Marcada para o próximo dia 28 de julho, a eleição presidencial na Venezuela se aproxima com chances reais de Nicolás Maduro perder o poder após ocupar o cargo de presidente do país por mais de dez anos.
Em levantamento divulgado pela ORC Consultores no fim de maio, Maduro apareceu com apenas 13,70% das intenções de voto e ficou atrás até mesmo dos 18.50% dos eleitores que ainda não sabem em quem votar.
Edmundo González, apontado pela coalizão de oposição como candidato após os dois nomes iniciais indicados da Plataforma Unitária Democrática (PUD) serem impedidos de participar do pleito, surgiu com 50.74% das intenções de voto.
Apesar do cenário desanimador para o líder chavista, que assumiu o poder na Venezuela em 2013 após a morte de Hugo Chávez, Maduro disse estar pronto para reconhecer o resultado das urnas através de um acordo proposto pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez.
“Estou pronto para assinar um acordo perante o Poder Eleitoral para que todos os candidatos reconheçam o boletim que a CNE lerá no dia das eleições”, declarou Maduro na última segunda-feira (10/6).
Apesar da postura que demonstra respeito ao processo eleitoral, a declaração de Maduro foi vista com desconfiança por alguns analistas, que acreditam que essa pode ser uma forma de tentar subir nas pesquisas de intenção de voto.
“Esse pronunciamento por parte do Maduro pode ser interpretado como uma forma de chamar a atenção de eleitores indecisos e tentar conquistar esses votos ao adotar uma postura mais tênue, de respeito ao processo eleitoral”, afirma a internacionalista Stephanie Braun, do Observatório Político Sul-Americano (OPSA).
Além disso, uma possível derrota de Maduro é uma transição de poder é vista pela comunidade internacional como um cenário incerto, que pode ou não significar o fim do chavismo na Venezuela.
O Brasil foi um dos países que não assinaram, nesse domingo (16), o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia, documento que pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e “reafirma a integridade territorial” ucraniana.
Ontem (15), em entrevista coletiva na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que disse à presidente da Confederação Suíça, Viola Amherd, que tomou a decisão de não ir ao encontro internacional deste domingo porque o Brasil só participaria da discussão sobre a paz quando os dois lados em conflito, Ucrânia e Rússia, estiverem sentados à mesa. “Porque não é possível você ter uma briga entre dois e achar que se reunindo só com um, resolve o problema.”
Diante do impasse dos dois chefes de Estado, Lula afirmou que o Brasil já propôs, em parceria com a China, uma negociação efetiva para a solução do conflito. “Como ainda há muita resistência, tanto do Zelensky (Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia), quanto do Putin (Vladimir Putin, presidente da Rússia), de conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça, do jeito que quer, e nós estamos, depois de um documento assinado com a China, pelo Celso Amorim [assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil] e pelo representante do Xi Jinping [presidente da República Popular da China] , estamos propondo que haja uma negociação efetiva.”
“Que a gente coloque, definitivamente, a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa, e vamos ver se é possível convencê-los de que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra. Na paz, ninguém precisa morrer, não precisa destruir nada. Não precisa vitimar soldados inocentes, sobretudo jovens, e pode haver um acordo. Quando os dois tiverem disposição, estamos prontos para discutir”, acrescentou o presidente.
Ao encontro internacional deste domingo, o Brasil enviou a embaixadora do Brasil na Suíça, a diplomata Claudia Fonseca Buzzi. O presidente ucraniano também esteve na cúpula para obter apoio internacional para o seu plano de acabar com a guerra desencadeada pela invasão russa.
Sem unanimidade
Ao fim da Cúpula para a Paz na Ucrânia, na Suíça, não houve unanimidade entre as 101 delegações participantes. O documento, que pede que “todas as partes” do conflito armado estejam envolvidas para alcançar a paz, foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, dos Estados Unido, do Japão, da Argentina e os africanos Somália e Quênia.
De acordo com o comunicado final, os países signatários assumem que os princípios de soberania, independência e integridade territorial de todos os Estados devem ser salvaguardados.
Quanto à segurança nuclear, os países que ratificaram a declaração final estabeleceram que o uso de energia e instalações nucleares deve ser seguro, protegido e ambientalmente correto. As instalações nucleares ucranianas, incluindo Zaporizhia, devem operar com segurança, sob total controle do país. O documento reforça que qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da guerra em curso contra a Ucrânia é inadmissível.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, entre os países que não assinaram o comunicado estão os membros do BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, sendo que Rússia e China sequer enviaram representantes. Também não assinaram o documento Arménia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México.
Cessar-fogo não aceito
Na sexta-feira (14), o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu estabelecer imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se o país começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscou, em 2022: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporíjia. Putin ainda exigiu que a Ucrânia renunciasse aos planos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Desde fevereiro de 2022, a Ucrânia resiste à invasão russa com o objetivo de manter sua integridade territorial e exige a saída de todas as tropas russas do território. Kiev (capital da Ucrânia) mantém a pretensão de aderir à aliança militar do Atlântico Norte.
