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Categoria: Economia

FIERN e SENAI-RN promovem missão ao Reino Unido em busca de negócios ligados a eólicas offshore

FOTO: NICHOLAS DOHERTY / UNSPLASH

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e o SENAI-RN dão largada, neste fim de semana, à primeira missão internacional para conferir a operação efetiva de parques eólicos offshore – instalados no mar – e prospectar potenciais oportunidades de negócios para o estado ligadas à atividade. O foco da viagem é o Reino Unido, país líder do setor na Europa. O embarque ocorre em 28 de abril. A programação vai até 6 de maio.

Participam representantes do Serviço Social da Indústria (SESI-RN), do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE-RN) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), além de empresas potiguares que atuam em segmentos como construção civil, montagem de torres eólicas, engenharia, telecomunicações, consultoria em meio ambiente, alimentos e bebidas, portos, logística, transporte e apoio marítimo.

A Missão ocorre em um momento em que investimentos na área já são realidade na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, e que, em território brasileiro, começam a despontar no horizonte também como oportunidades.

Há, no Brasil, a intensificação de estudos e um processo de regulamentação em curso para início da implantação dos primeiros complexos eólicos no mar. Cerca de 74 empreendimentos previstos para a costa estão, atualmente, à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A maior parte da potência está concentrada no Nordeste.

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, destaca o protagonismo e o potencial do Rio Grande do Norte nesse contexto. “O Rio Grande do Norte é o maior produtor brasileiro de energia eólica em terra e esse protagonismo deve compor a busca e a construção de soluções em transição energética. O estado também tem um potencial para geração offshore [no mar] de 54,5 Gigawatts (GW). Estamos falando no equivalente ao abastecimento de cerca de ⅓ de toda energia elétrica brasileira em 2020 (aproximadamente 651TWh)”, diz Amaro.

Ele será representado na Missão internacional pelo diretor Roberto Serquiz, que também é o presidente eleito da FIERN e assumirá o mandato em outubro deste ano.

Programação

O grupo que embarca para o Reino Unido sob a liderança da Federação passará pelas cidades de Manchester, Newcastle, Hull e Londres. Visitas a centros de inovação, a instalações eólicas offshore, à infraestrutura portuária da região e participação na conferência “Offshore Wind Connections” fazem parte do roteiro.

“Nós temos uma semana de reuniões marcadas com gente que fornece alimentos, que fornece embarcações, que faz instalação, manutenção e atua em outras frentes nessa atividade. A ideia é conhecer, funcionando, a cadeia do offshore wind, para que empresas e instituições locais enxerguem oportunidades, possibilidades de cooperação e o que têm condições de implantar no nosso ecossistema. A ideia é gerar negócio”, diz o diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.

Ele ressalta que a viagem é muito mais que uma busca de inspiração. A ideia, enfatiza o diretor, também é mostrar a empresas e instituições britânicas o Rio Grande do Norte e o Brasil como partes da solução que o mundo precisa em direção à transição energética.

“Vamos apresentar os diferenciais competitivos que temos aqui. O Brasil e o Rio Grande do Norte estão se preparando para participar desse processo e têm condições de contribuir, de ser parte da resposta que o mundo precisa”, observa. O RN, exemplifica ainda Mello, tem condições privilegiadas para implantação de parques eólicos no mar e para exportação da energia que irão produzir, para além das fronteiras brasileiras. “O hidrogênio é a forma de transportar essa energia e é um vetor em que também estamos investindo”, complementa.

Desenvolvimento profissional e tecnológico

Há aproximadamente 10 anos o SENAI-RN, que é parte do Sistema FIERN, desenvolve trabalhos voltados ao offshore e ao hidrogênio.

O Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), sediado em Natal (RN) e principal centro de formação profissional do SENAI no Brasil para indústrias no ramo, foi pioneiro, por exemplo, em mapeamentos no país para medir o potencial de energia eólica offshore – trabalho base para a atual fase de desenvolvimento do setor brasileiro e para atividades de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação que o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) conduz hoje como referência nacional.

