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Categoria: Economia

Governo quer diversificar produção de frutas no RN

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O secretário estadual de Agricultura e Pesca (SAPE), Guilherem Saldanha, disse que, com o crescimento de 11,7% nos valores da exportação de frutas produzidas no Rio Grande do Norte, mesmo com a safra em andamento, o Estado trabalha para diversificar a produção. A ideia é incluir novos produtos, como o coco e o limão. Os principais produtos que compõem o setor (melão, melancia, mamão e manga) somam juntos, de agosto de 2023 até fevereiro último, US$ 166,2 milhões em saídas, ante US$ 148,7 milhões no mesmo período da safra anterior.

O melão, que voltou a liderar a pauta das exportações no mês passado, registrando US$ 102,5 milhões em vendas, o equivalente a 61,6% do montante que inclui a saída dos quatro produtos nesta temporada. Os dados são do Centro Internacional de Negócios da Fiern (CIN/Fiern) e do Sebrae.

“A gente está querendo incentivar muito a questão do coco, especialmente a agroindústria do coco. Temos incentivado e atraído empresas na área de citricultura, especialmente a produção de limão para exportação. Queremos transformar o estado num grande polo de produção e exportação de limão e incentivar a diversificação disso tudo”, destacou o secretário.

Ele ressalta que Estado tem um potencial grande na agricultura irrigada, mesmo sendo difícil produzir no semiárido. “Mas em compensação, ele é extremamente atraente do ponto de vista da produção de fruta, você consegue produzir uma fruta mais saborosa, mais resistente e com os custos de pulverização, por exemplo, muito menor que em outra região do país, que chova muito”, pontua Saldanha.

Para ele, os números da fruticultura representam a pujança desse setor na economia do Estado do Rio Grande do Norte e o resultado de parcerias do Governo com o setor. “É um setor que coloca um R$ 1 bilhão na economia do Rio Grande do Norte, recursos esses oriundos de outros países, sem falar na fruta que é comercializada dentro do Brasil, que a gente estima algo em torno aí de uns R$ 500 milhões”, calcula o gestor da SAPE.

Para tanto, diz que tem incentivado o fortalecimento do Idiarn, que é um órgão responsável por garantir a qualidade das frutas. “O Estado é parceiro no apoio dessas atividades, especialmente fazendo com que se encontre um ambiente mais favorável para investimento, com menos burocracia. Hoje, por exemplo, se consegue tirar uma outorga de água e fazer uma licença ambiental dentro da sua fazenda na tela do computador”, destaca.

Contudo, ainda falta solucionar a questão logística para fechar o ciclo de produção, colheita e exportação. O levantamento realizado pelo Centro Internacional de Negócios da Fiern indica que 98,9% dos valores correspondentes às saídas de melão e melancia produzidos no Rio Grande do Norte em 2023 para o exterior (cujo valor somado de janeiro a dezembro, juntando os dois produtos, ficou em US$ 170,5 milhões) utilizam o transporte marítimo como modal de exportação.

Deste total, 70,8% (US$ 120,7 milhões) foram escoados pelo Porto de Mucuripe, em Fortaleza (CE). Coube ao terminal marítimo de Natal a saída de apenas 28,2%, o equivalente a US$ 48,03 milhões. Depois da saída da transportadora CMA-CGM no ano passado, a única operadora que está usando o Porto de Natal é a Agrícola Famosa, que contratou navios próprios para transportar as frutas.

“Queremos que a cadeia da logística do transporte fique integralmente dentro do Estado. Infelizmente, o Porto de Natal, no governo do ex-presidente Bolsonaro, não teve a devida atenção. O fato disso é que as companhias marítimas procuraram outros portos para escoar as frutas produzidas aqui”, diz Guilherme Saldanha.

Para tentar reverter esse quadro, diz que o governo, junto com o setor produtivo, tem buscado companhias marítimas para operar no terminal de Natal. “Esse trabalho continua, esse ano vamos participar de pelo menos duas feiras de grande importância para o setor da fruticultura, uma agora em São Paulo e depois vamos para a Madrid com essa incumbência de viabilizar que a fruta produzida aqui seja exportada pelo Porto Natal, que tem uma característica, uma vocação muito boa nessa área de fruticultura”, aponta o secretário.

