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Categoria: Saúde

Prefeitura de Parnamirim inicia mutirão de mamografia em Pirangi

A REALIZAÇÃO DAS MAMOGRAFIAS É FRUTO DA CONTRATAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO DE SAÚDE PARA ATUAR EM COMPLEMENTAÇÃO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. FOTO: DIVULGAÇÃO

O litoral de Parnamirim recebe, a partir desta segunda-feira (11), a estrutura móvel para a realização de exames de mamografia. O objetivo da prefeitura é atender mulheres de 40 a 69 anos que residam no município. Nesta etapa, o atendimento está sendo realizado nas proximidades da Unidade Básica de Saúde de Pirangi do Norte, localizada na Rua José Sátiro de Macedo, 31, próximo ao supermercado Super Show.

Para fazer o exame em Pirangi, devem ser apresentados o encaminhamento médico, comprovante de residência, identidade, CPF e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento ocorre das 7h30 às 16h30 e a unidade móvel deve permanecer no local até a próxima sexta-feira (15). Todas as mulheres que precisarem do serviço devem se dirigir ao local obrigatoriamente de máscara. 

Segundo a prefeitura de Parnamirim, a realização das mamografias é fruto da contratação de prestadores de serviço de saúde para atuar em complementação ao Sistema Único de Saúde. A realização de exames de mamografia é atualmente feita através de serviço móvel, beneficiando a população em seu próprio bairro. O atendimento é feito nas proximidades das unidades básicas de saúde a fim de minimizar os deslocamentos em tempos de pandemia da covid-19. A iniciativa, ainda de acordo com o Município, visa diminuir a demanda reprimida de espera por atendimento especializado.

Pesquisa da UFRN desvenda alterações da expressão gênica em cérebros com Alzheimer

PESQUISADORES DO INSTITUTO DO CÉREBRO (ICE/UFRN) UTILIZARAM ESSES DADOS PARA UMA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS ALTERAÇÕES DE EXPRESSÃO GÊNICA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Resumo esquemático da metodologia usada na pesquisaForma mais comum de demência, a doença de Alzheimer atinge cerca de 47 milhões de pessoas no mundo, sendo mais de um milhão só no Brasil. Nos últimos cinco anos, três grandes estudos utilizaram a técnica de sequenciamento de RNA (Ácido ribonucleico) mensageiro para avaliar a expressão gênica no cérebro de pessoas com e sem a doença. Pesquisadores do Instituto do Cérebro (ICe/UFRN) utilizaram esses dados para uma avaliação sistemática das alterações de expressão gênica, levando em consideração as regiões do cérebro utilizadas para obter o material genético, o estágio da doença e os tipos celulares potencialmente afetados.

Os resultados da pesquisa, publicados em revista do grupo Nature Aging and Mechanisms of Disease, mostraram que as alterações gênicas são mais pronunciadas em regiões do cérebro afetadas nos estados precoces da doença, como o hipocampo e córtex entorrinal, envolvidos na formação de memórias. O grupo, liderado pelo neurocientista Marcos Romualdo Costa, mostrou que há uma correlação positiva entre o estágio da doença e a severidade das alterações de expressão gênica. Um grande número destas alterações é devido às alterações de splicing alternativo do RNA, um mecanismo que permite gerar diferentes isoformas de um mesmo gene. “No futuro, iremos avaliar se o bloqueio destes mecanismos de splicing alternativo pode influenciar a progressão da doença”, explicou Marcos que é chefe do Laboratório de Neurobiologia Celular do ICe.

Três diferenciais são importantes nesse trabalho. O primeiro é que os cientistas compararam a expressão gênica em áreas do cérebro com diferentes graus de patologia, o que permitiu identificar a enorme diferença entre regiões do lobo temporal (hipocampo, córtex entorrinal) e do lobo frontal. O segundo é que eles analisaram a expressão dos genes em níveis absolutos e a nível de transcritos (diferentes isoformas), o que possibilitou identificar alterações em genes associados à transmissão sináptica que foram negligenciados em estudos anteriores. Por fim, foi utilizada uma abordagem indireta para associar as alterações gênicas identificadas no tecido aos tipos celulares potencialmente afetados. “Isso nos permitiu identificar que neurônios inibitórios e células microgliais são tipos celulares com o maior grau de alterações”, reforçou Marcos Costa.

