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Categoria: Saúde

RN tem 2ª maior taxa de obesidade infantil do Nordeste e 3ª do Brasil

04-08-2022 – Natal – Obsidade Infantil ( Sayonara Brasil, Mãe de João ) foto/adriano abreu/h/selecionadas

O Rio Grande do Sul, com uma taxa de 24,64%,  é o campeão do Brasil. O índice no RN ficou acima das médias nacional (17,8%)  e do Nordeste (17,29%). Os dados se referem a situações de obesidade e obesidade grave e indicam que, em 10 anos (de 2011 a 2021), os números no RN cresceram seis pontos percentuais. Segundo o Sisvan, o Estado saiu de um índice de 16,45% de crianças obesas em 2011 para os 22,51% de 2021. 


As estatísticas levam em conta o Índice de Massa Corporal (IMC) dos pequenos que foram pesados e medidos, sendo que o problema é considerado grave quando o IMC é maior que 40 kg/m².  Em 2011, das 47.240 crianças acompanhadas no RN, 4.303 tinham quadro de obesidade, enquanto 3.467 tinham obesidade grave (total de  7.770). No ano passado, dos 55.259 pequenos avaliados, 7.098 estavam obesos e 5.346 tinham obesidade grave (total de 12.444 crianças). 


As estatísticas foram colhidaS pelos atendimentos realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o que reflete prioritariamente a situação de crianças em situação de vulnerabilidade social. Estefhany Alice, de 8 anos, “sempre foi gordinha”, segundo a dona de casa Edna Pereira, mãe da menina.


Estefhany vive com a família no bairro Bom Pastor, na zona Oeste da capital e é acompanhada, há dois anos, pelo Núcleo de Tratamento de Obesidade Infantil do Hospital Varela Santiago. De acordo com Edna, a menina, hoje com 40 kg e 1,10 m, está bem, embora o colesterol esteja alterado. A criança pesava 50 kg quando iniciou o tratamento. 


“Ela adora salpicão, cachorro-quente, bauru, mas eu estou sempre controlando a alimentação. Preciso ser mais cuidadosa com o sorvete, mas, de resto, seguimos tudo direitinho. Quando ela vai à festinha de aniversário a gente toma cuidado com os doces”, conta Edna.


A dona de casa confessa que a filha não costuma seguir a dieta recomendada durante o tratamento. A estratégia é melhorar a qualidade da alimentação e ficar de olho, principalmente, na quantidade. “Do que é pedido no tratamento, a gente só compra pão integral e manteiga light. O resto é comida normal, porque alimento integral é muito caro e ela não gosta de jeito nenhum”, conta.

Sayonara Brasil, mãe de João, garante que controla a qualidade da alimentação do menino, mas admite que ele sempre foi “bom de garfo”. O aumento de peso, de acordo com ela, chegou em 2020, junto com o isolamento social em razão da pandemia. “Ele só ficava em casa, com pouco acesso a exercícios físicos”, relata. 


Além do ganho de peso, Sayonara conta que outros indicativos começaram a ser notados. “João começou a dar sinais de que estava com problemas de glicose e glicemia, porque ficou com a pele na região do pescoço mais escura e começou a cansar muito facilmente”, descreveu. Ao perceber as mudanças, a professora decidiu levar o menino ao endocrinologista.


“Ele não consome besteira, mas, em compensação, come muito bem e parou de fazer natação”, afirma. A busca por uma alimentação mais saudável, no entanto é um desafio. Quando perguntado sobre qual a comida preferida, João é direto ao responder: “Pizza, mas eu como pouco”, revela.


Estados com maior taxa de obesidade no Brasil em 2021*

Fonte: Sisvan
Rio Grande do Sul: 24,64%Ceará: 22,77%Rio Grande do Norte: 22,51%Paraná: 22,5%
*Os dados se referem à soma dos números de obesidade e obesidade grave.

TRIBUNA DO NORTE

Um em cada cem nascidos tem cardiopatia congênita em todo o mundo

FOTO-AUQUIVO-AG~ENCIA BRASIL

Em todo o mundo, um em cada cem nascidos tem cardiopatia congênita, segundo a American Heart Association, chegando a 1,35 milhão de doentes por ano. O acompanhamento pré-natal e o diagnóstico precoce são fundamentais para o tratamento adequado de bebês com o problema.

