11 de janeiro de 2021 às 16:45
11 de janeiro de 2021 às 16:09
A REALIZAÇÃO DAS MAMOGRAFIAS É FRUTO DA CONTRATAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO DE SAÚDE PARA ATUAR EM COMPLEMENTAÇÃO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. FOTO: DIVULGAÇÃO
O litoral de Parnamirim recebe, a partir desta segunda-feira
(11), a estrutura móvel para a realização de exames de mamografia. O objetivo
da prefeitura é atender mulheres de 40 a 69 anos que residam no município.
Nesta etapa, o atendimento está sendo realizado nas proximidades da Unidade
Básica de Saúde de Pirangi do Norte, localizada na Rua José Sátiro de Macedo,
31, próximo ao supermercado Super Show.
Para fazer o exame em Pirangi, devem ser apresentados o
encaminhamento médico, comprovante de residência, identidade, CPF e cartão do
Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento ocorre das 7h30 às 16h30 e a
unidade móvel deve permanecer no local até a próxima sexta-feira (15). Todas as
mulheres que precisarem do serviço devem se dirigir ao local obrigatoriamente
de máscara.
Segundo a prefeitura de Parnamirim, a realização das
mamografias é fruto da contratação de prestadores de serviço de saúde para
atuar em complementação ao Sistema Único de Saúde. A realização de exames de
mamografia é atualmente feita através de serviço móvel, beneficiando a
população em seu próprio bairro. O atendimento é feito nas proximidades das
unidades básicas de saúde a fim de minimizar os deslocamentos em tempos de
pandemia da covid-19. A iniciativa, ainda de acordo com o Município, visa
diminuir a demanda reprimida de espera por atendimento especializado.
9 de janeiro de 2021 às 07:30
9 de janeiro de 2021 às 07:17
PESQUISADORES DO INSTITUTO DO CÉREBRO (ICE/UFRN) UTILIZARAM ESSES DADOS PARA UMA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS ALTERAÇÕES DE EXPRESSÃO GÊNICA. FOTO: DIVULGAÇÃO
Resumo esquemático da metodologia usada na pesquisaForma
mais comum de demência, a doença de Alzheimer atinge cerca de 47 milhões de
pessoas no mundo, sendo mais de um milhão só no Brasil. Nos últimos cinco anos,
três grandes estudos utilizaram a técnica de sequenciamento de RNA (Ácido
ribonucleico) mensageiro para avaliar a expressão gênica no cérebro de pessoas
com e sem a doença. Pesquisadores do Instituto do Cérebro (ICe/UFRN) utilizaram
esses dados para uma avaliação sistemática das alterações de expressão gênica,
levando em consideração as regiões do cérebro utilizadas para obter o material
genético, o estágio da doença e os tipos celulares potencialmente afetados.
Os resultados da pesquisa, publicados em revista do grupo
Nature Aging and Mechanisms of Disease, mostraram que as alterações gênicas são
mais pronunciadas em regiões do cérebro afetadas nos estados precoces da
doença, como o hipocampo e córtex entorrinal, envolvidos na formação de
memórias. O grupo, liderado pelo neurocientista Marcos Romualdo Costa, mostrou
que há uma correlação positiva entre o estágio da doença e a severidade das
alterações de expressão gênica. Um grande número destas alterações é devido às
alterações de splicing alternativo do RNA, um mecanismo que permite gerar
diferentes isoformas de um mesmo gene. “No futuro, iremos avaliar se o bloqueio
destes mecanismos de splicing alternativo pode influenciar a progressão da
doença”, explicou Marcos que é chefe do Laboratório de Neurobiologia Celular do
ICe.
Três diferenciais são importantes nesse trabalho. O primeiro
é que os cientistas compararam a expressão gênica em áreas do cérebro com
diferentes graus de patologia, o que permitiu identificar a enorme diferença
entre regiões do lobo temporal (hipocampo, córtex entorrinal) e do lobo
frontal. O segundo é que eles analisaram a expressão dos genes em níveis
absolutos e a nível de transcritos (diferentes isoformas), o que possibilitou
identificar alterações em genes associados à transmissão sináptica que foram
negligenciados em estudos anteriores. Por fim, foi utilizada uma abordagem
indireta para associar as alterações gênicas identificadas no tecido aos tipos
celulares potencialmente afetados. “Isso nos permitiu identificar que neurônios
inibitórios e células microgliais são tipos celulares com o maior grau de
alterações”, reforçou Marcos Costa.
