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Categoria: Política

Thabatta Pimenta confirma pré-candidatura a deputada federal e fala em criar “bancada trans” na Câmara

FOTO: LUZIA CAVALCANTI

A vereadora de Natal Thabatta Pimenta confirmou que será candidata a deputada federal nas eleições de 2026. Ela revelou que seu nome está sendo construído em articulação com outras lideranças do País para formar a primeira “bancada trans” da Câmara dos Deputados, ao lado de parlamentares como Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).

“A nossa pré-candidatura é a deputada federal. Há um chamamento de outras figuras trans de todo o País. Nós estamos criando um movimento nacionalizado, que é, além de tudo, ter a primeira bancada trans do Congresso Nacional”, afirmou ela, em entrevista à TV Agora RN nesta quarta-feira 12.

Thabatta disse ver na iniciativa uma resposta à falta de representatividade e de defesa de direitos humanos no Parlamento. “A gente está vendo aí bancada da bala, bancada tratorando o direito de tantas outras pessoas. E por que não também ter essa bancada e ter esse recorte do Nordeste, de ser a primeira mulher trans e travesti, mãe atípica nordestina, chegando na Câmara Federal?”, questionou.

Durante a entrevista, Thabatta confirmou que mantém conversas com a federação formada por PT, PV e PCdoB. Embora ainda filiada ao Psol, a parlamentar não descartou disputar a eleição por um partido da federação, avaliando que, desta forma, teria maior chance de ser eleita. A saída, porém, precisa ser autorizada pelo Psol – que tem resistido a perder o quadro.

“O que eu estou pedindo do meu partido, tanto a nível estadual como federal, é avaliar o que está em jogo, não só aqui, mas de uma forma nacional. Eu estive com a presidente nacional do Psol e disse assim: ‘olha, não bate a conta’. Eu não quero que aconteça a mesma coisa que aconteceu a outra vez”, disse Thabatta.

A vereadora lembrou que, em 2022, a federação PT-PV-PCdoB obteve votação suficiente para eleger três deputados federais, mas só conquistou duas cadeiras por falta de candidatos que superassem a cláusula de barreira individual. Se Thabatta tivesse concorrido pela federação naquele pleito, teria sido eleita, pois conquistou mais de 40 mil votos disputando pelo PSB.

Ela aproveitou para criticar a atual configuração do Congresso e defendeu que candidaturas progressistas conquistem mais cadeiras na próxima disputa. “O Congresso Nacional está horrível e precisa mesmo que a gente dê as mãos no que está acontecendo diariamente”, afirmou. “A gente está vendo o pior Congresso Nacional da história do nosso país”, concluiu.

Thabatta negou que tenha sentido resistência de integrantes do PT ou de outras siglas da federação ao seu nome. Segundo ela, o suposto “estranhamento” foi algo criado mais pela imprensa do que por dirigentes partidários. “Eu nunca senti isso, até porque eu não me vejo como ameaça, eu me vejo mais no sentido de construção. O meu nome estar na federação faz com que essa federação tenha três cadeiras ou até quatro. A gente não sabe o que pode acontecer”, completou.

A vereadora afirmou ter relação próxima com a governadora Fátima Bezerra (PT) e com Samanda Alves, presidente do PT no Estado e sua colega na Câmara Municipal de Natal. Disse também que foi convidada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ingressar no PT.

“O próprio presidente esteve aqui e mexeu comigo. Ouvir do presidente dizer assim: ‘eu quero você dentro do Partido dos Trabalhadores, a gente quer você deputada federal’. Isso mexeu comigo”, relatou.

Apesar do convite, Thabatta frisou que ainda não há decisão definitiva sobre uma possível filiação. “Olha o que está em jogo. Eu vou mesmo ser candidata do Psol? Olha o quanto vai ser difícil para mim’”, afirmou.

