A depender das costuras para 2026, Geraldo Alckmin pode ser lançado pelo PSB para disputar o governo de São Paulo, em 2026. Partidos de esquerda querem conter o “avanço conservador” e a liderança crescente do bem avaliado governador Tarcísio de Freitas (Rep). Para que Alckmin não fique “na chuva”, caso seja derrotado, os socialistas pretendem garantir cadeira na Esplanada para o atual vice-presidente em eventual quarto mandato de Lula, o que não deve ser problema para o petista.
Tomou taca
A última vez em que o partido tentou o executivo paulista foi em 2018, com Márcio França, que perdeu para João Dória (PSDB).
Dívida de 2022
O PSB tem crédito com Lula em São Paulo. Rifou Márcio França, hoje conhecido maldosamente como microministro, por Fernando Haddad.
Histórico
Ainda que Tarcísio dispute o Planalto, o PSB acredita que Alckmin, que já foi deputado e governador de São Paulo, puxa votos contra a direita.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) oficializou nesse domingo (3) a desfiliação da ex-deputada Manuela d’Ávila, vice na chapa do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na eleição presidencial de 2018. Manuela deixa a sigla após 23 anos e diz que a decisão foi tomada por “falta de opção”.
Em nota oficial, o PCdoB disse que a decisão de Manuela é respeitada, porém lastimada. O partido também declarou que foi feito um “diálogo persistente” para manter a ex-deputada federal nos quadros, mas que as conversas não tiveram êxito.
– Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do país, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro – afirmou o PCdoB no seu comunicado.
Manuela anunciou que estava de saída do PCdoB no último dia 16 de outubro. Em entrevista ao portal ICL Notícias, a ex-deputada disse que estava sem partido por “falta de opção”.
– Depois de 25 anos em um único partido, eu não sou uma mulher sem partido por opção, eu sou por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir. (…) Hoje, eu sou uma mulher sem partido, por isso posso criticar todos eles – afirmou a ex-deputada ao portal.
No PCdoB, Manuela foi vereadora de Porto Alegre entre 2005 e 2007, deputada federal entre 2007 e 2015 e deputada estadual do Rio Grande do Sul entre 2015 e 2019. Ela também tentou ser prefeita da capital gaúcha em três ocasiões, sem sucesso.
Os deputados federais da atual legislatura gastaram R$ 2.585.482,53 na contratação de serviços de segurança privada. O dinheiro público foi repassado às empresas por meio de cota parlamentar durante o período de janeiro de 2023 a outubro de 2024. As informações fazem parte de um levantamento realizado pelo Metrópoles com base nos valores do portal de dados abertos da Câmara dos Deputados.
A cota para o exercício da atividade parlamentar é um benefício mensal concedido a deputados e senadores para despesas do exercício do mandato. Em relação aos serviços de segurança, 68 deputados fizeram uso do dinheiro em gastos que vão desde vigilância e guarda presencial até sistemas de monitoramento.
Quando o recorte é feito com base nos gastos por partido, há ocorrências em siglas de todos os espectros políticos. O Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que mais gastou, solicitou R$ 557.993,28 para custear a segurança privada de seus deputados federais. Logo depois, aparecem os parlamentares do PP (R$ 553.149,24); PL (385.949,23); União Brasil (R$ 320.955,22) e PSol (R$ 285.475,00).
Gastos por estado
Parlamentares do Piauí foram os que mais usam a cota para esse fim, ao registrarem o total de R$ 756.858,35. Em seguida, estão os deputados de São Paulo, que gastaram R$ 507.544,46 com serviços de segurança. Em terceiro lugar, aparecem os políticos de Pernambuco, com R$ 217.800,00.
