Medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina foram
liberados para pacientes internados em estado grave de COVID-19. A partir desta
quinta-feira, os estados irão receber as substâncias.
O Ministério da Saúde irá distribuir inicialmente 3,4
milhões de unidades dos medicamentos (cloroquina e hidroxicloroquina). A pasta
editou um protocolo de uso que prevê cinco dias de tratamento e é indicado
apenas para pacientes hospitalizados.
Segundo as informações do MS, a cloroquina e
hidroxicloroquina irão complementar todos os outros suportes utilizados no
tratamento do paciente no Brasil, como assistência ventilatória e medicações
para os sintomas, como febre e mal-estar. E alerta a população que nem um
desses remédios são indicadas para prevenir a doença e nem tratar casos leves.
Por ser uma doença nova, ainda não há evidências científicas
suficientes que comprovem a eficácia do medicamento para casos de coronavírus.
No entanto, há estudos promissores que demonstram o benefício do uso em
pacientes graves.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ainda
existem poucas evidências sobre o medicamento, porém, o Ministério da Saúde irá
deixar ao alcance do profissional médico caso ele entenda que o paciente grave
possa se beneficiar com o uso. “Esse medicamento já provou que tem ação na
evolução do ciclo do vírus, mas os estudos em humanos estão em curso. Essa é
uma alternativa terapêutica que estamos dando aos profissionais de saúde para
tratarmos esses pacientes graves que estão internados”, disse Luiz Henrique
Mandetta.
O ministro fez ainda um alerta às pessoas que vão às
farmácias em busca da cloroquina: “Quero fazer um pedido à população: não usem
esse medicamento fora do ambiente hospitalar. Esse medicamento tem muitos
efeitos colaterais que podem prejudicar a saúde”, concluiu o ministro da Saúde.
Medicamentos dessa classe terapêutica já são
disponibilizados no SUS para tratamentos de outras doenças, como a malária,
lúpus e artrite reumatóide. Até o momento, o Ministério da Saúde esclarece que
não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina
que possa prevenir a infecção pelo coronavírus.
O prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira, determinou a imediata regularização do abastecimento de água da Unidade Básica de Saúde da praia de Pirangi do Norte, após veiculação de matéria no BLOG DO FM, que denunciou que a UBS estava funcionando sem água nas torneiras, em pleno primeiro dia da campanha de vacinação da gripe Influenza e diante de uma pandemia do novo coronavírus.
O retorno do fornecimento de água foi confirmado pela jornalista Yara Okubo, assessora de Comunicação da Prefeitura de Parnamirim, que em mensagem enviada para o BLOG DO FM destacou que na UBS não estava faltando álcool gel e máscara para os profissionais de saúde que lá atuam.
Na verdade, o que o BLOG DO FM denunciou, além da falta de água, foi que a quantidade de máscaras era insuficiente, segundo relatou técnicos daquela unidade de saúde. Já com relação ao álcool, só tinha o A 70, mas não o produto em forma de gel.
No entanto, a questão mais preocupante era a falta de água nas torneiras da UBS, nesses tempos em que a lavagem de mãos é a principal recomendação para conter a proliferação do novo coronavírus.
O prefeito Taveira foi ágil na resolução das deficiências.
O problema ocorrido na UBS de Pirangi parece ter sido um fato pontual. Segundo foi veiculado no Blog do GM, assinado pelo ex-deputado estadual Gilson Moura, uma outra UBS de Parnamirim, a Suzete Cavalcante, localizada em Nova Parnamirim, tem dado exemplo de bom atendimento. A matéria completa pode ser vista através do seguinte link http://www.blogdogm.com.br/no-primeiro-dia-de-vacinacao-ubs-suzete-cavalcanti-da-exemplo-de-um-bom-atendimento/
A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap,
Alessandra Lucchesi, afirmou, em entrevista concedida à TV Tropical na manhã
desta sexta-feira, 20, que tem mantido avaliações frequentes das medidas de
contenção do coronavírus no Rio Grande do Norte. “A Sesap trabalha com ambos os
cenários, pensando nos dados que temos e em todas as circunstâncias que podem
agravar o quadro, as reuniões são frequentes e as medidas preventivas são
reavaliadas diariamente”.
Até o momento os dados correspondem aos 75 casos suspeitos
que aguardam resultados dos exames laboratoriais, 32 casos que já foram
descartados e apenas um caso confirmado.
Uma instabilidade a nível nacional do sistema do Ministério
da Saúde demandou alteração dos processos de trabalho. “Os problemas foram
corrigidos no final do dia de ontem e ainda hoje serão divulgados os dados
atualizados do MS, em parceria com o Estado do RN”, informou.
Sobre a atualização dos dados do estado, ela explica que a
forma de acessar as bases de dados pode provocar uma variação. “Alguns estados
estavam liberando essa informação com maior frequência, por utilizarem um
sistema de informação único, que só depois alimentava a base do Ministério. Mas
o Rio Grande do Norte segue usando a base de dados direto do Ministério da
Saúde”.