Uma limitação deste tipo de estudo é que não foi possível, ainda, estabelecer relações causais entre as alterações da expressão gênica encontradas e a patologia. É possível que boa parte das alterações sejam consequência e não causa da patologia. De qualquer forma, a identificação de uma correlação entre os dois fenômenos é interessante e pode indicar novos caminhos terapêuticos. “Nossos próximos passos são utilizar as informações obtidas neste trabalho para gerar hipóteses que podem ser testadas em modelos de organóides cerebrais humanos ou em modelos animais da doença de Alzheimer. Atualmente, estamos avaliando o efeito da redução de expressão de dois genes identificados em nosso trabalho (BIN1 e PTK2B) em organóides cerebrais e nossos resultados iniciais indicam que estes genes controlam importantes aspectos da fisiologia neuronal”, completou o pesquisador.

Centro Clínico Virtual é alternativa de praticidade e segurança no atendimento

PARA AGENDAR A CONSULTA VIRTUAL É SIMPLES, BASTA MARCAR  A DATA E A HORA MAIS CONVENIENTES. FOTO: DIVULGAÇÃO

A Unimed Natal, buscando preservar a saúde de todos os clientes com cuidado e segurança, disponibilizou um atendimento médico por meio do Centro Clinico Virtual Unimed Natal. O serviço   é oferecido para os clientes da cooperativa desde novembro e pode ser acessado pelo  APP Unimed Natal Beneficiário, pelo telefone   (84) 3220 6400 ou pelo  site: unimednatal.com.br . O centro clínico virtual funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 20h.

Para agendar a consulta virtual é simples, basta marcar  a data e a hora mais convenientes. É muito importante que os dados estejam atualizados para que a equipe possa entrar em contato com o cliente. Na data agendada  o cliente recebe uma mensagem via whatsapp para que seja feita a autorização da consulta, por meio do token gerado a partir da carteirinha virtual.  Caso não tenha a carteirinha virtual é necessário baixar o aplicativo e fazer o cadastro com o CPF e a data de nascimento. Depois é só aguardar o link da plataforma  de teleconsulta, enviado pelo whatsapp e acessá-lo no horário marcado. Em caso de desistência ou necessidade de remarcação é só fazer a opção no próprio APP ou ligar para (84) 3220 6400.

No momento em que todo cuidado é necessário, as teleconsultas ajudam a evitar o contato físico e contribuem para minimizar  o risco de transmissão do novo coronavírus.  Desde que foi implantado, mais de 1600 clientes já acessaram o Centro Clínico Virtual.

RN tem redução nos casos de dengue e chikungunya, mas aumento de zika em 2020

SEGUNDO O BOLETIM, FORAM NOTIFICADOS 12.240 CASOS SUSPEITOS DE DENGUE NO RN, O QUE REPRESENTA UMA REDUÇÃO DE CERCA DE 69,3%. FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta quarta-feira (30), o mais recente boletim das arboviroses, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 48, encerrada em 21 de dezembro de 2020. Em relação ao ano anterior, confirmações de dengue e chikungunya tiveram redução, mas os casos de Zika apresentaram aumento.

Segundo o boletim, foram notificados 12.240 casos suspeitos de dengue no RN, o que representa uma redução de cerca de 69,3%, quando comparado ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 39.917 casos suspeitos.

Do total de notificações para dengue em 2020, foram confirmados 3.002 casos, 5.409 descartados, com uma incidência de 349,03 casos por 100.000 habitantes no período analisado. Em 2019, no mesmo período, foram confirmados 11.002 casos e 7.573 descartados, apresentando uma incidência de 1.109,74 casos por 100.000 habitantes. O número de mortes também caiu. Em 2019 foram 15 óbitos pela doença e em 2020 sete mortes foram confirmadas até a Semana Epidemiológica 48.