Tribuna do Norte

RN fechou o mês de janeiro com saldo de 332 novos postos de trabalho com carteira assinada

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O Rio Grande do Norte registrou em janeiro de 2024 o saldo positivo de 1.457 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 17.836 admissões e de 16.379 demissões. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) foram divulgados nesta sexta-feira, 15 de março, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No estado, o resultado foi positivo em três dos cinco grandes setores da economia avaliados. O principal destaque potiguar foi o setor de Serviços, que terminou o mês com um saldo de 1,2 mil vagas. Apenas a área da “atividades administrativas e serviços complementares” contabilizou um crescimento de 718 vagas em janeiro. O setor de Construção fechou com saldo de 692 postos, seguido pela Indústria (+47). Os setores do Comércio (-64) e da Agropecuária (-450) registraram queda este mês no estado.

Na divisão por municípios, Mossoró reuniu o maior saldo do período. Foram 586 novas vagas com carteira assinada, o que levou o estoque na cidade a um total de 71,1 mil pessoas formalizadas. Na sequência dos cinco municípios com maior saldo em janeiro de 2024 aparecem Natal (318), Parnamirim (226), Currais Novos (110) e São Gonçalo do Amarante (92).

No estado, os novos postos de trabalho foram ocupados, em sua maioria, por pessoas do sexo masculino (+1.020). Pessoas com ensino médio completo foram os principais atendidos (+1.354) com as vagas no Rio Grande do Norte. Jovens entre 18 e 24 anos também são o grupo com maior saldo de vagas: 831.

Agora RN

Procon Natal identifica redução de 2,86% na gasolina e de 12,25% no etanol

FOTO: JOSÉ CRUZ

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Natal divulgou uma pesquisa que aponta queda nos preços dos combustíveis na capital potiguar em março. A gasolina apresentou redução de 2,86%, com o preço médio passando de R$ 6,28 para R$ 6,08. Já o etanol foi o destaque, com a maior queda percentual: 12,25%. Isso significa que o preço médio do etanol caiu de R$ 4,88 para R$ 4,28, uma diminuição de R$ 0,60.

A pesquisa analisou os preços dos combustíveis nas quatro regiões de Natal, e a zona Norte se destacou com os melhores preços. A gasolina comum e a aditivada podem ser encontradas por R$ 6,00 e R$ 6,03, respectivamente. Já o diesel comum e o S-10 também apresentaram os melhores preços na região norte: R$ 5,82 e R$ 5,98, respectivamente. O gás veicular teve um preço médio de R$ 5,14, mas também foi encontrado pelo mesmo valor na região sul.

O estudo do Procon Natal foi realizado em 85 postos de gasolina da cidade e os dados completos, incluindo preço, média, variação e os estabelecimentos pesquisados, estão disponíveis no site do órgão (www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa).

A pesquisa analisou os preços dos combustíveis nas quatro regiões de Natal, e a zona Norte se destacou com os melhores preços. A gasolina comum e a aditivada podem ser encontradas por R$ 6,00 e R$ 6,03, respectivamente. Já o diesel comum e o S-10 também apresentaram os melhores preços na região norte: R$ 5,82 e R$ 5,98, respectivamente. O gás veicular teve um preço médio de R$ 5,14, mas também foi encontrado pelo mesmo valor na região sul.

O estudo do Procon Natal foi realizado em 85 postos de gasolina da cidade e os dados completos, incluindo preço, média, variação e os estabelecimentos pesquisados, estão disponíveis no site do órgão (www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa).

3R reduz preço da gasolina em R$0,20 e aumenta diesel em R$0,20 na refinaria do RN

FOTO: JOSÉ CRUZ

A empresa 3R Petroleum, que opera na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, atualizou a tabela de preços dos combustíveis nesta quinta-feira (14) e registrou queda no valor da comercialização da Gasolina A e um aumento no Diesel A S500.

O preço da Gasolina A saiu de R$3,22 e reduziu para R$3,02, representando uma queda de R$0,20 no comparativo ao preço comercializado no dia 7 de março. Enquanto isso, o Diesel A S500 estava com o preço de R$3,35 e foi para R$3,55, ou seja, um acréscimo de R$0,20.

O terminal da Petrobras mais próximo do Rio Grande do Norte está em Cabedelo, na Paraíba. De acordo com a última atualização na tabela em 1º de março, a Petrobras está comercializando a Gasolina pelo valor de R$2,70, ou seja, uma diferença de R$0,32 em comparação com a 3R Petroleum. Já o preço do Diesel está R$3,30, sendo R$0,25 menor do que na refinaria do RN.