“Possuímos com destaque um centro de referência em pesquisa aplicada e inovação voltado ao setor (o ISI-ER), um centro de formação de profissionais para a atividade (o CTGAS-ER) e um sólido relacionamento com as grandes petroleiras do mundo que têm metas traçadas para a transição energética e com as grandes empresas de energia eólica instaladas no Brasil, onde o potencial de geração dessa energia, de cerca de 700 GW, sugere um potencial de investimento gigantesco para o mundo”, frisa Mello.

Esses e outros atributos potiguares, como águas rasas, um mar calmo como regra, qualidade de vento ótima comprovada em estudos, um grande potencial de geração já medido, a cultura de trabalhar com fontes renováveis e a posição geográfica próxima a mercados como a Europa serão apresentados ao público britânico.

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, elenca pesquisas, inovação, desenvolvimento e adaptação de tecnologias, além de toda a parte de formação e qualificação profissional como chaves para que o Rio Grande do Norte desponte na dianteira desse mercado fundamental não apenas para economia do estado, mas do Brasil e do mundo.

“Sabemos dos desafios e da necessidade de medidas compensatórias e de tecnologias possíveis para produzirmos, gerarmos renda para as pessoas, efetivarmos o progresso com justiça social”, diz ele e vai além: “Buscar soluções, construir parcerias e propor novas vias tem sido papel que o Sistema FIERN, por meio do SENAI e de seus institutos, o ISI-ER, o CTGAS-ER e o IST Mossoró, vem exercendo no âmbito das energias. E o intercâmbio com outras nações soma ainda mais no esforço de ampliar e consolidar o caminho do Rio Grande do Norte como maior gerador de energia renovável do país”.

Mesmo com ataques, RN arrecadou R$ 667 milhões em março; vendas no varejo crescem 9,3%

FOTO: ALISA ELSIE

O comércio varejista do Rio Grande do Norte vem apresentando bons resultados de vendas desde o início do ano. O setor lidera em termos de volume de negociações realizadas ao encerrar março com um crescimento de 9,3% em relação ao mês anterior. No total, foram mais de 31,7 milhões de operações efetuadas no mês passado. Isso equivale a um faturamento da ordem de R$ 3,4 bilhões para as empresas do segmento. No comparativo com o ano passado, o volume é ainda maior, 14% a mais do montante que entrou no caixa desses estabelecimentos.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), nesta quinta-feira (20), quando foi publicada a 41ª edição do Boletim Mensal de Atividades Econômicas, estudo que é feito mensalmente pela Secretaria e cujas edições estão disponíveis para consulta no site www.set.rn.gov.br/.

De acordo com o informativo, o volume total movimentado pelos setores em atividade no estado chegou a mais de R$ 13 bilhões no terceiro mês do ano. Além do varejo, o segmento com a segunda maior contribuição para esse resultado foi o atacado que faturou R$ 2,2 bilhões, seguido da indústria de transformação, que obteve um volume movimentado da ordem de R$ 1,9 bilhão. Já o setor de comercialização e distribuição de combustíveis aparece na quarta posição com um faturamento mais de R$ 1,7 bilhão em março.

Geralmente, os combustíveis ocupam a terceira posição no ranking de faturamento mensal, porém, no mês passado, as vendas totais caíram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação ao consumo desses produtos, etanol foi o único a manter estabilidade, enquanto a gasolina e o diesel tiveram elevação no consumo, subindo de 45 milhões para 50 milhões de litros vendidos, no caso da gasolina, entre março de 2022 e março deste ano. No mesmo intervalo, o volume consumido de diesel passou de 37 milhões para 40 milhões de litros.

Arrecadação

O 41º Boletim Mensal de Atividades Econômicas traz também informações sobre arrecadação de impostos no estado. Em março foram recolhidos R$ 667 milhões em receitas próprias, o que representa um crescimento de 5,4% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O principal responsável por essa alta foi o recolhimento de ICMS, que registrou aumento nominal de 4,1% no mês, chegando a 615 milhões arrecadados. Considerando a inflação do período, a arrecadação teve alta real inferior a 1%. 

Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPVA), indicador que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma variação, acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%. Por isso, o crescimento dos valores recolhidos não ultrapassou 0,75%. Já a arrecadação de ICMS, descontando o impacto da inflação, acabou em queda de 0,55% ao invés de crescimento. 

O secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explica que o resultado no recolhimento do principal tributo do Rio Grande do Norte foi impactado positivamente por ações de monitoramento setorial, realizadas pela Subcoordenadoria de Fiscalizações Estratégicas, Substituição Tributária e Comércio Exterior (SUSCOMEX) da SET. A equipe de auditores e técnicos do setor fizeram uma varredura na área de combustíveis utilizando ferramentas de Business Intelligence (BI) e identificaram irregularidades. Esse trabalho resultou na recuperação de volumes de recursos que seriam sonegados dos cofres públicos do estado.

Portal Grande Ponto

Número de vendas no varejo cresce 9,3% em março no RN e movimenta mais de R$ 3,4 bilhões

FOTO: REUTERS

O comércio varejista do Rio Grande do Norte registrou um excelente desempenho em vendas desde o começo do ano, liderando em volume de transações e fechando março com um crescimento de 9,3% em relação ao mês anterior. Ao todo, foram realizadas mais de 31,7 milhões de operações no mês, gerando um faturamento de R$ 3,4 bilhões para as empresas do setor. Em comparação com o ano anterior, o volume é ainda maior, representando um aumento de 14% no total arrecadado.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) nesta quinta-feira (20), juntamente com a 41ª edição do Boletim Mensal de Atividades Econômicas. Segundo o estudo, o total movimentado pelos setores em atividade no estado ultrapassou R$ 13 bilhões no terceiro mês do ano. O varejo liderou com folga em relação aos outros segmentos, seguido pelo atacado, que faturou R$ 2,2 bilhões, e pela indústria de transformação, com um volume movimentado de R$ 1,9 bilhão. O setor de comercialização e distribuição de combustíveis ficou em quarto lugar, com um faturamento superior a R$ 1,7 bilhão.

Embora os combustíveis costumem ocupar a terceira posição no ranking de faturamento mensal, em março as vendas totais caíram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em relação ao consumo desses produtos, apenas o etanol manteve a estabilidade, enquanto a gasolina e o diesel tiveram um aumento no consumo, com a gasolina passando de 45 milhões para 50 milhões de litros vendidos, e o diesel de 37 milhões para 40 milhões de litros, entre março de 2022 e março deste ano.

Arrecadação

O 41º Boletim Mensal de Atividades Econômicas traz também informações sobre arrecadação de impostos no estado. Em março foram recolhidos R$ 667 milhões em receitas próprias, o que representa um crescimento de 5,4% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O principal responsável por essa alta foi o recolhimento de ICMS, que registrou aumento nominal de 4,1% no mês, chegando a 615 milhões arrecadados. Considerando a inflação do período, a arrecadação teve alta real inferior a 1%.

Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPVA), indicador que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma variação, acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%. Por isso, o crescimento dos valores recolhidos não ultrapassou 0,75%. Já a arrecadação de ICMS, descontando o impacto da inflação, acabou em queda de 0,55% ao invés de crescimento.

O secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explica que o resultado no recolhimento do principal tributo do Rio Grande do Norte foi impactado positivamente por ações de monitoramento setorial, realizadas pela Subcoordenadoria de Fiscalizações Estratégicas, Substituição Tributária e Comércio Exterior (SUSCOMEX) da SET. A equipe de auditores e técnicos do setor fizeram uma varredura na área de combustíveis utilizando ferramentas de Business Intelligence (BI) e identificaram irregularidades. Esse trabalho resultou na recuperação de volumes de recursos que seriam sonegados dos cofres públicos do estado.

Portal da Tropical

Conta de energia tem reajuste de 4,26% no RN, anuncia Aneel

FOTO: ILUSTRAÇÃO

A conta de energia no Rio Grande do Norte vai sofrer um reajuste médio de 4,26%. A revisão tarifária periódica foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na terça-feira (18) para os clientes da Neoenergia Cosern.

