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Penitenciária de Alcaçuz completa 18 anos distante da ideia original

Reprodução: NJ

Reprodução: Novo Jornal

A Penitenciária Estadual de Alcaçuz atingiu ontem sua maioridade. Inaugurado em 26 de março de 1998, o maior estabelecimento prisional do Rio Grande do Norte foi aberto com a proposta de reestruturar o sistema penitenciário, com o foco na humanização. Dezoito anos depois, sofre com problemas estruturais que atrapalham o seu funcionamento pleno, enquanto o Estado tenta arrumar medidas para tentar resolver a situação.

Superlotada, a cadeia que tem capacidade oficial de 600 presos, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), abriga atualmente 1.086. Para dar conta deles, 50 agentes, ainda segundo a Sejuc, se revesam em escalas. A quantidade é considerada insuficiente pelo sindicato da categoria. “Não temos culpa do caos”, defende Vilma Batista, presidente do sindicato.

Em 1998, a unidade foi anunciada pelo governo de Garibaldi Alves Filho como solução para acabar com os problemas gerados pela Penitenciária Central Doutor João Chaves, conhecida como o “Caldeirão do Diabo”. Passado todo esse tempo, Alcaçuz se tornou o epicentro da crise no sistema carcerário.

A construção inicial, segundo o que foi à época divulgado, custou R$ 10 milhões aos cofres públicos. Quatro meses depois de inaugurada, a penitenciária já registrou a primeira fuga. Um detento considerado de confiança saiu pela porta da frente, sem ser notado. Naquele momento os túneis, que hoje são rotineiramente encontrados sob as celas, ainda não era comuns.

Dois anos depois de abrir os portões, Alcaçuz assistiu a uma das fugas que marcaram a história do sistema penitenciário potiguar. O assaltante de bancos Valdetário Carneiros foi resgatado por seu bando. Os homens chegaram em carros com armas de grosso calibre, inclusive uma metralhadora ponto 50, usada pelo Exército, e conseguiram tirar Valdetário da unidade à força, atacando as guaritas.

Os primeiros túneis começaram a ser descobertos pelos agentes penitenciários ainda no início dos anos 2000. Atualmente, a Sejuc convive com uma realidade de uma unidade prisional que está acima de um complexo de caminhos subterrâneos cavados pelos presidiários, que há anos permitem diversas fugas.

Informações: Novo Jornal

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