Um restaurante no Missouri, nos Estados Unidos, adotou uma restrição de idade atípica para os frequentadores. No estabelecimento, é permitida a entrada somente de mulheres de mais de 30 anos e homens de no mínimo 35 anos.
O estabelecimento de culinária caribenha, chamado Bliss, publicou nas redes sociais que a restrição foi adotada para manter um ambiente “adulto e sexy”.
“Esta política existe para garantir um ambiente gastronômico maduro, sofisticado e seguro para todos. É estritamente para os adultos, por isso estamos mantendo a classe – mulheres com 30 anos ou mais, rapazes com 35 anos ou mais”.
Os clientes que entrarem no restaurante terão que mostrar sua identidade a uma recepcionista, mostrou uma reportagem do canal local KDSK.
O dono do restaurante, Marvin Pate, disse ao KDSK que a medida teve alguma retaliação, mas isso não o incomoda. “Vamos seguir com o nosso código”, declarou.
A prática de impor um limite de idade é legalmente permitida nos Estados Unidos. Não é comum que existam restrições para adultos, mas alguns bares buscam públicos mais velhos. Para a assistente técnica do Bliss, Erica Rhodes, a medida faz com que os mais jovens não levem “drama” ao local.
A inflação mensal na Argentina desacelerou pelo quinto mês consecutivo sob o governo de Javier Milei, coincidindo com uma vitória legislativa parcial do presidente ultraliberal. Em maio, o índice mensal foi de 4,2%, comparado aos 8,8% do mês anterior. Este é o menor índice registrado em mais de dois anos, desde janeiro de 2022, quando a inflação foi de 3,9%.
Os dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) também mostram uma preocupante variação anual de 276,4%. No entanto, este indicador desacelerou pela primeira vez desde julho de 2023. O acumulado do ano é de 71,9%.
Javier Milei, que está na Europa como convidado para a cúpula do G7, celebrou os resultados. Ele já havia comentado durante uma conferência em Buenos Aires que todas as consultorias locais previam a desaceleração do indicador. “Indiscutivelmente, nosso programa de estabilização está demonstrando sua efetividade.”
Os 4,2% de maio ficaram abaixo das previsões do próprio Banco Central argentino, que havia estimado uma inflação de 5,2% para o mês.
Apesar de outros indicadores preocupantes, como a queda do poder de compra e o aumento da pobreza, a desaceleração da inflação é vista como uma conquista do governo. Quando Milei assumiu, em dezembro passado, a inflação mensal estava acima de 25%.
No entanto, outras promessas de Milei ainda não foram cumpridas, como a eliminação dos controles cambiais e a dolarização da economia. Especialistas consideram a remoção dos controles cambiais essencial para revitalizar o investimento estrangeiro e recuperar o acesso aos mercados internacionais de crédito. Milei prometeu: “Vamos abrir definitivamente o cepo.”
Nesta semana, o Banco Mundial agravou suas previsões para a economia argentina, projetando uma queda de 3,5% no PIB para este ano, uma revisão em relação à projeção de abril, que era de 2,3%. No entanto, prevê-se uma rápida recuperação em 2025, com um crescimento projetado de 5% no PIB, acima das previsões para Brasil e México.
“As autoridades argentinas procuram enfrentar desafios econômicos significativos com uma nova abordagem baseada, em partes, na consolidação fiscal”, escreveu o Banco Mundial em relatório. “Espera-se que a atividade econômica se firme em 2025, à medida que os desequilíbrios macroeconômicos forem resolvidos, as distorções do mercado forem eliminadas e a inflação fique sob controle.”
A quinta queda consecutiva na inflação mensal foi anunciada um dia após Milei obter sua primeira vitória parcial no Congresso argentino, com a aprovação no Senado de sua Lei de Base, que inclui privatizações e a concentração de poderes nas mãos do presidente, além de seu pacote fiscal. Esses projetos incluem incentivos fiscais para investimentos em áreas como energia e mineração e a legalização de montantes não declarados no exterior, visando aumentar a entrada de dólares no sistema financeiro argentino.
Os Estados Unidos enviaram um submarino nuclear de ataque rápido à Baía de Guantánamo, em Cuba. O posicionamento do submergido é uma resposta à chegada de navios de guerra russos ao país caribenho.
A embarcação estadunidense chegou nesta quinta-feira 13 ao local. As tropas russas estão do outro lado do país, na capital Havana.
Na rede social “X”, o Comando Sul do exército norte-americano disse que o submarino USS Helena está na Baía de Guantánamo, como parte de uma visita de rotina ao porto, enquanto transita pela região de responsabilidade do Comando do Sul.
“O submarino conduz sua missão de segurança marítima global e defesa nacional. A localização e o trânsito da embarcação foram previamente planejados”, diz o Comando, em nota.
