18 de maio de 2020 às 09:10
18 de maio de 2020 às 09:10
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O Instituto Nacional da Saúde (NIH), órgão do Ministério da
Saúde dos Estados Unidos, lançou um teste clínico extenso para avaliar a
eficácia da combinação entre a hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina
para evitar a hospitalização e mortes por Covid-19, a doença causada pelo novo
coronavírus.
Estudos menores da China – e do Brasil, como no Piauí –
sugerem que o tratamento alivia a infecção respiratória, diminuindo a
letalidade da doença. No entanto, ao mesmo tempo, há pesquisas que apontam para
nenhuma melhora após o uso da hidroxicloroquina e, até mesmo, que seu uso pode
causar efeitos colaterais como parada cardíaca.
Hoje, a aplicação da hidroxicloroquina só pode ser feita em
pacientes hospitalizados, para que haja acompanhamento médico de perto para
efeitos colaterais.
Muitos testes clínicos estão sendo realizados ao redor do
mundo, mas este novo é o maior até então: randômico, com 2 mil participantes em
30 locais diferentes dos Estados Unidos.
O doutor Davey Smith, um pesquisador virologista, chefe da área de Doenças Infecciosas e Saúde Pública Global da escola de medicina da Universidade de San Diego, na Califórnia, conduzirá o estudo.
14 de maio de 2020 às 09:12
14 de maio de 2020 às 09:12
FOTO: ILUSTRAÇÃO
Sempre em busca do que há de melhor no diagnóstico,
assistência, ensino e pesquisa, a Liga Contra o Câncer firmou importante
parceria com a Elsevier, empresa global especializada em informações analíticas
que contribui com instituições e profissionais para o progresso da assistência
à saúde e da ciência, e uma das seis maiores empresas de publicação científica
do mundo.
Através do convênio, a instituição passará a ter acesso
total à plataforma ClinicalKey, um banco de dados projetado com conteúdo
científico de ponta, que reúne vídeos, planos de cuidado, alertas clínicos e
outras informações produzidas por profissionais especializados de todo o mundo
com base nas mais recentes pesquisas e evidências, direcionados para as equipes
médicas e de enfermagem publicados pela Elsevier.
A parceria ganha ainda mais relevância diante do momento de
crise mundial fruto da pandemia de Covid-19, uma vez que os profissionais da
instituição poderão se adaptar rapidamente às práticas mais recentes e
permanecer na vanguarda para obter os melhores resultados possíveis.
“Com a parceria a Liga passa a ter acesso à maior biblioteca
médica digital da Elservier, permitindo a atualização constante do nosso corpo
clínico, da equipe multidisciplinar e de residentes. Servirá também de base
para o desenvolvimento de novos projetos de pesquisa e será uma fonte sólida de
informações científicas, ajudando nas decisões necessárias na nossa prática
assistencial”, afirma Edilmar de Moura Santos, Coordenador de Ensino e Pesquisa
da Liga.
A ferramenta usa como base os padrões mais recentes de
atendimento, onde os dados sustentados por evidências determinam o diagnóstico,
colaboram com a realização de planos de tratamento e apoiam os profissionais de
saúde a tomar as melhores decisões possíveis, ajudando na prestação de um
melhor atendimento com o fornecimento de respostas rápidas e críveis.
12 de maio de 2020 às 16:39
12 de maio de 2020 às 16:39
FOTO: ILUSTRAÇÃO
Comparada inicialmente a uma pneumonia, a Covid-19 tem
efeitos que vão muito além da infecção no pulmão e que podem deixar sequelas
depois da fase aguda da doença por tempo indeterminado.
Médicos hoje consideram a Covid-19 uma doença complexa, que
exige tratamentos para diversas partes do corpo ao mesmo tempo a fim de evitar
a morte nos pacientes em estado mais grave.
“É uma doença multissistêmica. Nenhum órgão vai escapar”,
diz Rosana Richtmann, infectologista do instituto Emílio Ribas. “Há a ação
direta e indireta do vírus, e ainda há os efeitos dos medicamentos, necessários
para salvar o paciente.”
O vírus se conecta a um receptor específico, o ECA2, que
está presente em células do sistema respiratório, intestino, rins e vasos
sanguíneos. Nessas áreas, o efeito do invasor para destruir as células é direto
e localizado.
A presença do vírus desencadeia a tempestade de citocinas,
proteínas que regulam a resposta imunológica, e que surgem para ajudar o corpo
a se defender do invasor. Mas em alguns casos essa resposta pode ficar
descontrolada e atrair mais células inflamatórias para a região, o que
prejudica ainda mais os órgãos afetados pelo vírus.