De acordo com os dados atuais, não há circulação viral comprovada
no Rio Grande do Norte. “É um processo mutável, com dados atualizados com uma
frequência muito grande e que vai depender dos resultados dos exames”.
O boletim epidemiológico com os dados atualizados no
coronavírus no RN deverá ser divulgado ainda hoje (20).
A empresa potiguar, Natal Cowoking, anunciou na manhã desta sexta-feira, 20, que realizará a doação de 150 frascos com álcool em gel 70% de 50ml. A ação de prevenção ao coronavírus será realizada das 14h até às 16h, na sede da empresa na Rua Seridó, 356, Petrópolis, em Natal. A iniciativa, que é destinada a população, faz parte de uma campanha “Um Networking Pela Vida”.
Confira na íntegra a nota da empresa:
Sabemos que estamos passando por um momento delicado, mas se nos ajudarmos para prevenção, temos a certeza que tudo acabará bem. Pensando nisso, o @natalcowoking estará doando 150 frascos com álcool em gel 70% de 50ml. Abriremos as nossas portas amanhã (20/03), a partir das 14h até as 16h, para quem interessar pegar o produto para manter as mãos sempre higienizadas. Só temos 150 unidades, então para ajudarmos o maior número de pessoas, cada indivíduo poderá pegar apenas um frasco. Esperamos por todos vocês! E lembrem sempre das regras de prevenção. Um #networking pela vida
O Rio Grande do Norte contabiliza, nesta quinta-feira (19),
108 casos suspeitos do novo coronavírus (Covid-19), de acordo com a última
atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. Esse quantitativo representa um
aumento de 227,27% em comparação ao início da semana, quando o número
correspondia a 33 casos.
Quanto aos confirmados, mantém-se o mesmo: um caso
confirmado, divulgado no dia 12 de março. A paciente de 24 anos com histórico
de viagem para a Europa não apresenta mais sintomas nem risco de contágio. Ela
foi liberada do isolamento desde o último domingo (15). Ainda segundo a pasta,
o estado tem 22 descartados até o momento.
Divergências
Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no entanto não
correspondem aos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Segundo o
último Boletim Epidemiológico do órgão estadual, há 75 casos suspeitos e 32
descartados no território potiguar. Como explicou Alessandre Lucchesi,
subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, essa diferença ocorre
porque há um problema no banco de dados do MS. “Os casos de terça para quarta
não foram computados, por isso há divergências com os dados. Mas nos
sinalizaram que nesta quinta estará funcionando normalmente, até porque
conferimos caso a caso ontem”, disse.
O uso de alguns anti-inflamatórios, como ibuprofeno e
cortisona, pode piorar a doença causada pelo novo coronavírus. O alerta foi
feito pelo ministro da Saúde da França, Olivier Véran, em uma publicação no
Twitter, no sábado 14.
“A ingestão de anti-inflamatórios [ibuprofeno, cortisona…]
pode ser um fator para agravar a infecção. Em caso de febre, tome paracetamol.
Se você já está tomando medicamentos anti-inflamatórios, peça conselhos ao seu
médico”, escreveu Véran, médico especializado em neurologia.
A recomendação veio no mesmo dia em que o governo francês informou que “graves efeitos adversos” relacionados ao uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) – a família de medicamentos que inclui o ibuprofeno – “foram identificados entre os pacientes” afetados pela Covid-19. “Repetimos que o tratamento de febre ou dor associada à Covid-19 ou a qualquer outra doença viral respiratória deve ser paracetamol”, dizem as novas diretrizes do Ministério da Saúde da França.
Desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo
mundo e o primeiro caso foi confirmado no Brasil na semana passada, as fake
news sobre o assunto também se multiplicaram. De acordo com o Ministério da
Saúde, entre 22 de janeiro e 2 de março o canal de combate às fake news do
órgão recebeu 8.000 mensagens, sendo 90% sobre o coronavírus.
Após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país,
no dia 25 de fevereiro, as mensagens aumentaram significativamente: foram 4.000
mensagens entre os dias 28 de fevereiro e 01 de março. As mentiras variam desde
a origem do vírus até supostas curas e formas mirabolantes de prevenção.
Abaixo, especialistas ouvidos por VEJA esclarecem as principais lorotas
pseudocientíficas espalhadas sobre a doença nas redes sociais até agora.
1- Diagnóstico caseiro: circula pelas redes uma “dica” de
diagnóstico caseiro. De acordo com a publicação, se você respirar fundo,
prender a respiração por mais de 10 segundos e após fazer isso não tossir,
sentir desconforto ou congestão, você não está infectado. E, não para por aí. A
“notícia” ainda diz que esse é um método desenvolvido por especialistas de
Taiwan e que a doença causada pelo novo coronavírus provoca fibrose nos
pulmões.
