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Categoria: Economia

Preços de alimentos caem e cesta básica atinge menor valor do ano em Natal

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Os preços dos alimentos da cesta básica estão em queda em Natal. Em setembro, a Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos do Idema registrou redução de (-0,6%), em relação ao mês anterior. O valor da cesta caiu para R$ 594,79, menor valor de 2025. Dos treze produtos acompanhados mensalmente, sete ficaram mais baratos. As variações negativas ocorreram no leite, legumes, frutas, feijão, tubérculos, margarina e carne bovina. Óleo de cozinha, pão, açúcar, arroz e farinha tiveram variação positiva. O preço do café em pó, que vinha em sequência de queda nos meses de julho e agosto, ficou estável em setembro.

Outro órgão que pesquisa os preços da cesta básica em Natal, o Dieese, registrou variação negativa, em escala bem maior: (-1,89%). O valor da cesta deles em setembro foi de R$ 610,27. “O arroz tem um peso significativo na cesta básica. Estamos passamos por uma grande safra e a tendência é de queda. O café passou por um período de alta, estabilizou e agora começam a aparecer as promoções de café. E isso tem reflexo na composição de preços da cesta básica”, disse o supervisor-técnico do Dieese Natal, Ediran Teixeira. O Procon Natal apurou leve alta em setembro (+0,19%), após variação negativa (-2,03%) em agosto. A cesta do Procon tem 40 itens e inclui produtos de limpeza. Valor: R$ 438,63, ante 437,79 em agosto.

Tradicionalmente, a sazonalidade tem grande peso na formação de preços ao consumidor de produtos como como tomate, cenoura, banana, mamão, abacaxi, abacate, manga, feijão. Um outro fator, a desoneração dos produtos da cesta básica, contribuiu para manter mais em conta os preços ao consumidor.

Levantamento da Ceasa – Centrais de Abastecimento do Estado do Rio Grande do Norte S/A -, referente ao período de janeiro a setembro/25, mostra variações expressivas de diversos produtos da cesta hortifrutigranjeira. “O tomate apresentou forte redução de preço nos últimos meses, impulsionada pela maior oferta vinda das lavouras de meio de ano. Já o alface e outras folhosas foram beneficiadas pelo clima mais ameno do inverno, registrando preços mais acessíveis e boa qualidade nas entregas, destacou o diretor-presidente da Ceasa, Matheus Galvão.

Em relação ao preço médio praticado em 23 de junho, o valor da caixa de 30 quilos do tomate Santa Adélia caiu 50% – de R$ 150 naquele mês para R$ 75 nesta quinta-feira (23/10).

O mamão e a melancia também tiveram recuo nos valores de venda, acompanhando o pico da safra nas regiões Central e Oste Potiguar. Os produtos em alta incluem batata e cebola, com aumento gradual desde julho, reflexo da redução de áreas colhidas e da entressafra em importantes regiões produtoras. A banana iniciou o ano em estabilidade, mas teve leve alta a partir de agosto, ocasionada pela diminuição da oferta.

“Em geral, o mês de setembro marcou o menor custo médio do ano para a maioria dos produtos, com o mercado se ajustando à abundância de oferta”, enfatizou Galvão.

Inaugurada em 17 de outubro de 1976 com o objetivo de oferecer estrutura adequada para que agricultores, comerciantes, cooperativas e empresas do agronegócio realizassem operações comerciais no atacado e varejo de hortifrutigranjeiros e outros produtos alimentícios, a Ceasa acompanha diariamente o sobe e desce de preços de 200 produtos comercializados em sua unidade localizada no bairro Lagoa Nova, em Natal.

PREÇO MÉDIO – CEASA/RN

Por quilo – 23/10/2025

Abacate: R$ 5,75

Banana Comprida: R$ 5,00

Banana Pacovan: R$ 3,00

Cebola Branca: R$ 1,75

Cebola Roxa: R$ 3,50

Cenoura: R$ 3,50

Farinha de Mandioca: R$ 5,00

Goma: R$ 5,00

Jerimum Caboclo: R$ 3,50

Laranja Pera: R$ 3,00

Limão Tahiti: R$ 3,50

Mamão Formosa: R$ 2,50

Mamão Hawai: R$ 5,00

Tomate Santa Adélia: R$ 2,70

Uva Vitória Extra: R$ 9,00

Com viés de alta

Batata, Cebola, Banana, Tomate, Inhame, Feijão, Maracujá, Laranja.

