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Categoria: Política

Michelle Bolsonaro critica “diplomacia nanica” e convoca reação em 2026

A ex-primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher Nacional, criticou a diplomacia brasileira que não negociou com os EUA e não conseguiu reverter o tarifaço americano. “Não se pode ter uma diplomacia nanica. Foi oferecer jabuticaba e nós estamos recebendo abacaxis.”, comentou Michelle Bolsonaro, salientando que sanção vem para países ditadores. Vem para quem tem desgoverno. “Nós não somos uma ditadura, ainda, porque gente de bem tem levantado sua voz e que não quer se submeter a esse desgoverno”, acrescentou ao participar do Seminário Rota 22 da Região Metropolitana de Natal, projeto do Partido Liberal (PL), em parceria com o Instituto Álvaro Valle, realizado na manhã deste sábado (16), no Olimpo Recepções.

Ao falar sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle relatou que o marido gostaria de estar em Natal. “Mas está em prisão domiciliar, injustamente. Bolsonaro foi um divisor de águas a partir do movimento da direita. Que veio para resgatar o patriotismo, o amor à bandeira e o amor à pátria. Bolsonaro levantou a voz e hoje é perseguido e nós não vamos nos submeter a essa ditadura judicial. E, dias melhores virão. 2026 tá logo alí. Ou a gente reage ou seremos engolidos. Vamos reagir e para presidente tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro. Ele vai voltar. Deus conhece o coração daquele homem. Nós contamos com vocês no dia 7 de setembro. Não vamos desistir do nosso Brasil. Que Deus abençoe o Rio Grande do Norte e tenha misericórdia do nosso Brasil.”, convocou.

Durante o discurso, Michelle Bolsonaro fez um comparativo. “O lado do mal parece ser mais forte por serem barulhentos mas nós temos que resistir para não deixar que nossa sociedade seja destruída Em nome dos nossos filhos e dos nossos netos temos que deixar um legado de combate a essa perseguição do mal. Hoje temos uma inversão de valores e temos que nos posicionar. Hoje temos como enxergar o outro lado. Ninguém sabia o nome de ministros do STF e nem o que faziam. Hoje o cidadão de bem entende sobre política. Eu sou uma dona de casa e hoje debato sobre política. Porque não quero e não vou aceitar a destruição de nossos valores. Somos um país conservador e vamos continuar lutando”

E a ex-primeira dama fez uma convocação: “Continuem com esperança. Não está sendo fácil ver um líder como Bolsonaro silenciado. Ele foi retirado da tomada. Mas temos que ter o combustível para poder continuar. Precisamos de Natal reagindo como multiplicadores do bem. Sem briga , sem agressividade. Vamos dar o troco nas urnas em 2026.”.

Ao comentar sobre o Rota 22, Michelle Bolsonaro disse que cada liderança do PL tem a responsabilidade de educar para a política. “Precisamos de um novo ciclo. Novas embaixadoras para mostrar que o Brasil tem jeito. Nossa nação é rica e próspera. Mas temos um governo com inversão de valores. Eles têm prioridade em gastar e gastar irresponsavelmente. Não investem em dignidade para pessoas, medicação de alto custo. São corruptos destruindo a nossa nação. Roubam aposentados. Corta bolsa família, corta BPC, corta investimentos”, disse.

“É por isso que temos que nos levantar e passar a mensagem de não desistir do Brasil. Vamos ocupar nosso lugar. Mulheres e homens de bem se levantam e ocupam o seu lugar. Estamos aqui porque temos o nosso projeto. Gás de cozinha, infraestrutura, saúde, educação tudo passa para política. Nós temos que estar na política. Se não nos posicionarmos o mal toma conta. Temos que assumir nosso lugar na política para fazer o bem. Não podemos deixar o mal destruir nossos valores e influenciar nossos jovens e buscando implantar o comunismo no Brasil. Resiliência, amor, afeto, nós mulheres temos nosso olhar diferenciado ao lado do homem e juntos vamos fazer uma nação transformada”, finalizou.