Experiência na Câmara de Natal

Eleita em 2024 com mais de 7 mil votos, Thabatta Pimenta está em seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Natal, depois de ter exercido o mesmo cargo no município de Carnaúba dos Dantas. Na entrevista, ela contou que o início na capital foi marcado por resistência e preconceito, mas que tem conseguido conquistar respeito e ampliar o debate sobre direitos humanos.

“Por muitas vezes, a gente tem que acessar até questões que eu não acessaria e não acessava, por exemplo, na Câmara Municipal de Carnaúba dos Dantas. Debates que mexeram com lugares que eu nunca imaginei, até de gatilhos na minha vida, de ouvir falas, não só de outros parlamentares, mas de pessoas que achavam que aquele lugar era um lugar que poderia me atacar de todas as formas”, relatou.

Ela disse que os ataques transfóbicos sofridos dentro e fora da Câmara — alguns deles com repercussão nacional — transformaram-se em combustível para sua atuação. “Ali não é ataque só à Thabatta, é a muitas pessoas como eu. Mas também está sendo mostrado que a defesa que eu faço, não só à minha comunidade, é também por outras pessoas”, afirmou.

Apesar das hostilidades, a vereadora diz perceber avanços no reconhecimento de sua atuação. “Hoje a gente tem até o entendimento de pessoas que pensavam totalmente diferente, vendo inclusive parlamentares que para muitos seriam de extrema, até defendendo as minhas questões”, destacou.

Oposição na Câmara e relação com o Executivo

Integrante da bancada de oposição ao prefeito Paulinho Freire (União), Thabatta disse que, embora minoria, os quatro vereadores oposicionistas têm conseguido “ecoar as vozes de muita gente”. “E nunca a gente votou contra Natal, é sempre trazendo o olhar da população da melhor forma possível”, garantiu.

A parlamentar criticou o que chamou de tentativas da bancada governista de “tratorar” projetos sem debate. “Tem vezes que chegam projetos que querem tratorar tudo. A gente vê debates importantíssimos e custa a pautar. Quando até projetos parecidos o prefeito passa, é rápido demais, é ligeiro demais”, relatou.

Segundo Thabatta, suas redes sociais têm sido instrumento fundamental para dar visibilidade aos temas debatidos na Câmara. “Hoje eu sou a política mais seguida do Estado e faço questão, quando tem debates e projetos importantíssimos, dizer assim: ‘ó, vai ser pautado isso’. Aí coloca aquele olhar muito grande para dentro da Câmara”, explicou.

Avaliação sobre 2026

Ao falar sobre o ambiente político de 2026, Thabatta avaliou que a próxima eleição ainda será marcada pela polarização nacional, mas acredita na reeleição do presidente Lula.

Sobre o quadro local, ela disse enxergar o cenário dividido tanto na base governista quanto na oposição, e ressaltou que o eleitor precisa compreender o peso do voto. “É esse voto que pode mudar de alguma forma o que a gente vivencia de uma forma real”, declarou.

“O povo está começando a entender o que está colocado e eu vejo que realmente vai haver uma grande renovação, porque trataram sempre o povo como bobo, mas o povo está aprendendo a votar”, afirmou.

Agora RN

Rogério Marinho: ‘Não sou o mais simpático, mas tenho coragem para fazer o certo’

FOTO: WALDEMIR BARRETO

O senador Rogério Marinho (PL) reafirmou sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026. Em entrevista à rádio 95 FM de Caicó nesta quarta-feira 12, ele disse que está disposto a assumir o enfrentamento da crise do Estado, mesmo sem ser, nas palavras dele, o nome “mais simpático” da disputa. O parlamentar, porém, declarou que se vê como alguém com “coragem” para adotar medidas duras e impopulares, que, segundo ele, serão necessárias para recuperar as finanças públicas, destravar investimentos e recolocar o RN em rota de desenvolvimento.