Governo do RN antecipa parcialmente recolhimento do ICMS; confira

FOTO: JOSÉ CRUZ

O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-RN), determinou antecipar parcialmente o recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) a algumas empresas. Agora, as empresas precisam pagar 50% do valor até o dia 28 de outubro. A alteração foi publicada no Diário Oficial do Estado no sábado (18).

De acordo com a Portaria, a antecipação está restrita a empresas beneficiárias do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROEDI), beneficiárias do regime especial de tributação concedido aos contribuintes atacadistas e aquelas que usufruem do regime especial de tributação concedido aos contribuintes com atividade de centrais de distribuição de produtos.

“Excepcionalmente, as empresas indicadas nos incisos XLIII, XLIV e XLV do caput deverão antecipar parcialmente o recolhimento do ICMS de que trata o art. 58, inciso V, alínea “a”, do Decreto Estadual nº 31.825, de 18 de agosto de 2022, equiva-lente ao percentual de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, na forma do § 18 do referido art. 58, até o dia 28 de outubro de 2025“, consta no Diário Oficial do Estado.

Portal 98 FM

Erro em cadastro trava exportação do camarão potiguar para a China

FOTO: MF RURAL

O Rio Grande do Norte, segundo maior produtor de camarão do Brasil, ainda aguarda a liberação para exportar o crustáceo para o mercado chinês. A autorização, esperada desde julho, não foi concluída pelo governo da China. Apesar do otimismo do setor, um erro técnico no processo de cadastramento do produto tem impedido a inclusão do camarão na pauta de exportações. A expectativa é que a questão seja resolvida até o final de 2025. A entrada no mercado chinês é considerada estratégica para o Estado, que busca ampliar sua presença no comércio internacional.

O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha, explica como se deu o erro no cadastramento da espécie junto ao governo chinês. “O Estado do Rio Grande do Norte já há bastante tempo vem buscando que o Ministério da Agricultura da China liberasse a importação de camarão do Brasil. Infelizmente, houve uma falha no cadastramento do camarão. Apesar de terem caracterizado a espécie correta, que é o camarão vannamei, na complementação do cadastro eles erraram: colocaram o camarão vannamei de captura. Só que não existe no mundo camarão Vannamei de captura. Ele é explorado através de cultivo”, explica.

Diante disso, Saldanha afirma que o Governo do RN tem atuado junto aos ministérios e ao Itamaraty para corrigir o equívoco. “A gente está tentando reverter isso desde que surgiu essa questão do tarifaço. A governadora Fátima intensificou os pedidos e há ofícios dela tratando sobre esse tema encaminhados ao presidente da República, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ao ministro André de Paula e ao ministro da Agricultura, solicitando a correção do cadastro e que efetivamente se abram as importações para o camarão brasileiro Vannamei de cultivo”, afirma.

O secretário destaca que não há impedimentos sanitários ou comerciais para o envio do produto potiguar à China e destaca o potencial competitivo do estado no cenário internacional. “A China, pelo gigantismo dela, é muito interessante. Ela é, ao mesmo tempo, o maior produtor mundial de camarão, o maior importador e o maior exportador. O Brasil, eu não tenho dúvida, tem competitividade para abastecer um pedaço desse mercado”, comenta.

O Rio Grande do Norte emprega cerca de 30 mil pessoas na carcinicultura e responde pela produção de cerca de 24,7 milhões de quilos de camarão, segundo dados de 2024 da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) e do IBGE. O Ceará é o líder nacional, com 72 milhões de quilos. A expectativa do setor no RN é de que a entrada no mercado chinês amplie significativamente o escoamento da produção e estimule novos investimentos e a geração de empregos.

De acordo com Guilherme Saldanha, a expectativa alcança especialmente o projeto de interiorização da carcinicultura recém-aprovado pela Assembleia Legislativa. A proposta prevê incentivos para a instalação de fazendas de camarão nas bacias dos rios, como o Piranhas-Açu e o Apodi-Mossoró, regiões consideradas estratégicas para expansão da atividade.

O presidente da ANCC, Orígenes Monte Neto, confirma que a reunião entre Brasil e China ocorreu, mas que o impasse ainda não foi superado. Ele considera que a questão é, acima de tudo, política. “Está autorizada a exportação de um camarão que nem existe aqui. Então, ao meu ver, é realmente uma falta de vontade política do governo chinês”, destaca. Segundo ele, o potencial de expansão é grande, mas depende de estabilidade nas regras. “Quando houver, não vai ser algo automático, do dia para a noite, mas é uma semente que se planta, que cresce e brota, e vai ter colheita”, avalia.

