16 de setembro de 2025 às 16:19
16 de setembro de 2025 às 16:19
FOTO: JEFFERSON RUDY
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), voltou a defender uma anistia “ampla e geral” para envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Em entrevista ao canal da Revista Oeste no YouTube nesta segunda-feira 15, o parlamentar criticou a demora na tramitação da proposta e atacou a condução do tema pelo Senado e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós hoje temos votos suficientes no Senado. Agora, nós precisamos desinterditar a votação. Nós estamos assistindo declarações absolutamente fora do lugar do próprio presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), dizendo que não coloca para votar, de uma forma, eu diria, imperial, de uma forma impositiva, na contramão do que determina a nossa legislação e a nossa democracia”, disse Marinho, em referência ao senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da CCJ.
O potiguar também ironizou a postura do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre o projeto. “Nós estamos vendo o presidente do Senado falar a respeito de um projeto que eu tenho brincado: parece orelha de freira, ou cabeça de bacalhau. A freire tem aquele capuz, ninguém vê a orelha dela. Desde abril, a gente escuta essa conversa e ninguém assiste”, afirmou.
Marinho reforçou que a oposição defende uma solução mais ampla do que a proposta de perdão parcial discutida nos bastidores. “O que nos interessa é a anistia ampla, a anistia geral, que contemple a todos. Em seguida, o presidente da República tem a possibilidade de vetar o projeto, e nós, de buscarmos uma sessão congressual para derrubarmos o veto”, declarou.
O senador também criticou manifestações de ministros do STF sobre o tema, alegando que isso compromete a independência entre os Poderes. Ele registrou que uma eventual decisão do Supremo sobre o tema só deveria acontecer mais adiante, caso o projeto seja aprovado e o veto do presidente Lula (PT) seja derrubado.
“O que está acontecendo no Brasil hoje, basicamente, é uma inversão de papéis, é uma invasão de competências, é uma distopia, na hora em que membros do Supremo Tribunal Federal opinam a respeito de ações ou de projetos que poderão um dia serem julgados por ele. Então, esse pré-julgamento é absolutamente intolerável na democracia, está na contramão da nossa legislação.”
Marinho concluiu destacando o apoio popular à pauta defendida pela oposição: “Nós vamos fazer a nossa parte e a população tem ajudado muito nessa questão.”
16 de setembro de 2025 às 14:45
16 de setembro de 2025 às 14:40
FOTO: JOSÉ ALDENIR
A Justiça condenou quatro ex-assessores da Câmara Municipal de Parnamirim a devolver R$ 115.270,00 ao erário. A sentença foi expedida pela 2ª Vara da Fazenda Pública do município e refere-se a uma ação civil de improbidade administrativa sobre a nomeação de cargos fantasmas entre 2001 e 2004.
De acordo com a decisão, o ex-vereador Marciano Paisinho foi considerado responsável por permitir o enriquecimento ilícito de terceiros, mas não foi condenado ao ressarcimento, já que os valores foram atribuídos diretamente aos ex-assessores, conforme prevê a Lei de Improbidade Administrativa.
Os valores a serem ressarcidos são: Marleide Franca de Melo (R$ 23.050,00), Maria do Ceo Dantas Cabral (R$ 7.800,00), Antenor Marcelino dos Santos (R$ 46.110,00) e Jairo Ambrosio da Silva (R$ 38.310,00). As quantias terão correção monetária e juros de mora.
A sentença determinou que os réus receberam salários sem a devida contraprestação. No processo, eles admitiram que atuavam apenas “à disposição do vereador”, em atividades externas, com frequência esporádica na Câmara. Relataram funções como “cuidar da agenda” e “verificar o que as populações nos bairros necessitavam”. Para a Justiça, tais atribuições não se enquadram como assessoramento, e não houve comprovação documental de exercício das funções.
