Comparada inicialmente a uma pneumonia, a Covid-19 tem
efeitos que vão muito além da infecção no pulmão e que podem deixar sequelas
depois da fase aguda da doença por tempo indeterminado.
Médicos hoje consideram a Covid-19 uma doença complexa, que
exige tratamentos para diversas partes do corpo ao mesmo tempo a fim de evitar
a morte nos pacientes em estado mais grave.
“É uma doença multissistêmica. Nenhum órgão vai escapar”,
diz Rosana Richtmann, infectologista do instituto Emílio Ribas. “Há a ação
direta e indireta do vírus, e ainda há os efeitos dos medicamentos, necessários
para salvar o paciente.”
O vírus se conecta a um receptor específico, o ECA2, que
está presente em células do sistema respiratório, intestino, rins e vasos
sanguíneos. Nessas áreas, o efeito do invasor para destruir as células é direto
e localizado.
A presença do vírus desencadeia a tempestade de citocinas,
proteínas que regulam a resposta imunológica, e que surgem para ajudar o corpo
a se defender do invasor. Mas em alguns casos essa resposta pode ficar
descontrolada e atrair mais células inflamatórias para a região, o que
prejudica ainda mais os órgãos afetados pelo vírus.
Segundo Richtmann, a Covid-19 pode ser comparada mais adequadamente à sepse, doença sistêmica que ocorre quando a resposta imunológica para combater uma infecção localizada fica descontrolada e acaba por espalhar a infecção pelo corpo.
Pelo menos 12 vagas oferecidas pelo Programa Mais Médicos em
Natal não foram preenchidas, segundo informações da Secretaria Municipal de
Saúde. Das 42 vagas disponibilizadas, 30 tiveram inscrições validadas, mas até
a manhã de quinta-feira (23), apenas 11 profissionais já tinham se apresentado
para assumir o cargo nas unidades de saúde da família onde foram lotados. O
prazo máximo para apresentação é esta sexta-feira (24).
De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo é que os
profissionais reforcem o atendimento ao coronavírus na atenção primária.
Dos 30 selecionados para Natal, 4 sequer apresentaram os
documentos para validação até a manhã de quinta, enviando-os para o e-mail
nas.folha@gmail.com. De acordo com o município,será publicada uma 2ª chamada
para preenchimento de vagas no site da Secretaria de Saúde (aqui).
O médico Tallys Ranier Dantas, de 31 anos, foi lotado na
Unidade de Saúde da Família do bairro das Quintas, Zona Oeste da cidade, e já
está exercendo suas atividades na unidade. “Eu acho o Programa Mais Médicos um
programa bem estruturado. Porque além de prestar assistência às unidades de
saúde mais remotas, ele leva o acesso para aquelas pessoas que antes não
contavam com médicos em suas unidades, como as mais distantes dos centros”,
afirmou.
As inscrições para o programa foram abertas em março, após a publicação do Edital 05/2020 pelo Ministério da Saúde. Ao todo, 106 vagas foram disponibilizadas para o Rio Grande do Norte. O resultado saiu no último dia 10 e, desde o dia 15, os profissionais podem assumir os postos, em todo o país.
O primeiro lote com 500 mil testes para diagnóstico de
covid-19, comprados pelo Ministério da Saúde via Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas), chegou ontem (22) ao Brasil. A distribuição aos estados começa
ainda nesta semana.
Foram adquiridos 10 milhões de testes RT-PCR (biologia
molecular), que identificam o coronavírus logo no início, ou seja, no período
em que ainda está agindo no organismo. O restante dos testes, produzidos pelo
laboratório Seegene, da Coreia do Sul, chegará de forma escalonada, sendo cerca
de 500 mil por semana.
A aquisição faz parte do esforço do Ministério da Saúde em
ampliar a testagem para o coronavírus na rede pública de saúde. De acordo com a
pasta, já foram distribuídos mais de 2,5 milhões de testes para diagnóstico de
covid-19 em todo o país. Deste total, 524.536 mil são testes RT-PCR e 2 milhões
são testes rápidos (sorologia). Estes últimos detectam a presença de anticorpos
no organismo e são realizados entre o sétimo e décimo dia do surgimento dos
sintomas da doença.
Para o ministro da Saúde, Nelson Teich, a partir da testagem
é possível avaliar a evolução da doença no Brasil e conduzir as ações de
enfrentamento. “É preciso que sejamos rápidos o bastante para fazer o
diagnóstico e tomar uma atitude”, disse em comunicado do ministério.
