21 de novembro de 2025 às 10:45
21 de novembro de 2025 às 05:59
FOTO: EFE
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (20), nas redes sociais, que a retirada parcial das tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros não ocorreu por ação do governo brasileiro. A fala veio após o anúncio do presidente Donald Trump, que ampliou a lista de isenções da tarifa de 40% e liberou itens como café e carne bovina.
No texto publicado no X, o parlamentar disse que a chamada “tarifa-Moraes”, de 50%, teria sido resultado da crise institucional criada pelo ministro Alexandre de Moraes.
– A instabilidade jurídica causada pelos abusos de Moraes afetou a confiança internacional no Brasil – escreveu.
Eduardo também afirmou que a decisão dos EUA foi motivada por fatores internos. Segundo ele, Washington buscava conter a inflação em setores dependentes de insumos de outros países.
– A diplomacia brasileira não teve qualquer mérito na decisão – declarou.
O deputado ainda disse que Trump precisa mostrar resultados antes das eleições legislativas de 2026.
– O governo quer que a população sinta a queda da inflação antes das urnas – pontuou.
Em sua postagem, Eduardo Bolsonaro alegou que nenhum país deseja tarifas e reforçou que a sobretaxa teria prejudicado produtores e trabalhadores brasileiros.
– Foi a instabilidade jurídica criada por Alexandre de Moraes que abriu caminho para a tarifa-Moraes de 50% – afirmou.
A fala ocorre no mesmo dia em que a Casa Branca divulgou a ordem executiva que ampliou as isenções. O documento cita a conversa telefônica entre Trump e o presidente Lula, em 3 de outubro, quando ambos concordaram em avançar nas negociações sobre o tarifaço. Desde então, os dois governos relatam progresso nas discussões.
21 de novembro de 2025 às 10:30
21 de novembro de 2025 às 05:56
FOTO: RICARDO STUCKERT
A Procuradoria-Geral da República arquivou, nesta quarta-feira (19), a representação feita pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, que pedia a apuração de suposto crime de racismo cometido pelo presidente Lula (PT). O despacho foi assinado às vésperas do Dia da Consciência Negra.
Na decisão, o procurador Vítor Vieira Alves afirmou que as frases atribuídas ao presidente não apresentam indícios mínimos de crime. Segundo ele, as declarações admitem interpretações diversas e, no contexto em que foram ditas, “não indicam intenção criminosa de subjugar, ofender ou segregar”.
A PGR citou como exemplo a fala de julho de 2023, quando Lula agradeceu à África “por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão” ao mencionar a “dívida histórica”. O órgão também lembrou o episódio de fevereiro de 2024, no qual o presidente disse a uma jovem negra que “afrodescendente gosta de um batuque de tambor”. Já em agosto de 2025, Lula comentou ter reclamado de “uma cara sem dente e ainda negro” em uma propaganda internacional.
Para Kilter, essas frases poderiam ter caráter discriminatório contra pessoas negras. No pedido, ele sustentou que as falas configurariam manifestação preconceituosa e pediam investigação.
Com o arquivamento, a PGR concluiu que não há justa causa para abrir procedimento e determinou que o vereador seja comunicado da decisão.
21 de novembro de 2025 às 10:15
21 de novembro de 2025 às 04:47
FOTO: WALDEMIR BARRETO
A escolha do presidente Lula (PT) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma crise entre o Planalto e o comando do Senado, cujo presidente, Davi Alcolumbre (União-AP), pressionava pela escolha do seu parceiro, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O anúncio de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, nesta quinta (20), foi recebido com irritação pelo presidente do Senado, que esperava ser informado previamente da decisão. Ele se queixou de que não recebeu qualquer contato de antes da indicação, tampouco do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
“Não recebi nenhum telefonema do presidente Lula, nem mesmo do líder do governo, Jaques Wagner, sobre a indicação de Messias”, declarou.
Político da velha guarda, que dedica o mandato ao “garimpo”de catgos para indicar seus apadrinhados, Alcolumbre usou sua posição de “dono da pauta” do Senado para bajular Lula para tornar o petista “agradecido”, sem condições de recusar a indicação que fez de Pacheco para a vagada no STF.