O juiz também ressaltou que, mesmo com a prescrição das sanções de improbidade, a ação de ressarcimento ao erário é imprescritível, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão não prevê pagamento de custas e honorários advocatícios. A ação foi fruto de investigação do MPRN, que apurou a nomeação dos réus para cargos comissionados sem a efetiva prestação de serviços à Câmara Municipal.
16 de setembro de 2025 às 07:14
16 de setembro de 2025 às 09:10
FOTO: GERALDO MAGELA
Parlamentares do Rio Grande do Norte na esfera federal gastaram cerca de R$ 42 milhões desde o início da atual legislatura, segundo levantamento feito pelo AGORA RN. A análise quantitativa usou dados oficiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, abrangendo o período de janeiro de 2023 até 15 de setembro de 2025.
O deputado federal João Maia (PP) foi o parlamentar que somou o maior volume de gastos na Câmara, enquanto no Senado, a liderança nos gastos totais do período é de Styvenson Valentim (PSDB).
João Maia gastou, nesse período, R$ 5,32 milhões, e Styvenson gastou R$ 1,69 milhão. Na outra ponta, os parlamentares mais econômicos na Câmara e no Senado, respectivamente, foram Sargento Gonçalves (PL), com R$ 3,98 milhões, e Rogério Marinho (PL), com R$ 1,09 milhão. Os valores foram arredondados.
Os gastos referem-se à Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) e à verba de gabinete, destinadas a custear as atividades do mandato. Os valores e as regras de utilização apresentam particularidades em cada Casa Legislativa. No período, as principais despesas incluem divulgação da atividade parlamentar, aquisição de passagens, hospedagem, alimentação e combustíveis.
Câmara: João Maia lidera em gastos totais
Entre os deputados federais, João Maia (PP) acumulou o maior gasto somado no período, totalizando R$ 5.324.823,65. Em 2023, ele liderou o uso da verba de gabinete, com R$ 1.393.912,64, e foi o segundo maior na cota parlamentar, com R$ 563.803,43. Em 2024, novamente esteve no topo dos gastos totais, com R$ 1.958.447,00, e nos dados parciais de 2025, já soma R$ 1.408.660,58.
General Girão (PL) aparece como o segundo parlamentar com mais despesas somadas, alcançando R$ 5.248.651,37. Ele foi o deputado que mais utilizou a cota parlamentar em 2023 (R$ 580.685,19) e 2024 (R$ 603.362,35), segundo o portal da Câmara dos Deputados. Natália Bonavides (PT) ocupa a terceira posição no acumulado, com R$ 5.125.301,23. Em 2025, ela lidera o uso da verba de gabinete até o momento, com R$ 1.039.829,49.
Completam a lista de gastos acumulados no período os deputados Benes Leocádio (União Brasil), Robinson Faria (PP), Fernando Mineiro (PT) e Sargento Gonçalves (PL), que registrou o menor volume de despesas totais entre os parlamentares que exerceram o mandato integralmente: R$ 3.978.132,65.
Senado: disputa entre Styvenson e Zenaide
Dos três representantes do RN no Senado, Styvenson Valentim (PSDB) é o parlamentar com o maior volume de gastos no acumulado de 2023 a 2025, com R$ 1.690.769,86. Ele liderou as despesas em 2024, com R$ 669.671,59, e nos dados parciais de 2025, com R$ 495.726,63.
Os valores incluem tanto a cota parlamentar como também custos com consumo de material, Correios, cotas para impulsionamento em mídias sociais e aquisição de passagens aéreas.
Zenaide Maia (PSD) aparece com um valor total muito próximo, somando R$ 1.690.480,24 no mesmo período. Ela foi a senadora que mais utilizou as verbas em 2023, com um total de R$ 615.814,34.
Rogério Marinho (PL) foi o senador que registrou o menor volume de despesas nos três anos. Seus gastos totalizaram R$ 317.624,22 em 2023, R$ 355.687,40 em 2024 e R$ 416.271,28 até setembro de 2025.