“Essa história é completamente fake news”, diz o infectologista Helio Bacha, o Hospital Albert Einstein. “O autodiagnóstico em qualquer situação está errado. Mas essa é ainda pior porque a orientação não tem o menor embasamento. A Covid-19 [doença respiratória causada pelo novo coronavírus], é muito semelhante a um resfriado comum e não tem como distinguir ou dizer o causador por um exame clínico. O diagnóstico só é feito por um exame caro e sofisticado”, explica o especialista.
Em relação à formação de fibrose no pulmão, o pneumologista
Elie Fiss, pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, esclarece que a
fibrose pulmonar é uma doença inflamatória grave, sem causa definida. “Essa
doença tem uma evolução até ser diagnosticada. Não aparece de uma hora para
outra e não tem relação com nenhum tipo de infecção viral”, afirma.
2- Beber ou fazer gargarejo com água quente limpa o vírus da
sua garganta: Outra notícia falsa que circulou bastante nos últimos dias é a
recomendação de beber água quente ou fazer gargarejo com água quente para
limpar o vírus da garganta ou elimina-lo do organismo. A suposta explicação por
trás da prática é que o vírus não sobreviveria acima de 26ºC ou 27ºC.
“Fazer gargarejo com água quente no máximo provoca ânsia”, afirma
o pneumologista Elie Fiss. Uma das respostas do nosso corpo a uma infecção
viral, como a causada pelo Sars-CoV-2, é a febre. Ela é produzida pelo
organismo para tentar matar o agente infeccioso e eleva a temperatura do corpo,
que normalmente é de 36ºC a 37ºC, para 38ºC e 39ºC. E, mesmo assim, não elimina
o vírus. Logo, se essa teoria fosse verdadeira, o coronavírus nem sobreviveria
dentro do nosso corpo, que já tem uma temperatura normal superior a 27ºC.
“Para começar, se isso fosse verdade, não teria coronavírus na China. Os chineses têm o hábito de tomar água quente de manhã e também bebem muito chá. Além disso, o vírus não está na superfície da garganta. Ele está no interior da célula. Fazer algo que tenha uma ação apenas superficial, não resolve em nada”, explica o infectologista Helio Bacha.
3- Álcool gel não tem eficácia na prevenção, vinagre sim: Um
vídeo publicado recentemente traz um “químico autodidata” dizendo que álcool
gel não mata vírus nem bactérias, mas vinagre Ý sim, aquele usado para temperar
salada – é eficaz. O burburinho foi tão grande que o Conselho Federal de
Química (CFQ) publicou uma nota esclarecendo a eficácia do álcool gel para
higienizar as mãos.
“O vírus é um organismo unicelular protegido por uma parede
lipoproteica. O álcool consegue destruir essa parede, o que causa a morte do
vírus. Por isso, o álcool gel é uma estratégia utilizada com eficácia em
hospitais”, afirma o pneumologista Elie Fiss.
“Vinagre é bom na salada. Não tem o menor indício científico
da eficácia do vinagre como antisséptico”, diz o infectologista Helio Bacha. Os
dois especialistas ressaltam a importância de lavar bem as mãos com água e
sabão como a estratégia mais barata de higienização e prevenção dessa e de
outras infecções respiratórias. De qualquer forma, se você não puder lavar as
mãos após entrar em contato com outra pessoa ou sair do trem, metrô ou ônibus,
use e abuse do álcool gel.
4- Chá de erva-doce cura o coronavírus: Outra lorota afirma
que o chá de erva-doce é um tratamento contra o coronavírus, pois a planta
teria a mesma substância que o Tamiflu (medicamento utilizado para tratar
influenza). “Nunca ouvi falar que chá de erva doce cura alguma coisa. Muito
menos que tenha Tamiflu nele”, diz o especialista do Hospital Albert Einstein.
O Rio Grande do Norte ganhou a primeira equipe multriprofissional especializada no tratamento da endometriose, doença que atinge uma a cada dez mulheres no período reprodutivo. Infertilidade, dor pélvica crônica e diagnóstico tardio são alguns dos fatores que cercam o universo da endometriose.
A partir de agora, esta equipe – que atende tanto no serviço
público quanto privado – passa a atuar diretamente no tratamento dessa doença,
que pode envolver desde mudanças alimentares, uso de medicamentos e até
cirurgias.
A endometriose está associada à dor pélvica, mas também a
ocorrência de infertilidade. Os estudos internacionais apontam que 50% dos
casos de infertilidade feminina está associada à endometriose como uma das
principais causas.
A doença pode se apresentar de formas leves a mais grave, como a endometriose profunda que acomete o intestino. A diferença normalmente pode ser identificada antes da cirurgia – e confirmada durante o procedimento – por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia especializada e a ressonância magnética de pelve.
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