A demora do anúncio, que já incomodava o próprio STF, foi provocada exatamente pela tentativa de Lula de “administrar” Alcolumbre, até que cansou e anunciou Messias de surpresa.
Horas depois do anúncio, o presidente do Senado informou que irá pautar projetos que desagradam o governo, já a partir da próxima terça-feira (25), como a votação da proposta de previdência de agentes de saúde, que deve ter impacto bilionário para municípios e para União.
21 de novembro de 2025 às 09:30
21 de novembro de 2025 às 05:52
FOTO: VINICIUS LOURES
Parlamentares, ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a bancada ruralista celebraram o fim das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros como carne e café. A queda do tarifaço em vigência há quatro meses consta em uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump nesta quinta-feira (20/11).
Majoritariamente de oposição, políticos representantes do agronegócio brasileiro expuseram sentimento de vitória com o avanço na negociação. Figura entre eles a ministra da Agricultura da gestão Bolsonaro (PL), e hoje senadora, Tereza Cristina (PP-MS). “Temos agora o resultado pelo qual todos os negociadores brasileiros trabalharam, alinhando-se com a dinâmica própria do mercado interno americano, que falou mais alto”, se manifestou nas redes sociais. “Quem ganha é o agronegócio, a indústria e o povo brasileiro”, acrescentou ela, também diretora da Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA).
Também pela bancada ruralista do Congresso Nacional falou o presidente da frente, deputado Pedro Lupion (Republicanos-PR). Dispensando citações e referências à diplomacia brasileira, ele celebrou o resultado da articulação e firmou compromisso com o setor de madeiras, ainda afetado pelas tarifas. “Vitória importante hoje. Resultado da competência do agro brasileiro”, declarou.
As manifestações elogiosas à negociação capitaneada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Indústria partiram de ministros de Lula. Gleisi Hoffmann, à frente da Secretaria de Relações Institucionais, disse que a retirada das sobretaxas representa a derrota dos “traidores da pátria”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao filho dele, o deputado autoexilado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontados como os responsáveis pela articulação pró-tarifaço.
“Essa é uma grande vitória do presidente Lula na defesa do país”, escreveu. “Lula soube conversar com seriedade e altivez com Donald Trump, confirmando que é um verdadeiro líder”, acrescentou. “[Derrota] daqueles que comemoraram o tarifaço contra o país, como o governador Tarcísio de Freitas e outros mais”, completou encerrando sua declaração.
Colega de partido de Tarcísio, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também comemorou a decisão dos Estados Unidos, atribuindo-a à articulação do presidente Lula. “Mais uma vitória do diálogo e da diplomacia! Parabéns ao presidente Lula e à equipe por conseguirem reverter o tarifaço e fortalecer a posição do Brasil no comércio internacional”, publicou em uma rede social.
Parlamentares da base de Lula no Congresso reforçaram os elogios à atuação do governo brasileiro. “Grande dia para o Brasil. Uma vitória do presidente Lula, que mostrou capacidade de negociação, mas, sem jamais abrir mão da soberania nacional”, afirmou a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). “A retirada das tarifas é resultado direto das negociações entre os governos do Brasil e dos EUA e beneficia diversas cadeiras produtivas nacionais”, disse a também senadora Leila do Vôlei (PDT-DF).
Eduardo Bolsonaro ignora nota de Trump e nega mérito da diplomacia
O deputado Eduardo Bolsonaro afirmou que “a diplomacia brasileira não teve qualquer mérito” na retirada de tarifas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. Ele sinalizou que a decisão foi política para “conter a inflação americana”, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, “precisa entregar resultados rápidos para que a população” sinta antes das eleições parlamentares do país, marcadas para novembro de 2026.
Na declaração, o deputado ignorou a menção feita por Trump às negociações com Lula pelo fim do tarifaço. O norte-americano abriu canal de negociação durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 23 de setembro. Na ocasião, Trump e Lula se esbarraram no corredor do evento e combinaram um encontro para tratar de temas pendentes entre os dois países.
