9 de junho de 2023 às 16:15
9 de junho de 2023 às 14:52
FOTO: DIVUGAÇÃO
A situação financeira do Estado impede que qualquer reajuste salarial seja concedido aos servidores públicos neste ano. É o que afirma o secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal (93,5 FM), o secretário explicou que os gastos com pessoal têm crescido de maneira que as finanças governamentais estão gravemente comprometidas.
De acordo com Cadu Xavier, o Rio Grande do Norte passa por uma “tempestade perfeita”, com queda na arrecadação após mudanças nas alíquotas de ICMS no ano passado e o aumento significativo da folha de pessoal. De maneira aberta, o secretário explicou que, mesmo sendo favorável à implementação, o piso dos professores implicou diretamente nas finanças do Estado.
“Nada contra os pisos, mas é preciso que os entes tenham condições de arcar com esses gastos. É uma tempestade perfeita. O aumento dos gastos com a perda de receitas trouxe o desequilíbrio. A gente está enfrentando esse desequilíbrio. (O piso dos professores) É o principal calo. Temos que falar abertamente. o Rio Grande do Norte precisa conter o crescimento da folha de pessoal. Ou faz isso, ou não vamos recuperar o poder de investimentos”, disse o secretário.
Segundo o secretário, que enfatizou diversas vezes não ser contrário ao piso, a forma com que ele é aplicado no Rio Grande do Norte é diferente do que acontece na maioria do Brasil. De acordo com ele, o estado é “basicamente” o único que faz o reajuste à categoria fora do que ele entende ser um conceito de “piso”. Isso porque, no estado, mesmo os profissionais que já recebiam acima do valor do piso determinado por lei vão receber os reajustes, que foram de 33% ano passado e quase 15% neste ano.
“Para se ter uma ideia, o impacto anual em Pernambuco é de R$ 600 milhões por ano, enquanto aqui é de R$ 1 bilhão. E estamos falando de um estado que é maior do que o nosso, que consequentemente tem mais escolas que o nosso e, consequentemente, tem mais professores do que o nosso”, explicou.
Apesar da crítica, Carlos Eduardo Xavier disse que os valores que foram acordados e a forma de pagamento para este ano estão garantidos no planejamento financeiro do Estado. Porém, não há margem para reajustes a outros servidores dos quadros, com a exceção do que já está previsto por lei nos planos de carreira.
“O pagamento do piso já estava no planejamento. A gente consegue absorver no fluxo desse ano o piso dos professores. Novas concessões, não tem condições nesse momento. Não temos condições financeiras de dar nenhum tipo de concessão nesse ano. Nenhum tipo de reajuste nesse ano”, enfatizou o secretário.
ICMS
Sobre a alíquota modal do ICMS, Carlos Eduardo Xavier disse que o Estado não vai revogar a alíquota atual, de 20%, para retornar aos 18% até o fim deste ano. Mesmo com a homologação do acordo para compensação, o secretário diz que não há condições de que o valor retorne a 18% antes de fevereiro do ano que vem. Os deputados e o setor produtivo têm cobrado a redução.
“Do nosso ponto de vista, jurídico e da necessidade que temos, não vê previsão de voltar antes de janeiro. A gente conta com a manutenção dessa alíquota, até para cumprir com as obrigações do ano”, disse o secretário.
8 de junho de 2023 às 12:15
8 de junho de 2023 às 11:22
FOTO: DIVULGAÇÃO
A Petrobras informa que, após o cumprimento de todas as condições precedentes previstas no contrato vinculante assinado em janeiro do ano passado, concluiu hoje (7) a transferência da totalidade de sua participação (100%) no conjunto de 20 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, com instalações integradas, localizadas no estado do Rio Grande do Norte – RN, denominados conjuntamente de Polo Potiguar, para a empresa 3R Potiguar S.A. (3R).
A operação foi concluída com o pagamento à vista de US$ 1,1 bilhão para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato. O valor recebido hoje se soma ao montante de US$ 110,0 milhões pagos à Petrobras na ocasião da assinatura do contrato, realizada em 31/01/2022. Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de US$ 235,0 milhões, que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março de 2024.
Com a conclusão da cessão, a 3R assume a condição de operadora dos campos do Polo Potiguar e demais infraestruturas de produção.
A presente divulgação está de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.
O Polo Potiguar responde por menos de 1% da produção total de óleo da Petrobras, que continuará no Rio Grande do Norte investindo em projetos com grande potencial de crescimento futuro, tais como a exploração da Margem Equatorial na Bacia Potiguar (onde a empresa detém participação em 5 blocos exploratórios e possui compromisso de perfurar o poço de delimitação da descoberta de Pitu) e a avaliação de projetos de parques eólicos offshore, a exemplo de Colibri, em parceria com a Equinor.