Segundo o diretor acadêmico da Escola Brasileira de Medicina (Ebramed), Leonardo Jorge Cordeiro, a cardiopatia congênita é uma malformação ou incompleta formação do coração e do sistema circulatório, que pode ocorrer nas primeiras oito semanas de gestação, fase do desenvolvimento embrionário cardíaco.

“Com a complexidade do sistema cardiocirculatório, as alterações podem ser as mais diversas, pois podem se dar pela formação errática ou mesmo não desenvolvimento tanto de cavidades do coração, como problemas nas válvulas, veias e artérias relacionados com o coração”, explicou.

As cardiopatias congênitas são divididas em cianóticas e acianóticas. Assim como os demais tipos de doenças cardíacas, há diferentes graus de comprometimento. Assim como há diferentes tipos de tratamentos, procedimentos e cirurgias. Para descobrir se um bebê já desenvolve o problema, o diagnóstico é feito por um ecocardiograma transtorácico, com doppler colorido, preferencialmente por um médico especializado em patologias congênitas.

O coração de um bebê já está com a formação completa por volta de 20 semanas de gravidez, momento no qual costuma ser realizado o ultrassom morfológico pelo pré-natal. De acordo com o cardiologista, sociedades ligadas à obstetrícia e cardiologia pediátrica e congênita são favoráveis a realização de ecocardiograma fetal, ou seja, com a criança dentro do útero, de forma rotineira nas gestações em geral, mesmo quando não há uma suspeita forte de problemas cardíacos durante o ultrassom morfológico.

Segundo Cordeiro, não há um fator específico associado ao desenvolvimento de uma cardiopatia congênita. Há fatores que aumentam a chance de problemas de desenvolvimento cardíaco, como doenças crônicas maternas, como diabetes mellitus e lúpus eritematoso sistêmico, assim como a infecção por rubéola, podem afetar o desenvolvimento do coração fetal nessas primeiras oito semanas do feto. Também medicações como o lítio, certos anticonvulsivantes e mesmo drogas ilícitas podem levar a mal formação.

Também são considerados fatores de risco a gravidez gemelar e a fertilização in vitro. Além dessas condições, histórico de cardiopatia congênita prévia ou em parentes de primeiro grau, também se mostram como fatores para maior incidência de alterações cardíacas nos bebês.

De acordo com especialista, qualquer doença cardíaca que seja diagnosticada mais tardiamente, e não tenha relação com o desenvolvimento embrionário do coração, recebe o nome de cardiopatia adquirida.

Os sintomas podem ser divididos de acordo com a manifestação da doença no bebê. Em casos de recém-nascidos, há dificuldade de mamar, cansaço, coração acelerado, suor excessivo na cabeça e nos pés. No primeiro ano de vida, há dificuldade de ganho de peso, problemas com o crescimento e aparecimento de sopro no coração, cianose (quando a criança fica com aparência roxa), desmaio, dor no peito e palpitações.

Para o tratamento pode não haver a necessidade de intervenção cirúrgica, ou até precisar de três ou mais cirurgias para correção dos fluxos sanguíneos do paciente. Além disso, há possibilidade de as cirurgias serem curativas, ou seja, reestabelecem o sistema cardíaco habitual, levando a cura do indivíduo, ou paliativas.

“A vida de um cardiopata congênito depende tanto do diagnóstico do tipo de cardiopatia, quanto da precocidade do diagnóstico e do tratamento realizado. Existem algumas condições que sequer necessitam de cirurgia, de forma que a vida segue totalmente normal, mas temos também casos de cardiopatias bastante complexas que foram precocemente diagnosticadas e passaram por todos os procedimentos necessários nos momentos adequados”, explicou o cardiologista.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 130 milhões de crianças no mundo têm algum tipo de cardiopatia congênita. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 29 mil crianças nascem com cardiopatia congênita por ano – dessas, cerca de 23 mil precisarão de cirurgia para tratar o problema. Nas regiões Sul e Sudeste, aproximadamente 80% das crianças cardiopatas são diagnosticadas e tratadas. O cenário no Norte e Nordeste é o oposto, no qual até 80% dessas crianças não conseguem diagnóstico nem tratamento.