Tribuna do Norte

RN tem a maior queda no preço do etanol no Brasil

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Na última semana, o Rio Grande do Norte se destacou ao apresentar a maior queda no preço do etanol em todo o Brasil, com uma redução significativa de 10%. Essa queda expressiva tornou o combustível mais competitivo em relação à gasolina no estado potiguar.

A média nacional do preço do etanol ficou estável em R$ 3,58 por litro. Em contrapartida, a média do preço da gasolina comum no Rio Grande do Norte é de R$ 6,06 por litro, enquanto o preço médio do etanol ficou em R$ 4,23, cerca de 30% abaixo do valor da gasolina.

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas, os preços do etanol subiram em 14 Estados, caíram em oito e no Distrito Federal, enquanto permaneceram estáveis em quatro.

Os dados revelam que o abastecimento com etanol se torna mais vantajoso para os consumidores potiguares. O menor preço registrado para o etanol na semana foi de R$ 2,73 por litro em um posto de São Paulo, enquanto o maior preço atingiu R$ 5,99 no Rio Grande do Sul. Em termos estaduais, Mato Grosso apresentou o menor preço médio de R$ 3,18 por litro, enquanto o Amapá registrou o maior preço médio de R$ 4,94 por litro.

Essas variações nos preços refletem a competitividade do etanol em relação à gasolina não apenas no Rio Grande do Norte, mas também em outros 13 Estados e no Distrito Federal. A paridade média dos postos pesquisados indicou que o etanol era mais vantajoso em 62,37% dos casos em comparação com a gasolina.

Agora RN

Melão supera petróleo e volta a ser produto mais exportado do RN em fevereiro, aponta Sebrae

FOTO: ELISA ELSIE

O melão fresco superou o petróleo (fuel oil) e voltou, no mês de fevereiro, a ser o produto do Rio Grande do Norte mais exportado para o mercado internacional. O fato não ocorria desde 2022.

O dado está presente na edição mais recente do Boletim da Balança Comercial do RN, do Sebrae-RN, que é baseado na Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

Em fevereiro, as remessas de melão ultrapassaram 19 mil toneladas, um aumento de 29,8% em comparação com o mesmo mês em 2023. O volume negociado foi na casa dos US$ 13,8 milhões.

Nos dois primeiros meses de 2024, o RN exportou 40 mil toneladas da fruta para o mercado externo, principalmente para Espanha, Países Baixos e Reino Unido, em negociações na casa dos US$ 29 milhões. Em todo 2023, foram 157,3 mil toneladas,

g1 RN

No RN, 43% dos restaurantes e bares operam endividados

FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Apesar de um faturamento melhor nos dois primeiros meses do ano do que a média nacional, o endividamento ainda é uma preocupação do setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Norte. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontou que 43% das empresas do setor, no Estado, operam com dívidas em atraso. O percentual é igual ao que foi constatado em nível nacional e, segundo a entidade, também se deve aos reflexos das dificuldades enfrentadas durante a pandemia da covid-19.

O vice-presidente da Abrasel no RN, Thiago Machado, diz que, as dívidas são uma preocupação ainda muito presente. “O endividamento ainda é alto no setor em geral. Isso foi atenuado na pesquisa. São dívidas que estão em impostos federais, municipais, estaduais. Dívidas com fornecedores, água, luz, gás, aluguel atrasado, enfim todas os aspectos”, enfatizou.

Entre as que enfrentam dificuldades, 59% devem impostos federais, 50% impostos estaduais, 47% empréstimos bancários, 31% encargos. trabalhistas e previdenciários, 31% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 17% taxas municipais, 14% devem a fornecedores de insumos e 17% estão com o aluguel atrasado.

O vice-presidente conta que muitos empresários precisaram contrair empréstimos para não fechar os empreendimentos durante a pandemia da covid-19, mas agora a conta chegou. “O ano de 2023 foi um ano muito difícil para o setor, 2024 vai continuar sendo um desafio, porque essas dívidas foram contraídas na pandemia. Houve o período de carência de empréstimos e agora estão vindo com parcelas altas”, explica.

Além disso, pontua que o mercado está retraído em todo o país. “O pessoal tem segurado o dinheiro, tem saído menos para gastar, mas o que conforta a gente é que a gente está um pouco melhor que a média nacional”, aponta.

