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Categoria: Brasil

Sindicato vira bom negócio e já são mais de 15 mil no Brasil

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Acusado na CPMI do INSS de inspirar o esquema que roubou inativos, a fim de substituir a fabulosa “contribuição” obrigatória, o sindicalismo brasileiro virou negócio rentável e proliferou como chuchu na serra: eram 17 mil e caiu para 15 mil, incluindo federações e confederações, após a Reforma Trabalhista. Na China, 1,4 bilhão de habitantes, são 1.713. Nos EUA, berço do capitalismo selvagem, 7 mil, segundo o Bureau of Labor Statistics. Na Alemanha, de sindicalismo forte, não passam de 100. A informação é da Coluna Claudio Humberto, do Diário do Poder.

A CLT de Getúlio Vargas, que permitia um sindicato por categoria e base territorial, gerou um Frankenstein burocrático que até afana aposentados.

O número de entidades mal se alterou após a Reforma Trabalhista de 2017, apesar da unicidade obrigatória: deixou de ser um ótimo negócio.

Com tradição de muitas greves, a França sustenta só 5 confederações principais (CGT, CFDT etc.) e poucas dezenas de sindicatos setoriais.

Diário do Poder

Bolsonaro “violou conscientemente” tornozeleira, diz Moraes em voto para manter prisão preventiva

FOTO: DIVULGAÇÃO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes argumentou que Jair Bolsonaro “violou dolosa e conscientemente o equipamento de monitoramento eletrônico”, ao tentar abrir a tornozeleira com um ferro de solda. A afirmação faz parte do voto pela manutenção da prisão preventiva do ex-chefe de Estado nesta segunda-feira (24).

Para o relator, o episódio demonstra intenção deliberada de fuga e constitui “grave descumprimento” das medidas impostas pela Corte. Moraes detalha que o relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do DF identificou “sinais claros e importantes de avaria” no dispositivo, incluindo queimaduras no ponto de encaixe.

Ainda segundo o ministro, a confissão de Bolsonaro, registrada em vídeo e reiterada na audiência de custódia, reforça que a ação teve o objetivo de inutilizar o monitoramento eletrônico e dificultar a atuação policial. O ministro também apontou que a violação ocorreu na madrugada que antecedeu a convocação de apoiadores para uma vigília nas imediações do condomínio do ex-presidente. Para Moraes, a mobilização tinha potencial para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar”, além de criar um cenário que poderia facilitar uma tentativa de evasão do país.

O voto de Moraes destaca um histórico de descumprimentos anteriores e à conduta de aliados e familiares que deixaram o país para evitar decisões judiciais. No voto, afirma que esses episódios “evidenciam o elevado risco de fuga de Jair Messias Bolsonaro” e repetem um “padrão já identificado pela Corte em outras investigações relacionadas ao grupo político do ex-presidente”.

Por fim, o ministro citou a proximidade do condomínio onde Bolsonaro residia com a Embaixada dos Estados Unidos, mencionando que o réu já havia planejado fuga para outra representação diplomática durante a tentativa de golpe investigada pelo STF. Segundo Moraes, o conjunto desses fatores torna “inviável” a manutenção da prisão domiciliar.

Ponta Negra News

Lula se irrita com tradutor: “Sussurrando no meu ouvido só Janja”

FOTO: AFP

Neste domingo (23), presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou o tradutor falar mais alto. O caso foi registrado durante uma entrevista com a imprensa, em Joanesburgo, na África do Sul.

O petista viajou para participar da cúpula do G20.

A declaração de Lula ao tradutor ocorreu quando uma jornalista estava fazendo uma pergunta em inglês para o presidente brasileiro. O petista interrompeu, colocou um fone de ouvido, mas reclamou e pediu que o intérprete fosse para perto da jornalista.

– Eu não gosto desse negócio aqui não. Você tá traduzindo só para você. Fala alto, cara! Eu não to ouvindo aqui (…) Vá perto dela para você ouvir e traduzir pra mim, cara. Ficar sussurrando no meu ouvido só a Janja – falou o petista.