O pré-candidato a governador afirmou considerar que a disputa de 2026 exige “muita responsabilidade”, sobretudo pela situação que, na visão dele, o Rio Grande do Norte enfrenta hoje, com problemas em áreas como educação, infraestrutura, saúde, segurança e ambiente de negócios. Ele lembrou que hoje é líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL nacional, o que o coloca também na linha de frente da articulação política em outros estados.

O senador resgatou o trabalho de “Rota 22”, projeto em que percorreu municípios potiguares e realizou encontros regionais com aliados e setores da sociedade. Segundo ele, dessas reuniões nasceu uma espécie de plano de governo em construção, pensado para “enfrentar o grave quadro de desgoverno que o Rio Grande do Norte enfrenta” a partir de 2027. Ele afirmou que o objetivo não é apenas apontar problemas, mas apresentar caminhos, com “austeridade”, “parcerias” e “criatividade” para recuperar o Estado.

No momento mais político da entrevista, Rogério tratou de sua própria imagem perante o eleitorado e fez uma espécie de autodefinição como gestor. “Eu tenho a convicção que talvez eu não seja o mais popular, o mais simpático. Mas eu lhe asseguro que eu tenho muita responsabilidade, muita coragem, muita decisão e senso de responsabilidade para fazer o que é certo e tomar as medidas adequadas para restabelecer a governabilidade do Estado do Rio Grande do Norte. Entregar o Estado para os seus legítimos donos, que são a população, que hoje tem um governo de costas para ela”, declarou.

Ao falar sobre o tabuleiro eleitoral de 2026, Rogério Marinho destacou que a pré-candidatura não é um projeto individual, mas parte de um grupo político que reúne hoje parte expressiva da oposição à governadora Fátima Bezerra (PT). Ele contou que mantém diálogo frequente com o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), com o atual prefeito da capital, Paulinho Freire (União), e com o senador Styvenson Valentim (PSDB), entre outras lideranças. Ele não citou o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), que costura uma candidatura de terceira via.

“Nós temos hoje um grupo fechado. Há uma convicção que desse grupo é que sairá, eu diria, o cerne, o centro das candidaturas majoritárias que serão apresentadas no próximo ano”, afirmou.

Rogério ressaltou a musculatura do PL no Estado, destacando que o partido deve chegar a oito deputados estaduais após a janela partidária, além de três deputados federais, mais de 20 prefeitos e cerca de 200 vereadores. Segundo ele, hoje PL e PT disputam a hegemonia política no Rio Grande do Norte. Na entrevista, ele associou o campo que representa à defesa de temas como família, segurança pública rigorosa, direito de propriedade, parcerias com a iniciativa privada e rejeição a propostas de descriminalização das drogas.

Estado andou para trás na educação e está implodido nas finanças, diz senador

A partir desse cenário, o senador construiu uma crítica dura à gestão da governadora Fátima Bezerra (PT). Ele afirmou que o Estado “andou para trás” em diversas áreas e citou a educação como um dos exemplos mais graves. Rogério lembrou que o RN aparece na última colocação do País em indicadores de ensino básico e acusou o governo de tentar “maquiar” os números. Segundo ele, a adoção de regras que facilitam a aprovação automática de alunos pode até melhorar o índice, mas não garante qualidade. “Nós fomos o último colocado do Brasil no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico, último”, disse, ao criticar o que vê como falta de foco em proficiência em português, matemática e ciências.

Na área fiscal, Rogério descreveu um Estado “implodido”, sem capacidade de investir com recursos próprios e com dificuldades para firmar convênios com municípios. Ele citou a malha viária estadual, que, segundo ele, tem um percentual ínfimo de trechos recuperados diante da demanda, e hospitais regionais sobrecarregados, o que faz com que boa parte dos casos mais graves acabe chegando a Natal. Na segurança, criticou o modelo em que muitas prefeituras bancam diárias operacionais e até combustível para assegurar a presença de policiais militares nas cidades.