A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar é um benefício mensal concedido aos legisladores para custear despesas relacionadas ao exercício de seus mandatos.
Na Câmara dos Deputados, a cota cobre gastos como passagens aéreas, contas de telefone e despesas com os Correios. O sistema funciona de duas formas: por reembolso, mediante a apresentação de recibos em até três meses, ou por débito automático, como na compra de passagens.
O valor mensal não utilizado pode ser acumulado ao longo do ano, o que permite que os gastos em determinados meses superem a cota mensal. O limite da verba varia para cada estado, sendo o cálculo baseado no custo do transporte aéreo entre o estado de origem do parlamentar e Brasília. No RN, esse valor é de R$ 48.525,79.
A verba de gabinete, na Câmara, tem outra particularidade: é um recurso mensal de R$ 133.170,54 destinado ao pagamento dos salários de até 25 secretários parlamentares. Isso não entra na conta da verba de gabinete do Senado. Por isso, os valores gastos pelos deputados são maiores que os dos senadores.
No Senado, a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar funciona como um mecanismo de ressarcimento de despesas, que podem ser, por exemplo: aluguel de imóveis para escritório político; aquisição de material de consumo; locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis; contratação de serviços de apoio ao parlamentar; divulgação da atividade parlamentar; passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais; e serviços de segurança privada. Os salários dos assessores não entram nessa conta.
Ranking do Legislativo potiguar
Esta reportagem integra a série “Ranking do Legislativo potiguar”, que avalia a atuação de parlamenares potiguares, nas esferas municipal, estadual e federal.
16 de setembro de 2025 às 07:12
16 de setembro de 2025 às 09:07
FOTO: REPRODUÇÃO
O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), defendeu nesta segunda-feira 15 a transição no modelo de contratação de médicos para unidades de saúde do município. Em entrevista à jornalista Micarla de Sousa, na TV Ponta Negra, ele afirmou que a troca da Cooperativa Médica (Coopmed) pelas empresas Justiz e Proseg já começa a apresentar resultados positivos.
O chefe do Executivo relatou que tem visitado unidades para acompanhar de perto os efeitos da mudança. Ele destacou que problemas iniciais com fechamento de escalas já foram resolvidos. “Fizemos uma visita à UPA da Cidade da Esperança, e o que vimos lá nos deixou muito satisfeitos, porque não existia fila. A escala completa dos médicos, o pessoal super motivado. Toda mudança, há uma transição complicada. Mas o que nós estamos vendo aí (…) é um atendimento muito satisfatório. E eu quero dizer à população que vai melhorar muito mais”, afirmou o prefeito.
Paulinho explicou que a Prefeitura resolveu fazer uma contratação emergencial porque a Coopmed vinha operando sem contrato, recebendo por indenização. “Nós tínhamos um serviço que era feito sem contrato. O que é que nós fizemos? Vamos regulamentar o serviço. Até para que a Prefeitura possa cobrar. Quando não existe um contrato, você não tem como cobrar. E toda mudança requer um pouco de paciência dos usuários. Mas, graças a Deus, antes até do que a gente esperava, esses serviços já estão acontecendo a contento”, destacou.
Ele ressaltou que a Coopmed participou da contratação emergencial e poderá estar também na licitação definitiva.
Na entrevista, ele criticou a postura do Sindicato dos Médicos (Sinmed), que tem criticado a saída da Coopmed e a entrada da Justiz e da Proseg. “Alguns boicotes estão acontecendo, como do Sindicato dos Médicos, mas que não é relevante. Ele tenta, de uma forma ou de outra, atrapalhar, inclusive defendendo muito o serviço irregular. Porque, na hora que ele defende a Coopmed, ele está defendendo um serviço que era irregular”, afirmou.
O prefeito também voltou a defender a terceirização da gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Ele destacou que a Prefeitura pretende ampliar a participação de Organizações Sociais (OS) no setor, em diálogo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Daqui a 15 dias, isso será resolvido e vamos entrar com as OS também. Nós não estamos inventando a roda. Isso já acontece em Fortaleza e no Ceará, cujas gestões são feitas pelo pessoal do atraso, pelo PT”, declarou.