Em muitos casos, as famílias só identificam que o bebê tem algum problema no coração após o nascimento, quando o teste do coraçãozinho é realizado. Realizado nos primeiros dias de vida, ainda na maternidade, o exame é feito com um oxímetro, que mede o nível de oxigênio no sangue do bebê e seus batimentos cardíacos. O teste é de baixo custo, rápido, não invasivo, indolor e obrigatório, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

AGÊENCIA BRASIL

Confirmado 1° caso de Varíola dos Macacos em Mossoró 

FOTO-DIVULGAÇÃO

Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou no início da tarde desta sexta-feira (5) que confirmou um caso de varíola dos Macacos na cidade de Mossoró/RN. Uma amostra havia sido enviada na quinta-feira (4) para Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o resultado foi positivo para Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos.

Com o caso em Mossoró, o Rio Grande do Norte já tem 4 casos confirmados da doença. 2 casos em Natal/RN, 1 caso em Parnamirim/RN e, agora, 1 casoem Mossoró.

Além dos casos confirmados, o Estado tem ainda 18 casos suspeitos em sete cidades, segundo o relatório do Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde, emitido no dia 3 de agosto.

A Sesap não informou o estado de saúde do paciente.

Varíola dos macacos: governo negocia antecipação da chegada de vacinas

VARÍOLA DOS MACACOS- FOTO-  BYMURATDENIZ/GETTY

Ministério da Saúde realiza tratativas para antecipar a chegada de doses da vacina contra a varíola dos macacos ao Brasil. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (3/8) por interlocutores do órgão.

A pasta negociou a compra de 50 mil doses do imunizante. A aquisição será feita por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Na última semana, o órgão informou que as primeiras doses chegariam em setembro. O ministério, no entanto, dialoga com a Opas para que uma remessa das vacinas chegue ainda em agosto.

Na Europa, os casos já ultrapassam 50. Os países com maior número de diagnósticos são Portugal (20), Espanha (23) e Reino Unido (7), de acordo com a agência de notícias AFP. Os EUA também confirmaram um paciente com a doença.

Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano.

A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a

Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), “qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados.

Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na histórias.

METRÓPOLES

Criança com bolhas com cascas na cabeça - Metrópoles
Pessoa com blusa verde sentada tomando injeção - Metrópoles

Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizadosNatalia Gdovskaia/ Getty Images

Ilustração do vírus da varíola - Metrópoles

Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixoROGER HARRIS/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty ImagesBanner Denakop numero 4

Criança com bolhas vermelhas espalhadas pelo corpo - Metrópoles

Na Europa, os casos já ultrapassam 50. Os países com maior número de diagnósticos são Portugal (20), Espanha (23) e Reino Unido (7), de acordo com a agência de notícias AFP. Os EUA também confirmaram um paciente com a doençammpile/ Getty Images

Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africanoGetty Images1De acordo com secretários da pasta, as vacinas não serão aplicadas

Na manhã de segunda-feira (1º/8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, em uma rede social, que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat, medicamento usado contra a varíola dos macacos.

Cientistas alertam para novos sintomas da varíola dos macacos: inchaço do pênis e dor no reto

IMAGEM DE PESSOA INFECTADA PELA VARÍOLA DOS MACACOS — FOTO: REPRODUÇÃO/TV ANHANGUERA

O vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. Uma das características principais da varíola dos macacos é a manifestação na pele, na forma de bolhas ou lesões que podem aparecer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais.

No entanto, no surto atual da doença que atinge múltiplos países pela primeira vez, cientistas têm descrito novos sintomas associados à infecção. Pesquisadores do Reino Unido divulgaram, em um estudo publicado no periódico BMJ, dois novos sinais da doença dor na região do ânus e inchaço do pênis.

Os especialistas do Serviço Nacional de Saúde (NHS, em inglês) sugerem que as manifestações clínicas devem ser incluídas nas orientações de saúde pública e aos profissionais para auxiliar no diagnóstico precoce e reduzir a transmissão da doença.

Fonte: CNN Brasil

Ministro diz que Brasil terá antiviral para tratar varíola dos macacos

FOTO-AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira (1º), pelo Twitter, que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos.

“Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento”, adiantou. O Tecovirimat tem sido oferecido como opção de “uso compassivo [autorização de uso de medicamento novo por agência reguladora, ainda sem registro definitivo]” nos Estados Unidos. Entretanto, ainda não há dados que demonstrem a eficácia do antiviral para o tratamento da varíola dos macacos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até ontem (31), 1.342 casos de varíola dos macacos foram registrados no país. Na última sexta (29) a pasta confirmou a primeira morte pela doença no Brasil.