Outro alvo foi o setor ambiental. Rogério acusou o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) de ser um entrave para a instalação de indústrias, resorts e outros empreendimentos, com processos de licenciamento que se arrastariam por anos. Para ele, o órgão deveria ter atuação pedagógica, orientando os projetos, em vez de se transformar em bloqueio para investimentos. Na sua leitura, a combinação de insegurança jurídica e ideologização teria afugentado interessados em investir no Estado.

O senador também procurou estabelecer um contraste entre as obras estruturantes que diz ter viabilizado quando foi ministro do Desenvolvimento Regional, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a atuação da atual gestão federal e estadual. Ao longo da entrevista, ele citou o Canal do Apodi, a conclusão da Barragem de Oiticica, a adutora do Agreste, obras ligadas à transposição do São Francisco e a recuperação de barragens como Traíras, afirmando que todas foram planejadas, licitadas e tiveram recursos assegurados na gestão anterior.

Segundo Rogério, “não há nenhuma obra estruturante iniciada pelo governo do presidente Lula” no Rio Grande do Norte. Ele afirma que o que está em execução hoje seria herança do governo anterior.

Projeto para futura gestão

Como proposta para o futuro, Rogério Marinho defendeu um programa de governo baseado em recuperação fiscal, reorganização da máquina pública e retomada de investimentos por meio de parcerias com o setor privado. Ele mencionou a necessidade de dialogar com os demais poderes para que sobras orçamentárias ao fim do ano retornem ao Executivo e sejam direcionadas a áreas como saúde, educação e segurança.

Disse ainda que, em fevereiro ou março do próximo ano, pretende apresentar um projeto detalhado para o Estado, construído a partir das experiências do “Rota 22” e dos debates com a sociedade.

Agora RN

Senadores e ministros do STF veem recado a Lula sobre Messias em aprovação apertada de Gonet

FOTO: EBC

A recondução de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com 45 votos a 26, acendeu um sinal de alerta no Palácio do Planalto. O placar, um dos mais apertados desde a redemocratização, foi visto por aliados do governo e por ministros do STF como um recado direto sobre a resistência que Jorge Messias, atual advogado-geral da União, pode enfrentar ao ser indicado para a Corte.

A disputa expôs o peso político do grupo comandado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tem papel central nas sabatinas do Senado. Sem o apoio dele e de sua base, a aprovação de Messias dificilmente alcançaria os 41 votos necessários. Mesmo assim, Lula tem reafirmado confiança no nome do ministro e pretende intensificar a articulação com senadores nas próximas semanas.

Nos bastidores, governistas tentam minimizar o resultado e apontam o cenário atual do Senado como reflexo da fragmentação entre oposição, centrão e base aliada. Já líderes oposicionistas destacam que o desempenho de Gonet — mesmo sem uma mobilização ampla — mostra força suficiente para dificultar novas indicações do Executivo.

Integrantes do centrão admitem que a votação de Messias pode se transformar em uma disputa ainda mais acirrada, com negociações envolvendo aliados de André Mendonça e possíveis acordos entre bancadas. Para ministros do STF, o recado foi claro: o governo precisará calibrar a articulação política se quiser garantir maioria na próxima votação.

Com informações da Folha de S.Paulo

Tomba: “Ou Allyson solta a mão de Zenaide, ou fica sem a mão dos outros”

FOTO: DIVULGAÇÃO

O deputado estadual Tomba Faria (PL) enviou um recado direto ao prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), durante entrevista à 98 FM de Natal, nesta quarta-feira (12). Ao comentar a composição da direita potiguar para as eleições de 2026, o parlamentar afirmou que Allyson “vai ter que escolher” entre Zenaide Maia (PSD) e os demais aliados conservadores.

Enquanto defendia a união da oposição, ele foi questionado sobre a parceria do prefeito de Mossoró com a senadora Zenaide Maia, de quem o mossoroense afirmou “não soltar a mão”. “Aí ele vai ter que escolher: ou solta a mão dela, ou fica sem a mão dos outros”, disparou Tomba.