Paulinho aproveitou para criticar a oposição. Sem citar, ele criticou a deputada federal Natália Bonavides e o vereador Daniel Valença, ambos do PT, por terem ido à Justiça contra a terceirização da gestão das UPAs.
O prefeito registrou que, nos estados onde o PT governa, o partido é a favor da terceirização, enquanto aqui atua para impedir o processo. “Eles sabem tanto que vai dar certo que eles são contra. Nós estamos pautados em fazer uma gestão voltada para o povo, para a população, para aqueles que mais necessitam. Esse povo que é contra fica usando a narrativa o tempo todo, que não tem serviço prestado a Natal, a verdade é essa. Eles ficam toda hora querendo atrapalhar a gestão. Mas não vão atrapalhar, não”, destacou.
Em outro trecho da entrevista, ele se referiu à oposição como “turma do atraso”, que, segundo ele, “não quer uma Natal melhor”. E citou o voto de parlamentares do PT contra a revisão do Plano Diretor. “E eu não vou ficar perdendo meu tempo sendo pautado por esse povo que quer ver uma Natal pior”, destacou.
Ao comentar resultados apontados pelas pesquisas de avaliação, o prefeito disse que a aprovação da gestão é reflexo das entregas em diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura. Ele ressaltou que, mesmo diante das dificuldades, a Prefeitura tem conseguido avançar.
“Uma pesquisa que veio de fora, a Paraná, deu 65% de aprovação da nossa administração. Prova que nós estamos conectados com as pessoas, em fazer o bem para as pessoas”, acrescentou Paulinho Freire.
Parque Linear da Roberto Freire é aposta para lazer e turismo em Natal
Durante a entrevista, o prefeito Paulinho Freire enalteceu o projeto do Parque Linear da Avenida Roberto Freire como uma das principais apostas da gestão para transformar Natal em um polo turístico e de lazer. Ele falou que, diferentemente das críticas de ambientalistas, não haverá impacto ambiental relevante. Segundo ele, todas as árvores afetadas serão replantadas e o espaço será um local para preservação.
“Natal é uma cidade que precisa ter equipamentos para que o turista passe mais tempo aqui na nossa cidade. Nós temos que revitalizar isso, e começa por esse parque linear. Vai ser um parque onde a preservação vai acontecer. Vai ser um parque que vai mudar a vida da cidade”, enfatizou.
Paulinho reforçou que o projeto será pensado para ser inclusivo e moderno. “As pessoas sabem que Natal precisa de um parque como esse. E eu tenho certeza que, com os nossos técnicos, nós vamos conseguir vencer todas as etapas, mesmo as pessoas que são do contra, que são contra a cidade. Mas nós vamos fazer sim, porque a gente conta com o apoio da população”, acrescentou.
‘Vou trabalhar até onde eu puder para que oposição esteja unida em 2026’
O prefeito também defendeu a união da oposição no Rio Grande do Norte para a disputa do Governo do Estado em 2026. O gestor destacou a importância de construir um projeto coletivo no campo da centro-direita e afirmou que pretende atuar para que os partidos aliados apresentem um único candidato ao pleito.
“Eu gostaria muito que a gente repetisse a nossa coligação, a coligação vitoriosa aqui na centro-direita. Eu torço muito e estou trabalhando muito para que a gente possa sair todo mundo junto”, afirmou Paulinho.
O prefeito citou nomes já ventilados para a disputa, como o atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), o senador Rogério Marinho (PL) e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos). “Todos eles são excelentes nomes, mas a gente precisa unir esses grupos para que a gente possa sair muito forte. E eu vou trabalhar até onde eu puder para que esse grupo possa sair unido”, disse.