Eles conversaram por telefone em 6 de outubro e, em 26 de outubro, se encontraram pessoalmente na Malásia. No anúncio da retirada de tarifas na noite desta quinta-feira, o norte-americano citou o contato com o presidente brasileiro.
“Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no decreto executivo 14323 (que trata das taxas). Essas negociações estão em andamento”, disse.
Ainda no anúncio, Trump relatou que recebeu informações de que certas importações agrícolas brasileiras não deveriam mais estar sujeitas à sobretaxa porque, “entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil”.
“Após considerar as informações e recomendações que me foram fornecidas por esses funcionários (dos EUA) e o andamento das negociações com o governo do Brasil, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar o escopo dos produtos sujeitos à alíquota adicional de imposto (…). Especificamente, determinei que certos produtos agrícolas não estarão sujeitos à alíquota adicional”, anunciou.
Entre os produtos beneficiados, estão carne bovina, café, açaí e cacau. Em 14 de novembro, Trump já havia reduzido as chamadas “tarifas recíprocas”, na ordem de 10% sobre diversos países, incluindo o Brasil. Com isso, a alíquota dos EUA sobre alguns produtos brasileiros cai para zero.
21 de novembro de 2025 às 09:15
21 de novembro de 2025 às 04:38
FOTO: REPRODUÇÃO
O bicampeão brasileiro de asa-delta Philip Haegler morreu após cair de parapente no bairro de São Conrado, na Zona Sul do Rio, na tarde desta quinta-feira. O acidente aconteceu na Avenida Prefeito Mendes de Morais, na altura do número 1500. Os bombeiros chegaram a socorrer a vítima em estado gravíssimo, para Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, mas ele não resistiu aos ferimentos.
O piloto Philip Haegler era um dos nomes mais reconhecidos do voo livre no Brasil. Foi bicampeão brasileiro de asa-delta e ex-presidente da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL).
Nas redes sociais, o Clube São Conrado de Voo Livre comunicou o falecimento do piloto. Na postagem, o clube destacou Philip como “referência incontestável na promoção da segurança e no desenvolvimento do esporte” no Rio de Janeiro. O estabelecimento também anunciou que terá as atividades suspensas neste fim de semana em respeito à memória de Phil.
Em nota, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), que lamentou o ocorrido e que prestou solidariedade aos parentes e amigos de Phil, esclarece que não exige habilitação para a prática do voo livre, em parapente ou asa delta. O órgão, no entanto, recomenda que os praticantes da modalidade — “esporte radical de alto risco, praticado em todo o mundo e fortemente dependente das condições meteorológicas e geográficas locais” — se habilitem por meio de associações aerodesportivas.
A Anac exige, na verdade, que os equipamentos estejam cadastrados, através de associações credenciadas, responsáveis por identificar o praticante e emitir um atestado de capacidade. A fiscalização de irregularidades na prática do esporte fica a cargo das secretarias de Segurança Pública locais, informa a agência.
Phil aconselhou Pepê antes da morte do amigo, em 1991
Em abril de 1991, Philip Haegler também participou de outro momento trágico, o da morte de Pedro Paulo Guise Carneiro Lopes, o Pepê, símbolo da cidade do Rio, pelo sucesso internacional em esportes como o surfe e voo livre. Naquela ocasião, Phil alertou, via rádio, Pepê, clamando para que o amigo se recusasse a participar de um torneio em Wakayama, no Japão, devido às condições do tempo.
“Não salta, Pepê! Não vai dar para chegar ao fim. As condições estão péssimas, vou pousar agora”, disse Phil na ocasião. Pepê, então, respondeu que, “não saltaria”, mas que só tomaria essa decisão se os organizadores quisessem, já que não queria perder pontos no torneio. Aos 33 anos, então, Pepê saltou e, vencido por um temporal, tentou fazer um pouso de emergência numa clareira, mas foi sacudido por uma turbulência e se chocou violentamente contra um morro. Gravemente ferido, ele gritou de dor. Horas depois, já após ser socorrido, Pepê morreu a caminho do hospital, aos 33 anos.