A redução das notificações de casos de dengue em 2020 ocorre no mesmo período de crescimento dos casos de Covid-19, a partir do segundo trimestre do ano, mostrando que o sistema de saúde estava envolvido com a pandemia, o que pode ter gerado subnotificações dos casos de dengue.

Com relação à chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 48, 7.470 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 3.194 casos confirmados e 2.204 descartados, o que corresponde a uma taxa de incidência de 213,01 casos por 100.000 habitantes. Em 2019, no mesmo período foram notificados 15.362 casos, sendo 6.432 confirmados e 1.833 descartados casos, o que representa uma incidência de 438,06 casos por 100.000 habitantes.

Assim como ocorreu com a dengue, houve uma redução das notificações de casos chikungunya do segundo trimestre do ano de 2020 em diante, em função do envolvimento do sistema de saúde com a pandemia, levando a possíveis subnotificações dos casos de chikungunya.

Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica 01 a 48 de 2020 no RN foram notificados 1.431 casos suspeitos da doença, sendo 266 confirmados  casos e 910 descartados, apresentando uma taxa de incidência de 40,81 casos por 100.000 habitantes. Em 2019, no mesmo período foram notificados 1.685 casos, sendo 99 confirmados  e 511 descartados  casos, com uma incidência de 48,05 casos por 100.000 habitantes.

“A diminuição no número de infectados por Aedes aegypti, vetor dessas arboviroses, pode estar relacionada ao cenário epidemiológico causado pela pandemia do Covid-19, que provocou uma redução nas notificações de casos de dengue e chikungunya”, explicou a coordenadora do programa Estadual das Arboviroses Urbanas da Sesap, Flávia Moreira. Ela alerta que, mesmo diante da redução observada nos números de casos de arboviroses no RN, é importante manter as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em porções de água limpa acumulada.

Tribuna do Norte

Unimed Natal conclui 2020 com superação da crise e controle dos casos de Covid-19

QUASE 6 MIL ATENDIMENTOS FORAM REALIZADOS NO PERÍODO. FOTO: DIVULGAÇÃO

A Unimed Natal completou 43 anos neste que foi um ano intenso e cheio de desafios. Lidar com a pandemia foi uma das prioridades desde o início quando foram realizadas reuniões entre a gestão da cooperativa e diretores dos hospitais credenciados para discutir as ações que poderiam contribuir para o combate ao novo coronavírus. Uma das primeiras iniciativas foi a criação da Central de Atendimento Coronavírus 24h, com uma equipe médica especializada que dava orientações por telefone aos pacientes com suspeita de infecção. Houve a criação de 32 novos leitos de UTI no Hospital Unimed destinados aos pacientes  acometidos pelo vírus e um Centro Clínico  de Referência ofereceu, durante 136 dias, o primeiro suporte. Quase 6 mil atendimentos foram realizados no período. Além disso, no auge da Pandemia, quando faltaram medicamentos nas farmácias, a cooperativa ofereceu a opção terapêutica aos clientes, com receita médica, que precisassem dar início aos tratamentos.

Com o  isolamento social foram desenvolvidas ainda  ações como o Movimento Unimed Natal que consistiu em aulas transmitidas pelas redes sociais para incentivar a prática de  atividades físicas. Os projetos culturais, patrocinados via Lei Djalma Maranhão, resultaram em cerca de 35 iniciativas transmitidas para o público abertamente pelo Youtube  como o Fest Bossa e Jazz e Terça da Boa Música além do Cine Drive-in na Arena das Dunas. E não termina por aí pois, para o ano de 2021, mais de 200 projetos se inscreveram no edital Unimed Natal Cultural, com divulgação dos selecionados prevista para janeiro.