Rogério Marinho critica gestão de Fátima Bezerra e aponta “desgoverno” no RN durante encerramento do Rota 22

O senador Rogério Marinho (PL-RN), pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, fez duras críticas à administração da governadora Fátima Bezerra (PT) neste sábado (16), durante o seminário que marcou o encerramento do projeto Rota 22, realizado na zona Sul de Natal.

Em seu discurso, Marinho afirmou que o Rio Grande do Norte enfrenta um cenário de “desgoverno”, citando problemas em áreas como educação, saúde, infraestrutura e gestão fiscal. “Fazer a crítica diante do descalabro, do desgoverno, da forma atabalhoada com que a gestão pública do estado do Rio Grande do Norte vem sendo conduzida é muito fácil. Qualquer cidadão sabe disso. Como estão as nossas estradas, como estão os nossos hospitais regionais, o tamanho da fila para cirurgias eletivas e o descaso com a educação pública”, disse.

O parlamentar criticou o desempenho do Estado nos indicadores de alfabetização e aprendizado, destacando que, apesar de ser governado por uma professora há quase sete anos, o RN ocupa as últimas posições do país. “As crianças não conseguem fazer as quatro operações matemáticas, não sabem ler, não sabem escrever. Estão em estágio de analfabetismo ou analfabetismo funcional. Isso significa que, quando forem adultos, não conseguirão se integrar de forma produtiva na sociedade. Não é esse o Rio Grande do Norte que nós queremos”, declarou.

O Seminário Rota 22 da Região Metropolitana de Natal, projeto do Partido Liberal (PL), em parceria com o Instituto Álvaro Valle, ocorreu no Olimpo Recepções. Rogério Marinho ressaltou os péssimos indicadores do Rio Grande do Norte. “Isto não é narrativa. São dados do Centro de Liderançaa Pública (CLP). O RN é último lugar em solvência fsical, último em desenvolvimento sustentável, último no esino médio, é o que menos investe orçamentariamente. Nós estamos nas mãos de irresponsáveis. Este é o retrato do Rio Grande do Norte”, disse Rogério Marinho.

Rogério Marinho também atacou a política fiscal do governo estadual, afirmando que o RN ocupa o último lugar no ranking de solvência fiscal, o que, segundo ele, compromete a capacidade de investimentos e de firmar convênios com municípios. “Isso é muito sério, porque significa que o governo não tem capacidade própria para resolver problemas básicos de manutenção de estradas, melhoria de hospitais regionais e edificação de escolas”, afirmou.

O senador ainda afirmou que a atual gestão de travar o desenvolvimento econômico do estado ao dificultar o licenciamento de empreendimentos. “Os nossos órgãos de controle e de concessão são absolutamente inservíveis. Criam dificuldades para quem quer empreender e, por fim, vendem facilidades”, criticou.

Em tom mais duro, Marinho classificou a governadora como uma “péssima professora” e resumiu o governo petista como marcado por “muita propaganda, pouca gestão e muita corrupção”.

Michelle Bolsonaro chega a Natal para cumprir agenda do Rota 22 neste sábado 16

FOTO: DIVULGAÇÃO

A próxima edição do Rota 22 acontece neste sábado (16), em Natal, com o Seminário da Região Metropolitana, a partir das 8h, no Olimpo Recepções, em Candelária. O evento terá como convidada especial a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que será um dos palestrantes. A ex-primeira-dama chegou à capital potiguar nesta sexta-feira (15).

O encontro é promovido pelo Partido Liberal (PL), em parceria com o Instituto Álvaro Valle, e pretende mobilizar lideranças e a população do Rio Grande do Norte em debates sobre o futuro do estado e do país. Segundo o senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL Nacional, a participação de Michelle e Costa Neto reforça a importância do seminário para o fortalecimento da representação feminina e das pautas conservadoras no estado.

Valdemar Costa Neto tem buscado manter a coesão interna e definir estratégias políticas do PL, visando influenciar o cenário atual e as eleições de 2026. Já Michelle Bolsonaro, conhecida pela atuação em causas sociais e defesa da família, vida e educação, mantém forte envolvimento em ações voluntárias e de mobilização comunitária.