Acidentes recentes no Rio
No fim de setembro, um homem precisou ser resgatado por um helicóptero do Corpo de Bombeiros após sofrer um acidente de asa-delta na Pedra Bonita, também em São Conrado. Na ocasião, a vítima sofreu apenas ferimentos leves.
Já em agosto, Luan Calor e Vanessa Nascimento morreram ao cair de parapente no Parque da Cidade, em Niterói, e deixaram uma filha de 3 anos. O episódio provocou a suspensão das atividades nas rampas de voo livre da cidade, conforme determinação da prefeitura de Niterói.
No ano passado, o instrutor de paraquedismo José de Alencar Lima Junior, de 50 anos, também morreu ao saltar da Pedra Bonita, ao praticar o speed fly, conhecido por ser uma modalidade de voo livre que utiliza uma vela menor do que a de um parapente, proporcionando um voo muito mais rápido e, consequentemente, arriscado. A vítima caiu de uma altura de 250 metros.
Veja a íntegra da nota do Clube São Conrado de Voo Livre
“É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de um ícone do voo livre, ocorrido nesta data. Nossas mais sinceras condolências a família e amigos. Difícil encontrar palavras que possam expressar algum consolo.
Philip Haegler, deixa um legado que jamais esqueceremos. Sua bondade e generosidade tocaram a vida de muitas pessoas. Ele será lembrado eternamente como nosso bicampeão brasileiro de asa-delta, que se apaixonou pelo parapente.
Sua paixão foi contagiosa e inspirou muitos. O que ele mais amava era voar. Phil, assim era conhecido carinhosamente pelos seus amigos, ajudou de todas as formas essa gestão, numa das maiores transformações que o Clube São Conrado de Voo Livre perpetuará na sua história e em sua memória.
Foi presidente da Confederação Brasileira de Voo Livre – CBVL, ficando conhecido como o gestor que aprimorou a segurança no esporte. Phil foi amado e será sempre lembrado. Sua presença em nossas vidas foi um presente precioso e faremos o possível para honrar a sua memória. A vida terrena é finita, mas o legado que Phil nos deixa é eterno.
O Clube São Conrado de Voo Livre se encontra com as operações fechadas este final de semana, em respeito e à memória do nosso piloto, ícone, campeão e benemérito do esporte, Philip Haegler.
Descanse em paz querido Phil, você estará sempre em nossos corações.
21 de novembro de 2025 às 09:00
20 de novembro de 2025 às 18:38
FOTO: RICARDO STUCKERT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca na manhã desta sexta-feira (21) em Joanesburgo, na África do Sul, onde participa da Cúpula de Líderes do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo. O encontro será no fim de semana.
Neste ano, quem preside o grupo é a África do Sul, com um mandato que se encerra oficialmente em 30 de novembro, quando os Estados Unidos assumirão a presidência rotativa.
Com o lema “Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade”, o governo sul-africano elencou quatro prioridades para esta edição do G20: o fortalecimento da resiliência e capacidade de resposta à desastres; a sustentabilidade da dívida pública de países de baixa renda; a mobilização de recursos para uma transição energética justa e os minerais críticos.
Todos os temas, que estão sendo discutidos pelos países-membros, são avaliados como positivos pelo governo brasileiro. Para fontes do Ministério das Relações Exteriores, no entanto, a predileção do Brasil é pela temática da sustentabilidade da dívida pública para os países em desenvolvimento.
Existe, ainda, um interesse específico nos minerais críticos, já que o Brasil possui depósitos em estados como Goiás, Minas Gerais e Bahia e que esses elementos interessam a países como os Estados Unidos, com quem o Brasil tenta negociar a reversão do tarifaço aplicado em julho.
Neste ano, além dos países-membros, foram convidados para a Cúpula do G20 Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Irlanda, Nigéria, Noruega, Países Baixos e Singapura.
Programação e declaração final
Estão previstas duas sessões temáticas durante a Cúpula de Líderes no sábado (22) e uma no domingo (23). No sábado, serão discutidos o crescimento econômico sustentável e questões como gestão de riscos de desastres, mudanças climáticas e transição energética.