Uma limitação deste tipo de estudo é que não foi possível,
ainda, estabelecer relações causais entre as alterações da expressão gênica
encontradas e a patologia. É possível que boa parte das alterações sejam
consequência e não causa da patologia. De qualquer forma, a identificação de
uma correlação entre os dois fenômenos é interessante e pode indicar novos
caminhos terapêuticos. “Nossos próximos passos são utilizar as informações
obtidas neste trabalho para gerar hipóteses que podem ser testadas em modelos
de organóides cerebrais humanos ou em modelos animais da doença de Alzheimer.
Atualmente, estamos avaliando o efeito da redução de expressão de dois genes
identificados em nosso trabalho (BIN1 e PTK2B) em organóides cerebrais e nossos
resultados iniciais indicam que estes genes controlam importantes aspectos da
fisiologia neuronal”, completou o pesquisador.
5 de janeiro de 2021 às 14:15
5 de janeiro de 2021 às 14:56
PARA AGENDAR A CONSULTA VIRTUAL É SIMPLES, BASTA MARCAR A DATA E A HORA MAIS CONVENIENTES. FOTO: DIVULGAÇÃO
A Unimed Natal, buscando preservar a saúde de todos os
clientes com cuidado e segurança, disponibilizou um atendimento médico por meio
do Centro Clinico Virtual Unimed Natal. O serviço é oferecido para os clientes da cooperativa
desde novembro e pode ser acessado pelo
APP Unimed Natal Beneficiário, pelo telefone (84) 3220 6400 ou pelo site: unimednatal.com.br . O centro clínico
virtual funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 20h.
Para agendar a consulta virtual é simples, basta marcar a data e a hora mais convenientes. É muito
importante que os dados estejam atualizados para que a equipe possa entrar em
contato com o cliente. Na data agendada
o cliente recebe uma mensagem via whatsapp para que seja feita a
autorização da consulta, por meio do token gerado a partir da carteirinha
virtual. Caso não tenha a carteirinha
virtual é necessário baixar o aplicativo e fazer o cadastro com o CPF e a data
de nascimento. Depois é só aguardar o link da plataforma de teleconsulta, enviado pelo whatsapp e
acessá-lo no horário marcado. Em caso de desistência ou necessidade de remarcação
é só fazer a opção no próprio APP ou ligar para (84) 3220 6400.
No momento em que todo cuidado é necessário, as
teleconsultas ajudam a evitar o contato físico e contribuem para minimizar o risco de transmissão do novo
coronavírus. Desde que foi implantado,
mais de 1600 clientes já acessaram o Centro Clínico Virtual.
31 de dezembro de 2020 às 09:45
31 de dezembro de 2020 às 07:03
SEGUNDO O BOLETIM, FORAM NOTIFICADOS 12.240 CASOS SUSPEITOS DE DENGUE NO RN, O QUE REPRESENTA UMA REDUÇÃO DE CERCA DE 69,3%. FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou
nesta quarta-feira (30), o mais recente boletim das arboviroses, referente ao
período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 48, encerrada em 21
de dezembro de 2020. Em relação ao ano anterior, confirmações de dengue e
chikungunya tiveram redução, mas os casos de Zika apresentaram aumento.
Segundo o boletim, foram notificados 12.240 casos suspeitos
de dengue no RN, o que representa uma redução de cerca de 69,3%, quando
comparado ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 39.917 casos
suspeitos.
Do total de notificações para dengue em 2020, foram
confirmados 3.002 casos, 5.409 descartados, com uma incidência de 349,03 casos
por 100.000 habitantes no período analisado. Em 2019, no mesmo período, foram
confirmados 11.002 casos e 7.573 descartados, apresentando uma incidência de
1.109,74 casos por 100.000 habitantes. O número de mortes também caiu. Em 2019
foram 15 óbitos pela doença e em 2020 sete mortes foram confirmadas até a
Semana Epidemiológica 48.