Os 10 estados com mais gastos foram:
Piauí – R$ 756.858,35
São Paulo – R$ 507.544,46
Pernambuco – R$ 217.800,00
Maranhão – R$ 195.717,00
Paraná – R$ 185.362,76
Roraima – R$ 122.400,00
Rio Grande do Sul – R$ 109.112,14
Bahia – R$ 83.800,00
Paraíba – R$ 82.917,69
Rio de Janeiro – R$ 81.065,25
Não houve gastos do tipo entre deputados do Distrito Federal e dos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Espírito Santo, Pará, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Cota parlamentar
Criada em 2009, a cota para o exercício da atividade parlamentar é um benefício mensal destinado aos parlamentares para custear despesas típicas do exercício do mandato. O valor pode ser gasto com as seguintes despesas:
Aluguel de escritório de apoio ao mandato no estado;
Assinatura de publicação;
Telefonia e serviços postais;
Passagens aéreas, terrestres, marítimas ou fluviais;
Combustíveis e lubrificantes;
Hospedagem (exceto parlamentar do DF);
Locação ou fretamento de aeronaves, automóveis ou embarcações, serviços de táxi, pedágio ou estacionamento;
Segurança prestada por empresa especializada;
Serviços de consultoria e trabalhos técnicos;
Divulgação de atividade parlamentar (exceto nos 120 anteriores à eleição);
Participação em cursos e palestras;
Complementação do auxílio-moradia.
O valor da cota é estipulado conforme o preço de passagens aéreas e os custos para deslocamento entre Brasília e a capital do estado pelo qual o deputado foi eleito. Por isso, o montante liberado mensalmente é diferente para cada unidade federativa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista à emissora francesa TF1, nesta sexta-feira (1°), que deseja ver Kamala Harris vencer as eleições nos Estados Unidos.
“Acho que a Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia dos EUA. É muito mais seguro. Vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, ou seja, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que é impensável acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como modelo de democracia, e esse modelo ruiu”, comentou.
“Como eu sou amante da democracia, acho que a democracia é a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para transformar a nossa democracia, obviamente fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, disse o chefe de Estado em entrevista ao âncora Darius Rochebin.
Lula também falou sobre sua amizade com Jean-Luc Mélenchon, um dos principais nomes da esquerda francesa e fundador do França Insubmissa, partido visto por alguns como de esquerda radical.
O presidente brasileiro disse que ligou para Mélenchon para recomendar que ele apoiasse o presidente francês, Emmanuel Macron, de centro, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, para bloquear o partido de ultradireita Reunião Nacional, de Marine Le Pen.
“Gosto muito de Mélenchon e temos muitas afinidades políticas. Quando Macron foi para o segundo turno, até falei com Mélenchon, dizendo a ele que tínhamos que apoiar Macron para não ter a extrema direita de volta na França. Espero que o setor mais progressista não permita um recuo ideológico na França”, afirmou Lula à TF1, o principal canal da televisão aberta na França.
Questionado sobre a próximo Cúpula do G20, que será realizada no Brasil, e seu papel no encontro, o presidente afirmou: “Quero viver 120 anos. Tenho 79. Tenho tempo. Quero deixar um legado, de provar que a pobreza pode ser eliminada do mundo.
O chefe de Estado brasileiro acrescentou que o G20 pode viabilizar a criação de um imposto global sobre os bilionários.
Lula afirmou ainda que o Brasil tem uma ligação muito forte com França. “Temos um vínculo muito forte com a França e continuarei a fortalecer essa relação com a França e com o presidente Emmanuel Macron”, disse.
“A única coisa que não gosto é quando a França impede o Brasil de estar na final do futebol”, brincou.
Nessa terça-feira (29). a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou em caráter terminativo o Projeto de Lei do Senado n° 49, de 2015, de autoria da ex-senadora Fátima Bezerra (PT-RN), atual governadora do Rio Grande do Norte. O objetivo do texto é estabelecer uma política de preço de capa para livros, mas youtubers literários mostram que, se virar lei, o projeto irá encarecer os livros no país.
