Se aproxima o dia da passagem da tocha olímpica pela capital do Rio Grande do Norte. No próximo sábado (04), a população natalense vai recepcionar a chama olímpica pelas ruas da cidade. Durante a festa, uma missão muito importante foi delegada para três alunos da rede municipal de ensino: recepcionar o símbolo dos jogos e entregar oficialmente ao primeiro condutor do revezamento.
A escolha dos alunos se deu por meio da participação em um concurso de redação promovido pelo Ministério da Educação (MEC). O concurso destacava a criação de um texto que enfatizasse o espírito olímpico. O certame mobilizou estudantes de todo o Brasil. Aqui em Natal, os três vencedores são alunos da Escola Municipal 4º Centenário.
Selecionados na unidade de ensino depois de uma disputa reunindo 20 concorrentes, Carlos Vitor Duarte Rodrigues, Flaviane Cristine Fernandes da Cunha e Pedro Inácio Jerônimo dos Santos, foram os vencedores. Os três estudantes estão matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com a professora de Língua Portuguesa, Elza Maria Alves, os alunos estudaram também no contra turno para aprimorar a escrita e o conhecimento da história dos jogos olímpicos com o objetivo de aflorar toda criatividade dos candidatos. “Sempre trabalhamos para que nossa escola tenha destaque. Todos têm direito a uma educação de qualidade”, enfatiza a professora feliz com o resultado dos alunos.
Os alunos receberam a notícia de que foram selecionados pelo Ministério da Educação (MEC) dando aos demais alunos, professores e gestores da escola um orgulho imenso. Para a diretora administrativa financeira da Escola Municipal 4º Centenário, a professora Fátima Maria Pinheiro, o momento é histórico, não só para o Brasil, mas também para a escola. “É gratificante ver o retorno do nosso trabalho. Saber que nossos alunos se dedicam e se destacam com mérito”, comemorou.
Vencedores
Carlos Vitor Duarte Rodrigues Galvão, 13 anos, é apaixonado por Matemática, e disse que desenhar e criar projetos parece ser um jeito interessante de aplicar a disciplina que assusta muitos. Orgulho da mãe, a secretária Ilana Janik Rodrigues, o adolescente tem no currículo escolar o “passar de ano garantido”. A redação de Carlos Vitor escrita para o concurso recebeu o título de “O passado pacífico e o futuro corrompido” destacando o verdadeiro intuito que existia e que hoje está esquecido, que era o espírito de transmitir paz. “Hoje, infelizmente o que existe muito são essas rixas provocadas pela rivalidade entre os atletas”, lamentou o estudante.
Flaviane Cristine Fernandes da Cunha, de 16 anos, quer ser marinheira e bióloga marinha. O sonho já enche de orgulho a mãe, a técnica em lavanderia, Edna da Costa Fernandes. O título da redação da adolescente foi “Quem não quer ganhar?”, destacando que os inúmeros casos de doping envolvendo atletas olímpicos foi o tema central da redação. “Hoje os atletas estão dispostos a tudo para ganhar uma competição, e com isso, burlam até a lei”, lamenta.
Pedro Inácio Jerônimo dos Santos, de 13 anos, é aluno do 9º ano do Ensino Fundamental, sonha em ser astrônomo, afirmando que sempre teve admiração pelo universo. Filho da dona de casa Verônica Jerônimo de Oliveira, e do coordenador de infraestrutura Erinaldo Pereira dos Santos, Pedro escolheu como título da sua redação, “Djavú – relembrando novamente”, com o objetivo de relembrar aos atuais atletas costumes que já estão esquecidos. “Quem sabe ainda não há tempo de despertar o verdadeiro sentido dos jogos olímpicos em cada um”, questionou.
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