A redução das notificações de casos de dengue em 2020 ocorre
no mesmo período de crescimento dos casos de Covid-19, a partir do segundo
trimestre do ano, mostrando que o sistema de saúde estava envolvido com a
pandemia, o que pode ter gerado subnotificações dos casos de dengue.
Com relação à chikungunya, foram notificados no RN, até a
Semana Epidemiológica 48, 7.470 casos suspeitos da doença, sendo confirmados
3.194 casos confirmados e 2.204 descartados, o que corresponde a uma taxa de
incidência de 213,01 casos por 100.000 habitantes. Em 2019, no mesmo período
foram notificados 15.362 casos, sendo 6.432 confirmados e 1.833 descartados
casos, o que representa uma incidência de 438,06 casos por 100.000 habitantes.
Assim como ocorreu com a dengue, houve uma redução das
notificações de casos chikungunya do segundo trimestre do ano de 2020 em diante,
em função do envolvimento do sistema de saúde com a pandemia, levando a
possíveis subnotificações dos casos de chikungunya.
Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica
01 a 48 de 2020 no RN foram notificados 1.431 casos suspeitos da doença, sendo
266 confirmados casos e 910 descartados,
apresentando uma taxa de incidência de 40,81 casos por 100.000 habitantes. Em
2019, no mesmo período foram notificados 1.685 casos, sendo 99 confirmados e 511 descartados casos, com uma incidência de 48,05 casos por
100.000 habitantes.
“A diminuição no número de infectados por Aedes aegypti, vetor dessas arboviroses, pode estar relacionada ao cenário epidemiológico causado pela pandemia do Covid-19, que provocou uma redução nas notificações de casos de dengue e chikungunya”, explicou a coordenadora do programa Estadual das Arboviroses Urbanas da Sesap, Flávia Moreira. Ela alerta que, mesmo diante da redução observada nos números de casos de arboviroses no RN, é importante manter as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em porções de água limpa acumulada.
23 de dezembro de 2020 às 11:15
23 de dezembro de 2020 às 09:43
QUASE 6 MIL ATENDIMENTOS FORAM REALIZADOS NO PERÍODO. FOTO: DIVULGAÇÃO
A Unimed Natal completou 43 anos neste que foi um ano
intenso e cheio de desafios. Lidar com a pandemia foi uma das prioridades desde
o início quando foram realizadas reuniões entre a gestão da cooperativa e
diretores dos hospitais credenciados para discutir as ações que poderiam
contribuir para o combate ao novo coronavírus. Uma das primeiras iniciativas
foi a criação da Central de Atendimento Coronavírus 24h, com uma equipe médica
especializada que dava orientações por telefone aos pacientes com suspeita de
infecção. Houve a criação de 32 novos leitos de UTI no Hospital Unimed destinados
aos pacientes acometidos pelo vírus e um
Centro Clínico de Referência ofereceu,
durante 136 dias, o primeiro suporte. Quase 6 mil atendimentos foram realizados
no período. Além disso, no auge da Pandemia, quando faltaram medicamentos nas
farmácias, a cooperativa ofereceu a opção terapêutica aos clientes, com receita
médica, que precisassem dar início aos tratamentos.
Com o isolamento
social foram desenvolvidas ainda ações
como o Movimento Unimed Natal que consistiu em aulas transmitidas pelas redes
sociais para incentivar a prática de
atividades físicas. Os projetos culturais, patrocinados via Lei Djalma
Maranhão, resultaram em cerca de 35 iniciativas transmitidas para o público
abertamente pelo Youtube como o Fest
Bossa e Jazz e Terça da Boa Música além do Cine Drive-in na Arena das Dunas. E
não termina por aí pois, para o ano de 2021, mais de 200 projetos se
inscreveram no edital Unimed Natal Cultural, com divulgação dos selecionados
prevista para janeiro.