A entrada no mercado chinês é tratada pelo setor produtivo como um marco para a carcinicultura, capaz de fortalecer a economia potiguar. Durante a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), em Mossoró, importadores chineses visitaram fazendas potiguares e demonstraram interesse no produto local.

“Vieram algumas missões chinesas visitar o RN e estão interessadíssimos. O camarão potiguar é de excelente qualidade. Nós precisamos realmente ter essa autorização”, afirma Orígenes.

Tribuna do Norte

Em 8 anos, Orçamento do RN cresce 113,61%; receitas são estimadas em R$ 25,270 bilhões para 2026

FOTO: FELIPE AUGUSTO

O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) do Rio Grande do Norte para 2026, que atualmente tramita na Assembleia, estima suas receitas em R$ 25,670 bilhões, um valor que é 113,61% maior que o previsto no orçamento que foi administrado durante o primeiro ano da atual gestão. Em 2019, com lei elaborada pela gestão anterior (do governador Robinson Faria), o Orçamento do RN foi de R$ 12,017 bilhões.

Para 2026, o orçamento voltou a usar estimativas diferentes nas despesas e receitas, a exemplo do que fez a partir de 2020 e que foi mantido até 2023. Na época que isso começou a ser feito, o então secretário de Finanças do RN era Aldemir Freire (hoje no BNB).

A justificativa era a de dar mais transparência e expor a realidade orçamentária do estado, que antes sempre “casava” os valores das receitas e despesas. Daí muitos sempre dizerem que o orçamento público tratava-se de “uma ilusão”.

Na mensagem encaminhada ao Legislativo, o Executivo já chamou a atenção para o fato de que “diante de um cenário fiscal desafiador, torna-se imprescindível apresentar as perspectivas de arrecadação e definir as despesas projetadas para o exercício de 2026, em conformidade com as vinculações constitucionais e legais”.

“Cabe mencionar que, após a aprovação da Lei Estadual nº 12.369, de 2025 (Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO/2026), cuja base de dados foi fevereiro de 2025, verificaram-se alterações significativas no panorama fiscal, sobretudo devido à expansão das estimativas de despesas essenciais e obrigatórias nas áreas de previdência social, educação e segurança pública, resultando em déficit orçamentário”, diz o texto.

As despesas estimadas para 2026 totalizam R$ 27,215 bilhões. Isso significa que entre o que espera arrecadar e o que pretende gastar, há uma diferença de R$ 1,545 bilhão. Com relação às receitas, o orçamento de 2026 cresceu 11,24% na comparação com 2025. Já com relação às despesas, esse crescimento está estimado em 17,94%.

No que diz respeito à folha de pessoal, a estimativa para 2026 é que esse item do orçamento alcance a cifra de R$ 18,895 bilhões. Na comparação com 2025, a diferença é de R$ 2,935 bilhões, o que representa um crescimento de 18,39%.

Relator definido

O projeto da LOA para 2026 chegou à Assembleia Legislativa em 15 de setembro deste ano e agora está na Comissão de Finanças da Casa, onde foi designado o deputado Tomba Farias para ser o relator da matéria.

“Esse é um relatório que precisa ser muito bem feito, com muita paciência, porque os gargalos são muito grandes. Nós precisamos fazer uma coisa com responsabilidade. Vai ser feito a muitas mãos e a gente vai escutar as comissões, os deputados e cumprir o prazo. Ficou mais ou menos acertado que vamos encaminhar no dia 9 de dezembro e no dia 16 votaremos no plenário da casa”, disse Tomba Farias.

O parlamentar foi relator da LOA 2024, quando também integrava a Comissão sob a presidência do deputado Coronel Azevedo (PL). A nova indicação foi feita, segundo o presidente, pela sólida trajetória do deputado na área de finanças públicas e pela atuação constante em matérias que envolvem planejamento e execução orçamentária.

Ainda de acordo com o Coronel Azevedo, com a chegada da LOA à Comissão, será instituído um cronograma de análise e deliberação, de modo que a matéria seja votada antes do recesso parlamentar, conforme estabelece o Regimento Interno da Casa. O presidente da CFF adiantou que, num primeiro exame, as projeções de receita apresentadas pelo Executivo chamam a atenção e exigirão um estudo técnico detalhado.

