12 de novembro de 2025 às 13:45
12 de novembro de 2025 às 14:20
FOTO: DIVULGAÇÃO
Um levantamento feito pela Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (12) mostra que 49% dos brasileiros consideram o presidente Lula (PT) mal-intencionado. Em contrapartida, 44% o avaliam como bem-intencionado.
Não sabem ou não responderam, somam 7%.
Em relação à pesquisa anterior, o índice dos que consideram Lula (PT) mal intencionado era de 47%, oscilando dois pontos percentuais para cima. A porcentagem que considera o petista bem intencionado regrediu três pontos percentuais.
Você acha Lula bem intencionado?
Não: 49%
Sim: 44%
não sabem/não responderam: 7%
A pesquisa também perguntou se Lula (PT) tem conseguido cumprir as promessas de campanha. 63% consideram que o presidente não tem cumprido promessas de campanha; 32% consideram que ele tem cumprido suas promessas e outros 5% não souberam responder.
Você acha que Lula tem conseguido cumprir as promessas de campanha?
Não: 63%
Sim: 32%
Não sabem/não responderam: 5%
Foram ouvidas 2.004 pessoas em 120 municípios entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
12 de novembro de 2025 às 13:30
12 de novembro de 2025 às 14:18
FOTO: DIVULGAÇÃO
Em meio ao debate sobre o PL Antifacção e à repercussão da megaoperação policial no Rio de Janeiro, os brasileiros defendem medidas mais duras na área de segurança pública. De acordo com pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12), 88% dos entrevistados afirmam que as penas deveriam ser mais altas, enquanto 73% defendem que organizações criminosas sejam classificadas como terroristas, principal ponto de divergência entre a base governista e a oposição.
A Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
A pesquisa mostra que o desejo por medidas mais duras é amplo: 65% dos brasileiros defendem retirar o direito de visita íntima de presos ligados a facções, e 60% apoiam a PEC da Segurança Pública, uma das principais apostas do governo Lula. A proposta busca ampliar o papel do governo federal na formulação de políticas da área, mas enfrenta resistência de governadores. Já 52% dos entrevistados defendem que a responsabilidade pela segurança pública passe ao governo federal.
A população, no entanto, se divide sobre permitir que cada estado tenha sua própria legislação sobre segurança (46% a favor e 48% contra). A facilitação do acesso a armas de fogo, por sua vez, é amplamente rejeitada: 70% são contra e apenas 26% a favor.
A megaoperação policial no Rio politizou o debate sobre segurança pública e antecipou o calendário eleitoral. Além da PEC da Segurança, o Planalto aposta no PL Antifacção, enviado à Câmara em 31 de outubro, para endurecer a legislação contra o crime organizado. O texto está sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Derrite vinha sendo criticado após propor equiparar as condutas de facções criminosas às de grupos terroristas. A iniciativa, porém, encontra respaldo na opinião pública. Segundo a pesquisa, 73% dos brasileiros concordam que organizações criminosas deveriam ser tratadas como terroristas.
Nesta terça (11), porém, Derrite apresentou uma nova versão do texto e afirmou que não vai mais equiparar diretamente os crimes cometidos por facções aos de grupos terroristas. Houve também recuo em relação ao papel da Polícia Federal: o texto inicial reduzia o protagonismo da corporação no combate ao crime organizado, mas a nova versão mantém sua competência plena, sem restrições.
A pesquisa perguntou ainda quais medidas seriam mais eficazes para reduzir a violência. Em primeiro lugar aparece o endurecimento das leis, citado por 46% dos brasileiros, que defendem penas maiores, legislação mais rígida e que a Justiça deixe de soltar criminosos. Em segundo lugar vêm as ações voltadas à prevenção, como educação, oportunidades e políticas sociais, mencionadas por 27% dos entrevistados.
CONSÓRCIO DE GOVERNADORES
A violência é citada por 38% dos entrevistados como o principal problema do país. Não por acaso, governadores como Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo criaram o chamado “Consórcio da Paz” para coordenar ações estaduais.
A iniciativa divide a opinião pública: 47% avaliam que se trata de uma ação política, enquanto 46% acreditam que o consórcio pode ajudar a reduzir a violência.