O aumento na conta passa a valer a partir do próximo sábado (22), de acordo com a Aneel. Ao todo, serão afetados 1,5 milhão de clientes no estado.

De acordo com a Aneel, o reajuste será de 4,45% para clientes de baixa tensão e de 3,65% para clientes de alta tensão, dando a média de 4,26% de reajuste para os usuários do Rio Grande do Norte.

A baixa tensão engloba as classes residencial, tendo a subclasse de baixa renda; a classe rural, tendo as subclasses de agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural e serviço público de irrigação rural; as classes industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio; e a classe iluminação pública.

De acordo com a Aneel, “os fatores que mais impactaram no cálculo da revisão foram os custos com compra de energia e transporte, além da retirada dos financeiros anteriores”.

Com informações de G1 RN

IBGE: volume de serviços cai 3,1% em janeiro em relação a dezembro

FOTO: TÂNIA RÊGO

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços no país caiu 3,1% em janeiro deste ano, em comparação a dezembro de 2022, quando alcançou recorde histórico.

Em relação a janeiro de 2022, o volume de serviços teve expansão de 6,1%, vigésima terceira taxa positiva consecutiva. O avanço do volume de serviços no Brasil foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação.

As principais contribuições positivas foram identificadas em São Paulo (4,3%), Rio de Janeiro (8,2%), Minas Gerais (10,9%), Paraná (12,1%) e Rio Grande do Sul (11,5%). Por outro lado, os únicos resultados negativos do mês ocorreram no Mato Grosso do Sul (-6,4%) e no Acre (-2%).

Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, visando retratar mudanças econômicas na sociedade, explicou o IBGE, por meio de sua assessoria de imprensa. As atualizações são previstas e implementadas periodicamente.

Na avaliação do gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a queda observada em janeiro elimina o ganho acumulado de 3% ocorrido nos meses de novembro e dezembro de 2022, embora a base de comparação se encontrasse em patamar elevado. “O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré pandemia.”

Influência negativa

O levantamento mostra que a maior influência negativa no resultado de janeiro de 2023 veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com queda de 3,7%. Essa queda é explicada pela parte de armazenagem, que caiu 9%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; e transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês.

O setor de outros serviços também apresentou redução no primeiro mês deste ano, com -9,9% em comparação com dezembro do ano passado, quando havia subido 9,4%. Rodrigo Lobo informou, entretanto, que o movimento de retração resultou de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares, os chamados bônus por performance. Com isso, há uma base de comparação elevada, ocasionando queda em janeiro, quando esse adicional de receita não está mais presente no faturamento das empresas do segmento, explicou o gerente.

No sentido oposto, serviços de informação e comunicação e os prestados às famílias registraram alta de 1% em janeiro. O primeiro setor recuperou parte da queda (-2,5%) verificada nos dois últimos meses de 2022 e teve como destaque a alta observada em telecomunicações (8,1%) e em serviços de tecnologia da informação (TI) (3,6%). Já os serviços prestados às famílias registraram o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,5%.

Transportes de passageiros

Em janeiro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil reduziu 2,4% frente o mês anterior, na série livre de influências sazonais, depois de ter evoluído 11,5% nos dois últimos meses de 2022. Daí se encontrar, em janeiro deste ano, 3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 20% abaixo de fevereiro de 2014, que foi o ponto mais alto da série histórica.

Do mesmo modo, o volume do transporte de cargas teve queda de 2,1% em janeiro de 2023, eliminando o ganho de 2,1% verificado no período novembro-dezembro do ano passado. Com isso, o segmento se situou 3,6% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Já em relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas ficou 28,6% acima de fevereiro de 2020.

Nos estados

O estudo revela que, em termos regionais, 16 dos 27 estados brasileiros tiveram retração no volume de serviços em janeiro deste ano, comparativamente a dezembro, acompanhando o recuo observado no resultado do Brasil (-3,1%).