A Lei Orçamentária Anual é um dos instrumentos mais importantes de planejamento do Estado, pois define como e onde os recursos públicos poderão ser aplicados ao longo do exercício seguinte. Após a tramitação na CFF, a LOA segue para votação em plenário, onde o Parlamento autoriza formalmente o uso dos recursos do povo potiguar. O projeto precisa ser votado em plenário até dezembro e a conclusão de sua votação marca o encerramento do ano legislativo.

Novo Notícias

Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9% a partir desta terça-feira

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A Petrobras anunciou nessa segunda-feira (20) que vai reduzir em 4,9% o preço da gasolina A vendida às distribuidoras. O novo preço passa a valer a partir desta terça-feira (21).

A gasolina A é o combustível puro que sai das refinarias e é misturado ao etanol pelas distribuidoras, para que possa ser vendido ao consumidor final nos postos de revenda.

Com a redução, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,71 por litro, uma redução de R$ 0,14 por litro.

Segunda redução em 2025

Esta é a segunda queda no preço promovida pela estatal em 2025. Em 3 de junho, a Petrobras já havia diminuído o valor em 5,6%. No acumulado do ano, a redução soma R$ 0,31 por litro, recuo de 10,3%.

No comunicado que anunciou a mudança de valores, a empresa cita que, desde dezembro de 2022, a queda no preço da gasolina chega a R$ 0,36 ─ um recuo de 22,4%, já considerando a inflação do período.

O movimento da Petrobras deve representar alívio na inflação do país, uma vez que o combustível é o com maior peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que apura a inflação oficial.

Apesar de a Petrobras ser a maior produtora do combustível no país, o preço da gasolina nas bombas não depende apenas da estatal. Após o produto ser vendido às distribuidoras, sofre influências de outros custos, como o frete, mistura com o etanol, cobrança de impostos e a margem de lucro dos postos.

Agência Brasil

Natal lidera pagamento do Auxílio Gás no Rio Grande do Norte

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A partir desta segunda-feira (20), mais de 5 milhões de famílias em todo o Brasil começam a receber o Auxílio Gás, no valor de R$ 108. No Rio Grande do Norte, a capital Natal se destaca, com 26.228 famílias atendidas e R$ 2.832.624,00 transferidos.

O benefício é pago bimestralmente e segue o calendário do Bolsa Família, iniciando pelos beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) final 1. O cronograma segue até 31 de outubro, quando recebem os beneficiários com NIS final zero.

Municípios atendidos no RN

Além de Natal, outras cidades do estado também recebem o auxílio neste bimestre. Entre os destaques estão:

  • Parnamirim: 4.928 famílias, R$ 532.224,00
  • Macaíba: 3.818 famílias, R$ 412.344,00
  • São Gonçalo do Amarante: 3.712 famílias, R$ 400.896,00
  • Mossoró: 2.767 famílias, R$ 298.836,00
  • Nova Cruz: 2.647 famílias, R$ 285.876,00

Ponta Negra News

Café brasileiro corre risco de perder espaço nos EUA

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Com o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos importados brasileiros, o Brasil corre o risco de perder espaço no maior mercado consumidor de café do mundo a partir das próximas safras e ser substituído por outros fornecedores. O alerta é do diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos.

– O grande receio é perder o maior mercado global, onde estão as principais empresas. É um prejuízo enorme perder o acesso ao maior mercado global para seus concorrentes – afirmou Matos, em entrevista exclusiva ao Broadcast nas Redes.

Diante da sobretaxa que atinge o café brasileiro, outros países, como México, Honduras e Colômbia, passaram a exportar maior volume aos Estados Unidos.

– Levamos muito tempo para conquistar o primeiro lugar no mercado americano. Com novas safras vindo e perspectiva de maior colheita em importantes players, o grande risco é o Brasil ser o maior fornecedor e depois ir para o fim da fila e perder espaço nos blends deste grande mercado, quando a produção mundial de café aumentar. O caminho é resolver isso o mais rápido possível – observou Matos.

O Brasil, por sua vez, redirecionou parte do que deixou de vender aos EUA para países europeus, árabes e asiáticos, minimizando efeitos sobre a balança comercial do setor em movimento de realocação no mercado mundial. No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 29,105 milhões de sacas, queda de 20,5% em relação aos nove meses de 2024, enquanto a receita gerada saltou 30%, para 11,049 bilhões de dólares.

Com a aplicação da alíquota , os Estados Unidos saíram de principal destino do café brasileiro em julho, antes da vigência da sobretaxa, para o terceiro destino em setembro, perdendo o posto de maior importador de cafés do Brasil para a Alemanha. Segundo o Cecafé, os impactos para os exportadores de café são “incalculáveis”.