Segundo Richtmann, a Covid-19 pode ser comparada mais adequadamente à sepse, doença sistêmica que ocorre quando a resposta imunológica para combater uma infecção localizada fica descontrolada e acaba por espalhar a infecção pelo corpo.
24 de abril de 2020 às 10:50
24 de abril de 2020 às 10:50
FOTO: DIVULGAÇÃO
Pelo menos 12 vagas oferecidas pelo Programa Mais Médicos em
Natal não foram preenchidas, segundo informações da Secretaria Municipal de
Saúde. Das 42 vagas disponibilizadas, 30 tiveram inscrições validadas, mas até
a manhã de quinta-feira (23), apenas 11 profissionais já tinham se apresentado
para assumir o cargo nas unidades de saúde da família onde foram lotados. O
prazo máximo para apresentação é esta sexta-feira (24).
De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo é que os
profissionais reforcem o atendimento ao coronavírus na atenção primária.
Dos 30 selecionados para Natal, 4 sequer apresentaram os
documentos para validação até a manhã de quinta, enviando-os para o e-mail
[email protected]. De acordo com o município,será publicada uma 2ª chamada
para preenchimento de vagas no site da Secretaria de Saúde (aqui).
O médico Tallys Ranier Dantas, de 31 anos, foi lotado na
Unidade de Saúde da Família do bairro das Quintas, Zona Oeste da cidade, e já
está exercendo suas atividades na unidade. “Eu acho o Programa Mais Médicos um
programa bem estruturado. Porque além de prestar assistência às unidades de
saúde mais remotas, ele leva o acesso para aquelas pessoas que antes não
contavam com médicos em suas unidades, como as mais distantes dos centros”,
afirmou.
As inscrições para o programa foram abertas em março, após a publicação do Edital 05/2020 pelo Ministério da Saúde. Ao todo, 106 vagas foram disponibilizadas para o Rio Grande do Norte. O resultado saiu no último dia 10 e, desde o dia 15, os profissionais podem assumir os postos, em todo o país.
23 de abril de 2020 às 10:48
23 de abril de 2020 às 10:48
FOTO: ILUSTRAÇÃO
O primeiro lote com 500 mil testes para diagnóstico de
covid-19, comprados pelo Ministério da Saúde via Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas), chegou ontem (22) ao Brasil. A distribuição aos estados começa
ainda nesta semana.
Foram adquiridos 10 milhões de testes RT-PCR (biologia
molecular), que identificam o coronavírus logo no início, ou seja, no período
em que ainda está agindo no organismo. O restante dos testes, produzidos pelo
laboratório Seegene, da Coreia do Sul, chegará de forma escalonada, sendo cerca
de 500 mil por semana.
A aquisição faz parte do esforço do Ministério da Saúde em
ampliar a testagem para o coronavírus na rede pública de saúde. De acordo com a
pasta, já foram distribuídos mais de 2,5 milhões de testes para diagnóstico de
covid-19 em todo o país. Deste total, 524.536 mil são testes RT-PCR e 2 milhões
são testes rápidos (sorologia). Estes últimos detectam a presença de anticorpos
no organismo e são realizados entre o sétimo e décimo dia do surgimento dos
sintomas da doença.
Para o ministro da Saúde, Nelson Teich, a partir da testagem
é possível avaliar a evolução da doença no Brasil e conduzir as ações de
enfrentamento. “É preciso que sejamos rápidos o bastante para fazer o
diagnóstico e tomar uma atitude”, disse em comunicado do ministério.
De acordo com a pasta, até a próxima semana está prevista a distribuição de cerca de 3 milhões de testes que já chegaram ao Brasil e estão seguindo os trâmites legais para a distribuição. São 984 mil testes RT-PCR, oriundos de compras da Fiocruz (184,2 mil) e OPAS (500 mil), além da doação de 300 mil testes da Petrobras. Já em relação aos testes rápidos, são mais 2 milhões de unidades doadas pela mineradora Vale que chegaram ao Brasil nos últimos dias.
16 de abril de 2020 às 08:35
16 de abril de 2020 às 08:35
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Segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte é o Estado do Nordeste com a maior cobertura vacinal na primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Gripe.
A partir de amanhã (16 de abril), começa a segunda fase para vacinar doentes crônicos, profissionais das forças de segurança e salvamento, povos indígenas, motoristas e cobradores de transporte coletivo. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe segue até 22 de maio.
