A Liga Acadêmica de Pediatria e o Internato de Pediatria I (Laped/PED I/UFRN) realizam, neste sábado, 27, o Atendimento Pediátrico Solidário. A atividade de extensão do Departamento de Pediatria, vinculado ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRN, será realizada com o intuito de ofertar consultas gratuitas a bebês e crianças, com atendimento das 8h às 12h, na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no bairro Rosa dos Ventos, em Parnamirim.
Doze discentes do curso de medicina da UFRN, sendo oito alunos membros da Laped e quatro do PED I, participam da ação, que será coordenada pelo professor Leonardo Moura Ferreira de Souza.
O Atendimento Pediátrico Solidário foi pensado para ofertar consultas à população atendida pelo evento Mãos que Ajudam a Fortalecer a Comunidade, promovido pela Igreja. Os alunos que integram a Liga e o Internato desenvolverão habilidades inerentes à consulta pediátrica, além de ofertar esse serviço ao público externo da Universidade. A ação social vai oferecer ainda consulta com clínico geral, consultoria jurídica, orientações de higiene bucal, corte de cabelo, palestras de educação financeira, aposentadoria e saúde emocional.
Fundada em novembro de 2012, a Laped é uma entidade formada por acadêmicos de medicina, que tem como principal objetivo estimular o interesse dos estudantes da área pela pediatria, além de possibilitar que aprimorem suas habilidades clínicas e semiológicas. Já o PED I tem por finalidade desenvolver as habilidades dos alunos em atendimento ambulatorial, ao recém-nascido e à criança nas unidades de pronto-atendimento (urgências e emergências).
Com estoque de sangue em baixa, o Hemocentro do RN (Hemonorte) está convocando doadores e a população em geral para abraçar esta causa. No momento a unidade conta com apenas 400 unidades, estando os tipos sanguíneos O-, A+, B-, AB+ e AB- em estado crítico.
Para ser doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos, (Menores de 18 anos só podem doar com autorização dos pais ou responsável legal), pesar mais de 50 quilos, estar com boa saúde, estar bem alimentado e portar documento oficial de identidade com foto são requisitos imprescindíveis.
Os interessados em doar sangue devem se dirigir à sede do Hemonorte localizado na Avenida Alexandrino de Alencar, 1800, Tirol ou ao Posto de coleta no Partage Norte Shopping.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) lançou, nesta quinta-feira 25, a primeira versão do Plano de Contingenciamento da Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos. O documento pretende orientar os serviços de saúde do estado sobre a necessidade de implementar medidas de preparação e resposta com base na prevenção e controle da transmissão da doença. Confira o Plano completo aqui
O Rio Grande do Norte vem monitorando a Monkeypox desde o comunicado de risco divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) nacional em 19 de maio de 2022. O Plano de Contingência do Rio Grande do Norte foi elaborado a partir das evidências disponíveis até o dia 22 de agosto de 2022. “A Sesap vem trabalhando constantemente junto aos municípios, desde antes da confirmação do primeiro caso. Esse documento vem complementar sistemativar o trabalho e deve ser avaliado e revisado sempre que estiverem disponíveis novas evidências científicas”, disse o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia.
O mais recente boletim epidemiológico aponta que o estado tem 18 casos confirmados nos municípios de Natal, Parnamirim e Mossoró, além de 69 casos suspeitos em outros 15 municípios. “Estamos monitorando todos os casos, promovendo uma vigilância epidemiológica e treinando constantemente os profissionais para identificação dos casos, tratamento e medidas de cuidado”, completou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima.
O plano detalha desde os níveis de resposta aos casos, a definição necessária para identificar a doença, passando por procedimentos epidemiológicos e de rastreamento de contatos, atos de precaução, até as medidas de resposta, como orientações para isolamento domiciliar, tratamento e acesso aos serviços de saúde. Lista também os hospitais Giselda Trigueiro, em Natal, e Rafael Fernandes, em Mossoró, como unidades de referência para os adultos e o Maria Alice Fernandes em eventuais casos pediátricos. “Até agora nenhum caso necessitou de internação aqui no RN. De toda forma, estamos preparados para qualquer eventualidade, dando o suporte necessário aos que forem infectados”, reforçou André Prudente, diretor do Giselda Trigueiro.
O Ministério da Saúde protocolou junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na noite dessa terça-feira (23), o pedido de análise da vacina para a prevenção da varíola dos macacos, com a dispensa de registro.