Sobre o Polo Potiguar
O Polo Potiguar compreende três subpolos (Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana), totalizando 20 concessões, sendo 3 concessões marítimas e 17 concessões terrestres localizadas no Rio Grande do Norte, além de incluir acesso à infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural. As concessões do subpolo Ubarana estão localizadas em águas rasas, entre 10 e 22 km da costa do município de Guamaré-RN. As demais concessões dos subpolos Canto do Amaro e Alto do Rodrigues são terrestres.
A produção média do Polo Potiguar em 2023 foi de 16,5 mil barris de óleo por dia (bpd) e 37,3 mil m³/dia de gás natural. Além das concessões e suas instalações de produção, está incluído na transação o Ativo Industrial de Guamaré, incluindo a estação de tratamento de óleo, unidades de processamento de gás natural, a unidade de QAV e diesel e o Terminal Aquaviário de Guamaré.
Sobre a 3R Potiguar S.A.
A 3R Potiguar S.A. é uma empresa com foco no redesenvolvimento de campos maduros e em produção, controlada pela 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. (3R Petroleum), companhia listada no Novo Mercado da bolsa brasileira.
6 de junho de 2023 às 12:15
6 de junho de 2023 às 11:17
FOTO: VALTER CAMPANATO
Uma das principais datas comemorativas para o comércio potiguar, o Dia dos Namorados deverá aquecer as vendas do varejo no Rio Grande do Norte. De acordo com a pesquisa de intenção de compras realizada pelo Instituto Fecomércio RN, a data deverá injetar cerca de R$ 66 milhões em Natal e R$ 13 milhões em Mossoró, dois principais polos econômicos do estado.
“Com a finalidade de antecipar as intenções de compras do consumidor potiguar frente às datas comemorativas mais importantes para o comércio, a Fecomércio RN realiza pesquisas que funcionam como verdadeiros termômetros de vendas, bem como apresenta as principais tendências do mercado varejista local”, explicou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
Em Natal, a pesquisa revela que a maioria dos consumidores da capital potiguar (57,6%) deseja ir às compras visando comemorar a data deste ano. O índice é superior ao registrado 2022 (48,7%) e 2021 (45,7%). A maioria dos gastos com presentes para os amados vai ficar na faixa de até R$ 200, informado por 73,3% dos consumidores que disseram que irão às compras na data comemorativa.
O valor médio para a compra do presente do dia dos namorados será de R$ 149,57. Em 2022, o valor médio foi de R$ 128,06; em 2021 de R$ 122,45; e, em 2020, foi de R$ 109,16.
A data não é exclusividade de quem está em início de relacionamento. O levantamento apurou que 55,2% dos que vão às compras presentearão as (os) esposas (os) no dia 12 de junho; 37,6% irão homenagear as (os) namoradas (os); e 9,2% os noivos (as), companheiros (as), entre outros.
Sobre os itens preferidos para presentear, 39,9% dos entrevistados presentearão com itens de vestuário. Em seguida, aparecem no ranking perfumes e cosméticos (17,2%); calçados (10,6%); joias, relógios ou acessórios (9,2%); alimentos, cestas e chocolates (6,3%); celulares e eletrônicos (3,4%); livros (3,2%); flores (3,2%); entre outros. Já 12,9% dos ouvidos pela pesquisa ainda não decidiram o que vão comprar para presentear.
Para escolha dos presentes, são principais determinantes as ofertas e promoções (44,9%) e a marca dos produtos (38,6%). Os dados também mostraram que 60,6% dos consumidores natalenses pretendem pagar a compra do presente de forma à vista, utilizando dinheiro, débito, PIX ou transferência bancária. Ao mesmo tempo que 39,5% vão recorrer às compras parceladas.
A respeito do local de compra, 46,3% dos respondentes da pesquisa afirmaram que vão comprar os presentes de Dia dos Namorados em lojas de shoppings, 28,6% se preparam para ir às compras em lojas do comércio de rua, enquanto 16,6% desejam comprar pela internet.
Para aqueles que vão comemorar, a atividade programada para o Dia dos Namorados mais planejada é o almoço ou jantar em restaurante (21,2%). Almoçar ou jantar em casa/familiar é a intenção de 13,1% dos entrevistados. Outros tipos de celebração como viagem para algum lugar especial, entre outros, foram citados por 7,5% dos natalenses.
Mossoró
Os dados apontaram que muitos casais estão dispostos a fazer compras no período comemorativo: 44,6% dos mossoroenses disseram ter intenção de comprar algo para presentear os (as) companheiros (as). O número de pessoas que vai presentear ficou estável em relação a 2022, quando 44,4% diziam que iriam presentear.
Para 55,4% dos consumidores entrevistados, o investimento será de até R$ 200 reais; e 34,7% deverão priorizar presentes acima de R$ 200 reais. O ticket médio dos mossoroneses deverá ser de R$ 152,49. Valor maior que o registrado em 2022, quando alcançou R$ 131,05.