Os impactos mais importantes foram observados em São Paulo (-2,6%), Rio de Janeiro (-5,5%), Minas Gerais (-2,6%) e Distrito Federal (-7,2%). No sentido contrário, as principais contribuições positivas foram registrados no Paraná (3%), Bahia (2,4%), Espírito Santo (3,9%) e Piauí (13,3%).

Turismo

Em janeiro de 2023, o índice de atividades turísticas avançou 0,5% frente a dezembro, constituindo o segundo resultado positivo seguido. O ganho acumulado atingiu 5,3%. O resultado levou o segmento de turismo a ficar 2,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Na comparação janeiro de 2023 com o mesmo mês de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil mostrou expansão de 12,9%, vigésima segunda taxa positiva seguida. Segundo os técnicos do IBGE, o aumento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; agências de viagens; serviços de bufê e atividades teatrais e espetáculos.

Onze das doze unidades da federação onde o indicador é investigado revelaram avanço nos serviços direcionados ao turismo. Destaque para São Paulo (16,4%), Minas Gerais (24,7%), Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (16,6%) e Bahia (14,5%). O Distrito Federal registrou o único resultado negativo (-2,5%).

Agência Brasil

Preço da cesta básica em Natal cai 1,78% em relação a fevereiro, diz Dieese

FOTO: GETTY

O custo da cesta básica em Natal no mês de março – R$ 615,03 – continua como o quinto menor entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em relação a fevereiro de 2023, houve uma redução de 1,78%.

No comparativo com março de 2022, o valor aumentou 6,90%; no acumulado dos três primeiros meses de 2023, houve alta de 5,25%.

Entre fevereiro e março de 2023, oito dos 12 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: farinha de mandioca (6,82%), arroz agulhinha (4,09%), pão francês (2,79%), banana (1,76%), leite integral UHT (0,82%), carne bovina de primeira (0,32%), café em pó (0,20%) e feijão carioca (0,08%).

Outros quatro itens apresentaram redução: tomate (-16,81%), óleo de soja (-3,89%), manteiga (-1,05%) e açúcar refinado (-0,71%).

Segundo o Dieese, oito produtos apresentaram elevação de preço no acumulado dos últimos 12 meses: farinha de mandioca (39,60%), feijão carioca (29,47%), leite integral UHT (22,65%), pão francês (21,13%), manteiga (19,95%), arroz agulhinha (19,90%), banana (14,75%) e café em pó (2,71%). Por outro lado, houve queda para o tomate (-12,69%), óleo de soja (-11,74%), açúcar refinado (-5,43%) e carne bovina de primeira (-2,25%).

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador brasileiro precisa comprometer, em março de 2023, 51,07% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica – que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em fevereiro de 2023, o percentual gasto foi de 51,99%; em março de 2022, o trabalhador comprometia 51,32% da renda líquida.

G1RN

Preço do barril de petróleo sobe 6,7%; cenário aumenta pressão por reajuste no combustível

FOTO:GETTY

O preço do petróleo do tipo Brent subiu 6,7% na semana em que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou corte de produção de 1,1 milhão de barris por dia. Na 5ª feira (6.abr.2023), a commodity fechou em US$ 84,95 por barril.

O corte se soma à redução de 2 milhões de barris por dia acordada pelos países do cartel em outubro de 2022. Além disso, a Rússia decidiu estender o corte de 500 mil barris por dia, que se encerraria em julho, até o final de 2023. Na prática, significa 3,6 milhões de barris por dia a menos no mercado.

Liderada pela Arábia Saudita, a Opep busca aumentar o preço do petróleo, em alinhamento aos interesses da Rússia. O corte pegou o mercado de surpresa no domingo, uma vez que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia visitado os sauditas em 2022 para convencê-los a aumentar a produção.

Para o diretor técnico do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) Mahatma dos Santos, o corte mais surpreendeu o mercado do que deve ter um efeito estrutural sobre a produção global de petróleo, já que representa cerca de 1% do petróleo extraído no mundo.