O seminário vai discutir desafios da Região Metropolitana de Natal, como segurança, saúde, educação, infraestrutura, geração de emprego e políticas sociais. A participação popular e de representantes locais é considerada essencial para a construção de propostas coletivas.

Vereadores aprovam nomeação do Complexo Turístico da Redinha como ‘Governadora Wilma de Faria’

FOTO: JOSÉ ALDENIR

A Câmara Municipal de Natal aprovou, na sessão ordinária desta quarta-feira 13, a nomeação do novo Complexo Turístico da Redinha como “Governadora Wilma de Faria”. A proposta foi apresentada pelo vereador Aldo Clemente (PSDB).

Durante a defesa da matéria, Aldo destacou a relevância das obras realizadas por Wilma para a cidade. “Nada mais justo do que homenagear quem fez um grande trabalho por Natal. Não podemos esquecer o passado para vivermos o presente e o futuro”, afirmou.

Na mesma sessão, os vereadores também aprovaram a inclusão da “Corrida do Médico” no Calendário Oficial de Eventos do Município, proposta pelo vereador Kleber Fernandes (Republicanos), e o “Programa Municipal de Apoio à Saúde Emocional no Ambiente de Trabalho”, apresentado pela vereadora Daniell Rendall.

Ponte Newton Navarro

A proposta de renomear a Ponte Newton Navarro, em Natal, em homenagem à ex-governadora Wilma de Faria foi rejeitada pela Comissão de Justiça da Câmara Municipal em março deste ano. Durante as discursões a deputada estadual Eudiane Macedo (PV) se posicionou contra a proposta de renomear a Ponte Newton Navarro para homenagear a ex-governadora Wilma de Faria, que veio à tona recentemente. A parlamentar argumentou que a mudança desrespeita tanto a memória da ex-governadora quanto a do artista potiguar que dá nome à estrutura.

Agora RN

Carla Dickson defende candidatura de Nina Souza e fala em “sobrevivência política” ao avaliar saída do União Brasil

FOTO: DOUGLAS LOPES

A deputada federal Carla Dickson (União Brasil), apontada como possível futura integrante do PL no Rio Grande do Norte, comentou nesta sexta-feira (15) sobre o cenário político estadual durante participação no programa 12 em Ponto, da 98 FM Natal. Ela defendeu a candidatura da primeira-dama Nina Souza a deputada federal e afirmou que uma provável saída de seu partido se tornou uma questão de “sobrevivência política”.

“Eu sou uma mulher que quer mais mulheres na política. Se Nina ficar, eu fico feliz. Ela é uma grande parlamentar e o Rio Grande do Norte vai ganhar muito com ela”, afirmou Carla. A deputada enfatizou que, mesmo que a candidatura de Nina possa “cortar na sua carne”, sua posição é coerente com a defesa da presença feminina na política.

Carla também falou sobre a possibilidade de deixar o União Brasil para se filiar ao PL, afirmando que a mudança é uma questão de “sobrevivência política”. “Se eu for pros cálculos no União Brasil, para entrar, eu teria que ser a quarta na chapa. Mas aí tem outras figuras fortes, então a questão é de sobrevivência política. É uma decisão que precisa ser avaliada com cuidado”, disse.

Sobre a relação com Michele Bolsonaro, Carla declarou que não houve convite formal para entrar no PL. “Nenhuma vez. Às vezes conversamos mais pelo espiritual, por pastores em comum, mas não houve nenhum convite formal”, esclareceu.

A deputada ainda comentou sobre articulações com outros nomes da política local e reafirmou seu alinhamento com a vereadora Camila, que será sua opção de candidatura estadual. “A minha chapa para estadual é Camila. Meu voto vai para ela”, disse.

Portal 98 FM

Leo Souza chama Samanda de “pitbull do governo”, e vereadora denuncia “violência política de gênero”

FOTO: ELPIDIO JUNIOR

A sessão plenária da Câmara Municipal de Natal desta quinta-feira 14 foi marcada por um embate entre os vereadores Leo Souza (Republicanos) e Samanda Alves (PT). Enquanto fazia um discurso sobre as crises na saúde pública do Estado e do município, Leo chamou Samanda de “pitbull do governo”. A petista reagiu e classificou o ataque como “violência política de gênero”.