De acordo com a pasta, até a próxima semana está prevista a distribuição de cerca de 3 milhões de testes que já chegaram ao Brasil e estão seguindo os trâmites legais para a distribuição. São 984 mil testes RT-PCR, oriundos de compras da Fiocruz (184,2 mil) e OPAS (500 mil), além da doação de 300 mil testes da Petrobras. Já em relação aos testes rápidos, são mais 2 milhões de unidades doadas pela mineradora Vale que chegaram ao Brasil nos últimos dias.
Segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte é o Estado do Nordeste com a maior cobertura vacinal na primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Gripe.
A partir de amanhã (16 de abril), começa a segunda fase para vacinar doentes crônicos, profissionais das forças de segurança e salvamento, povos indígenas, motoristas e cobradores de transporte coletivo. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe segue até 22 de maio.
Se você está fumando maconha para aliviar o estresse durante
a pandemia de coronavírus, pense duas vezes. É isso que dizem os especialistas
quando o tema é maconha e COVID-19.
Fumar maconha, mesmo ocasionalmente, pode aumentar o risco
de complicações mais graves do novo coronavírus. “Quando você fuma maconha, as
vias aéreas sofrem algum grau de inflamação, muito semelhante à bronquite, e
também muito parecido com o tipo de inflamação causada pelo fumo “, disse
o pneumologista Albert Rizzo, diretor médico da Associação Americana do Pulmão.
“Com isso, você tem alguma inflamação das vias aéreas e acrescenta uma infecção
sobre ela. Portanto, há, sim, chances de mais complicações”.
Mas e aquele seu amigo que começou a fumar agora e não fuma
muito, também tem problema?
O problema, de acordo com o médico Mitchell Glass,
pneumologista e porta-voz da Associação Americana do Pulmão, é que a última
coisa que você deseja durante uma pandemia é dificultar o diagnóstico dos
sintomas por um médico.
“A COVID-19 é uma doença pulmonar”, explicou o doutor
Mitchell. “Você acha que vale a pena ter uma variável confusa se precisar
consultar um médico ou um profissional de saúde, dizendo: ‘Eu não sou usuário
regular de maconha, mas decidi usá-la para relaxar’? Não é a hora de confundir
a capacidade dos profissionais de saúde de fazer um diagnóstico rápido para
saber o que está acontecendo com você”, acrescentou.
Isso é tosse de cigarro ou do coronavírus?
O consumo “crônico” de maconha, definido como uso
diário, danifica os pulmões por um período. O resultado “parece muito com
bronquite crônica, que é obviamente um dos termos que usamos para doença
pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC”, disse o médico.
Fumantes, pessoas com DPOC e outras doenças pulmonares
crônicas, bem como pessoas com asma moderada a grave, estão entre aquelas com
alto risco de doença grave causada pelo coronavírus, incluindo o pior cenário,
que é o de precisar de um respirador.
Sinais de danos nos pulmões causados pelo fumo, mesmo que
apenas de alguns cigarros, podem aparecer em questão de dias. Um ou dois tragos
de maconha podem não se comparar ao hábito de fumar diariamente, mas existem
algumas propriedades únicas em um cigarro da planta que são bem problemáticas
para os pulmões, mesmo se você for um novo usuário, explica o pneumologista.
Pense no que acontece com um cigarro aceso e deixado em um
cinzeiro: ele queima rapidamente até o filtro, deixando nada além de cinzas. “O
cigarro é embalado em papel. Está completamente seco. É feito para queimar a
uma temperatura muito alta”, detalhou. Agora pense em como um baseado
queima: sempre resta alguma erva, ou uma “ponta”, como é chamada.
“A maconha queima em uma temperatura muito, muito mais baixa
do que um cigarro produzido comercialmente. Por isso, a pessoa está inalando
uma certa quantidade de material vegetal não queimado”. Isso irrita os
pulmões da mesma maneira que o pólen de ambrósia, bétula e carvalho causa para
aqueles alérgicos”, detalhou, usando exemplos típicos dos EUA.
“Portanto, logo de cara, existem aqueles pacientes que seriam cada vez mais suscetíveis a ter um broncoespasmo ou tosse porque têm uma via aérea mais sensível”. E como a tosse seca é um sinal essencial do COVID-19, qualquer tosse causada pelo fumo da maconha pode facilmente imitar esse sintoma, dificultando o diagnóstico.
Um grupo de cientistas da Fiocruz publicou estudo sobre os
efeitos do Atazanavir, já usado no tratamento de pacientes com HIV, e seus
efeitos sobre o coronavírus.
Os resultados foram promissores: o medicamento, em
laboratório, performou melhor do que a cloroquina.
Os testes foram feitos in vitro. Ainda é preciso fazer
ensaios clínicos, em pessoas, para que seus efeitos positivos sejam comprovados
no uso prático.
