No mês de setembro, o comércio exterior do RN alcançou US$ 82,2 milhões de exportações e importações. No acumulado do ano, a balança comercial do estado registrou um volume total de US$ 1,1 bilhão.
Nas exportações, os cinco principais destinos comerciais do estado foram os Países Baixos (US$ 10,2 milhões), o Reino Unido (US$ 9,3 milhões), os Estados Unidos (US$ 3,6 milhões), a Colômbia (US$ 1,9 milhão) e o Peru (US$ 1,1 milhão), sendo que estes cinco países representaram 73,3% do total exportado pelo Rio Grande do Norte.
Em relação às importações, os maiores parceiros comerciais do estado no mês de setembro foram: China (US$ 18,1 milhões), Estados Unidos (US$ 6,9 milhões), Países Baixos (US$ 5,0 milhões), Rússia (US$ 3,9 milhões) e Alemanha (US$ 3,1 milhões), compondo juntos 79,3% das importações potiguares.
As informações estão na nova edição do Boletim Econômico da SEDEC.
O Rio Grande do Norte (RN) segue em ritmo de expansão na produção de petróleo e gás natural. No segundo trimestre de 2024, o Estado registrou um crescimento de 4% na produção de petróleo, que totalizou três milhões de barris. O setor de gás natural também apresentou um crescimento expressivo de 17,5%, ao atingir a marca de 108 milhões de metros cúbicos produzidos.
Os números integram o Boletim de Petróleo e Gás Natural e Arrecadação de Royalties – Segundo Semestre, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), nesta terça-feira (01.10). A publicação técnica é elaborada pela Coordenadoria de Desenvolvimento Energético (CODER) da SEDEC-RN.
Um dos destaques do levantamento foi a constatação de que o campo de Canto do Amaro, localizado na Bacia Potiguar, se consolidou como o maior produtor de petróleo onshore do Brasil, durante o segundo trimestre de 2024, o que reforça a importância estratégica da região para a indústria petrolífera nacional.
Além dos números de produção, o Boletim traz dados relevantes sobre a distribuição de royalties entre os municípios do estado. No período de abril a junho de 2024, o Rio Grande do Norte repassou R$ 60,9 milhões em royalties, um aumento de 14,39% em relação ao mesmo período de 2023. Entre os municípios beneficiados, Felipe Guerra se destacou com R$ 7,3 milhões recebidos, representando um crescimento expressivo de 207,8%.
Os números e a análise – com informações técnicas sobre os principais campos de produção e a variação semestral na distribuição dos royalties – estão disponíveis para consulta no Boletim de Petróleo e Gás Natural e Arrecadação de Royalties – Segundo Semestre.
O Boletim tem como objetivo apresentar um panorama completo da produção de petróleo e gás natural na Bacia Potiguar durante o segundo trimestre de 2024, detalhando os volumes produzidos, os principais campos em operação e a distribuição dos royalties entre os municípios da região.
O Rio Grande do Norte fechou o mês de agosto com 7.239 novos empregos com carteira assinada. Os dados do Novo Caged foram divulgados nesta sexta-feira, 27 de setembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o estado registra 26.340 novos empregos formais. Com isso, o Rio Grande do Norte ajudou o país a atingir o saldo de 1,72 milhão em oito meses, mais do que o Brasil registrou nos 12 meses de 2023, quando foram abertas 1,46 milhão de vagas. Desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são 3,18 milhões de empregos com carteira assinada.
As cinco grandes atividades econômicas pesquisadas tiveram saldo positivo no estado em agosto. O destaque ficou com a Agropecuária, que registrou a abertura de 2.258 novas vagas. Na sequência aparecem o setor de Serviços (1.997), Indústria (1.342), Construção (867) e Comércio (778).
A capital, Natal, foi o município com melhor saldo no estado em agosto, tendo gerado 1.627 novos postos. A cidade tem hoje um estoque de 229.990 empregos formais. Na sequência dos municípios com melhores desempenhos no mês no Rio Grande do Norte aparecem Mossoró (1.307), Baía Formosa (608), Apodi (538) e Parnamirim (446).