O levantamento foi realizado em meio à repercussão da megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos e reacendeu o debate sobre a política de segurança pública. A ação contou com ampla aprovação popular: segundo a Quaest, 67% dos brasileiros disseram aprovar a operação, enquanto 25% a desaprovam e 8% não opinaram.
12 de novembro de 2025 às 11:15
12 de novembro de 2025 às 14:51
FOTO: DIVULGAÇÃO
A jovem Kauane Tainá Fox, de 24 anos, que foi presa depois de fugir de um motel em São Paulo e provocar uma série de acidentes, afirmou que agiu em meio a um “surto de pânico”. Segundo ela, o episódio aconteceu depois de ter bebido, tomado remédio e acreditado que seria roubada pelas três mulheres que estavam com ela no quarto do estabelecimento. O grupo se conheceu em uma bala da capital paulista antes de ir para o motel.
A Justiça determinou sua soltura na tarde de terça-feira (11), após o pagamento de R$ 5 mil de fiança, permitindo que responda aos crimes em liberdade. Entre as medidas impostas estão a suspensão do direito de dirigir, a proibição de deixar a cidade sem autorização judicial e a obrigação de comparecimento mensal ao fórum. Na decisão, o TJ-SP informa que levou em conta o fato de Kauane ser réu primária e ter um filho de 3 anos.
“Comecei a ter essa crise do pânico, tanto que eu chamei a polícia. Fiquei tão desesperada que achei que a polícia também estava contra mim. Entrei em desespero”, disse Kauane ao portal G1.
A autônoma contou que, durante o surto, arrancou com seu Jeep Compass branco e rompeu o portão do Astúrias Motel, localizado na esquina da Rua Pais Leme com a Avenida Nações Unidas, em Pinheiros.
Jovem derrubou portão ao sair de motel sem pagar conta completa
Fuga filmada e perseguição policial
Câmeras de segurança registraram o momento em que Kauane saiu nua com o carro na contramão. A mulher foi perseguida por cerca de dois quilômetros e acabou batendo em dois veículos parados no semáforo da Avenida Vital Brasil, no Butantã.
“Fui tentar passar pela faixa de ciclista, mas era muito estreita e acabei colidindo. Eu estava fugindo das pessoas que achei que estavam me perseguindo, e não da polícia”, explicou.
Ela foi presa em flagrante e indiciada por embriaguez ao volante, direção perigosa, dano, resistência e risco à vida de terceiros. O caso foi registrado no 14º Distrito Policial de Pinheiros.
“Achei que iam me roubar”
Kauane contou que ela mesma chamou a Polícia Militar, após ouvir duas das acompanhantes dizendo que planejavam roubar o carro recém-comprado.
“Achei que todo mundo ali estava contra mim. Achei que minha única forma de sair seria fazer isso. Ouvi elas falando que tinha duas motos e um carro esperando na esquina.”
Funcionários do motel contam que a mulher ligou para a recepção dizendo ter chamado a polícia. Um deles, que preferiu não se identificar, afirmou que precisou pular para escapar do carro. Ele relatou que Kauane realmente aparentava estar em surto e “não falava coisa com coisa”.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) havia informado inicialmente que a ocorrência envolvia tentativa de deixar o motel sem pagar. A jovem nega e garante que pagou R$ 700 assim que chegou, ficando o restante do valor – outros R$ 700 – a cargo das outras mulheres.
“O meu problema não é o dinheiro. Eu tenho dinheiro. Jamais arrebentaria o portão se não estivesse desesperada. Quando você tem uma crise de pânico, acha que vai morrer.”
12 de novembro de 2025 às 09:30
12 de novembro de 2025 às 11:46
FOTO: ALEX RÉGIS
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) cancelou cerca de 9 mil licenças de pescadores no Rio Grande do Norte em 2025 por desconformidades como falta de recadastramento de dados, indicação de profissionais falecidos, condição de aposentadoria por incapacidade permanente e suspeita de fraude. O maior número de cancelamentos, de acordo com dados disponibilizados pelo MPA, ocorreu em junho e deveu-se à falta de recadastramento em 2025, que deveria ter ocorrido até o dia 31 de março. Mais de 8,5 mil pescadores tiveram a licença cancelada por conta dessa condição. O Ministério afirma que a situação não acarreta prejuízos ao setor.