Paulinho também frisou que, mais do que escolher um candidato, a oposição deve apresentar propostas sólidas para o desenvolvimento do Estado. “A gente precisa não ter um plano de eleição. A gente precisa ter um plano de governo para o Rio Grande do Norte”, afirmou.
O prefeito concluiu defendendo que a união seja construída de forma ampla, sem descartar nomes, mas com foco em um projeto capaz de “trazer o Rio Grande do Norte de novo ao desenvolvimento e à geração de emprego”.
15 de setembro de 2025 às 15:00
15 de setembro de 2025 às 10:20
FOTO: BRENNO CARVALHO
A imposição de sigilo às informações sobre entrada e saída de suspeitos de praticar fraudes no INSS em gabinetes de senadores virou um foco de tensão entre integrantes da CPI que apura fraudes no instituto e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). A pressão inicial partia de nomes da oposição, que tentavam ter acesso à relação de gabinetes que o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, visitou nos últimos anos — o empresário vai comparecer nesta segunda-feira à CPI para depor. O pedido, contudo, ganhou o endosso dos governistas, que tentam comprovar que parlamentares bolsonaristas receberam dirigentes de associações também ligadas a descontos irregulares de aposentados e pensionistas antes de 2022.
Na quinta-feira, o colegiado aprovou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do Careca do INSS. Anteontem, o empresário foi preso por risco de fuga em operação da Polícia Federal.
Há duas semanas, em encontro com o presidente do colegiado, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), Alcolumbre se negou a abrir os dados, mantidos sob sigilo de até 100 anos por decisão da gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) com o argumento de que esse tipo de informação “feriria o direito à intimidade e à vida privada e infringiria a imunidade parlamentar”.
Senadores próximos de Alcolumbre, como Weverton Rocha (PDT-MA), já admitiram ter tido encontros com o Careca do INSS em seus gabinetes. A divulgação dos dados poderia apontar mais encontros dele com membros da base governista e aliados de Alcolumbre, o que causaria desgaste, afirmam parlamentares da oposição.
Saída institucional
Por outro lado, parlamentares governistas pressionam Alcolumbre para saber se representantes de entidades ligadas às fraudes no INSS, como a Amar Brasil Clube de Benefício (ABCB) e a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), foram recebidos em gabinetes de senadores de oposição durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL).
Governistas afirmam ainda que os dados poderiam mostrar encontros de membros de partidos de centro que defendem um desembarque do governo, como o PP e o União Brasil.
Ligado à oposição, o relator da CPI, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), diz que o colegiado ainda procura uma saída institucional para ter acesso aos dados, mas que seus integrantes já cogitam uma medida judicial:
— Estamos tentando resolver com diálogo. Essas informações são importantes. Mas, caso se mostrem realmente imprescindíveis para os trabalhos, se não tivermos uma solução, poderemos entrar com um mandado de segurança, judicializar a questão. Na Câmara, por exemplo, não há essa restrição à informação.
Carlos Viana põe panos quentes no conflito, apesar de ter recebido a negativa de Alcolumbre. A Casa já se dispôs a informar o nome e a data de entrada dos suspeitos, sem referência ao destino.
— O presidente Alcolumbre não se mostrou aberto a abrir os dados de entrada e saída nos gabinetes. Até o momento, teremos o controle do acesso dos suspeitos às dependências do Senado, o que já pode nos dar pistas que podem pautar os trabalhos da CPI — diz.
Ontem, o senador anunciou que Antunes irá à comissão na sessão de hoje. A informação foi apresentada após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que a presença dele é opcional.
— Apesar de toda a decisão do Supremo, nós estamos em contato com a defesa do suspeito e ele confirmou que deseja ir à CPI para apresentar a versão que ele tem de todo esse escândalo, de todos os fatos que estão sendo divulgados — afirmou.
Pressão dos polos
Senadores dos dois polos políticos, porém, ainda pressionam Alcolumbre. Procurado, o parlamentar não se manifestou.