A vítima era um homem, de 41 anos. Ele estava internado em Belo Horizonte (MG) e tinha comorbidades que podem ter prejudicado o quadro clínico. O Ministério da Saúde investiga as circunstâncias da morte.

A varíola dos macacos é uma doença causada pela infecção com o vírus Monkeypox, que causa sintomas semelhantes aos da varíola. Ela começa com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos.

Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.

Em alguns casos, pode ser fatal, embora seja tipicamente mais suave do que a varíola. A doença é transmitida para pessoas por vários animais selvagens, como roedores e primatas, mas também pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto.

Agência Brasil

Saúde confirma primeira morte relacionada à varíola dos macacos

SEDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. FOTO-RODRIGO COUTINHO

O Ministério da Saúde confirmou, hoje (29), a primeira morte relacionada à varíola dos macacos no Brasil. Em nota, a pasta informou que a vítima era um homem, de 41 anos de idade, que já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.

Ainda de acordo com o ministério, o homem, cujo nome não foi divulgado, estava hospitalizado em um hospital público de Belo Horizonte, onde sofreu um choque séptico, agravado pela varíola dos macacos. De acordo com o ministério, “a causa do óbito foi o choque séptico”.

Também em nota, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais reiterou que o paciente, que residia na capital mineira, já estava internado devido a “outras condições clínicas graves”. Segundo a secretaria, além dos casos confirmados, existem, no estado, outros 130 em investigação. Apenas em Belo Horizonte, foi registrado um caso de transmissão comunitária, ou seja, quando não há mais como identificar o local onde a pessoa foi infectada – um indício de que o vírus já circula entre as pessoas daquela localidade.

Até a tarde desta quinta-feira (28), o Brasil já contabilizava 978 casos confirmados da varíola dos macacos. Até então, os casos estavam concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Goiás (13), Bahia (5), Ceará (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15).

Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A decisão foi tomada com base no aumento de casos em vários países, o que aumenta o risco de uma disseminação internacional.

Especialistas a classificam como uma doença viral rara, transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Agência Brasil

Secretaria de Saúde prepara protocolo contra varíola dos macacos no RN

FOTO-DIVULGAÇÃO

Diante do cenário mundial e nacional, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) publicou uma nota técnica que orienta os serviços de saúde para notificação, investigação, medidas de prevenção, tratamento e controle da Monkeypox, conhecida popularmente como Varíola dos Macacos, no Rio Grande do Norte.

No Brasil, o primeiro caso confirmado foi em 9 de junho, em São Paulo. Atualmente o país apresenta seis confirmados, nove suspeitos e 15 descartados.

A nota da Sesap orienta que, se houver caso suspeito, deve ser notificado imediatamente através dos canais do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e solicitar o isolamento do paciente para um dos dois serviços preparados para esta situação. Os serviços de referência no RN são os hospitais Giselda Trigueiro, em Natal, e Rafael Fernandes, em Mossoró.

No momento do acolhimento na unidade de saúde, sendo classificado como caso suspeito, o paciente deverá ser orientado quanto ao seu caso clínico, receber uma máscara cirúrgica, com orientação quanto ao uso correto, e ser conduzido para um local de isolamento. As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas.

“Estamos vigilantes e preparados para caso o estado do Rio Grande do Norte venha a ter casos da doença, que necessita de cuidado, atenção e isolamento. Elaboramos um plano de ação para orientar os serviços de saúde do estado sobre a necessidade de implementar medidas de preparação e resposta com base na prevenção e controle da transmissão dentro desses serviços, para o alinhamento de condutas, fluxos assistenciais, exames complementares para diagnóstico e medidas de precaução e isolamento, frente a um possível aparecimento de casos no Rio Grande do Norte”, disse Lyane Ramalho, secretária-adjunta da Sesap.

A doença é uma zoonose viral (vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém com uma apresentação clínica de menor gravidade. O período de incubação é de 6 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias. Os sintomas são febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.

Identificação de casos suspeitos

Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada a relato de febre. Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de varíola dos macacos nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou ter tido contato com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados da Monkeypox, desde 15 de março, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.

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