O Rio Grande do Norte tem 73,3 mil empresas inadimplentes com cerca de 490 mil dívidas negativadas, que somadas chegam a R$ 1,51 bilhão. O número representa 28,2% de todas as empresas potiguares e está abaixo da média nacional (30,8%) e regional do Nordeste (31%). As informações constam em um levantamento do Serasa Experian, com dados até o último mês de julho. A série histórica, monitorada pela datatech, com início em 2019, mostra que o endividamento de empresas no Rio Grande do Norte avançou 21,3% em cinco anos, no intervalo de julho de 2019 a julho de 2024.
Considerando o percentual de endividamento na região, o RN ocupa uma posição intermediária, atrás do Ceará (25,8%), Paraíba (25,8%) e Piauí, que tem a menor taxa de endividamento (23,5%). A maior taxa da região é de Alagoas, com 42,4% das empresas com dívidas negativadas. “A inadimplência subiu ao longo dos últimos anos em todos os estados, alguns mais outros menos, mas tivemos esse crescimento. Acho que podemos dizer que o comportamento do RN foi ‘menos pior’, porque cresceu também, mas cresceu abaixo da média nacional”, comenta Luiz Rabi, economista-chefe do Serasa Experian.
Em termos de volume total, o valor das dívidas no Estado aumentou de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,51 bilhão no período de um ano, um aumento de 25,8%. Ampliando a conta para cinco anos, comparando com julho de 2019, quando as dívidas acumulavam R$ 822,5 milhões, o salto é de 84,2%. O panorama atual do Rio Grande do Norte, conforme as planilhas do Serasa Experian, mostra também que a média por CNPJ é de 6,7 dívidas, no valor médio de R$ 20,6 mil.
Dentre as 6,9 milhões de empresas inadimplentes no Brasil, cerca de 6,5 milhões são micro e pequenas. No RN, essa tendência se repete. Das 73,3 mil empresas inadimplentes, 69,7 mil são enquadradas como micro e pequenas empresas (95%). O economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, diz que os números indicam que os empreendimentos de menor porte têm sido os mais afetados pelas dificuldades financeiras e também enfrentam mais dificuldades para se recuperar.
A pesquisa não detalha os setores por estados, mas o resultado nacional reflete a realidade do Rio Grande do Norte, diz Rabi. O setor de “Serviços” lidera a lista de setores mais impactados pela inadimplência no Brasil, com 55,9% das empresas endividadas pertencendo a esse segmento. Em seguida, vêm o “Comércio” (35,6%), “Indústrias” (7,3%), “Primário” (0,8%) e “Outros” (0,3%), que englobam o setor financeiro e o terceiro setor.
“O setor de serviços é aonde se concentram as micro e pequenas empresas. A gente tem uma estatística de nascimento de empresas, que a gente acompanha todos os meses e cerca de 80% são de micro e pequenas empresas, sendo dois terços no setor de serviços. É um setor predominantemente constituído de micro e pequenas empresas”, acrescenta o economista.
Na análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio/RN) não se pode discutir o aumento do endividamento entre 2019 e 2024 sem mencionar o impacto da pandemia de covid-19 em 2020. “Nesse período, a carteira de crédito às empresas registrou um crescimento significativo. Esse aumento foi impulsionado pela maior disponibilidade de crédito, uma medida essencial para apoiar as empresas durante a crise sanitária. Contudo, em março de 2021, teve início um ciclo de elevação da taxa de juros”, analisa a entidade.
Esse aumento no custo do crédito, segundo a Fecomércio RN, combinado com as restrições econômicas e sanitárias do período, resultou em dificuldades para muitas empresas quitarem suas dívidas. “A alta dos juros não só encareceu as operações de crédito, como também agravou a situação financeira de diversas empresas, já impactadas pela queda na demanda e interrupções nas atividades econômicas causadas pela pandemia”, afirma.
A entidade alerta que para alcançar saúde financeira, é essencial monitorar o endividamento e adotar estratégias de redução de custos e renegociação de dívidas. “Essas medidas são fundamentais para um maior equilíbrio e sustentabilidade financeira”, diz.
O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, destaca que, segundo levantamento do Sebrae RN referente a 2023, as micro e pequenas empresas (MPEs) são responsáveis por cerca de 86% dos empregos formais e 36,6% do PIB do Estado, tornando crucial a atenção à sua saúde financeira. “O comércio, que concentra aproximadamente 74,2 mil MPEs, é o setor mais representativo e o mais vulnerável, o que demanda monitoramento constante e políticas de apoio específicas. Garantir a sustentabilidade dessas empresas é fundamental para preservar tanto a geração de renda quanto os empregos, que são pilares da economia local”, diz ele.