— Se a CPI foi aberta, não pode haver restrição de informação para quem é investigado. Não há acordo para preservar quem quer que seja, precisamos dos dados das visitas do Careca do INSS e de outros suspeitos — diz Rogério Marinho (PL-RN).
O coordenador da bancada governista na CPI, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirma que a “autoblindagem” do Senado não pode impedir que informações mostrem que as fraudes ocorriam antes do mandato de Lula:
— Queremos que as visitas do Careca do INSS não tenham sigilo, assim como queremos saber por onde andaram os operadores do esquema durante o governo Bolsonaro. Não desistiremos.
15 de setembro de 2025 às 09:45
15 de setembro de 2025 às 10:05
FOTO: DIVULGAÇÃO
O influenciador digital e ativista pela inclusão, Ivan Baron, participou de reunião na sexta-feira (12) com o governador em exercício do Rio Grande do Norte e presidente estadual do MDB, Walter Alves. O encontro teve como pauta central o debate sobre políticas públicas para pessoas com deficiência, juventude e participação cidadã.
Durante a conversa, Ivan destacou a importância de abrir espaços de escuta para jovens potiguares e reforçou a necessidade de fortalecer a inclusão como eixo central das políticas públicas no estado. Walter Alves, por sua vez, ressaltou que o MDB tem buscado renovar seus quadros e aproximar-se das pautas que impactam diretamente as novas gerações.
A aproximação sinaliza que Ivan pode vir a representar a voz da juventude no partido nas Eleições de 2026, fortalecendo a pauta inclusiva dentro do MDB e incentivando a participação política de pessoas com deficiência.
13 de setembro de 2025 às 06:04
13 de setembro de 2025 às 06:10
FOTO: JOSÉ ALDENIR
A vereadora de Natal Camila Araújo (União) afirmou que a oposição já tem nomes fortes para disputar as eleições presidenciais de 2026. Em entrevista à TV Agora RN nesta sexta-feira 12, ela disse acreditar que a direita seguirá firme mesmo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Camila, uma eventual chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência, e o senador potiguar Rogério Marinho (PL) como vice teria condições de vencer a disputa. “Seria uma chapa imbatível”, declarou Camila, ao comentar a possibilidade de aliança.
Para a vereadora de Natal, Rogério Marinho é “um ícone da nossa política”, lembrando sua trajetória como ministro do Desenvolvimento Regional, quando levou obras de impacto para o Estado, e sua atual posição de liderança no Senado. “Ele é inteligente, é um excelente técnico. Fez um excelente trabalho quando foi ministro”, acrescentou.
A vereadora destacou que a presença de Rogério como vice em uma chapa nacional teria ainda um peso estratégico para o fortalecimento da direita no Nordeste, região onde o bolsonarismo encontra maior resistência.
Sobre o papel de Jair Bolsonaro em 2026, Camila Araújo afirmou que a direita não se resume ao ex-presidente e que o movimento continuará organizado em torno de valores conservadores. “A direita não é um movimento de um homem só. A direita não é bolsonarismo. A direita é um movimento que defende os valores inegociáveis: Deus, Pátria, Família e Liberdade”, disse.
Segundo a parlamentar, o apoio de Bolsonaro, mesmo inelegível, será decisivo para indicar um sucessor. “Com certeza, Bolsonaro, estando inelegível, agora condenado, vai se ter um alguém que será representante, com apoio do Bolsonaro, obviamente, e nós vamos continuar de pé, erguidos, e nós não vamos parar, porque nós temos uma causa”, afirmou.
Entre os possíveis nomes para herdar esse capital político, Camila citou Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. A vereadora considera que a ex-primeira-dama teria papel fundamental no Senado Federal, como contraponto ao STF.
“Michelle é muito útil para nós no Senado Federal. Nós precisamos de senadores que consigam, agora, resgatar o Brasil desse problema que está. Porque, hoje, quem está legislando, quem está julgando, quem está quase administrando é o STF. E o Senado Federal precisa ter um papel importante, que é o que está imbuído na nossa Carta Magna, para exercer o freio e contrapesos, ali no Congresso Nacional. E Michelle coagula ali diversas características e qualidades importantes para isso”, explicou.