Este ano, mesmo  com tantos desafios houve um grande crescimento da cooperativa com  o início das obras de ampliação do Hospital Unimed, que é o único do estado a possuir a certificação de acreditação da ONA, garantindo a todos os seus pacientes atendimento com segurança. No fim de novembro outro importante passo foi a  inauguração do novo Pronto Atendimento Infantil instalado não mais no anexo mas agora dentro do Hospital Unimed, levando ainda mais qualidade e praticidade para o atendimento materno-infantil.

Outro marco do ano para a cooperativa veio com a aquisição da carteira de clientes da Unimed Federação RN. Esta foi uma movimentação que trouxe em torno de 25 mil vidas novas, fazendo a Unimed Natal chegar a um market share de 40% dos clientes de planos de saúde do Rio Grande do Norte. Com isso, a cooperativa passou a atuar em todo o estado, se afirmando como Potiguar de Carteirinha. A única operadora genuinamente Norte-Rio- Grandense e que tem um comprometimento com o povo local.

No que tange a responsabilidade social, a Unimed Natal reafirmou o seu compromisso com Organização da Sociedade Civil, criada por médicos da Unimed Natal há 14 anos no bairro Bom Pastor, Zona Oeste da cidade: a Atitude Cooperação. O projeto não parou, mesmo em meio a todas as mudanças e dificuldades que a pandemia trouxe, o trabalho aconteceu remotamente, por meio de lives e workshops. Foi realizada também a entrega de mais de 1500 cestas básicas com kits de higiene para as famílias  dos alunos que são beneficiados pelo projeto.

Todo esse trabalho realizado em 2020 trouxe reconhecimentos como o da revista Valor Econômico que  divulgou uma lista  em que a Unimed Natal figura como a  2ª que mais cresceu  no ranking das operadoras de saúde. Além disso, a  Unimed foi reconhecida como a marca de plano de saúde mais lembrada pelos brasileiros, título recebido pela 28ª vez no Top Of Minf da Folha. Outra importante conquista foi entregue ao presidente da cooperativa, o dr. Fernando Pinto, ele foi reconhecido pela revista Helthcare como um dos 100 profissionais de saúde mais influentes da década.

Com a finalização de  2020 outros desafios  surgem para  que, em 2021, novas entregas sejam feitas para que clientes, colaboradores , cooperados, prestadores e sociedade entendam os valores da cooperativa: foco do cliente, inovação, responsabilidade socioambiental, transparência e ética. Porque o cuidado com cada um, é o melhor plano que se pode ter!

Governo do RN amplia rede assistencial com abertura de 104 leitos Covid

A ESTRUTURAÇÃO DOS LEITOS FOI FEITA JUNTO A REFORMA DA UNIDADE DE SAÚDE, NO VALOR DE 200 MIL REAIS. FOTO:ASSECOM

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte está expandindo a rede assistencial de atendimento aos potiguares acometidos pelo novo coronavírus. Com a nova elevação no número de casos e óbitos pela doença, o Estado investiu na abertura de 104 novos leitos, entre UTIs (63) e clínicos (41), distribuídos entre os hospitais referência para o atendimento a pacientes infectados pela Covid-19, por Região de Saúde.

O incremento na rede está sendo finalizado nessa segunda-feira (21), com a inauguração de 10 novos leitos Covid no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró. A estruturação dos leitos foi feita junto a reforma da unidade de saúde, no valor de 200 mil reais, recurso vindo dos cofres estaduais. Além do melhoramento e expansão, o hospital recebeu, ainda, o investimento de 1 milhão e 200 mil, que foi destinado para a contratação de profissionais e adequações das instalações para o atendimento dos pacientes acometidos pelo novo coronavírus.

Outros hospitais que fazem parte do projeto de expansão assistencial promovido pelo Governo do RN são: João    Machado, localizado na região Metropolitana, que está recebendo a estruturação de 20 novos leitos (10 clínicos e 10 UTIs); o Telecila Freitas Fontes, no Seridó, que recebeu mais 10 leitos de UTI; já a região Alto Oeste terá novos leitos nos hospitais Cleodon Carlos de Andrade, que está em processo de implantação de 11 leitos (10 clínicos e 1 UTI), o São Luiz com 15 leitos (5 clínicos e 10 UTIs) inaugurados e, ainda, o Rafael Fernandes que recebe seus novos leitos hoje.