Pleno News

Nikolas critica a TV Globo após ser filmado sem autorização

FOTO: KAYO MAGALHÃES

Neste domingo (23), o deputado federal Nikolas Ferreira (Pl-MG) criticou a TV Globo após a emissora ter usado um drone para filmar a visita que ele fez ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última sexta-feira (21). Ele ressaltou que a filmagem foi feita sem autorização em um ambiente privado.

– Recebemos com absoluto espanto a atitude da Rede Globo, que utilizou um drone para invadir um ambiente privado, filmando sem autorização um ex-Presidente da República e um parlamentar. É uma violação grave de privacidade, totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística – declarou Nikolas por meio das redes.

Ele também rebateu a narrativa de um suposto descumprimento de decisão judicial e apontou que não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular:

– Quanto à narrativa de suposto descumprimento de decisão judicial, esclarecemos que não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização durante a visita. Sem comunicação oficial, não existe como alegar descumprimento. Reitero que em momento algum tive qualquer intenção de descumprir decisão judicial.

Na avaliação do deputado, “o episódio revela mais sobre a conduta invasiva da emissora do que sobre quem foi filmado clandestinamente”.

– Vão precisar de uma narrativa mais forte. Tentem na próxima, patéticos – concluiu.

Pleno News

Filme sobre Bolsonaro escala ator que fez Jesus e adota narrativa ‘heroica’, diz produção

FOTO: FELLIPE SAMPAIO

Um filme estadunidense sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente neste sábado (22) após tentar violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, está em produção em São Paulo.

Intitulado como “Dark Horse” (O Azarão), o longa promete reconstituir o atentado de 2018 e revisitar episódios decisivos da campanha presidencial daquele ano.

Ainda no sábado, foi revelado que o ator escalado para interpretar Bolsonaro é Jim Caviezel, conhecido por viver Jesus no filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, considerado um dos melhores filmes bíblicos para assistir.

As gravações de Dark Horse começaram em outubro deste ano, em São Paulo.

Segundo o Estadão, o longa parte da reconstrução ficcional do atentado em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em setembro de 2018, e pretende retratar Bolsonaro como um “improvável vencedor”.

O diretor responsável é o americano Cyrus Nowrasteh, conhecido por produções de temática religiosa e dramas políticos, como O Apedrejamento de Soraya M., de 2008, e O Jovem Messias, de 2016. O roteiro é assinado por Mário Frias, ex-secretário de Cultura e atual deputado federal (PL-SP).

A produção já confirmou parte do elenco principal. O papel de Jair Bolsonaro ficará com o ator Jim Caviezel, também conhecido pelas suas declarações polêmicas envolvendo teorias conspiratórias, algo que já movimentou muitos debates nas redes sociais.

Os papéis de Michelle e Laura Bolsonaro ainda não foram divulgados.

NDMais

Vaca cai em telhado de bar e causa prejuízos

FOTO: REPRODUÇÃO

Uma vaca que estava solta foi resgatada após cair no telhado da cozinha de um bar, na noite deste sábado (22), no centro de Capistrano, no interior do Ceará. As atividades do estabelecimento foram fechadas por causa do prejuízo deixado pelo animal.

Segundo relatos de moradores, a vaca apareceu correndo na praça e alcançou o telhado do bar Rancho do Vaqueiro.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que há pelo menos duas escadas ao lado do estabelecimento. Ao cair no local, o animal derrubou uma geladeira com bebidas. Vários objetos da cozinha também foram danificados com a queda do animal. Após a população ajudar a conter o animal, o proprietário foi localizado.

Em um comunicado, o bar informou que as atividades do sábado (22) foram encerradas devido ao incidente. Uma funcionária teve ferimentos leves, e o estabelecimento teve danos estruturais e prejuízos materiais.

Pelo menos três homens conseguiram laçar o animal depois que ele saiu do bar. Na praça, a vaca ainda ofereceu resistência até ser totalmente controlada. Ainda de acordo com o comunicado, o proprietário do animal foi localizado e se comprometeu a pagar pelos prejuízos.