No laboratório, ele se mostrou eficiente para quebrar uma
enzima chave para a multiplicação do novo coronavírus, o que impediria a sua
multiplicação no organismo.
“O Atazanavir pode
vir a compor o arsenal de me dicamentos contra o coronavírus”, diz Thiago
Moreno Souza, da Fiocruz, que participa do estudo.
Uma das vantagens do Atazanavir é ser um antirretroviral já conhecido e fabricado no Brasil.
Os lares potiguares lideram na disponibilidade de alimentos
ultraprocessados, considerando os estados das regiões Norte e Nordeste. Do
total de calorias disponíveis nos domicílios potiguares por ano, 19,9% vem de
alimentos ultraprocessados, que passam por forte transformação industrial e são
mais nocivos à saúde. Essa informação é do módulo “Avaliação nutricional da
disponibilidade domiciliar de alimentos”, da Pesquisa de Orçamento Familiar
(POF) 2017-2018, divulgado hoje pelo IBGE.
Logo atrás do Rio Grande do Norte, a Paraíba possui a
segunda maior participação de alimentos ultraprocessados no Norte e Nordeste,
16,5% das calorias dos alimentos dos domicílios.
De acordo com o Ministério da Saúde, esse grupo de alimentos
(biscoito, sorvete, margarina e refrigerante por exemplo) deve ser evitado,
pois pode causar maior dano à saúde.
Na comparação do total de calorias disponíveis no domicílio,
de 17 subgrupos de alimentos ultraprocessados, o Rio Grande do Norte lidera, no
Nordeste, em sete: frios e embutidos; biscoitos doces; bolos e tortas doces;
chocolate; refeições prontas; bebidas lácteas; e sorvete.
Aquisição em quilos
O módulo da pesquisa também oferece uma análise da aquisição
de alimentos por domicílio, em quilos, por pessoa. De um total de dez itens de
“alimentos preparados”, os norte-rio-grandenses lideram, no Nordeste, a
aquisição em oito: batata frita, carne assada, frango empanado, salgadinho,
sanduíche, massa, refeição e alimento congelado.
No RN, comida in natura tem menor presença do Norte e Nordeste
A participação dos alimentos in natura ou minimamente
processados na casa dos potiguares é a menor do Norte e Nordeste: 50,4% das
calorias do total de alimentos nos domicílios. Em situação oposta, o Maranhão
(67,3%) lidera a disponibilidade desse grupo de alimentos (arroz, feijão,
legumes e outros do tipo) no Norte e Nordeste.
Além disso, os domicílios do RN apresentaram a menor
participação do arroz (9,5%) no total de calorias dos alimentos do Norte e
Nordeste. A disponibilidade de calorias provenientes de peixes no estado também
é a menor da região ao lado da Bahia (0,4%).
Em compensação, os potiguares lideram na presença de leite
(5,5%), no Norte e Nordeste, e farinhas de trigo (0,9%) entre os estados do
Nordeste.
O Norte (58,2%) e Nordeste (54,5%) são regiões com maior
participação de alimentos in natura e minimamente processados no total calorias
dos alimentos nas residências. O menor percentual é do Sudeste (44,9%),
superado por Sul (47,3%) e Centro-oeste (50,7%).
Grupos de alimentos
O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério
da Saúde, recomenda que a alimentação seja baseada em grande variedade de
alimentos do grupo in natura e minimamente processados (feijão, legumes e
verduras por exemplo).
O grupo ingredientes culinários processados (sal, açúcar,
manteiga e vinagre e outros do gênero) e grupo alimentos processados (queijos,
conserva de legumes e carnes salgadas por exemplo) devem ser usados em pequenas
quantidades.
Finalmente, o grupo de alimentos ultraprocessados
(salsichas, hambúrgueres e bebidas alcoólicas destiladas por exemplo) deve ser
evitado.
Crescimento da preferência por alimentos ultraprocessados desacelera
A evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos no
Brasil, estimada com base nas POFs realizadas em 2002-2003, 2008-2009 e
2017-1018, indica que alimentos in natura ou minimamente processados e
ingredientes culinários processados vêm perdendo espaço para alimentos
processados e, sobretudo, para alimentos ultraprocessados em todo Brasil.
Apesar de a participação de alimentos ultraprocessados na
disponibilidade domiciliar ter aumentado ao longo das três POFs, observa-se que
o ritmo de crescimento diminuiu. Entre a POF 2002-2003 e a POF 2008-2009, houve
aumento anual de 0,6 ponto percentual na porcentagem de calorias provenientes
de ultraprocessados. Entre a edição a 2008-2009 e a atual, o crescimento desse
grupo de alimentos foi 0,3 ponto percentual.