No Vale do Assu o Hospital Nelson Inácio dos Santos segue com o processo de estruturação de 6 leitos clínicos; no Mato Grande a unidade de saúde Josefa Alves Godeiro dá andamento a abertura de 10 UTIs; já no Agreste Potiguar, o  Lindolfo Gomes Vidal já teve 5 das 6 novas UTIs inauguradas; e a Região Potengi/Trairi, terá mais 16 leitos (10 clínicos e 6 UTIs) no Hospital Monsenhor Expedito.

O incremento viabilizou a distribuição de leitos em todas as Regiões de Saúde do Estado, com a implantação das estruturas nos municípios de Natal, Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros, Assu, João Câmara, Santo Antônio e São Paulo do Potengi. Com a expansão, tanto aumentará a oferta de leitos, quanto facilitará a tra

Praias lotadas aumentam risco de covid-19 e conjuntivite

AGLOMERAÇÃO É O PRINCIPAL GATILHO DA MULTIPLICAÇÃO DAS DUAS INFECÇÕES. FOTO: FLÁVIO REZENDE

Mesmo com o aumento dos casos de covid-19 no Brasil as praias estão lotadas e a aglomeração pode ser ainda maior no Natal e passagem de ano. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier estudos mostram que o olho e uma das portas de entrada da covid-19. “Isso porque, o canal lacrimal conecta o olho ao nariz e, portanto, ao sistema respiratório”, explica.

Ao contrário do que muitos imaginam, o oftalmologista diz que a água do mar não transmite a covid-19. As aglomerações, ressalta, são a principal via de transmissão. “Isso porque, no contato próximo uma pessoa contaminada elimina nos espirros e tosse partículas do SARS-COV-2, vírus da covid-19 que penetram na boca, nariz ou olhos de pessoas sadias”, explica. Outra forma de contaminação é tocar superfícies de uso comum contaminadas pelo coronavírus, como a mesa de um restaurante, balcão, bola, carrinho de supermercado ou outras e depois levar as mãos à boca, nariz ou olhos. É por isso que a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel deve ser feita várias vezes ao dia.

“Enquanto não temos acesso à vacinação, na praia continua obrigatório o uso de máscara e óculos com filtro UV (ultravioleta) para barrar o coronavírus e a radiação do sol” ressalta. O problema é que muitas pessoas estão deixando a proteção de lado. Por isso, o médico teme que os casos de covid-19 possam multiplicar ainda mais neste final de ano.

Conjuntivite

Queiroz Neto afirma que a doença mais frequente no verão é a conjuntivite. Olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, sensação de corpo estranho, ardência, fotofobia, visão embaçada e secreção nos olhos são os sintomas. A secreção varia conforme o tipo de conjuntivite: viral, bacteriana e alérgica.

Viral

O oftalmologista afirma que é o tipo mais comum de conjuntivite. Altamente contagiosa requer afastamento do trabalho por até duas semanas. Caracterizada por uma secreção viscosa e transparente, tem nas aglomerações e contato das mãos com superfícies contaminadas os maiores fatores de risco. Para reduzir o desconforto nos olhos a dica do médico é usar óculos escuros que também ajudam a diminuir a proliferação do vírus, tomar bastante água e aplicar compressas frias ao primeiro desconforto. Não desaparecendo em dois dias é necessário consultar um oftalmologista. O tratamento é sempre feito com colírio anti-inflamatório que só deve ser usado sob prescrição e acompanhamento médico. Isso porque, algumas fórmulas contêm corticoide que requer regressão da dosagem antes da interrupção do uso para não causar efeito rebote. Outro risco da automedicação é usar por períodos longos. Isso porqu,e pode provocar glaucoma ou catarata.   O oftalmologista ressalta que em alguns casos é necessária a aplicação de laser para retirar da superfície do olho uma membrana formada pelo vírus que compromete a qualidade da visão.