Já em relação a Tarcísio de Freitas, a parlamentar elogiou a gestão do governador paulista e sua trajetória no governo Bolsonaro. “É um nome que consegue aglutinar muitos apoios. Primeiro, Tarcísio é um técnico, que Bolsonaro enxergou, o trouxe para ser ministro, que fez um excelente trabalho como ministro. E Bolsonaro consegue fazer com que Tarcísio seja governador de São Paulo. Ele tem feito uma excelente gestão, uma gestão inovadora para aquele Estado, resolvendo gargalos difíceis que, historicamente, de outras gestões, não se conseguia fazer”, afirmou.
Camila lembrou ainda que Tarcísio tem demonstrado lealdade política ao ex-presidente, citando como exemplo sua atuação recente na defesa da aprovação da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. “Ele se mostra muito grato a Bolsonaro, se mostra muito disponível a ter essa indicação de Bolsonaro. Exemplo: se o senhor quiser, eu serei”, ressaltou.
Para a vereadora, o conjunto desses elementos reforça a possibilidade de uma candidatura sólida em 2026. “Eu vejo o nome do Tarcísio muito bom para seguir com esse perfil”, afirmou, reforçando que, caso confirmado, o governador de São Paulo teria ao seu lado uma militância organizada, além da transferência de votos do ex-presidente.
Com a direita se reorganizando após a decisão do STF que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, Camila Araújo acredita que o movimento político se manterá ativo e competitivo. “Nós temos esse povo brasileiro conservador, predominantemente de direita, cristão conservador, que é a predominância maior no Brasil, é esse público, que está de pé”, afirmou.
13 de setembro de 2025 às 06:00
13 de setembro de 2025 às 06:07
FOTO: REPRODUÇÃO
O vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), relator do processo que pode levar à cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT), apresentou relatório preliminar para dar prosseguimento aos trâmites. O posicionamento decorre da análise da defesa preliminar manifestada pela petista na semana passada. As informações foram confirmada pelo próprio relator à reportagem da TRIBUNA DO NORTE nesta sexta-feira (12).
De acordo com Fúlvio, essa etapa do processo trata de questões preliminares e não do mérito da questão em si. Segundo ele, os requisitos processuais estavam preenchidos e, por isso, a decisão de encaminhar para seguimento da tramitação regular. O vereador afirmou que agora deve-se entrar na fase instrutória, que é quando serão colhidas as provas, ouvidas as testemunhas e debatido o mérito da denúncia.
“Nós não entendemos pertinente as colocações [da defesa] e nós pedimos o seguimento do processo. Então, agora sim, é que realmente vai ter, caso queiram, a possibilidade de acusação ou defesa apresentar testemunha”, afirmou o relator Fúlvio Saulo.
Ainda segundo ele, a reunião para tratar das próximas etapas do processo deverá ser marcada pela vereadora Anne Lagartixa (Solidariedade), presidente da comissão. O vereador Daniel Valença (PT) também faz parte desse grupo que analisa a possível cassação de Brisa Bracchi, como membro.
O processo
O pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) foi protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa a parlamentar de uso indevido de recursos públicos para financiar um evento, em 9 de agosto, na Casa Vermelha. Segundo o denunciante, a ação configura desvio de finalidade e falta de decoro parlamentar.
A comissão será responsável por receber alegações, analisar provas e, se necessário, ouvir depoimentos de testemunhas. Todo o rito interno busca garantir o contraditório e a ampla defesa, assegurando transparência e legalidade ao processo.
Terminada a fase de instrução, a comissão terá até 120 dias para elaborar o relatório final, que será submetido à votação em plenário pelos 29 vereadores da Casa. Caso sejam constatadas irregularidades, o processo poderá ser encaminhado também aos órgãos de controle competentes.
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