“Na avaliação, a Agência irá considerar as diretrizes regulatórias estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 747, de 19 de agosto de 2022, e o fato de a Vacina Vírus Ankara Modificado, vacina jynneos, do fabricante Bavarian Nordic, ter sido avaliada por autoridades reguladoras estrangeiras equivalentes à Anvisa (AREE)”, informou a Anvisa.
A Agência acrescentou que, nessa análise, confirmará se as características essenciais da vacina são as mesmas aprovadas pela AREE, tais como: fabricante, concentração, forma farmacêutica, indicações, contraindicações, posologia, população-alvo, via de administração e modo de uso, entre outras informações.
O processo de avaliação passará pela Comissão Técnica da Emergência Monkeypox, criada pela Anvisa e a decisão final será deliberada pela Diretoria Colegiada da Agência.
Com o conceito Varíola dos Macacos: Fique Bem com a Informação Certa, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (22), em Brasília, a Campanha Nacional de Prevenção à doença. A ideia é conscientizar a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção, além de dar orientações sobre o que fazer em casos suspeitos de varíola dos macacos.
Números Em todo o mundo, foram registrados mais de 41,5 mil casos da doença. No Brasil, conforme a última atualização do Ministério da Saúde, de 21 de agosto, há 3.788 casos confirmados. A campanha adverte que a principal forma de prevenção é evitar contato com pessoas infectadas ou objetos contaminados como, por exemplo, copos, talheres, lençóis e toalhas.
Outro ponto destacado pelas autoridades de saúde é que a fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21 dias. Nesse período é possível haver transmissão. Entre os casos registrados, o contágio ocorre, especialmente pelo contato físico pele a pele com lesões ou fluidos corporais. Em pessoas infectadas, febre, erupções cutâneas, inchaço dos gânglios (ínguas), dor no corpo, exaustão e calafrios são os sintomas mais comuns.
Tratamento Durante o lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o fato de não existir um tratamento específico para a doença não quer dizer que ela não tenha tratamento. Segundo Queiroga, sintomas como dor podem ser amenizados com medidas específicas.
O ministro da Saúde fez questão de falar sobre a diferença da varíola dos macacos para a covid-19. “A letalidade dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”, explicou
Vacinas O Ministério da Saúde iniciou no mês passado as tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS para a compra de 50 mil doses da vacina contra a doença. “É necessário que haja um contrato a ser firmado pelo Ministério da Saúde com a Opas, para deixar isso bem claro, para que tenhamos uma previsão de entrega dessas vacinas. A previsão era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross, representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo a nível mundial”, justificou Queiroga.
Na última sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação excepcional de remédios e vacinas que anda não têm registro no Brasil. A previsão é de que a primeira, de três remessas, chegue no início de setembro. Sobre esses imunizantes, Marcelo Queiroga explicou que como a imunização completa requer duas doses, elas serão suficientes para vacinar 25 mil pessoas. Os primeiros a receber a vacina serão profissionais da saúde que atuam diretamente com o vírus.
Antiviral Assim como ocorre com as vacinas, como não há no Brasil nenhum representante do antiviral no país, o Ministério da Saúde também solicitou à Opas a compra de 10 doses do tecovirimat para tratamentos imediatos, e outras 50 unidades para casos graves. A pasta negocia ainda o transporte de mais 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e a compra de mais 504 doses.
TSE O lançamento da campanha hoje ocorre após o ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizar a veiculação de peças publicitárias do governo federal sobre o tema até o dia 30 de agosto. A legislação eleitoral brasileira proíbe qualquer publicidade institucional que possa configurar o uso abusivo da máquina pública para promoção de governantes durante os três meses antes das eleições, por isso, precisou ser analisada pela Justiça Eleitoral. Em sua decisão, Fachin ressaltou que a divulgação da campanha é de interesse público. Ainda pela decisão, todo o material da campanha deve ser veiculado em uma página específica sobre a varíola dos macacos.
Ainda com objetivo de esclarecer a população sobre a doença, Queiroga adiantou que aguarda nova autorização do TSE, desta vez, para gravar um pronunciamento em cadeia de rádio de TV com informações técnicas sobre a varíola dos macacos para esclarecer a população.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, nesta sexta-feira (19), a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos. Na prática, a resolução simplificará a análise documental e facilitará o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas para tratamento ou prevenção da doença, diante da situação de emergência de saúde pública de importância internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo decisão, a norma, que terá caráter excepcional e temporário, permitirá que o Ministério da Saúde solicite à agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da varíola dos macacos por autoridades internacionais especificadas na respectiva resolução.