Este ano, mesmo com
tantos desafios houve um grande crescimento da cooperativa com o início das obras de ampliação do Hospital
Unimed, que é o único do estado a possuir a certificação de acreditação da ONA,
garantindo a todos os seus pacientes atendimento com segurança. No fim de
novembro outro importante passo foi a
inauguração do novo Pronto Atendimento Infantil instalado não mais no
anexo mas agora dentro do Hospital Unimed, levando ainda mais qualidade e
praticidade para o atendimento materno-infantil.
Outro marco do ano para a cooperativa veio com a aquisição
da carteira de clientes da Unimed Federação RN. Esta foi uma movimentação que
trouxe em torno de 25 mil vidas novas, fazendo a Unimed Natal chegar a um
market share de 40% dos clientes de planos de saúde do Rio Grande do Norte. Com
isso, a cooperativa passou a atuar em todo o estado, se afirmando como Potiguar
de Carteirinha. A única operadora genuinamente Norte-Rio- Grandense e que tem
um comprometimento com o povo local.
No que tange a responsabilidade social, a Unimed Natal
reafirmou o seu compromisso com Organização da Sociedade Civil, criada por
médicos da Unimed Natal há 14 anos no bairro Bom Pastor, Zona Oeste da cidade:
a Atitude Cooperação. O projeto não parou, mesmo em meio a todas as mudanças e
dificuldades que a pandemia trouxe, o trabalho aconteceu remotamente, por meio
de lives e workshops. Foi realizada também a entrega de mais de 1500 cestas
básicas com kits de higiene para as famílias
dos alunos que são beneficiados pelo projeto.
Todo esse trabalho realizado em 2020 trouxe reconhecimentos
como o da revista Valor Econômico que
divulgou uma lista em que a
Unimed Natal figura como a 2ª que mais
cresceu no ranking das operadoras de
saúde. Além disso, a Unimed foi
reconhecida como a marca de plano de saúde mais lembrada pelos brasileiros,
título recebido pela 28ª vez no Top Of Minf da Folha. Outra importante
conquista foi entregue ao presidente da cooperativa, o dr. Fernando Pinto, ele
foi reconhecido pela revista Helthcare como um dos 100 profissionais de saúde
mais influentes da década.
Com a finalização de
2020 outros desafios surgem
para que, em 2021, novas entregas sejam
feitas para que clientes, colaboradores , cooperados, prestadores e sociedade
entendam os valores da cooperativa: foco do cliente, inovação, responsabilidade
socioambiental, transparência e ética. Porque o cuidado com cada um, é o melhor
plano que se pode ter!
22 de dezembro de 2020 às 08:15
22 de dezembro de 2020 às 09:16
A ESTRUTURAÇÃO DOS LEITOS FOI FEITA JUNTO A REFORMA DA UNIDADE DE SAÚDE, NO VALOR DE 200 MIL REAIS. FOTO:ASSECOM
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) do Rio
Grande do Norte está expandindo a rede assistencial de atendimento aos
potiguares acometidos pelo novo coronavírus. Com a nova elevação no número de
casos e óbitos pela doença, o Estado investiu na abertura de 104 novos leitos,
entre UTIs (63) e clínicos (41), distribuídos entre os hospitais referência
para o atendimento a pacientes infectados pela Covid-19, por Região de Saúde.
O incremento na rede está sendo finalizado nessa segunda-feira (21), com a inauguração de 10 novos leitos Covid no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró. A estruturação dos leitos foi feita junto a reforma da unidade de saúde, no valor de 200 mil reais, recurso vindo dos cofres estaduais. Além do melhoramento e expansão, o hospital recebeu, ainda, o investimento de 1 milhão e 200 mil, que foi destinado para a contratação de profissionais e adequações das instalações para o atendimento dos pacientes acometidos pelo novo coronavírus.
Outros hospitais que fazem parte do projeto de expansão
assistencial promovido pelo Governo do RN são: João Machado, localizado na região
Metropolitana, que está recebendo a estruturação de 20 novos leitos (10
clínicos e 10 UTIs); o Telecila Freitas Fontes, no Seridó, que recebeu mais 10
leitos de UTI; já a região Alto Oeste terá novos leitos nos hospitais Cleodon
Carlos de Andrade, que está em processo de implantação de 11 leitos (10
clínicos e 1 UTI), o São Luiz com 15 leitos (5 clínicos e 10 UTIs) inaugurados
e, ainda, o Rafael Fernandes que recebe seus novos leitos hoje.