A fala demonstra o isolamento do grupo bolsonarista ao prefeito mossoroense, caso ele insista na aliança com a senadora, que integra a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a entrevista, o deputado defendeu a união das forças da direita no Rio Grande do Norte para vitória em primeiro turno. “Acho que a direita deve fazer um esforço enorme para unir todo mundo. Defendo a união da direita. Se a direita se unir, nem segundo turno tem”, afirmou.

Tomba destacou que a formação de uma chapa única, reunindo lideranças como Rogério Marinho (PL), Styvenson Valentim (PSDB), Álvaro Dias (Republicanos) e Allyson Bezerra (UB), é essencial para o fortalecimento do grupo.

“Para fazer a chapa completa, precisaria também do prefeito de Mossoró, que está fazendo uma boa administração, e vamos ver qual seria a parte dele, onde ele entraria. Qual o espaço que ele teria. Mas na hora que une, você sai fortalecido”, disse o parlamentar.

O deputado alertou que a existência de múltiplas candidaturas no campo conservador pode desorganizar o projeto eleitoral, mas enfraquece Allyson: “Ou então [se não unir] vai para a disputa com três candidatos. Todo mundo quer ser, ninguém abre mão, mas lembrando que Rogério Marinho já abriu mão várias vezes. Com três candidaturas, zera o jogo. O prefeito sai da prefeitura, aí já muda as coisas”, analisou.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o senador Rogério Marinho (PL) disputar o governo do Estado ou se engajar em um projeto nacional, Tomba reafirmou o apoio ao correligionário, a quem considera o melhor preparado para liderar a direita potiguar.

“Tenho conversado com Rogério Marinho. Ele sempre me disse que é candidato a governador. É um grande nome, capaz. Mostrou isso na CPMI do INSS”, afirmou.

O deputado também elogiou o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, e o senador Styvenson Valentim, mas reforçou que Rogério é o nome mais forte do grupo.

“Álvaro Dias também é um bom nome, mas eu vejo Rogério mais preparado. A direita está chegando e eu acho que é a vez. Rogério Marinho e Styvenson Valentim. Álvaro Dias seria um grande nome também. Há ainda Allyson Bezerra, prefeito de Mossoró, todos são bons candidatos. Mas vejo Rogério como o melhor”, declarou.

Tomba também falou sobre a nominata do PL para as eleições de 2026 e adiantou que o partido deve eleger entre sete e oito deputados estaduais. “A nominata do PL deve eleger entre sete e oito candidatos. Temos nomes como Gustavo Carvalho, Terezinha, Júlio César, Coronel Azevedo. Se fala em Adjuto Dias, Luís Eduardo e Jorge do Rosário, de Mossoró. Esperamos que seja forte a nominata”, afirmou.

Diário do RN

Rogério Marinho confirma pré-candidatura a governador em aliança com Álvaro, Styvenson e Paulinho Freire

FOTO: WALDEMIR BARRETO

Em entrevista ao Panorama 95, apresentado por Marcos Dantas, nesta quarta-feira (12), o senador e presidente estadual do PL, Rogério Marinho, confirmou que é pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026. “Sou líder da oposição no Senado e tenho responsabilidade nesse processo. A partir do final deste ano, pretendo me dedicar ainda mais ao Rio Grande do Norte”, declarou. Informação do Blog de Heitor Gregório.

Durante a conversa, o parlamentar fez duras críticas à atual administração estadual.

O senador destacou ainda obras estruturantes realizadas no Estado durante o governo Jair Bolsonaro.

Marinho também comentou sobre a articulação política da oposição e possíveis alianças para o pleito de 2026. “Temos um grupo consolidado com o prefeito Paulinho Freire, o ex-prefeito Álvaro Dias e o senador Styvenson Valentim. Desse grupo sairá o núcleo das candidaturas majoritárias”, afirmou.

Encerrando, o senador disse que sua pré-candidatura representa “a defesa da família, da responsabilidade fiscal e da eficiência do Estado”. “Talvez eu não seja o mais popular, mas tenho coragem e senso de dever para fazer o que é certo e devolver o governo ao povo potiguar”, concluiu.