De acordo com o projeto, fica decidido que os livros terão um preço de capa e que não poderão ter desconto por 12 meses a partir da data de lançamento. Assim, livrarias físicas ou lojas online não poderão fazer promoções de títulos novos.
O PLS 49/2015 diz em seu artigo 1º que um dos objetivos é “– fomentar o livro como bem cultural” e “– garantir que sua oferta seja acessível ao grande público pelo estímulo à leitura”, mas para os leitores o resultado poderá ser outro.
Entre os críticos ao projeto chamado de Lei Cortez está a Tatiana Feltrin, dona de um dos maiores canais literários do país, com mais de 646 mil inscritos. Segundo ela, o texto visa combater a Amazon, empresa internacional que se tornou mundialmente famosa e que comercializa livros com preços mais atrativos. O PLS não cita o nome de nenhuma marca, mas deixa subentendido.
– O ponto principal do PL é o congelamento do preço dos livros por um ano. Então, você tem uma editora e coloca este livro no mercado, ele vai ter um preço fixo e durante um ano inteirinho ele só pode entrar em promoção com 10% de desconto – diz ela citando o artigo número 6 do projeto inicial e o artigo 5 do texto reformulado pelos senadores. Leia aqui.
– Na cabeça de quem criou este PL Isto será uma baita de uma puxada de tapete da Amazon. Onde já se viu uma multinacional vender livros baratos aqui pra gente? – ironizou.
A youtuber Gabrielli Junkes também divulgou um vídeo sobre o assunto, mostrando ao seus milhares de seguidores o quão prejudicial para o leitor será esta lei, caso ela seja aprovada. Ela cita que os livros já são caros no Brasil, com lançamentos chegando ao mercado custando R$ 200 e levanta a discussão do quanto este projeto pode desestimular a leitura.
Depois de passar pelo Senado, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados, onde poderá ser barrado.
O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) relembrou nesta sexta-feira (1º) o veto da governadora Fátima Bezerra (PT) ao Projeto de lei que proibia linguagem neutra nas escolas do Rio Grande do Norte.
Em publicação nas redes sociais, ele escreveu: “continuaremos lutando para proteger nossas crianças e jovens da doutrinação ideológica”.
A proposta foi aprovada na Assembleia Legislativa (ALRN) em novembro do ano passado, mas foi vetada pela governadora posteriormente. De volta à Casa Legislativa, o veto foi mantido durante uma sessão que gerou polêmica.
Em 4 de junho deste ano, uma manobra da bancada governista permitiu o destrancamento da pauta de votação ordinária da ALRN, depois que o plenário manteve 70 vetos da governadora às emendas a 71 projetos de leis já discutidos e aprovados na Casa, em sessão extraordinária.
O projeto do deputado previa a garantia aos estudantes das redes pública e privada, dos ensinos básico, fundamental e médio, o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas cultas e orientações nacionais de educação, no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte.
Partidos de centro vão liderar as administrações municipais no Brasil e, junto com a direita, tornaram vitoriosos os prefeitos que governarão 136,6 milhões de brasileiros, correspondentes a 88% do eleitorado. É o que concluiu levantamento da Nexus, Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto a esquerda caiu seu eleitorado de 15%, em 2020, para 12%, em 2024, a ideologia de centro preservou o patamar de 52% do eleitorado obtidos há quatro anos. E governará mais de 81 milhões de brasileiros. Já a direita avançou de 34% para 36% do total de eleitores em 2024, e terá 55,6 milhões de eleitores vivendo em municípios sob suas administrações.
Restou à esquerda apenas 17,8 milhões de eleitores brasileiros governados por legendas da mesma ideologia do presidente Lula.
No grupo de legendas de centro estão: Agir, Avante, MDB, Mobiliza, PMB, Podemos, PP, PSD e Solidariedade. Os partidos considerados de direita são Cidadania, Democracia Cristã, Novo, PL, PRD, PRTB, PSDB, Republicanos, União Brasil. Já os de esquerda são PCdoB, PDT, PSB, PT, PV e Rede, conforme padrão do GPS Partidário da Folha de S. Paulo.