Além da falta de recadastramento, na semana passada, as licenças de 201 pescadores potiguares foram canceladas por meio da Portaria nº 571/2025, que determina que seja vedada a inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) do interessado que estiver na condição de aposentado por incapacidade permanente ou que receba benefício de amparo assistencial ao idoso e ao deficiente. O cancelamento também foi estabelecido para benefícios previdenciários que, na forma de legislação específica, não permitam o pleno exercício de atividades comerciais ou econômicas.
Ainda na semana passada, por meio de outra portaria (de nº 566/2024), foram canceladas 40 licenças no RN de pescadores falecidos. Além disso, duas licenças foram canceladas via portaria nº 548 por suspeita de fraudes no acesso ao RGP.
David Soares, superintendente federal de Pesca e Aquicultura do MPA no RN, explica que anualmente o Governo realiza uma espécie de pente fino para combater situações de ilegalidade. Ele garante que não existem prejuízos ao setor pesqueiro do estado por conta da medida. “Essa varredura é praxe e significa que o Governo está atento para coibir práticas inadequadas quanto ao acesso a direitos no setor pesqueiro”, afirma.
Segundo Soares, o RN possui cerca de 26,5 mil pescadores registrados, o que demonstra o quanto a atividade é pungente e resistente a impactos frente aos cancelamentos. Geraldo Costa, presidente da Colônia dos Pescadores de Apodi e vice-presidente da Federação dos Pescadores Artesanais do RN (Fepern), avalia que é necessário ser cauteloso ao falar em possíveis prejuízos, uma vez que parte das licenças canceladas é de trabalhadores que não estão ou não deveriam estar em atuação.
“Se o pescador está aposentado por invalidez, por exemplo, isso significa que ele não tem mais condições de estar na atividade. Então, é difícil calcular qualquer prejuízo”, diz. De acordo com o MPA, exceto nos casos onde o pescador é identificado como falecido, é possível recorrer do cancelamento, desde que isso seja feito no período estipulado para a contestação. A Superintendência do MPA no RN não soube informar com precisão quantos pescadores recorreram, mas afirmou que foram centenas.
12 de novembro de 2025 às 09:15
12 de novembro de 2025 às 11:50
FOTO: DIVULGAÇÃO
Mesmo com a estatal Correios em situação que beira a insolvência, como admitiu Fabiano Silva dos Santos, que se alternava entre presidente da estatal e churrasqueiro de Lula (PT), o governo não segurou a fúria gastadora e já torrou mais de R$19,5 milhões em contratos relacionados à COP-30, conferência sobre o clima em andamento em Belém (PA). Só a Latam conseguiu fechar ao menos sete contratos com os Correios e vai levar mais de R$1,3 milhão.
Ajuda aí
A companhia aérea irá ceder os porões das aeronaves para o transporte de cargas “da operação logística COP30” dos Correios. Cobrou caro.
Outra beirada
A Azul também conseguiu uma beirada, em contrato coma estatal. Vai prestar o mesmo serviço da concorrente, mas por R$4,5 milhões.
Só filé
A Sideral Linhas Aéreas fechou R$7,9 milhões em dois contratos. Para serviços de logística, a Cargo Way Event levou outros R$7,5 milhões.
Como ricos
Como ninguém é de ferro, os Correios fecharam 3 hospedagens na bela Mirití Pousada. Custou R$22.399,00 cada, ou R$67.197,00 o contrato.
12 de novembro de 2025 às 09:00
12 de novembro de 2025 às 11:48
FOTO: DIVULGAÇÃO
A megaoperação policial no Rio de Janeiro reacendeu o debate sobre segurança pública no país e derrubou a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12), a desaprovação ao governo do petista passou de 49% para 50%, enquanto a aprovação recuou de 48% para 47%.
A Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi realizado em meio à repercussão da megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, tornando-se a mais letal da história do estado, e reacendeu o debate sobre a política de segurança pública.