No Vale do Assu o Hospital Nelson Inácio dos Santos segue
com o processo de estruturação de 6 leitos clínicos; no Mato Grande a unidade
de saúde Josefa Alves Godeiro dá andamento a abertura de 10 UTIs; já no Agreste
Potiguar, o Lindolfo Gomes Vidal já teve
5 das 6 novas UTIs inauguradas; e a Região Potengi/Trairi, terá mais 16 leitos
(10 clínicos e 6 UTIs) no Hospital Monsenhor Expedito.
O incremento viabilizou a distribuição de leitos em todas as
Regiões de Saúde do Estado, com a implantação das estruturas nos municípios de
Natal, Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros, Assu, João Câmara, Santo Antônio e São
Paulo do Potengi. Com a expansão, tanto aumentará a oferta de leitos, quanto
facilitará a tra
21 de dezembro de 2020 às 15:00
21 de dezembro de 2020 às 13:38
AGLOMERAÇÃO É O PRINCIPAL GATILHO DA MULTIPLICAÇÃO DAS DUAS INFECÇÕES. FOTO: FLÁVIO REZENDE
Mesmo com o aumento dos casos de covid-19 no Brasil as
praias estão lotadas e a aglomeração pode ser ainda maior no Natal e passagem
de ano. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido
Burnier estudos mostram que o olho e uma das portas de entrada da covid-19.
“Isso porque, o canal lacrimal conecta o olho ao nariz e, portanto, ao sistema
respiratório”, explica.
Ao contrário do que muitos imaginam, o oftalmologista diz
que a água do mar não transmite a covid-19. As aglomerações, ressalta, são a
principal via de transmissão. “Isso porque, no contato próximo uma pessoa
contaminada elimina nos espirros e tosse partículas do SARS-COV-2, vírus da
covid-19 que penetram na boca, nariz ou olhos de pessoas sadias”, explica.
Outra forma de contaminação é tocar superfícies de uso comum contaminadas pelo
coronavírus, como a mesa de um restaurante, balcão, bola, carrinho de
supermercado ou outras e depois levar as mãos à boca, nariz ou olhos. É por
isso que a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel deve ser feita
várias vezes ao dia.
“Enquanto não temos acesso à vacinação, na praia continua
obrigatório o uso de máscara e óculos com filtro UV (ultravioleta) para barrar
o coronavírus e a radiação do sol” ressalta. O problema é que muitas pessoas
estão deixando a proteção de lado. Por isso, o médico teme que os casos de
covid-19 possam multiplicar ainda mais neste final de ano.
Conjuntivite
Queiroz Neto afirma que a doença mais frequente no verão é a
conjuntivite. Olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, sensação de corpo
estranho, ardência, fotofobia, visão embaçada e secreção nos olhos são os
sintomas. A secreção varia conforme o tipo de conjuntivite: viral, bacteriana e
alérgica.
Viral
O oftalmologista afirma que é o tipo mais comum de
conjuntivite. Altamente contagiosa requer afastamento do trabalho por até duas
semanas. Caracterizada por uma secreção viscosa e transparente, tem nas
aglomerações e contato das mãos com superfícies contaminadas os maiores fatores
de risco. Para reduzir o desconforto nos olhos a dica do médico é usar óculos
escuros que também ajudam a diminuir a proliferação do vírus, tomar bastante
água e aplicar compressas frias ao primeiro desconforto. Não desaparecendo em
dois dias é necessário consultar um oftalmologista. O tratamento é sempre feito
com colírio anti-inflamatório que só deve ser usado sob prescrição e
acompanhamento médico. Isso porque, algumas fórmulas contêm corticoide que
requer regressão da dosagem antes da interrupção do uso para não causar efeito
rebote. Outro risco da automedicação é usar por períodos longos. Isso porqu,e
pode provocar glaucoma ou catarata. O
oftalmologista ressalta que em alguns casos é necessária a aplicação de laser
para retirar da superfície do olho uma membrana formada pelo vírus que
compromete a qualidade da visão.