11 de abril de 2020 às 07:55
11 de abril de 2020 às 07:55
FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY
Se você está fumando maconha para aliviar o estresse durante
a pandemia de coronavírus, pense duas vezes. É isso que dizem os especialistas
quando o tema é maconha e COVID-19.
Fumar maconha, mesmo ocasionalmente, pode aumentar o risco
de complicações mais graves do novo coronavírus. “Quando você fuma maconha, as
vias aéreas sofrem algum grau de inflamação, muito semelhante à bronquite, e
também muito parecido com o tipo de inflamação causada pelo fumo “, disse
o pneumologista Albert Rizzo, diretor médico da Associação Americana do Pulmão.
“Com isso, você tem alguma inflamação das vias aéreas e acrescenta uma infecção
sobre ela. Portanto, há, sim, chances de mais complicações”.
Mas e aquele seu amigo que começou a fumar agora e não fuma
muito, também tem problema?
O problema, de acordo com o médico Mitchell Glass,
pneumologista e porta-voz da Associação Americana do Pulmão, é que a última
coisa que você deseja durante uma pandemia é dificultar o diagnóstico dos
sintomas por um médico.
“A COVID-19 é uma doença pulmonar”, explicou o doutor
Mitchell. “Você acha que vale a pena ter uma variável confusa se precisar
consultar um médico ou um profissional de saúde, dizendo: ‘Eu não sou usuário
regular de maconha, mas decidi usá-la para relaxar’? Não é a hora de confundir
a capacidade dos profissionais de saúde de fazer um diagnóstico rápido para
saber o que está acontecendo com você”, acrescentou.
Isso é tosse de cigarro ou do coronavírus?
O consumo “crônico” de maconha, definido como uso
diário, danifica os pulmões por um período. O resultado “parece muito com
bronquite crônica, que é obviamente um dos termos que usamos para doença
pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC”, disse o médico.
Fumantes, pessoas com DPOC e outras doenças pulmonares
crônicas, bem como pessoas com asma moderada a grave, estão entre aquelas com
alto risco de doença grave causada pelo coronavírus, incluindo o pior cenário,
que é o de precisar de um respirador.
Sinais de danos nos pulmões causados pelo fumo, mesmo que
apenas de alguns cigarros, podem aparecer em questão de dias. Um ou dois tragos
de maconha podem não se comparar ao hábito de fumar diariamente, mas existem
algumas propriedades únicas em um cigarro da planta que são bem problemáticas
para os pulmões, mesmo se você for um novo usuário, explica o pneumologista.
Pense no que acontece com um cigarro aceso e deixado em um
cinzeiro: ele queima rapidamente até o filtro, deixando nada além de cinzas. “O
cigarro é embalado em papel. Está completamente seco. É feito para queimar a
uma temperatura muito alta”, detalhou. Agora pense em como um baseado
queima: sempre resta alguma erva, ou uma “ponta”, como é chamada.
“A maconha queima em uma temperatura muito, muito mais baixa
do que um cigarro produzido comercialmente. Por isso, a pessoa está inalando
uma certa quantidade de material vegetal não queimado”. Isso irrita os
pulmões da mesma maneira que o pólen de ambrósia, bétula e carvalho causa para
aqueles alérgicos”, detalhou, usando exemplos típicos dos EUA.
“Portanto, logo de cara, existem aqueles pacientes que seriam cada vez mais suscetíveis a ter um broncoespasmo ou tosse porque têm uma via aérea mais sensível”. E como a tosse seca é um sinal essencial do COVID-19, qualquer tosse causada pelo fumo da maconha pode facilmente imitar esse sintoma, dificultando o diagnóstico.
7 de abril de 2020 às 08:00
7 de abril de 2020 às 07:29
FOTO: ILUSTRAÇÃO
Um grupo de cientistas da Fiocruz publicou estudo sobre os
efeitos do Atazanavir, já usado no tratamento de pacientes com HIV, e seus
efeitos sobre o coronavírus.
Os resultados foram promissores: o medicamento, em
laboratório, performou melhor do que a cloroquina.
Os testes foram feitos in vitro. Ainda é preciso fazer
ensaios clínicos, em pessoas, para que seus efeitos positivos sejam comprovados
no uso prático.
No laboratório, ele se mostrou eficiente para quebrar uma
enzima chave para a multiplicação do novo coronavírus, o que impediria a sua
multiplicação no organismo.
“O Atazanavir pode
vir a compor o arsenal de me dicamentos contra o coronavírus”, diz Thiago
Moreno Souza, da Fiocruz, que participa do estudo.
Uma das vantagens do Atazanavir é ser um antirretroviral já conhecido e fabricado no Brasil.
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