A fala de Leo Souza ocorreu no momento em que ele discursava em defesa da terceirização da gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Natal – iniciativa que havia sido criticada na véspera por Samanda, que chamou o modelo de “privatização”. Segundo Leo, Samanda está tentando “colocar dificuldade” na solução dada pela Prefeitura para “resolver o problema” das UPAs. Ele ainda sugeriu que a parlamentar torce pelo “quanto pior, melhor”.

“A gente vai aumentar a quantidade de médicos, e com certeza a gente vai conseguir resolver um problema da saúde. Pelo menos é o que se espera. A população não quer saber como vai ser feito, se o médico será contratado por um CNPJ ou pelo Município… a população quer que funcione, quer que resolva o problema”, afirmou o vereador do Republicanos em defesa da terceirização.

Em determinado momento, ele citou a fala de Samanda na véspera – que, além de criticar a terceirização das UPAs, exaltou a iniciativa do Governo do Estado de buscar empréstimo de insumos reabrir leitos de UTI no Hospital Maria Alice Fernandes.

“Agora, o que a gente ouviu da pitbull do governo, que vem para dentro desta Casa aqui só para defender o Governo do Estado, a gente ouviu um absurdo, que o governo está com pires na mão, pedindo ajuda de insumo aos estados vizinhos, porque é criativo. Que criatividade é essa? Depois de sete anos, tem UTI sendo fechada porque não tem o básico e vem dizer que isso é criatividade. O nome não é criatividade, o nome disso é incompetência”, rebateu Leo.

Ele se referiu à decisão que levou o Governo do Estado a recorrer a pedidos emergenciais de apoio a outros entes para solucionar a crise de abastecimento de insumos no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) solicitou empréstimos de medicamentos e materiais à rede federal e também à Secretaria de Saúde da Paraíba para viabilizar a reabertura de leitos que estão fechados na unidade.

No momento da fala de Leo Souza, Samanda não estava no plenário. Cerca de 40 minutos depois, ela apareceu na sessão e rebateu o vereador, dizendo ter sofrido “violência política de gênero”.

“Quero lamentar que, no mês em que a gente faz alusão a Maria da Penha, ao Agosto Lilás, a gente ainda sofra neste plenário uma violência política de gênero. Hoje um parlamentar se dirigiu à minha pessoa, chamando o nome de um animal, de um cachorro. Mas isso não passará. A gente continua firme, não nos cala. A gente lamenta e faz a denúncia pública. E lamenta mais uma vez que esta Casa tenha se tornado um cenário de várias reações por parte de parlamentares de violência política de gênero”, destacou Samanda.

Ao AGORA RN, Samanda Alves também acusou o colega de tentar deslegitimar seu trabalho parlamentar. “Este é o segundo ataque do vereador Leo Souza só neste mês de agosto. Primeiro, ele se posicionou contra um projeto nosso que protegia vítimas de crimes de ódio e intolerância. Agora, me chamou de ‘pitbull’ no plenário”, disse.

Apoio de outros parlamentares

Na mesma sessão, Samanda recebeu apoio de outros parlamentares. O vereador Irapoã Nóbrega, que também é do Republicanos – mesmo partido de Leo Souza – se solidarizou com a petista. “O respeito tem que ser acima de tudo e de todos. A gente tem que respeitar um ao outro, principalmente aqui nesta Casa”, discursou Irapoã.

O vereador Tárcio de Eudiane (União) também comentou o caso. “Peço respeito à vereadora Samanda. Pode ser de partido a, partido b. Não defendo partido nenhum. Vamos discutir política, não o pessoal. Cada um tem seu partido, a sua bancada. Precisamos respeitar os colegas que trabalham aqui, porque são quatro anos juntos no plenário. Se a gente não se respeitar, vai chegar o momento em que isso aqui vai ficar pior ainda. Temos quatro anos para trabalhar por Natal”, disse Tárcio.