DICAS
Para ajudar os empreendedores a enfrentar o desafio da inadimplência e manter a saúde financeira de seus negócios, Alessandro Schlomer, consultor em planejamento financeiro e CEO da Potencer Soluções Corporativas, dá dicas essenciais que podem fazer a diferença na gestão do seu empreendimento. Confira:
Tenha controle rigoroso do seu fluxo de caixa: monitore as entradas e saídas de dinheiro diariamente, segregue o fluxo operacional e não operacional, utilize ferramentas de gestão financeira para automatizar o processo e mantenha um fluxo de caixa positivo, com mais entradas do que saídas. Você pode utilizar softwares como Omie, Conta Azul, MXM, ou até mesmo uma planilha bem estruturada para facilitar a gestão financeira;
Faça um planejamento financeiro detalhado: defina metas e objetivos claros, crie um orçamento minucioso, incluindo todas as receitas, custos e despesas previstas, e acompanhe o desempenho do seu negócio em relação ao seu orçamento;
Gerencie seus custos de forma eficaz: identifique e categorize todas as suas despesas, negocie melhores preços com seus fornecedores, busque maneiras de reduzir custos desnecessários, e acompanhe uma DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) gerencial (aberta por linha de negócio). Exemplo: o lucro sobre a receita para entender o percentual de lucratividade do negócio;
Invista em sua empresa: reserve parte do seu lucro para reinvestimento no negócio – em novos produtos, serviços, marketing e tecnologia, e aumente a sua produtividade e eficiência;
Pessoa física x Pessoa jurídica: não misture suas contas pessoais com as contas corporativas e tenha uma conta bancária de pessoa jurídica;
Mantenha-se atualizado sobre as suas finanças: revise-as regularmente e faça ajustes no seu planejamento financeiro conforme necessário. A saúde financeira é fundamental para o seu sucesso a longo prazo.
As mulheres ganham, em média, 19,5% a menos do que os homens no Rio Grande do Norte. No estado, a remuneração dos homens é de R$ 2.658,20, enquanto a das mulheres é de R$ 2.139,65. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da Lei nº 14.611/2023.
A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). No Rio Grande do Norte, a diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença sobe para 28,2%.
No total, 496 empresas potiguares responderam ao questionário. Juntas, elas somam 174,9 mil pessoas empregadas. O 2º Relatório foi apresentado na última quarta-feira, 18 de setembro. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 76,1% do salário pago aos homens no estado. No primeiro ciclo, 500 empresas enviaram informações referentes a 168,2 mil pessoas empregadas.
No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 39,1 mil e 26 mil, respectivamente. Contudo, mulheres negras recebem, em média, 19,3% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 14,4%.
O documento registrou que, no Rio Grande do Norte, 47,6% das empresas possuem planos de cargos e salários; 22,7% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 30,7% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 15,2% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 12,9% dos estabelecimentos contam com a política.
O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
O nome é complicado: Kappaphycus alvarezii. Trata-se de um musgo marinho chifre-de-alce, uma espécie de alga vermelha. Varia em tamanho, peso e idade. Possui um tom marrom-esverdeado escuro e às vezes pode ser roxo profundo, com formato cilíndrico. Porém, o mais complicado não é falar o nome, difícil mesmo é conseguir a licença ambiental para sua exploração. No Rio Grande do Norte, que possui potencial milionário, a espera dessa liberação já dura mais de 3 anos.
A Kappaphycus alvarezii é uma macroalga exótica, originária das Filipinas, que é usada comercialmente por ter grande importância para diversos setores da economia. Na agricultura, pode ser usada como bioinsumo, dando mais qualidade ao solo e resistência vegetal a doenças.
Na pecuária, serve como alimentação animal, melhorando o desempenho e a saúde dos bichos.
Na indústria, a alga é fonte rica em compostos com propriedades espessantes, gelificantes e emulsificantes. E pode ser utilizada em diversos produtos, inclusive farmacêuticos e cosméticos.
Por fim, é altamente sustentável, pois contribui para a fixação de carbono, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas e também na reconstrução de ambientes marinhos.