Um dia inteiro de produção foi perdido, com comidas e bebidas prontas para as atividades da noite. “Seguimos bem, tomando as providências necessárias e confiantes na rápida normalização de nossas atividades”, diz o texto.

Meia Hora

‘Eu morri por 17 minutos. E voltei’, relata sargento do Bope baleado na megaoperação que deixou 122 mortos

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O sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Carlos Alair da Costa sobreviveu a um dos momentos mais críticos da megaoperação de 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 122 mortos. Ontem foi confirmada a morte do quinto policial atingido durante a ação, o policial civil Rodrigo Nascimento, da 39ª DP (Pavuna).

Baleado no ombro durante o confronto na Serra da Misericórdia, Carlos Alair sofreu hemorragia interna grave, entrou em parada cardiorrespiratória e ficou 17 minutos clinicamente morto até ser reanimado no Hospital Central da PM. Em entrevista ao GLOBO, contou o que lembra desde o momento em que foi alvejado até acordar do coma, três dias depois.

“Tenho 41 anos, sou policial militar há 16 e estou no Bope há uma década. Venho de família de policiais: meu avô, meu pai, meu irmão. Sempre quis isso, cresci vendo essa rotina dentro de casa. Tentei o curso do Bope pela primeira vez, fui desligado, e, poucos meses depois já estava de volta, numa situação que até surpreendeu os instrutores, porque normalmente o intervalo é maior. Eu me formei no curso de ação tática em 2015 e, em 2018, fiz o curso de operações, o Caveira. Estar no Bope é uma realização pessoal muito grande. Nossa família tem que estar alinhada, porque você realmente se desliga do mundo lá fora.

Aquele 28 de outubro era um dia comum de operação. A gente vive isso há anos, conhece a dinâmica, sabe o que pode acontecer a qualquer momento. Nunca tinha sido baleado de verdade, só atingido por estilhaços. Mas naquele dia foi diferente. Estávamos na Serra da Misericórdia, quando fomos acionados para uma situação de apoio. Colegas já tinham sido vitimados.

Luta pela vida

Havia um grande número de criminosos armados, reunidos numa área de mata. Foi ali que fui alvejado, no meio do deslocamento.

Lembro perfeitamente de tudo até chegar ao hospital. Estava consciente, lúcido. Assim que fui atingido, um colega fez os primeiros socorros ainda no terreno. Estancou, me enrolou e me levou até a emergência blindada. Meu pensamento era só um: preciso sair daqui vivo. Depois, o blindado me colocou na ambulância, também blindada, e lá já tinha médico de combate, que continuou o atendimento. Aquilo fez toda a diferença para eu chegar vivo ao HCPM. Fui ouvindo tudo, vendo tudo. Falavam quantos minutos faltavam para chegar.

Lembro do exame de tomografia, de entrar no centro cirúrgico, de ver as luzes. Depois disso, apagão total.

Fiquei três dias em coma. Acordei numa sexta-feira achando que era terça-feira e a operação não tinha acabado. Perguntei logo que abri os olhos: ‘A operação acabou?’. Aí me explicaram tudo; inclusive sobre os 17 minutos em que fiquei em parada cardíaca. Eu morri e voltei. É estranho ouvir isso sobre você mesmo, mas foi o que aconteceu. Não me lembro absolutamente de nada desse período. Da hora em que me sedaram até o momento em que abri os olhos. Só sei que existe uma explicação: Deus. E uma equipe médica extraordinária, que fez tudo que podia. Os médicos dizem que poucos minutos sem oxigênio no cérebro já podem deixar sequelas. Eu fiquei quase 20. Então, para mim, é milagre, é cuidado de Deus e competência de todos que estavam ali.