A vereadora eleita de Natal Anne Lagartixa (Solidariedade) falou sobre a campanha eleitoral e sobre a trajetória de seu pai, Wendel Lagartixa, ex-policial e candidato a deputado estadual. Em entrevista ao programa Band Cidade RN na última quinta-feira 31, Anne contou que sua candidatura foi motivada principalmente pelo desejo de defender o legado do pai, que teve mandato como deputado estadual cassado, uma decisão que ela classifica como injusta e sem explicações, considerando-a um “roubo de mandato”.
Anne descreveu como o incentivo inicial de seu pai e de apoiadores foi crucial para que ela, que nunca antes havia se interessado por política, assumisse a candidatura mesmo grávida de seu primeiro filho. “Eu não queria, estava grávida, mas o histórico de injustiças que meu pai sofreu pesou muito na minha decisão”, explicou. Wendel Lagartixa, que conquistou mais de 88 mil votos, foi impedido de assumir seu mandato.
“O cara teve 88 mil votos e não pôde assumir, colocaram outra pessoa no lugar dele. O porquê até hoje ninguém sabe. A gente considera como se fosse um roubo de mandato, porque os votos que as pessoas deram não valeram de nada, foram votos que não foram respeitados. Onde eu chego, as pessoas falam que agora o voto será respeitado. Isso porque, quando meu pai foi eleito, os votos não foram”, disse ela.
Enfrentei represálias e ameaças durante a campanha em Natal
Ao longo da entrevista, Anne detalhou ainda os desafios enfrentados durante a campanha em Natal, onde, segundo ela, sofreu intimidações e represálias. Ela conta que, em um dos momentos mais tensos, ao chegar em Areia Preta para uma ação de panfletagem, sua equipe foi recebida com disparos de tiros para o alto, o que ela entende como uma tentativa de intimidá-la devido à sua ligação com o pai. Além disso, ela relatou que era “proibida de entrar nas comunidades” por ser filha de um ex-policial envolvido em casos polêmicos e constantemente ameaçado. “Em algumas carreatas, pessoas mostravam armas para intimidar. Tudo isso foi muito difícil”, relatou.
Anne disse que conversou com o pai sobre o pleito, e que ele ficou surpreso com a quantidade de votos que a filha recebeu. “Ele [Wendel Lagartixa] ficou surpreso, porque não esperava que eu tirasse só 3.518 votos. Ele também achou que eu tiraria algo maior. Ele disse, eu já fiz tanto por Natal, pelo Rio Grande do Norte, e você só tirou isso de voto. Mas Deus sabe de todas as coisas. O importante é que você está dentro. E que não precisou comprar nenhum voto. E é isso. Eu digo, rapaz, Deus sabe de todas as coisas. Essa campanha não foi fácil. Com a sua prisão, foi pior”.
Ainda durante a entrevista, a vereadora eleita promete um mandato com foco na fiscalização de políticas públicas e melhoria das condições das áreas mais carentes de Natal, como a Zona Norte. Anne indicou que a prioridade de seu trabalho será fiscalizar a execução de projetos já existentes “na Câmara já há mais de 1.800 projetos para serem analisados e aprovados. Então, uma criação de projeto agora, vai continuar na fila de espera para ser analisado e para ser aprovado”, finaliza.
Derrota de Lagartixa Júnior
Anne ainda comenta sobre a derrota de seu primo, Lagartixa Júnior, em Parnamirim, que também concorria em sua primeira campanha como vereador. Segundo ela, apesar do empenho e da trajetória de seu primo, o cenário adverso e as dificuldades políticas impediram sua vitória.
Ela elogiou a dedicação de Júnior e considerou os 233 votos que ele obteve um sinal de persistência, apesar dos desafios de ter voltado recentemente do Maranhão e ainda estar conhecendo os problemas do município.
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