TONTURA, DOR DE CABEÇA, CONFUSÃO MENTAL E CONVULSÃO ESTÃO ENTRE OS SINTOMAS CITADOS. FOTO: ILUSTRAÇÃO
Um estudo chinês divulgado em março deste ano mostra que
pessoas com Covid-19 desenvolveram problemas neurológicos como sintomas da
doença.
A investigação foi realizada entre os dias 16 de janeiro e
19 de fevereiro de 2020 em 214 pacientes com Covid-19 —graves ou não—
internados em três hospitais de Wuhan (China), onde começou a pandemia. Destes,
78 apresentaram alguma manifestação neurológica.
Entre os sintomas, os mais comuns foram a tontura,
mencionada por 36 pacientes (16,8%), e dor de cabeça, citada por 28 (13,1%).
Em seguida aparecem confusão mental, AVC ou isquemia
cerebral, convulsão, perda da coordenação muscular e sonolência.
De acordo com o neurologista do Hospital Israelita Albert
Einstein, Saulo Nardy Nader, trata-se do primeiro estudo bem feito sobre o
acometimento neurológico por coronavírus. Para ele, a conclusão serve de
alerta.
“Pessoas com quadro gripal e que apresentarem pela primeira
vez algum tipo de tontura forte e persistente, principalmente vertigem, podem
estar infectadas pelo coronavírus”, afirma.
Nader diz que a pesquisa também traz uma queixa que está se
tornando comum nos consultórios e até nas redes sociais: a perda de olfato
(hiposmia) e paladar (hipogeusia). Cerca de 5% dos que apresentaram sintomas
neurológicos mencionaram esse tipo de alteração.
O coronavírus pode chegar ao sistema nervoso central de duas
formas. “A primeira hipótese é pelo sangue e a segunda diretamente pelo nariz,
pegando carona com o nervo olfativo. A pessoa teria contato com o vírus pela
narina e, através do nervo que leva informação do nariz para o cérebro,
conseguiria causar a infecção. A falta de ar, por exemplo, pode ocorrer por
agressão neurológica do vírus na região do cérebro responsável por controlar os
centros da respiração”, explica Nader.
Os sintomas elencados no estudo feito em Wuhan não são
novidades nos consultórios de especialistas brasileiros ouvidos pela Folha.
Além dos neurológicos, há outros incomuns.
João Prats, infectologista da BP (Beneficência Portuguesa de
São Paulo) explica que, apesar de não ser comum, o primeiro sinal de infecção
por coronavírus pode aparecer sob a forma de problema digestivo.
Ele cita como exemplo o caso de uma paciente que, após cinco
dias com diarreia, teve dificuldade respiratória.
Quando o coronavírus circula no sangue e inflama os gânglios
linfáticos abdominais, também pode ocorrer dor forte semelhante à provocada por
apendicite ou cólica renal.
“Ainda não há estatística dos atendimentos, mas é a minoria.
O sintoma que sugere gravidade é o respiratório, a falta de ar. Mesmo que a primeira
manifestação for atípica, os médicos devem investigar mais”, afirma Prats.
Após examinar uma pessoa com sintomas de covid-19, o
infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paulo Olzon
sentiu-se mal. Primeiro, veio o cansaço excessivo; cerca de quatro dias depois,
as tonturas, com mais frequência no período noturno.
“Para mim, a tontura foi novidade, mas é importante alertar
que ela é sintoma de outras doenças, como a própria labirintite, os tumores
cerebrais e problemas de pressão arterial, entre outras. Para o diagnóstico, é
importante levar em conta o histórico do paciente e a intensidade dos
sintomas”, explica Olzon, que está em isolamento. Além de tontura, ele também
teve alteração do paladar e do olfato.
Para José Vidal, infectologista do Hospital das Clínicas de
SP e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e membro da Sociedade Brasileira
de Infectologia, a teoria mais provável é que o novo coronavírus infecte os
nervos periféricos olfatórios causando as alterações de olfato que já vêm sendo
relatadas por alguns pacientes.
“Essas alterações podem alertar para a presença do
coronavírus, visando instaurar as medidas necessárias, em termos individuais e
de saúde pública, como o isolamento. É necessário estudar melhor as consequências
a longo prazo. A rota da infecção precisa ser melhor elucidada. O vírus também
pode causar problemas cardíacos, intestinais e outras manifestações
neurológicas graves, como paralisa flácida aguda, síndrome de Guillain-Barré e
encefalomielite disseminada aguda, todas já descritas com outros coronavírus
humanos”, explica Vidal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem 241 mortes por coronavírus e 6.836 casos da doença. O estado de São Paulo tem o maior número de confirmações, com 2.981 registros. Até o momento, morreram 164 pessoas.
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