E onde este tipo de alga se reproduz? Em águas rasas, claras e limpas, com altos níveis de iluminação, temperaturas que variam entre 20 e 32 graus e salinidade superior a 30 partes por mil, ou seja, condições encontradas na costa potiguar. O problema, até então, é a liberação para o cultivo. No Brasil, isso só é possível por meio de instrução normativa do IBAMA. Atualmente, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo possuem produções já liberadas pelo órgão.
“Isso pode se tornar um negócio gigante”, diz Secretário de Agricultura
“Hoje, mundialmente cultivada, a alga Kappaphycus alvarezii tem vários benefícios ambientais, porque tem uma capacidade de crescimento gigante. E com essa capacidade de crescimento, ela consegue captar o CO2 (dióxido de carbono) que está na água, nas águas oceânicas, e transformar em uma alga que tem um altíssimo teor de potássio. A ideia é essa, é aproveitar esse crescimento e iniciar essa exploração aqui no estado do Rio Grande do Norte. Assim, atrairíamos empresas que atuam nesse segmento de adubos biológicos, empresas que aproveitassem essas algas para produzir adubo à base de potássio, para ser utilizado na agricultura”, acrescentou o secretário estadual de Agricultura, Guilherme Saldanha.
Ainda de acordo com Guilherme, o que falta para o RN se aproveitar dessa potencialidade é a autorização ambiental. “Nesse caso específico, é o IBAMA. A gente já está tratando disso há mais de três anos”, confirmou.
“Temos um grupo de trabalho, junto com o Governo do Estado, Secretaria da Agricultura, Emparn, EMATER, IDEMA, IGARN, UFRN, Escola Agrícola de Jundiaí, e com o próprio IBAMA, onde discutimos para ver se a gente consegue acelerar e concluir esse processo da autorização. E aí poderemos entrar com a pesquisa de campo, ver os potenciais que essa alga tem de crescimento, provar que ela respeita todas as diretrizes ambientais, e aí começar uma exploração comercial”, destacou Guilherme.
“Olha, isso pode se tornar um negócio gigante, gigante mesmo, algo que possa movimentar a casa dos milhões de reais, de dezenas de milhões de reais na produção de adubos orgânicos à base de potássio”, reforçou o secretário da Agricultura.
IBAMA faz reunião e promete retomar discussão
Ao Diário do RN, o superintendente do IBAMA no RN, professor Rivaldo Fernandes, prometeu retomar as discussões. “Hoje fizemos uma reunião para tratar disso. Vamos retomar”, prometeu.
Natal tem jornada para discutir estratégias de implementação do cultivo da Kappaphyccus
Natal está sediando, até o dia 4 de outubro, a “2ª Jornada Norte-Rio-Grandense pró Kappaphyccus”. O evento é uma iniciativa conjunta da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN (SAPE), da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura do Estado do Rio Grande do Norte (SFPARN) e da Sociedade Brasileira de Ficologia (SBFic). O objetivo é definir os parâmetros logísticos a serem adotados como estratégia na implementação dos processos operacionais envolvidos numa possível cadeia produtiva das macroalgas no estado.
A 2ª JRNpK integrará também as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão desenvolvidas pelo setor de Aquicultura da Escola Agrícola de Jundiaí-EAJ-UFRN, respectivamente, vinculadas ao PRONATEC, ao PRODEMA e ao Projeto “Maricultura de Macroalgas: Tecnologia Social e Organização de Grupos Produtivos no Rio Grande do Norte”.
A programação conta com apresentações orais, debates, oficinas de trabalho e visitas técnicas às localidades litorâneas que possuem as melhores condições socioambientais para executar o cultivo comercial da K.alvarezii, de forma sustentável.
As visitas técnicas ocorrerão de 01 a 03 de outubro, abrangendo localidades praianas nos municípios de Caiçara do Norte, Extremoz, Macau, Maxaranguape e Rio do Fogo.
A Brava Energia, empresa resultado da combinação entre a 3R Petroleum e a Enauta e que opera no RN, fez sua estreia na ROG.e, um dos maiores eventos do setor energético da América Latina. Até quinta-feira (26), a companhia, que é uma das principais independentes do setor de óleo e gás, estará presente no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro, para apresentar ao público externo sua nova identidade e principais projetos.
A Brava Energia conta com um estande interativo, onde os visitantes podem conhecer em detalhes os projetos, tecnologias e soluções desenvolvidas pela companhia. A empresa também aproveita a oportunidade para se apresentar para o mercado, parceiros e investidores, fortalecendo sua posição no mercado.