– Há um prejuízo enorme com custo de postergação de contratos e suspensão e cancelamento de contratos, por isso, não temos outra estratégia se não a isenção total aos cafés brasileiros. Se não resolvermos isso o mais rápido possível, além dos exportadores, os impactos chegarão aos produtores – apontou o CEO do Cecafé.

Dados do conselho apontam para queda de 52,8% nos embarques do grão ao mercado norte-americano em setembro, adquirindo 332.831 sacas. No ano passado, a exportação brasileira de café para os EUA somaram 8,1 milhões de sacas e 2 bilhões de dólares, 16% de tudo o país exportou.

– O aumento de 40% no preço internacional do café somado à tarifa de 50% sobre o grão brasileiro inviabiliza os embarques – apontou.

O Brasil responde por 34% de tudo que os Estados Unidos consome de café.

– 76% dos americanos consomem café diariamente. São dois países insubstituíveis no comércio de café – pontuou o diretor-executivo do Cecafé.

O setor exportador defende que o café seja incluído na lista de exceções ao tarifaço. As sinalizações dos importadores é de que o produto é o item número 1 na lista, segundo Matos, para potenciais novas exceções. A abertura de diálogo entre os países, que começou com a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump, e a missão diplomática brasileira ao governo americano, pode contribuir nesse movimento, segundo Matos.

– Talvez seja factível a suspensão geral da tarifa ou a ampliação da lista. O importante é virar a página das tarifas – defendeu o CEO do Cecafé.

O impacto inflacionário do encarecimento do café, que registrou em agosto a maior alta no varejo americano desde 1997 nove vezes superior à média, bem como os efeitos já sentidos pelos consumidores e o fim do estoque da indústria local influenciam ainda no convencimento das autoridades e na pressão da opinião pública para isenção do café, conforme avaliou o Cecafé.

Em paralelo, o setor busca também a diversificação de mercados. Para Matos, os movimentos de preservação de mercados consolidados, como Estados Unidos e Europa, e a abertura de novos destinos são pautas distintas que não devem se sobrepor. China e Austrália despontam entre os países em crescimento do consumo do grão brasileiro. Nesse cenário de escalada tarifária, estoques mundiais baixos e incertezas quanto à nova safra, os preços do grão tendem a seguir elevados no mercado internacional pelo menos até o fim do ano.

Pleno News

Comércio varejista do RN cresceu 2,6% em agosto, maior do país

FOTO: FERNANDO FRAZÃO

O comércio varejista do Rio Grande do Norte registrou crescimento de 2,6% em agosto em relação a julho, o maior percentual do país no período. O resultado também representa o melhor desempenho do indicador potiguar em 2025. Em comparação com agosto de 2024, o aumento foi de 7,3%.

As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (15) pelo nstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Receita nominal acompanha crescimento das vendas

O aumento do volume de vendas foi acompanhado pelo crescimento da receita nominal, que subiu 2,9%, também o maior índice nacional. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a receita apresentou alta de 12,7%.

No varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 2,2%, enquanto a receita nominal aumentou 2,3% em agosto frente a julho. Nesse segmento, Goiás (4,8%) e Maranhão (2,3%) lideraram o crescimento de volume, enquanto o RN compartilhou o terceiro lugar com Roraima (2,2%).

Desempenho nacional e acumulado no ano

No Brasil, as vendas do comércio variaram apenas 0,2% em agosto, interrompendo quatro meses de queda consecutiva. Em relação a agosto de 2024, o crescimento foi de 0,4%, o quinto resultado positivo consecutivo. No acumulado de 2025, o varejo nacional registra aumento de 1,6% no volume de vendas e de 2,2% em 12 meses, menor taxa desde janeiro de 2024, mas mantendo a série positiva iniciada em setembro de 2022.

No Rio Grande do Norte, o acumulado do ano mostrou crescimento de 3,1% no volume de vendas e 8,7% na receita nominal. Em 12 meses, as vendas aumentaram 3,5% e a receita 9,0%. Para o varejo ampliado, o crescimento acumulado no ano foi de 1,9% no volume e 8,0% na receita, enquanto em 12 meses o volume subiu 3,5% e a receita 9,1%.

O desempenho evidencia a forte retomada do comércio potiguar, destacando-se nacionalmente em agosto de 2025.

Ponta Negra News