Pelas redes sociais, a vereadora Brisa Bracchi (PT) disse que Leo Souza fez uma “fala machista”. “Em pleno Agosto Lilás, é inadmissível que a violência política de gênero se instale no plenário da Câmara. Esse tipo de ataque reforça estereótipos, tenta calar vozes femininas e deslegitimar nossa atuação política, mas fica o recado: Não aceitaremos intimidação!”, escreveu Brisa.

“Deixe de mimimi”

A vereadora afirmou que não se deixará intimidar. “Foi uma tentativa clara de me deslegitimar por apenas exercer minha prerrogativa parlamentar. Atitude covarde, usada para intimidar sempre que fiscalizamos a Prefeitura. Mas não me intimida. Seguirei firme defendendo o povo de Natal”, declarou.

Após a repercussão da fala, Leo Souza publicou nas redes sociais um pequeno vídeo do momento de seu discurso. Na legenda, ele escreveu: “Até agora esperando uma nota de solidariedade pela grave situação da saúde do Rio Grande do Norte”. A publicação é ilustrada por uma música que fala “deixe de mimimi”.

Agora RN

Prefeito Paulinho Freire envia à Câmara projeto para campanha de prevenção ao abuso infantil nas escolas

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que institui a Campanha Educativa sobre Prevenção ao Abuso Infantil e Violência Sexual em todas as escolas da rede municipal de ensino. A proposta prevê ações periódicas voltadas a toda a comunidade escolar, com o objetivo de capacitar profissionais da educação, conscientizar estudantes, orientar responsáveis e envolver a comunidade na proteção de crianças e adolescentes.

Segundo o texto, a campanha, de caráter educativo e preventivo, deverá abordar a divulgação de canais de denúncia, sinais e convenções de alerta, medidas de autoproteção, o papel da comunidade escolar no combate à violência sexual e informações sobre a legislação vigente.

As atividades poderão incluir palestras, workshops, seminários e outras formas de conscientização, ministradas por “profissionais capacitados”, como psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, representantes do Conselho Tutelar, Ministério Público e Defensoria Pública, além de membros de organizações não governamentais e profissionais da saúde com formação na área de proteção infantil.

As escolas poderão integrar as ações à Semana Nacional de Prevenção ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizada anualmente no mês de maio. O projeto também autoriza o Executivo a firmar parcerias com órgãos públicos e entidades especializadas para viabilizar a execução das atividades.

A justificativa apresentada por Paulinho Freire destaca que “o abuso e a violência sexual constituem grave violação dos direitos humanos, capazes de causar profundos impactos no desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e comportamental das vítimas”. O texto também ressalta que a escola é um espaço privilegiado para identificar sinais de abuso e adotar medidas de proteção, e que a maioria das vítimas é composta por meninas entre 7 e 14 anos, sendo o agressor geralmente alguém próximo ou de confiança.

O projeto de lei da Campanha Educativa será analisado pelas comissões temáticas da Câmara Municipal antes de ir à votação em plenário. Caso seja aprovado, entrará em vigor na data de sua publicação.

Agora RN

Vereadora propõe “Lei Felca” em Natal para combater crimes sexuais contra crianças no ambiente digital

FOTO: FRANCISCO DE ASSIS

A Câmara Municipal de Natal vai começar a discutir nos próximos dias um projeto que, se aprovado, vai instituir na capital potiguar a chamada Lei Felca de Combate à Cyberpedofilia. A proposta é de autoria da vereadora Thabatta Pimenta (Psol) e estabelece políticas específicas para prevenção, repressão e combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no ambiente virtual.

O projeto é apresentado após a repercussão de um vídeo publicado no YouTube pelo influenciador Felca que atingiu 40 milhões de visualizações em uma semana. Em quase 50 minutos de vídeo, Felca denunciou casos de exposição e sexualização precoce de crianças em plataformas digitais, prática que ele relaciona à busca por engajamento e monetização de conteúdos. Na gravação, Felca alerta para os riscos dessa exposição, critica a falta de moderação das redes sociais e defende maior responsabilidade das plataformas e dos criadores de conteúdo na proteção do público infantil.