Uma das medidas para não ficar no vermelho é o reajuste dos cardápios, até mesmo para compensar a inflação, contudo uma minoria tem conseguido.

No RN, apenas 12% dos bares e restaurantes têm conseguido aumentar seus preços acima da inflação, segundo a Abrasel. Outros 48% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação, enquanto 40% não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses. “Isso é bem preocupante porque a margem de lucro diminui. Muitas empresas até estão operando no vermelho. Se for fazer uma análise de cardápio, algumas pessoas nem sabem, mas estão pagando para vender”, sugere Thiago Machado.

Além do temor de perder clientes, outro fator que faz com que os bares e restaurantes segurem os preços, segundo ele, é a concorrência, especialmente a desleal, o mercado informal.

Nacionalmente, os números não são tão discrepantes. Cerca de 40% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 51% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação, diz a pesquisa. Em todo o país, apenas 9% dos bares e restaurantes têm conseguido aumentar seus preços acima da inflação. Além disso, 43% dos estabelecimentos relataram atrasos em seus pagamentos, evidenciando as dificuldades financeiras ainda enfrentadas por parte do setor.

O ano não começou bom. Janeiro, por exemplo, uma vez que 22% dos estabelecimentos alegaram prejuízos em relação a dezembro no RN, o que representa um crescimento de 9% em relação ao resultado de dezembro/novembro. Outras 38% operaram em estabilidade e 40% fizeram lucro. Ainda sobre o resultado do mês, 49% dos bares e restaurantes tiveram desempenho menor em janeiro do que em dezembro.

“É normal que em dezembro a gente tenha um incremento das festas de final de ano, o pessoal abre mais a mão para gastar com presentes, com confraternizações. Foi o melhor mês do ano de 2023, comparando a média. Aí vem janeiro com uma queda de 9% em relação a dezembro e aumenta a quantidade de empresas faturando abaixo do esperado”, pontua o vice-presidente da Abrasel/RN.

Apesar disso, bares e restaurantes no RN comemoram o desempenho no mês de fevereiro, puxado pelo carnaval. Das empresas que abriram (74%) durante os festejos, 40% disseram ter tido um aumento no faturamento em relação. Esse aumento ficou na média de 20,41%. Outros 12% tiveram um desempenho igual ao de 2023 e 36% ficaram abaixo. “A gente tem a semana do carnaval como acréscimo de vendas, mas o mês inteiro fica sacrificado por causa dessa margem que o cliente acaba segurando dinheiro para curtir no carnaval”, destaca Thiago Machado.

Tribuna do Norte

Com 13 novos parques em 2024, RN gera 32% da energia eólica no País

FOTO: DIVULGAÇÃO

Líder na produção de energia eólica no Brasil, o Rio Grande do Norte deu mais um passo para ampliar ainda mais a primeira posição na viabilização de energia limpa no País. O Estado ganhou 13 novos parques eólicos nos dois primeiros meses de 2024, segundo o Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). O número de parques em operação representa um crescimento de 0,45 gW de potênciaativa no Estado. Só em 2023, o RN registrou R$ 22,5 bilhões em investimentos em novos projetos de geração de energia, tanto para fontes eólicas como solares.

O Estado tem 293 parques eólicos em atividade e, no cenário nacional, fica atrás apenas da Bahia, que tem 319 empreendimentos. Mesmo assim, o RN é líder na potência em operação, com 9,43 gW, o que representa quase 32% de toda a geração de energia eólica no País. A plataforma da Fiern aponta ainda que há 91 empreendimentos em desenvolvimento, com 3,58 gW de potência outorgada, que consiste na potência em construção ou ainda não construída.

“A qualidade dos ventos, tanto no litoral do Rio Grande do Norte como em boa parte do interior, tem atraído novos investimentos na geração de energia eólica. Esse crescimento da atividade tem lastro nos 5,5 Gw (on-shore) já contratados para os próximos anos. Isso sem falarmos do potencial de 51 Gw já mapeado para geração da energia eolica off-shore, em fase de aquecimento. Essa liderança mais a vocação natural do Estado têm levado o SENAI/RN, através do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT), a liderar diversos projetos nacionais e manter amplo intercâmbio mundial”, aponta o presidente da Fiern, Roberto Serquiz.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, o RN possui “qualidades excepcionais para os ventos” e destaca o protagonismo do Estado na área.