Bacteriana
É caracterizada por uma secreção amarelada e purulenta. Uma
causa frequente no verão, comenta, é o contato do olho com água contaminada de
piscina, praia ou jacuzzis. Neste caso Queiroz Neto recomenda o uso de óculos
de natação para interromper a contaminação.
O médico ressalta que outra causa frequente deste tipo de conjuntivite é
a maquiagem vencida. “Alteração na cor, cheiro ou consistência sinalizam que
produto estragou e deve ser jogado no lixo mesmo quando a embalagem indica
estar dentro prazo de validade”, afirma.
Isso acontece, explica, quando -é armazenada no banheiro que concentra
grande quantidade de bactérias ou é compartilhada com amigas. “Cada pessoa tem
uma flora bacteriana na pele. Por isso, a maquiagem não pode ser
compartilhada”, afirma. Outra dica do
médico é remover toda noite a maquiagem, lavar esponjas e pinceis após o uso
para evitar contaminação. O tratamento da conjuntivite bacteriana é feito com
colírio antibiótico que só pode ser adquirido com receita médica.
Alérgica
A conjuntivite alérgica ou tóxica é caracterizada por
coceira ou ardência mais intensa nos olhos e tem uma secreção aquosa. No verão, Queiroz Neto diz que o excesso de filtro solar ao redor dos
olhos responde por 46% dos casos. Isso porque nos banhos de sol o suor facilita
a penetração do produto nos olhos. A dica do médico é verificar se a fórmula
contém óxido de zinco e dióxido de titânio, comuns em produtos infantis. Isso
porque, estes dois componentes garantem neutralidade ao PH e por isso reduzem a
chance de surgir a conjuntivite tóxica. Quando qualquer produto penetra nos
olhos recomenda lavar abundantemente e fazer compressas frias. Caso o
desconforto não desapareça é necessário consultar um oftalmologista. Neste
caso, o tratamento é feito com colírio antialérgico.
21 de dezembro de 2020 às 11:15
21 de dezembro de 2020 às 10:37
ESTUDO ANALISOU RESULTADO DE TESTE COGNITIVO DE 84.000 PESSOAS. FOTO: REPRODUÇÃO/FREEPIK
Pessoas que estiveram em estado grave por causa da covid-19
e se recuperaram podem ter tido impactos significativos na função cerebral. O
declínio mental seria equivalente a 10 anos de envelhecimento do cérebro, diz
um estudo (íntegra, em inglês-2 MB) realizado pelo Imperial College, do Reino
Unido.
Cientistas analisaram 84.285 pessoas. Aqueles que se
recuperaram da doença apresentaram déficits cognitivos por causa do impacto do
vírus na estrutura do órgão.
“Há evidências de que o COVID-19 pode causar alterações de
saúde a longo prazo após sintomas agudos, denominados COVID longo. Nossas
análises (…) alinham-se à visão de que há consequências cognitivas crônicas de
ter COVID-19“, afirmam os pesquisadores.
Os que se recuperaram continuaram tendo desempenho pior em
testes que medem a capacidade do cérebro de executar tarefas como lembrar
palavras ou juntar pontos em um quebra-cabeça, método amplamente usado em
estudos de pessoas com Alzheimer e outras deficiências mentais, permanentes ou
temporárias.
“Esse déficit é dimensionado com gravidade dos sintomas e é
evidente entre aqueles sem tratamento hospitalar“, diz o estudo.
“Os piores casos mostraram impactos equivalentes ao declínio
médio de 10 anos no desempenho global entre as idades de 20 a 70”, afirmam os
pesquisadores.
O estudo ainda não foi submetido à avaliação da comunidade
científica e há questionamentos sobre o método de avaliação: Um teste cognitivo
chamado Great British Intelligence Test foi aplicado pela internet com
pacientes que afirmaram que tiveram covid-19 mas não apresentaram exames para
comprovar.
A pesquisa também não chegou a conclusões sobre a prevalência
de problemas cognitivos nos pacientes.
“Há pouca informação sobre a natureza e a prevalência mais ampla de problemas cognitivos pós-infecção“.
Comentários