Portal Grande Ponto

Parecer do relator é pela cassação de Brisa Bracchi na Câmara Municipal de Natal

FOTO: REPRODUÇÃO

Opina pela cassação de Brisa Bracchi o parecer do relator da Comissão Especial designada para apurar denúncias de uso irregular de emendas da vereadora Brisa Bracchi (PT), Fúlvio Saulo (Solidariedade), conforme apurou o Blog do Dina com múltiplas fontes na CMN. O texto será levado ao plenário da Câmara Municipal de Natal para votação.

O processo está instruído e pode ser pautado para votação a qualquer momento. Conforme apurou o blog, o clima é de tensão e dúvidas a respeito do desdobramento do caso.

Nessa semana, Brisa entregou suas alegações finais. Ao longo do processo, ela argumentou publicamente que o caso se tratava “violência política, de gênero e de tentar silenciar um mandato de oposição militante popular, que segue na luta e de cabeça erguida todos os dias aqui em Natal”.

A vereadora Brisa Bracchi (PT) é alvo de um pedido de cassação protocolado pelo vereador Matheus Faustino (UB), que a acusa de usar R$ 18 mil em emendas impositivas para financiar shows no evento “Rolé Vermelho – Bolsonaro na Cadeia”, realizado em 9 de agosto.

O documento que pede a cassação de Brisa Bracchi aponta uso de recursos públicos com fins político-partidários, citando possíveis violações à Constituição, à Lei de Improbidade Administrativa e ao Regimento Interno da Câmara de Natal.

Brisa Silva Bracchi, nascida em Natal em 1997, é vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT), historiadora formada pela UFRN e técnica em Controle Ambiental pelo IFRN. Tornou-se, aos 22 anos, a mulher mais jovem eleita vereadora na história de Natal, com forte atuação em direitos das mulheres, população LGBT+, cultura e educação.

Oriunda do movimento estudantil, foi dirigente da UBES, do DCE da UFRN e da União Estadual dos Estudantes. No Legislativo, liderou a bancada de oposição e foi autora de leis voltadas à saúde integral da população LGBTI+, combate à violência política de gênero e igualdade cultural.

Premiada como Parlamentar Destaque em 2022, Brisa também denunciou ameaças de violência sexual e misoginia sofridas durante o mandato, tornando-se símbolo de resistência feminista e política na Câmara Municipal de Natal. Em 2020, foi eleita com 2.091 votos, sendo reeleita quatro anos depois com 6.877 votos. O pedido de cassação de Brisa Bracchi é a mais severa crise que a parlamentar enfrentou em sua trajetória.

Blog do Dina

Deputado propõe ‘vaquinha’ de emendas para comprar novo tomógrafo para o Walfredo Gurgel

FOTO: JOÃO GILBERTO

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) propôs que os 24 parlamentares da Assembleia Legislativa contribuam com emendas para que o Governo do Estado possa adquirir um novo tomógrafo para o Hospital Walfredo Gurgel. Em pronunciamento na última terça-feira 11, o deputado sugeriu que cada um destine R$ 150 mil para a mesma finalidade, de modo a atingir o valor necessário para comprar o equipamento. Se a proposta de Gustavo Carvalho for acatada, o Estado terá R$ 3,6 milhões à disposição.

“Eu mesmo disponibilizo das emendas que o governo ainda não me pagou, e que eu tenho direito, porque elas são impositivas, R$ 150 mil para a aquisição desse tomógrafo. E eu acho que não tem um deputado aqui que se furte a essa ideia, para entregarmos de presente ao povo do Rio Grande do Norte um tomógrafo, já que o Estado não tem apetite para realizar essa compra”, enfatizou o deputado.

Ainda segundo Gustavo, falta ao Governo do Estado “apetite e prioridade” para comprar um novo tomógrafo para o Walfredo. “Saúde eu tenho como prioridade. Quem é que não tem a sua saúde como prioridade? Todos nós”, declarou.