Bacteriana

É caracterizada por uma secreção amarelada e purulenta. Uma causa frequente no verão, comenta, é o contato do olho com água contaminada de piscina, praia ou jacuzzis. Neste caso Queiroz Neto recomenda o uso de óculos de natação para interromper a contaminação.  O médico ressalta que outra causa frequente deste tipo de conjuntivite é a maquiagem vencida. “Alteração na cor, cheiro ou consistência sinalizam que produto estragou e deve ser jogado no lixo mesmo quando a embalagem indica estar dentro prazo de validade”, afirma.  Isso acontece, explica, quando -é armazenada no banheiro que concentra grande quantidade de bactérias ou é compartilhada com amigas. “Cada pessoa tem uma flora bacteriana na pele. Por isso, a maquiagem não pode ser compartilhada”, afirma.  Outra dica do médico é remover toda noite a maquiagem, lavar esponjas e pinceis após o uso para evitar contaminação. O tratamento da conjuntivite bacteriana é feito com colírio antibiótico que só pode ser adquirido com receita médica.

Alérgica

A conjuntivite alérgica ou tóxica é caracterizada por coceira ou ardência mais intensa nos olhos e tem uma secreção aquosa.  No verão, Queiroz Neto diz  que o excesso de filtro solar ao redor dos olhos responde por 46% dos casos. Isso porque nos banhos de sol o suor facilita a penetração do produto nos olhos. A dica do médico é verificar se a fórmula contém óxido de zinco e dióxido de titânio, comuns em produtos infantis. Isso porque, estes dois componentes garantem neutralidade ao PH e por isso reduzem a chance de surgir a conjuntivite tóxica. Quando qualquer produto penetra nos olhos recomenda lavar abundantemente e fazer compressas frias. Caso o desconforto não desapareça é necessário consultar um oftalmologista. Neste caso, o tratamento é feito com colírio antialérgico.

Covid-19 pode envelhecer cérebro em 10 anos, diz estudo

ESTUDO ANALISOU RESULTADO DE TESTE COGNITIVO DE 84.000 PESSOAS. FOTO: REPRODUÇÃO/FREEPIK

Pessoas que estiveram em estado grave por causa da covid-19 e se recuperaram podem ter tido impactos significativos na função cerebral. O declínio mental seria equivalente a 10 anos de envelhecimento do cérebro, diz um estudo (íntegra, em inglês-2 MB) realizado pelo Imperial College, do Reino Unido.

Cientistas analisaram 84.285 pessoas. Aqueles que se recuperaram da doença apresentaram déficits cognitivos por causa do impacto do vírus na estrutura do órgão.

“Há evidências de que o COVID-19 pode causar alterações de saúde a longo prazo após sintomas agudos, denominados COVID longo. Nossas análises (…) alinham-se à visão de que há consequências cognitivas crônicas de ter COVID-19“, afirmam os pesquisadores.

Os que se recuperaram continuaram tendo desempenho pior em testes que medem a capacidade do cérebro de executar tarefas como lembrar palavras ou juntar pontos em um quebra-cabeça, método amplamente usado em estudos de pessoas com Alzheimer e outras deficiências mentais, permanentes ou temporárias.

“Esse déficit é dimensionado com gravidade dos sintomas e é evidente entre aqueles sem tratamento hospitalar“, diz o estudo.

“Os piores casos mostraram impactos equivalentes ao declínio médio de 10 anos no desempenho global entre as idades de 20 a 70”, afirmam os pesquisadores.

O estudo ainda não foi submetido à avaliação da comunidade científica e há questionamentos sobre o método de avaliação: Um teste cognitivo chamado Great British Intelligence Test foi aplicado pela internet com pacientes que afirmaram que tiveram covid-19 mas não apresentaram exames para comprovar.

A pesquisa também não chegou a conclusões sobre a prevalência de problemas cognitivos nos pacientes.

“Há pouca informação sobre a natureza e a prevalência mais ampla de problemas cognitivos pós-infecção“.

Poder360