Contudo, “nesse momento, a Opep está forte para fazer esses movimentos”, declarou. Segundo o pesquisador, isso mostra que o cartel nunca deixou de ser importante na definição das tendências de preço.

Mahatma afirma que 3 fatores ajudam a mensurar a influência da Opep sobre os preços no mercado mundial:

intensidade da produção mundial;

posicionamento dos países da Opep em relação a tensões geopolíticas;

situação dos estoques de petróleo.

Para o analista chefe de Petróleo e Gás Natural do UBS BB, Luiz Carvalho, a Opep mostrou que está determinada a aumentar o preço do petróleo e não deve hesitar em anunciar novas reduções, caso outros países decidam aumentar sua produção para fazer frente ao corte na oferta global.

“Do ponto de vista geopolítico, a Opep não quer um preço perto de US$ 70 [por barril]. Ela precisa de um preço mais alto. Se precisar cortar mais, vai cortar mais”, afirmou Carvalho.

Os países do cartel representavam 38% da produção global em 2021, segundo dados da própria Opep. Na década de 1970, esse percentual chegou a 52,7%. De acordo com informações de 2021, o cartel detinha ainda 80% das reservas provadas de petróleo do mundo, cuja produção é viável economicamente.

PRESSÃO SOBRE POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS

Em um cenário de preços mais altos do barril de petróleo, a Petrobras tende a ser pressionada para implementar reajustes no preço dos combustíveis, embora o câmbio esteja favorável, com o dólar cotado a R$ 5,06.

O preço do barril afeta o valor dos combustíveis no mercado nacional porque a estatal adota desde 2016 uma política de precificação conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação), que considera o valor do Brent, do câmbio e custos de frete dos combustíveis.

O corte da Opep já motivou declarações públicas do governo sobre mudanças no PPI. Na 4ª feira (6.abr), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em entrevista à GloboNews que a Petrobras analisaria a mudança depois da eleição do novo Conselho de Administração, em 27 de abril.

Logo depois, a Petrobras publicou comunicado para negar que tenha recebido proposta do governo para mudar o PPI. Silveira então disse a jornalistas no Palácio do Planalto que a estatal não havia contrariado sua declaração e que esperava que a nova diretoria da estatal iniciasse os estudos para a mudança.

Na 5ª feira (6.abr), em evento com jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desautorizou os 2, Silveira e Petrobras. Disse que irá estabelecer critérios para mudar o PPI, que serão discutidos pelo governo depois de seu retorno da China. Lula volta ao Brasil em 16 de abril.

O fim do PPI precisa passar pelo Conselho de Administração da Petrobras, cuja nova composição será eleita em 27 de abril. Até lá, a estatal segue indexando o valor dos combustíveis em suas refinarias ao preço internacional.

Para Mahatma, do Ineep, não se pode esperar uma resposta imediata da Petrobras. “Mas se houver uma pressão inflacionária vindo do mercado internacional por meio do preço do petróleo, é possível sim que haja uma pressão sobre os preços dos derivados e do petróleo no mercado brasileiro. [Isso] se permanecer a atual política de paridade de importação”, declarou.

Nesta 5ª feira (6.abr), o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) calculou defasagem de 13,26% para a gasolina no mercado interno, o que representa cerca de R$ 0,49 por litro. Já para a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) a diferença do preço de importação e o praticado pela Petrobras é de 7%, ou R$ 0,25 por litro.

Poder 360

Botijão de gás fica R$ 3 mais caro após aumento do ICMS no RN, diz sindicato

FOTO: REPRODUÇÃO

O preço do botijão do gás de cozinha subiu em média R$ 3 no Rio Grande do Norte. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás LP do RN (Singás-RN).

Com isso, o preço do botijão passou a custar entre R$ 108 e R$ 113 nas distribuidoras do estado. O aumento passou a valer desde o sábado (1º), de acordo com o presidente do Singás, Francisco Correia.

De acordo com o sindicato, o motivo para a subida no preço é o aumento da alíquota do ICMS no estado, que passou de 18% para 20% a partir deste mês de abril.

G1RN