A fala do deputado ocorre no momento em que os dois tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão sem funcionar. É a terceira vez em dois meses que isso acontece. Desta vez, um dos equipamentos quebrou e o outro não pode ser utilizado por causa de uma reforma na sala onde ele está instalado. Por causa do problema, pacientes que precisam do exame são transferidos para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim – a 18 quilômetros de distância.

“Isso parece até uma brincadeira. Se a condição não fosse tão trágica, daria até para pedir música no Fantástico. O governo, através da Secretaria de Saúde, não deu um pio para dizer quando o Estado vai recuperar ou adquirir novos tomógrafos. Por quê? Está se percebendo, minha gente, com a falta de manutenção, que esses equipamentos não têm mais utilidade, eles não têm mais como servir”, declarou.

Os dois tomógrafos do Walfredo têm 9 e 15 anos de uso, respectivamente. A direção do hospital reconhece que os equipamentos precisam ser substituídos, mas que a compra tem esbarrado na falta de disponibilidade financeira.

“O governo não reconhece isso como uma prioridade. E as sequelas? As sequelas de quantos pacientes precisam desse tomógrafo funcionando? Eu deixo essa interrogação. Esta casa precisa criar uma comissão, um gabinete de crise, em relação à situação caótica da saúde pública”, afirmou Gustavo Carvalho.

Agora RN

Deputado diz que governo tem dívida superior a R$ 5 bi em precatórios

FOTO: DOUGLAS LOPES

O relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, deputado estadual Tomba Farias (PL), voltou a alertar para a grave situação fiscal do Rio Grande do Norte durante entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM Natal, nesta quarta-feira (12). Além de destacar o déficit de R$ 1,5 bilhão previsto no orçamento, o parlamentar chamou atenção para a dívida de precatórios, que, segundo ele, já ultrapassa R$ 5 bilhões.

“Essa conta dos precatórios é muito alta, passa dos R$ 5 bilhões. Salvo engano, chega a R$ 6 bilhões. É algo que precisa ser enfrentado com seriedade. Estão discutindo um ajuste para pagar em até 35 anos, mas é preciso colocar o pé no chão”, afirmou Tomba.

O deputado defendeu que o governo adote uma postura realista diante do cenário fiscal e destacou que o momento exige diálogo e reavaliação das despesas públicas. “As pessoas gostam de discutir quando está sobrando, quando está tudo bem. Mas quando a situação é difícil, é preciso ter consciência e saber que essa conta vai chegar — e está bem perto”, disse.

Durante a entrevista, Tomba também explicou que não há previsão de percentual definido para discussão com os demais poderes e que eventuais ajustes dependerão da avaliação do governo estadual. Ele mencionou a necessidade de incluir uma emenda de R$ 200 milhões para o pagamento de juros da dívida pública, mas ressaltou que a iniciativa deve partir do Executivo.

“Mostrei a proposta ao governador e ao presidente da Assembleia. Disse que estou disposto a acatar mudanças que o governo venha a propor, mas a responsabilidade de apresentar as emendas é do Executivo. Eu, como relator, posso ajustar o que for necessário, dentro do possível”, explicou.

A LOA 2026 está em análise na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e deve ser votada até o final do ano. Segundo Tomba, o desafio do próximo exercício será equilibrar receitas e despesas, garantir o pagamento da folha e encontrar alternativas para lidar com o endividamento crescente do Estado.

O que são precatórios?

Precatórios são ordens de pagamento expedidas pelo Judiciário para que órgãos públicos (municípios, estados e União) paguem dívidas decorrentes de condenações judiciais definitivas. Eles são utilizados quando não cabe mais recurso para a decisão. Existem precatórios de natureza “alimentar” (salários, pensões, aposentadorias) e “comuns” (outras dívidas, como desapropriações).

Portal 98 FM