A ação policial contou com ampla aprovação popular: segundo a Quaest, 67% dos brasileiros disseram aprovar a operação, enquanto 25% a desaprovam. O apoio às ações policiais e a intensificação do debate sobre segurança vieram acompanhados de uma piora na avaliação do governo. A parcela que considera a gestão de Lula positiva caiu de 33% para 31%, enquanto a avaliação negativa oscilou de 37% para 38%.
As declarações de Lula sobre o tema já vinham enfrentando ampla rejeição antes mesmo da operação. Durante viagem à Malásia, quando se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o petista afirmou que “os traficantes também são vítimas dos usuários”. Segundo a Quaest, 81% dos brasileiros discordam dessa frase, enquanto apenas 14% concordam e 5% não souberam responder.
Na sequência, no último dia 4 de novembro, o presidente voltou a tratar do tema e classificou como “desastrosa” a ação da polícia no Rio. A nova fala também foi mal recebida pela maioria da população. De acordo com a Quaest, 57% dos brasileiros discordam da afirmação de Lula, enquanto 38% concordam e 5% não souberam responder.
O desgaste do governo ocorre em um momento em que a segurança pública voltou a ocupar o centro das preocupações dos brasileiros. A violência é citada por 38% dos entrevistados como o principal problema do país, uma alta em relação a outubro, quando o índice era de 30%.
12 de novembro de 2025 às 04:09
11 de novembro de 2025 às 17:20
FOTO: UESLEI MARCELINO
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ironizou profissionais de imprensa nesta segunda-feira (10) durante a COP30, em Belém (PA). Ao passar próximo de estandes de veículos de mídia instalados no evento, a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma provocação sobre os preços cobrados nas lanchonetes da conferência.
– Já compraram coxinha? – perguntou, em tom de ironia e com um sorriso, enquanto se dirigia ao estúdio de uma emissora de TV.
Nenhum dos jornalistas respondeu à provocação.
Nos últimos dias, os valores dos alimentos vendidos dentro da área restrita da COP30 se tornou motivo de discussão e virou alvo até de reportagens de veículos que estão cobrindo a conferência. O jornalista Márcio Gomes, da CNN, por exemplo, relatou que gastou R$ 99 com a compra de dois salgados e um refrigerante no evento. Já a repórter Júlia Duailibi, da GloboNews, relatou que uma coxinha saía por R$ 30.
De acordo com o portal UOL, após a repercussão negativa, os comerciantes reduziram parte dos preços. Anteriormente, os quiosques chegaram a cobrar R$ 30 pela unidade do pão de queijo e R$ 25 por uma lata de água. Os almoços saíam entre R$ 60 e R$ 90.
12 de novembro de 2025 às 04:03
11 de novembro de 2025 às 16:43
FOTO: DANI PAIVA
A escritora Ana Maria Gonçalves, conhecida por abordar temas históricos e raciais em seus livros, tomou posse como autora na Academia Brasileira de Letras (ABL) na última sexta-feira (7). Em seu discurso, ela causou polêmica ao afirmar que foi escolhida por falar “pretuguês” e praticar a “escrevivência”.
– Cá estou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando “pretuguês” e escrevendo a partir de noções de oralitura e escrevivência. E assumo para mim, como uma uma das missões promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira – declarou.
Gonçalves é a primeira escritora negra eleita como imortal na instituição. Ela ocupa a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara. Seu livro mais famoso é intitulado Um Defeito de Cor. Com 952 páginas, a obra narra a história de uma mulher africana chamada Kehinde em busca de seu filho desaparecido.
No discurso de abertura, a antropóloga membro da ABL, Lilia Schwarcz, afirmou que o livro de Gonçalves reflete o que chamou de “chacina” nos complexos do Alemão e Penha, referindo-se à megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, quatro deles policiais e os demais suspeitos de ligação com o Comando Vermelho.
– Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje, com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando – afirmou.
A fala de Gonçalves despertou críticas nas redes sociais, incluindo do advogado e professor de Direito Constitucional, André Marsiglia, colunista do Pleno.News.
– Somente em um país onde ninguém lê, e por isso ninguém entende de literatura, foi possível à Academia Brasileira de Letras virar palanque do identitarismo. O texto importa pouco, vale a lacração para manchete de jornal – opinou Marsiglia em postagem no X.
Comentários