“Temos excelentes jazidas de ventos, e na medida que tenhamos capacidade de escoamento, com linhas de transmissão, o RN seguirá sendo o protagonista de produção de energia eólica no Brasil enquanto tivermos área para construir os parques. Nosso problema, em gerando energia, é o escoamento, mas tem que existir a necessidade da demanda. O Brasil precisa retomar o seu crescimento para termos demanda de energia cada vez maior e com isso possamos construir uma maior quantidade de parques para gerar mais energia para suprir essa necessidade”, explica.

Segundo o coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec-RN), Hugo Fonseca, a entrada em operação dos novos parques está dentro do cronograma das outorgas recém-contratadas.

“Esses parques que entraram em operação estão obedecendo o cronograma previsto de implantação. Temos uma série de usinas que estão previstas para entrar em operação em 2024, mas esses 13 estão dentro do plano informado à Aneel e, principalmente, para o início da entrada de operação e comercialização desses projetos já junto a ONS. Esses 13 parques estão dentro do universo dos quase 13,1 GW contratados e outorgados que entrarão em operação até o início de 2026”, explica Hugo Fonseca.

“Avaliamos esse crescimento de forma muito positiva, pois cada novo parque significa em media 500 empregos. Além de movimentar toda cadeia produtiva, desde pousadas, casas alugadas de moradores das cidades do entorno, como também movimenta o setor de bares restaurantes, pousadas e a economia das cidades próximas”, disse Max Fonseca, consultor da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN).

“O RN já é um líder em energias renováveis, pois lidera a produção de energia eólica no Brasil. O fator central é pelo recurso disponível dos ventos da região Nordeste, com destaque para o RN. Aliado a isso é importante ter um governo pensando nas energias renováveis, em atrair investimentos, e a gente tem percebido isso no Estado, com Atlas Eólico, Onshore, Offshore, e agora o hidrogênio e solar. O papel do Estado de dar uma indicação aos investidores faz com que os estudos atraiam mais investimentos”, destacou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum.

RN terá 1,97 bilhão para linhas de transmissão

O Rio Grande do Norte vai receber o investimento de R$ 1,97 bilhão por conta do primeiro leilão de transmissão de energias renováveis que vai ocorrer no dia 28 de março, na sede da B3, em São Paulo.

Ao todo, o leilão vai contemplar 15 lotes em 14 estados brasileiros. A previsão é que seja investido cerca de R$ 18,2 bilhões. No leilão deste ano, o Rio Grande do Norte foi contemplado nos Lotes 3 e 4 junto com os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Entre os projetos previstos, destaca-se a linha de transmissão de 500kV, entre Ceará-Mirim e João Pessoa (PB), com 198 quilômetros.

O presidente do Sindicato da Indústria Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, aponta ainda que o desenvolvimento do setor é importante para que o Estado esteja pronto para a demanda de Hidrogênio Verde que se aproxima.

“Acredito na capacidade do RN de gerar essa energia. A vantagem do H2V é que em boa parte das plantas, não em todas, não há necessidade de linhas de transmissão. A produção de energia é para consumo da própria indústria de hidrogênio, para o próprio processo de hidrólise, então esse é um ponto que o RN sai com uma vantagem”, acrescenta Azevedo.

Segundo Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os empreendimentos estão previstos para entrar em operação no ano de 2029. As novas linhas serão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e têm como objetivo principal expandir e fortalecer a rede básica de energia elétrica do estado. “As quatro grandes obras, nos blocos 3 e 4, garantirão a conexão de novos empreendimentos de geração de energia no sistema elétrico nacional”, ressaltou ele.

O leilão deste ano prevê a construção, operação e manutenção de 6.464 quilômetros de linhas de transmissão e 9.200 MVA em capacidade de transformação em todo o país. “A partir do leilão, esses projetos já podem comercializar seus contratos, abrindo margem no sistema elétrico para a conexão de novos empreendimentos”, complementou.

PANORAMA DAS EÓLICAS

  • 293 é o número de parques em operação no RN
  • 9,43 gW é a geração de energia com parques eólicos no Estado
  • 30% é a produção de energia eólica do RN para o Brasil
  • 25,5 GW de potência contratada no Brasil
  • 13 é o número de parques instalados no último bimestre no RN
  • 3,5 gW é a potência contratada no RN
  • 91 empreendimentos estão em construção
  • 3,58 gW é a potência outorgada

Tribuna do Norte