Já no domingo, último dia do encontro, as discussões serão voltadas ao tema “Futuro Justo e Equitativo para Todos”. O presidente Lula estará nas três sessões e, ao longo do fim de semana, ainda vai participar de encontros bilaterais com outros líderes.
O principal documento da cúpula será a declaração de líderes, que está em negociação e deve ser finalizada até domingo. Também há a expectativa da divulgação de um marco sobre minerais críticos – o que deve acontecer pela primeira vez na história do G20 -, além de uma declaração sobre sustentabilidade da dívida pública.
Mas nem tudo está saindo como o Brasil gostaria. A ausência de países como os Estados Unidos, que faz parte do grupo mas não vai comparecer ao encontro, preocupa as autoridades brasileiras. Isso porque, fora da Cúpula de Líderes, os norte-americanos já estão se opondo à construção de uma declaração final.
A posição do Brasil é a mesma da África do Sul: de que é preciso que haja uma declaração, até para que se siga a tradição do grupo. Ainda assim, fontes do Palácio do Itamaraty afirmam que as posições de muitos países sobre o assunto seguem em aberto.
21 de novembro de 2025 às 08:45
21 de novembro de 2025 às 07:04
FOTO: GIL FERREIRA
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou como uma “vitória do presidente Lula” a decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa extra de 40% aplicada a produtos brasileiros como café, carne e frutas. Em publicação na rede X, ela afirmou que o gesto do governo Trump comprova a eficácia da postura de Lula nas negociações e aproveitou para criticar opositores, chamando-os de “traidores da pátria”. Entre os citados, estão Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o governador paulista Tarcísio de Freitas.
Segundo Gleisi, Lula conduziu o diálogo com Donald Trump com “seriedade e altivez”, mantendo firmeza diante das pressões e coordenando uma mobilização do governo e da sociedade. Ela destacou ainda o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin e do Itamaraty na condução técnica das tratativas, que resultaram no recuo parcial do tarifaço.
O documento divulgado pela Casa Branca atribui a mudança ao avanço das negociações após uma conversa entre Trump e Lula no início de outubro, embora ressalte que o diálogo continuará. A medida específica beneficia apenas o Brasil, diferentemente da retirada anterior, no dia 14, quando Washington revogou tarifas de 10% para vários países.
A decisão foi celebrada também por setores ligados ao agronegócio. A senadora Tereza Cristina afirmou que a volta dos produtos brasileiros ao mercado norte-americano em condições competitivas é positiva para os dois países, lembrando que itens como carne e café vinham pressionando os preços internos nos EUA.
21 de novembro de 2025 às 08:15
21 de novembro de 2025 às 06:52
FOTO: DIVULGAÇÃO
Jorge Messias, indicado por Lula para o STF, terá o visto para os EUA cancelado caso seja aprovado pelo Senado — assim como já ocorre com outros ministros da Corte. O visto de Messias foi revogado em 22 de setembro, quando ele ainda chefiava a AGU.
O cancelamento fez parte da reação do governo Donald Trump à condenação de Jair Bolsonaro e atingiu autoridades que, segundo Washington, integrariam uma “rede-chave” de apoio a Alexandre de Moraes na investigação sobre a trama golpista.
Além de Messias, também tiveram vistos cancelados: José Levi, Benedito Gonçalves, Airton Vieira, Marco Antonio Martin Vargas, Rafael Tamai Rocha e Cristina Kusahara Gomes.
Na época, Messias minimizou o episódio e afirmou que o tema era “página virada”, dizendo estar focado em apoiar Lula em negociações com os EUA.
Hoje, sete ministros do STF estão com o visto cancelado: Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Flávio Dino. Luís Roberto Barroso, cuja vaga Messias ocupará, também teve o visto revogado.
Apenas Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux ainda podem entrar nos EUA. Alexandre de Moraes também foi sancionado pela Lei Magnitsky, que o impede de realizar operações financeiras com empresas americanas.
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