçada da fama” para homenagear os presidentes do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Ricardo Paes Barreto voltou atrás e afirmou que a ideia foi afastada. Inicialmente, o presidente do TJPE havia anunciado a “calçada da fama” durante uma entrevista no programa “João Alberto na Jornal”, exibido pela TV Jornal e gravado no início de abril. Segundo ele, o projeto visava tornar o Judiciário “mais bonito” e “atraente”, e já estava em andamento.

A proposta consistia em criar uma calçada com as mãos dos presidentes do Judiciário estadual, semelhante ao que é feito em Hollywood com as estrelas de cinema. À medida que os presidentes fossem saindo do cargo, seriam moldadas as mãos com suas assinaturas, nomes e anos de gestão.

No entanto, diante da polêmica gerada nas redes sociais, o desembargador Paes Barreto e o TJPE inicialmente se recusaram a comentar o assunto. Posteriormente, a assessoria de imprensa do TJPE divulgou uma nota oficial negando a construção da calçada da fama. O diretor-geral da instituição, Marcel Lima, afirmou que não havia projeto oficial tramitando para colocação de peças ou homenagens nas calçadas que circundam os imóveis do Tribunal.

A declaração do desembargador Ricardo Paes Barreto também contradisse o que havia sido informado na entrevista. Enquanto no programa ele mencionou que a calçada estava “em implantação”, no comunicado oficial, classificou a obra como uma “sugestão” e “ideia afastada”.

Além disso, um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023 revelou que o TJPE possui o segundo pior índice de produtividade do país, com 57%, ficando atrás apenas do Tribunal de Justiça do Acre, que registrou 53%. Entre os tribunais considerados de médio porte, como o de Pernambuco, o estado teve o pior desempenho.

O Índice de Produtividade Comparada (IPC-Jus) utilizado pelo CNJ busca avaliar a eficiência de cada tribunal, considerando o que foi produzido a partir dos recursos disponíveis, incluindo as atividades administrativas.

Terra Brasil Notícias

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