“É importante deixar claro que a Anvisa está exercendo seu papel de agência reguladora. A dispensa de registro é um ato regulatório. E esse ato não significa a aprovação tácita do que vier. Diante de mais um desafio, estamos utilizando uma ferramenta que faz parte do exercício pleno de nossa função”, disse o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra até o momento 3.450 casos confirmados de varíola dos macacos. Os estados de São Paulo (2.279), Rio de Janeiro (403), Minas Gerais (159) e o Distrito Federal (141) lideram o ranking de casos no país.
Referências internacionais
Pela decisão de hoje serão consideradas as aprovações de medicamentos ou vacinas emitidas pelas seguintes autoridades internacionais:
Organização Mundial da Saúde (OMS) Agência Europeia de Medicamentos (EMA) Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA/EUA) Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA /UK) Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW/JP) Agência Reguladora do Canadá (Health Canada)
Condições
A agência ressalta que as condições do medicamento ou da vacina, em caso de importação, devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas respectivas autoridades reguladoras. “O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e formas farmacêuticas, aprovados por autoridades reguladoras integrantes do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S)”, destacou a agência.
A norma prevê também um rito simplificado semelhante ao modelo já adotado para as importações por meio do Covax Facility, a aliança internacional formada para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição de vacinas contra a covid-19. O pedido de dispensa de registro será avaliado, com prioridade, pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até 7 dias úteis.
Os grupos vulneráveis e prioritários para uso do medicamento ou vacina ficarão a critério do Ministério da Saúde. A pasta também fará o monitoramento dos medicamentos ou vacinas importados e gerenciará as orientações para notificações de eventos adversos e queixas técnicas e as orientações aos serviços de saúde. Outra atribuição do Ministério da Saúde será assegurar que os medicamentos ou vacinas atendam às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional, garantindo que as vacinas somente sejam utilizadas após a liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
A diretora relatora da matéria, Meiruze Freitas, ressaltou que a Anvisa acompanhará as discussões sobre farmacovigilância e os estudos de efetividade junto à OMS e às autoridades reguladoras internacionais.
Uma criança de 11 anos é a primeira infectada com a varíola dos macacos nessa faixa etária no RN. Até então, as pessoas infectadas tinham entre 21 e 60 anos.
A criança mora em Parnamirim e a informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap).
Vale ressaltar que no boletim epidemiológico do sábado (13) foi confirmada a transmissão comunitária da doença pelo Rio Grande do Norte
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância de Saúde (CIEVS) informou que até esta quinta-feira (18), o RN conta com 14 casos confirmados da doença.
As outras vítimas têm entre 20 e 29 anos (1 pessoa), 30 e 39 anos (4 pessoas), 40 e 49 anos (7 pessoas) e 50 e 59 anos (1 pessoa) além da criança de 11 anos.
Os casos confirmados se concentram em Natal (9 pessoas), Parnamirim (4) e Mossoró (1).
Erupções cutâneas ou lesões de pele, febre, dores no corpo e fraqueza são alguns dos sintomas da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. Segundo o Ministério da Saúde, o teste para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita da doença, sendo coletado por meio das crostas das lesões ou swab genital e orofaringe (boca e garganta).
O teste molecular é um método de diagnóstico laboratorial que permite identificar a presença do material genético do vírus em uma amostra. Já o sequenciamento genético é uma técnica mais complexa, onde é realizada a identificação de bases do DNA. Com esse mapa genético, é possível comparar o genoma do vírus com outros disponíveis nas bases de dados.
Após a realização do teste, o material é encaminhado pelos estados para a rede de referência laboratorial. Esse transporte é feito por avião e a previsão para o resultado do teste molecular é de até 72 horas após o recebimento da amostra. Em caso de necessidade de realização do sequenciamento genético, o resultado é liberado em até cinco dias após o resultado do teste molecular.
Os resultados obtidos pelos laboratórios de referência são liberados pelo sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), acessado por profissionais da saúde. Para aqueles que testarem positivo, a conduta recomendada é o isolamento, até que as crostas das lesões tenham curado e a cicatrização da pele estiver completa, sem a necessidade de um novo teste. O período de isolamento também vale para casos suspeitos.
Até o momento, foram registrados uma morte e 2.415 casos confirmados da varíola dos macacos no Brasil. Outras 2.963 infecções suspeitas estão à espera de resultado laboratorial. No domingo (14.ago), o Pará anunciou o primeiro registro da doença, sendo por um morador de 40 anos, com histórico de viagem para cidade que já tinha detectado a doença.
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