Na programação do Congresso, a Brava Energia está presente em painéis, discutindo temas relevantes para o setor. O CEO, Décio Oddone, participa de dois painéis: um deles é sobre a transição energética e o papel da indústria de óleo e gás nos desafios sociais e climáticos. O segundo será um Strategic Talks, encontros diários com os principais líderes e autoridades do mercado para debater o presente e o futuro do universo da energia.
O CFO da Brava Energia, Pedro Medeiros, também participa de um painel sobre o papel das empresas independentes na diversificação das atividades de E&P.
Premiação e trabalhos técnicos – Profissionais da Brava Energia também vão apresentar trabalhos técnicos durante o evento. Especialistas da empresa compartilharão conhecimentos sobre certificação de projetos, transformação digital, gestão da produção em campos maduros e avaliação ambiental de blocos terrestres.
Na cerimônia de encerramento, o diretor de operações da Brava Energia, Carlos Mastrangelo, receberá o Prêmio Leopoldo Américo Miguez de Mello, láurea que reconhece publicamente a contribuição de personalidades que tenham atuado para transformar e desenvolver a indústria de petróleo e gás no Brasil.
Os projetos de energia renovável no RN preveem até 2029, pelo menos, R$ 75,5 bilhões em investimentos. São R$ 30 bilhões em projetos de energia solar e eólica e outros R$ 45,5 bilhões em projetos para produção de hidrogênio verde.
A soma coloca o RN em posição de destaque no que diz respeito à chamada neoindustrialização brasileira, que é pautada pelo uso de fontes sustentáveis e alinhada à agenda internacional de combate às mudanças climáticas.
Os números foram levantados junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec-RN) e levam em consideração as perspectivas reais para os próximos anos. Esse é o cenário atual, contudo, esses valores poderão se tornar ainda maiores.
Para dar uma ideia da pujança desses investimentos, em 2022, os projetos de energia solar somaram R$ 21,8 bilhões em investimentos, enquanto a eólica ficou em R$ 9,3 bilhões. Em 2023, esses valores foram de R$ 17,1 bilhões para solar e R$ 5,4 bilhões para eólica.
Os investimentos em energia solar estão de tal modo que mudaram a balança comercial do estado. Hoje, o principal produto importado para o RN são placas de painéis solares, para projetos que serão instalados no território potiguar.
De acordo com a Sedec, a estimativa é de que nos últimos 13 anos, a energia sustentável no RN foi responsável por um investimento entre R$ 45 a 50 bilhões (de 2010 a 2023). Esse valor inclui tudo que foi necessário para a implantação dos parques no estado.
Agora em 2024, de janeiro a junho, o Rio Grande do Norte registrou investimentos de R$ 6,1 bilhões em eólica e R$ 3 bilhões em solar.
E também registrou — no início do segundo semestre — o primeiro contrato para produção de hidrogênio verde do Brasil. Esse contrato, cujo investimento previsto é de R$ 40 milhões, foi firmado entre a CPFL Energia e a Mizu Cimentos, com apoio do governo do Rio Grande do Norte e do Consórcio Nordeste.
O projeto consiste em uma planta-piloto que usará energia renovável para produzir o hidrogênio verde a ser utilizado nos fornos rotativos da companhia de cimento, que ficam na cidade de Baraúna, a cerca de 300 quilômetros de Natal, na divisa com o Ceará.
A assinatura do contrato com a Mizu é apenas a fresta de luz um novo horizonte de oportunidades que está começando a se descortinar para o RN. De acordo com o secretário-adjunto da Sedec, Hugo Fonseca, há pelo menos outros quatro projetos privados de hidrogênio verde sendo desenvolvidos no RN.
Um deles foi destacado recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no estudo “Hidrogênio sustentável: perspectivas para o desenvolvimento e potencial para a indústria brasileira”, que lista mais de 60 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil, com investimentos estimados em R$ 188,7 bilhões.
O projeto citado pelo estudo da CNI para o RN visa a implantação do Complexo Industrial para produção de Hidrogênio e Amônia Verde – Alto dos Ventos. De acordo com a CNI, o investimento total é de R$ 12,9 bilhões.
O pedido de licenciamento prévio foi apresentado ao Idema em maio de 2023 e informava que seriam gerados 50 empregos diretos. A planta deve ocupar uma área de 200 mil metros quadrados.