O submarino tem capacidade nuclear e atua a serviço dos EUA na Baía de Guantánamo desde 1903.
Os quatro navios de guerra russos estão em território cubano para exercícios militares planejados entre os dois países e anunciados no início do mês.
De acordo com o Conselheiro de Segurança, Jake Sullivan, o exército russo não representa uma ameaça, mas que os EUA está monitorando de perto. Segundo a imprensa norte-americana, o governo dos EUA também designou uma frota para vigiar as embarcações russas, que incluem três destróieres lançadores de mísseis, um navio da Guarda Costeira e uma aeronave de patrulha marítima.
As embarcações marítimas de Rússia e Estados Unidos são modernas e têm capacidade nuclear, no qual a movimentação dos dois países elevou as tensões na região.
O Ministérios das Relações Exteriores cubano disse que se trata de uma operação entre dois países com uma amizade histórica. “Nenhum dos barcos carrega armas nucleares, então, a parada no nosso país não representa uma ameaça para a região”, disse a pasta cubana em nota.
A cópia mais antiga com registro de uma história de Jesus realizando um “milagre” em sua infância foi descoberta em um manuscrito de papiro, um material que antecede o papel, de cerca de 2 mil anos. Os pesquisadores acreditam que a escrita foi feita entre os séculos IV e V no Egito e era parte de um exercício escolar ou uma comunidade religiosa. O achado foi feito na biblioteca da Universidade Humboldt de Berlim, na Alemanha, publicado no último dia 4 de junho e informado pelo jornal britânico “Daily Mail”.
O papiro mede 5 por 10 centímetros e conta uma história popular do Evangelho da Infância de Tomé. O relato fala da “vivificação dos pardais”, também conhecida como o “segundo milagre”, de quando o Messias, com 5 anos, teria transformado pombos de barro em pássaros vivos.
“Acreditávamos que era um documento do dia-a-dia, como uma carta ou uma lista de compras, porque a escrita parecia tão desajeitada”, afirmou o dr. Lajos Berkes, pesquisador da faculdade de teologia da universidade alemã, até que a equipe percebeu um detalhe que mudou tudo. “Nós reparamos a palavra ‘Jesus’ no texto. Então, comparando com vários outros papiros digitalizados, o deciframos letra por letra e concluímos que não se tratava de um documento qualquer”, disse.
O Evangelho da Infância de Tomé descreve a vida de Jesus dos 5 aos 12 anos e foi escrito durante o século II como uma forma de preencher as lacunas a respeito desta época da sua vida. No entanto, ela foi omitida da Bíblia por ser considerada inautêntica.
Uma cena verdadeiramente incomum ocorreu em um restaurante na Carolina do Norte (EUA): um cliente jantando acompanhado de uma boneca inflável.
Para uma jovem garçonete do estabelecimento, foi irresistível não registrar o episódio. Ela admitiu que não deveria estar filmando durante o trabalho, mas não resistiu à tentação.
O vídeo viralizou no TikTok, acumulando mais de 2,6 milhões de visualizações desde 27 de maio. No entanto, a repercussão teve um preço: a garçonete foi demitida.
Apesar disso, “Tbone” não se arrependeu.
Um internauta comentou: “Obrigado por arriscar seu emprego por isso.”
Outro observou um “erro” no comportamento do cliente do restaurante: “Ele está ao telefone e ignora a situação.”
O polêmico “visto gold”, anteriormente apelidado de “prostituição da cidadania europeia”, está de volta à pauta em Portugal. O novo plano de imigração visa conceder autorização de residência a investidores estrangeiros que desembolsarem cerca de R$ 1,4 milhão (€ 250 mil). Esse valor corresponde à metade do montante anteriormente exigido (R$ 2,8 milhões ou € 500 mil) para aquisição de imóveis na modalidade extinta.
A medida 32 do plano propõe a criação de um “instrumento de canalização de capital privado para investimento social em projetos de integração de imigrantes”. O objetivo é estabelecer um “visto gold solidário”, que inclua investimentos em equipamentos, infraestruturas de acolhimento e projetos de apoio a imigrantes em situação de vulnerabilidade.
Para viabilizar essa proposta, o governo fará adaptações à lei que regulamenta a Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), também conhecida como visto gold. A legislação exigirá que o investimento de € 250 mil ou mais seja direcionado para cultura, produção artística e recuperação do patrimônio cultural.
Embora o retorno financeiro seja nulo, exceto pela concessão da autorização de residência, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, enfatizou que essa abordagem busca uma lógica distributiva. O plano será debatido no Parlamento.
Anteriormente utilizado para atrair investimento estrangeiro e estimular o emprego em Portugal, a maioria dos vistos gold estava vinculada a aquisições imobiliárias e teve desempenho insatisfatório na criação de postos de trabalho. O governo anterior encerrou a possibilidade de investir no mercado imobiliário por meio desse programa, incluindo sua extinção no programa Mais Habitação.
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