Foram 18 dias internado. O disparo entrou pelo ombro direito, quebrou meu úmero e saiu pela axila. Passei cinco dias com fixadores de aço externos, depois usei curativo a vácuo para acelerar a cicatrização. Só então fiz a cirurgia definitiva, com a haste dentro do osso. Continuo em recuperação, fazendo fisioterapia, sem previsão de retorno à ativa.

Antes mesmo da entrevista, precisei passar por um atendimento para avaliar o ombro, mas está tudo certo, dentro do esperado. Ainda não tenho movimento nas mãos e só consigo mexer um pouco o braço, mas a fisioterapia já está fazendo efeito. Agora, é focar na recuperação. Até lá, não tenho previsão de voltar ao trabalho.

Minha filha, de 12 anos, só pôde me ver após sete dias, quando deixei o CTI; ela já sabia de tudo e foi forte. Para minha família, foi um alívio enorme me ver consciente, e também senti isso ao acordar, reconhecer todos e conseguir falar — foi uma surpresa imensa depois de tudo o que tinham ouvido. Se me perguntam se eu lutei durante aqueles 17 minutos, não sei dizer. Não lembro de nada. Mas sei o que eu pensava antes de ser sedado: ‘Eu não posso morrer’. Repetia isso na extração, no blindado, na ambulância, no caminho até o hospital. Era a única coisa que passava pela minha cabeça”.

Extra

Dino acompanha Moraes para manter prisão de Bolsonaro; placar é de 2 a 0

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O caso é analisado em plenário virtual, modelo no qual não há discussão entre os ministros, e se estenderá até as 20h para registro de votos. Até o momento, se manifestaram os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ainda faltam os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Com a saída de Luiz Fux, única voz dissonante do colegiado, a decisão de manter Bolsonaro preso tende a ser unânime.

Primeiro a se manifestar, Moraes defendeu a manutenção da decisão. Segundo o ministro, Bolsonaro é “reiterante” no descumprimento de medidas cautelares e violou de forma “dolosa e conscientemente” a tornozeleira eletrônica.

O ministro menciona ainda que o ex-presidente confessou ter mexido no equipamento, evidenciando um “cometimento de falta grave, ostensivo descumprimento da medida cautelar e patente desrespeito à Justiça”.

Em voto, Dino também mencionou a violação da tornozeleira e a convocação da vigília por parte do filho do ex-presidente. Disse ainda que as fugas recentes de aliados (como Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro) evidenciam “profunda deslealdade com as instituições pátrias”.

Sobre a vigília, Dino argumenta que grupos de apoiadores do ex-presidente frequentemente atuam de forma “descontrolada”, aumentando o risco de violação de propriedades, de confrontos e de repetição dos atos vistos no 8 de janeiro, inclusive com bombas ou armas. Segundo o ministro, mesmo a casa do ex-presidente poderia ser invadida, o que colocaria em risco policiais e moradores.

“Se os propósitos fossem apenas religiosos, a análise poderia ser diversa, mas lamentavelmente a realidade tem demonstrado outra configuração, com retóricas de guerra, ódios, cenas de confrontos físicos etc”, afirma Dino.

Moraes decretou a prisão preventiva do ex-presidente na madrugada de sábado (22). A violação da tornozeleira eletrônica e a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pesaram para a decisão, já que, para Moraes, indicavam planejamento de fuga.

Em manifestação, a defesa de Bolsonaro afirmou que a violação da tornozeleira foi episódio de “confusão mental”, supostamente provocado pela interação indevida de medicamentos para soluços.

Na audiência de custódia, Bolsonaro disse ter acreditado que havia uma “escuta” instalada na tornozeleira e tentou abrir apenas a tampa do dispositivo, e não removê-lo. A defesa sustenta que o vídeo entregue pela Seape confirma a fala arrastada e confusa do ex-presidente e indica um comportamento “ilógico”, incompatível com tentativa de fuga.

Os advogados também afirmam que, mesmo que o equipamento parasse de funcionar, Bolsonaro não teria condições de deixar sua residência, que é monitorada continuamente por policiais federais e fica em um condomínio fechado.

Desde sábado, Jair Bolsonaro está preso em uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Portal 96 FM