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Governo Lula vai aumentar preço do cigarro para compensar desoneração da folha

FOTO: GETTY IMAGES

O governo federal planeja aumentar o preço mínimo do cigarro para compensar a desoneração da folha de pagamento de setores da economia. A proposta será feita por decreto e pode ser incluída em uma medida provisória que apresentará alternativas para compensação da política salarial.

Estima-se que a medida possa gerar entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões aos cofres públicos, embora os números ainda estejam sujeitos a revisão, segundo reportagem do Estadão.

Preço mínimo do cigarro

De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) publicado no ano passado, o Brasil não aumentou o preço mínimo do cigarro desde 2017, o que resultou em uma redução sustentada do valor médio real de um maço de 20 cigarros fabricados por empresas legalmente registradas no país. O último decreto sobre o assunto foi publicado em 2016, estabelecendo o preço mínimo em R$ 5.

A lei 12.546, de 2011, instituiu uma política de preços mínimos para os cigarros, válida a partir de maio de 2012, quando o valor mínimo passou a ser de R$ 3, aumentando anualmente R$ 0,50 até atingir R$ 4,50 em 2015. O preço mínimo é válido em todo o território nacional e qualquer cigarro vendido abaixo desse valor é considerado ilegal, conforme informações do site do Inca.

A Receita Federal estima que serão necessários R$ 25,8 bilhões para compensar as perdas arrecadatórias com a prorrogação da desoneração. Desse total, R$ 15,8 bilhões correspondem à renúncia fiscal nos setores beneficiados e os outros R$ 10 bilhões à mudança na tributação dos municípios. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a edição de uma medida provisória com mais de uma medida de compensação.

Desoneração da folha de pagamento

A desoneração da folha de pagamentos é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por alíquotas que variam de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Essa medida resulta em redução da carga tributária para milhares de empresas, que empregam mais de 9 milhões de pessoas.

No início deste mês, Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciaram um acordo para manter a desoneração em vigor neste ano e reintroduzir gradualmente a tributação a partir de 2025.

Terra Brasil Notícias

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