Há ainda um projeto em Areia Branca, com investimento estimado em R$ 13 bilhões, cuja licença prévia foi pedida pela Maturati Participações em abril de 2024. O pedido prevê a instalação do Complexo Industrial Morro Pintado – Usina de Geração de Hidrogênio Verde/Amônia.
Trata-se de um projeto híbrido com mais de 1 GW de capacidade instalada – composto por 231 MW de energia eólica e 812,5 MW de energia solar. De acordo com o memorando assinado pelo governo do estado e a empresa em agosto deste ano, o projeto tem potencial para gerar 3 GWh por ano.
A previsão é que a nova planta entre em operação até janeiro de 2026. Também de acordo com o memorando, estima-se a geração de 52 mil toneladas de hidrogênio verde e derivados como amônia e ureia verde por ano.
De acordo com Hugo Fonseca, há ainda outros dois projetos em Galinhos, cujos investimentos são estimados entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões (cada). Para a estimativa total foi usado o valor de R$ 7 bilhões, cada.
No Diário Oficial do Rio Grande do Norte, em maio de 2023, em julho e agosto deste ano constam pedidos de licença de alteração “visando a instalação de uma planta piloto de eletrólise de água de hidrogênio sustentável por meio de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), localizada na Ilha de Pisa Sal, Zona Rural”.
Além das iniciativas já citadas, o governo do estado desenvolve o projeto do Porto-Indústria Verde, que deve ser instalado em Caiçara do Norte (RN), a cerca de 154 quilômetros de Natal. De acordo com estudos feitos, a obra está orçada em R$ 5,6 bilhões e será implantada em uma área de 13 mil hectares, gerando 50 mil novos empregos diretos e indiretos
“O Porto-Indústria é um grande hub de produção de hidrogênio, onde vai estar concentrado um pool de usinas, que vão produzir hidrogênio e vão usar a logística para distribuir esse hidrogênio para o mercado técnico brasileiro e também para o mercado externo”, explica Hugo Fonseca.
Solar deve passar eólica em 2025
A tendência é que o Rio Grande do Norte observe já nos próximos anos uma nova mudança na sua matriz energética, com a produção de energia solar ultrapassando a fonte eólica. “A tendência é que até 2029 a fonte solar, nesse ritmo de crescimento, supere a fonte eólica como a principal fonte de geração de energia no estado”, afirma Hugo Fonseca.
Ele explica que tendo por base o que já está como potência outorgada, a energia eólica responde por 11.1 gigawatts enquanto a solar está com 10.9 gigawatts. “A diferença entre a eólica solar, está em torno de quase 200 megawatts. É muito pouco. Então a tendência é que a solar, ela ultrapasse os dados de potência instalada outorgada a eólica”.
De acordo com o secretário-adjunto, essa ultrapassagem poderá ocorrer no final de 2025 e início de 2026. “Vai depender muito do cenário que a gente vai encontrar agora no segundo semestre. Porque o que está acontecendo é que estamos vivendo um período de seca grande agora, e se houver aí uma perspectiva de melhora de preços no mercado, pela demanda que tende a ser crescente agora no segundo semestre, e ir se intensificando até o final de fevereiro, no início de março, a tendência é que nós teremos um volume maior de contratação da solar pelo preço que será mais competitivo e ela tende a passar”, explica. De acordo com Balanço Energético do primeiro semestre de 2024 produzido pela Sedec, o Rio Grande do Norte superou a marca de 24 gigawatts de potência outorgada para geração de energia elétrica.
Investimentos em energia renovável no RN
Investimentos 1º semestre de 2024
▸ Eólica: R$ 6,1 bilhões
▸ Solar: R$ 3 bilhões
Investimentos em 2023
▸ Eólica: R$ 5,432 bilhões
▸ Solar: R$ 17,180 bilhões
Investimentos em 2022
▸ Eólica: R$ 9,378 bilhões
▸ Solar: R$ 21,884 bilhões
Investimentos feitos de 2010 a 2023
▸ Entre R$ 45 a R$ 50 bilhões
Investimentos em Eólica e solar previstos até 2029
▸ R$ 30 bilhões
Investimentos em Hidrogênio Verde previstos
▸ 01 Projeto em Macau – R$ 12,9 bilhões
▸ 02 Projetos em Galinhos – R$ 6 a 8 bilhões (cada)*
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