O texto sugerido por Thabatta define “cyberpedofilia” como a prática de crimes sexuais contra crianças e adolescentes por meio da internet ou outros recursos digitais, incluindo “estupro de vulnerável, com premeditação em espaços virtuais”, “corrupção de menores”, “adultização de crianças ou adolescentes” e a “produção, divulgação, comercialização, distribuição, posse ou consumo de imagens, vídeos ou quaisquer outros conteúdos de natureza sexual envolvendo crianças ou adolescentes”.

Também estão contemplados o aliciamento, o assédio e a tentativa de contato para fins de exploração sexual, inclusive com marcação de encontros por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens, e-mails e jogos on-line.

O que o projeto prevê?

A proposta fixa ações de prevenção por meio de “educação digital segura e campanhas de conscientização” voltadas para crianças, adolescentes, famílias e profissionais, bem como a atuação integrada de órgãos municipais, estaduais e federais para coibir e punir esse tipo de crime.

Entre as diretrizes estão “garantir a proteção integral e prioritária das crianças e adolescentes”, “assegurar a existência e divulgação ampla de canais seguros, acessíveis e sigilosos para denúncias” e “garantir atendimento humanizado, sigiloso e multidisciplinar às vítimas, com suporte social, psicológico e jurídico”.

Para implementar essas diretrizes, o município poderá desenvolver campanhas educativas, promover formação continuada para servidores, estimular parcerias com entidades públicas e privadas, divulgar canais de denúncia como o Disque 100, implementar programas de atendimento multidisciplinar e realizar monitoramento contínuo das ações.

O texto também determina que espaços de uso coletivo – como órgãos públicos, escolas, unidades de saúde e estabelecimentos privados de acesso ao público – comuniquem imediatamente às autoridades competentes qualquer episódio de cyberpedofilia ocorrido em suas dependências.

Dados

A proposta vem acompanhada de uma justificativa que apresenta dados recentes sobre o problema. De acordo com a SaferNet Brasil, em 2024 foram registradas 71.867 denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil na internet, o maior volume desde 2006. O Brasil ficou em quinto lugar no ranking mundial desse tipo de crime. No Rio Grande do Norte, as violações sexuais contra crianças e adolescentes no ambiente virtual cresceram 24% entre 2020 e 2023, segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. O Disque 100 recebeu, em 2024, 559 denúncias relacionadas ao estado, o que representa uma estimativa de mais de 1.298 violações reais.

O projeto também destaca que os casos de estupro de vulnerável aumentaram de 707 registros em 2022 para 968 em 2023 no RN, um crescimento de 36,9%. Para Thabatta Pimenta, a realidade exige que o município atue “além da mera repressão”, priorizando ações preventivas e educativas. A parlamentar afirma que, embora já exista o Plano Municipal de Combate à Pedofilia (Lei nº 7.737/2024), “tal legislação não aborda de maneira explícita e estruturada a ciberpedofilia”.

O que diz a vereadora

Na justificativa, Thabatta Pimenta defende que a regulamentação das redes sociais é “medida indispensável” para responsabilizar plataformas pela veiculação de conteúdos abusivos e incentivar políticas de moderação mais rigorosas. Para a vereadora, essa regulação “não deve ser encarada como uma forma de censura, mas como um imperativo de proteção aos direitos fundamentais de uma população vulnerável”.

O Conselho Tutelar é apontado como peça estratégica na rede de proteção proposta, atuando como porta de entrada para encaminhar casos detectados no ambiente virtual. A proposta prevê a divulgação permanente do Disque 100 e campanhas informativas para ampliar o número de denúncias e combater a impunidade.

Alinhada a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como o ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) e o ODS 4 (Educação de Qualidade), a Lei Felca busca integrar políticas públicas municipais à agenda global de direitos humanos. A autora argumenta que a aprovação representará “um compromisso efetivo do Município de Natal com a construção de um ambiente seguro para suas crianças e adolescentes, dentro e fora do universo digital”.

O texto agora segue para análise nas comissões temáticas da Câmara Municipal antes de ser votado em plenário. Caso aprovado, o Executivo terá 90 dias para regulamentar a lei e colocar as ações em prática.

Agora RN