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Diante dos sofridos destroços, um grito se impõe: salvem a história do RN!

SEDE DO ANTIGO JORNAL O POTI-FOTO-MARIVAN MELO

As inquietações, cheias de nostalgia,  lembranças e esperanças do escritor Mário Ivo e do jornalista e professor Jânio Vidal, diante dos escombros do que foi o prédio do Diário de Natal, na Avenida Deodoro, deveriam incomodar mais gente.

Todos.

FOTO- JÂNIO VIDAL E MARIVAN MELO

Como se consegue dormir com um barulho deste tamanho?

Lá foi um jornal, um cinema, uma rádio.

Lá foi, por certo tempo, o centro de poder. Lá teve romaria de poderosos de plantão.

Lá teve beija-mão.

FOTO- JÂNIO VIDAL E MARIVAN MELO

Lá teve lutas heróicas e vitoriosas em defesa da natureza e pela preservação de Natal.

Também teve desavenças e incompreensões.

Por lá passaram alguns dos maiores talentos da comunicação.

Jornalistas, radialistas, fotógrafos. Inúmeros profissionais da área.

Muitos dos que trabalharam por lá ainda estão no batente.

Morre assim a história de todos eles?

FOTO- JÂNIO VIDAL E MARIVAN MELO

Teve auditório, cantores e cantoras, gente famosa e nem tanto.

Por lá muitos assistiram seus filmes prediletos.

Se emocionaram, se apaixonaram, se divertiram.

E todos, certamente, com a mesma pergunta:

Como permitiram isso acontecer?

O que será possível fazer para salvar uma parte da história de Natal e do RN?

Não é possível fazer mais nada?

Nem um ato de protesto e alerta diante do entulho do que já foi muito vivo, vibrante, energético, explosivo, e pacato?

Unir sindicatos de trabalhadores e patrões, meios de comunicação, poder político, jurídico, econômico, o homem simples da rua.

Juntar o escambau.

Bem que Natal e o RN poderiam dar um exemplo raro para o Brasil de convergências nestes tempos tão aflitos e intolerantes.

Certezas são poucas.

Nem interessa saber se há questões legais. ações judiciais, brigas patrimoniais ou imobiliárias.

O certo é que alguém precisa convocar a cidade e o Estado para uma reação.

Salvar o que for possível salvar.

Tem ideia do que fazer?

Não, Nenhuma.

E muitas.

Mas, nos destroços daquela solidão, somente um grito se impõe.

Salvem a história!

Por Rocardo Rosado/ FatorRH

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