Os principais tipos de produtos citados como presentes são roupas (29,1%); joias, relógios e acessórios (17%); perfumes e cosméticos (14,8%); calçados e bolsas (10,3%); eletrônicos e celulares (9%); chocolates e alimentos (7,2%); flores (3,1%); eletrodoméstico (2,2%); viagem (1,8%); entre outros.
Para 43,2% dos compradores, a marca do produto será um fator decisivo na escolha do presente nesse dia dos namorados, seguido de perto pelas ofertas e promoções com 40,5% dos entrevistados. Com menores percentuais, aparecem formas de pagamento (5,4%), localização da loja (5,4%), nome da loja (1,4%) entre outras.
A pesquisa da Fecomércio RN mostra que 46,8% dos mossoroenses pretendem adquirir os itens em estabelecimentos do comércio de rua. Quem declarou que vai procurar os produtos para presentear em lojas de shopping são 29,3% do público. Os que indicaram internet representaram 17,1% das indicações.
No que se refere à forma de pagamento dos produtos, 45,9% mostraram preferência pelo pagamento usando cartão de crédito de forma parcelada. À vista, no dinheiro, será a opção de 29,7% dos consumidores do local.
Para aqueles que vão comemorar, as principais formas são através de almoço ou jantar em restaurantes (16,4%); almoço ou jantar em casa ou de parentes (11,2%). Já viagem e entre outros (8,2%).
O levantamento ouviu 604 pessoas em Natal e 500 em Mossoró, no período de 15 a 22 de maio. O índice de confiança é 95% com margem de erro de 4 pontos percentuais.
2 de junho de 2023 às 15:00
2 de junho de 2023 às 14:33
FOTO: DIVULGAÇÃO
O período de janeiro a abril de 2023 apresentou índice positivo para geração de empregos formais no Rio Grande do Norte. O saldo apurado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que, no primeiro quadrimestre do ano, o RN contabiliza a abertura de 1.588 postos de trabalho com carteira assinada.
O resultado representa uma elevada recuperação, se comparada ao saldo do mesmo período registrado no ano passado, que estava negativo em 71 empregos.
No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o segmento do Comércio teve destaque com saldo positivo de 560 vagas, contra -888 vagas registradas em 2022. O setor de Serviços também fechou o quadrimestre com saldo positivo (+4.560 vagas), porém, o saldo é menor que no ano passado (+5.533).
Abril
O saldo contabilizado no mês de abril no Rio Grande do Norte foi positivo em 1.578 vagas, um pouco menor que as 1.833 abertas no mesmo mês de 2022.
Este é o quarto mês seguido em que os Serviços abrem mais vagas de emprego que os demais setores (+383 em janeiro; +1.396 em fevereiro; +1.195 em março). Ano passado, o setor abriu 1.446 vagas de emprego.
Agropecuária (-746) e Comércio (-166) tiveram desempenhos negativos. Indústria (+162) e Construção (+742) tiveram desempenhos positivos.
Em 2010, início da série histórica do Caged, apenas em 2011 e em 2012 que o Comércio não encerrou o mês de abril com saldos negativos.
1 de junho de 2023 às 17:45
1 de junho de 2023 às 17:38
FOTO: DIVULGAÇÃO
O Rio Grande do Norte registrou em abril de 2023 o melhor resultado na relação entre admissões e demissões desde dezembro de 2022.
O estado registrou um saldo de 1.578 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira, 31/5.
O número muda a tendência negativa de -25 postos de trabalho registrada em março e é bem superior aos resultados registrados em fevereiro (405), janeiro (-370) e dezembro de 2022 (-3.303).
Em três dos cinco setores avaliados o estado teve desempenho positivo. O saldo foi de 1.586 vagas no setor de Serviços, 742 na Construção e 162 na Indústria. Os setores com variação negativa no período foram a Agropecuária (-746) e o Comércio (-166).
Com o resultado, o total de pessoas com carteira assinada no Rio Grande do Norte chega a 459,9 mil.
HISTÓRICO – Abril foi marcado pelo recorde histórico de 43 milhões de empregos formais no Brasil, o maior patamar já registrado na série histórica que tem início em janeiro de 2002. O país registrou um saldo positivo de 180 mil novos postos de trabalho. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2023 foram criados 705,7 mil empregos com carteira assinada em todo o Brasil.
ATIVIDADES – Os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldo positivo em abril. O setor de serviços foi o que teve melhor desempenho, responsável por 103 mil novos empregos formais. Na sequência aparecem comércio (27,5 mil), construção (26,9 mil), indústria (18,7 mil) e agropecuária (2,9 mil).
31 de maio de 2023 às 15:45
31 de maio de 2023 às 15:52
FOTO: MARCELO CAMARGO
O Rio Grande do Norte será um dos estados brasileiros menos impactados pela mudança da taxa do ICMS cobrada sobre o valor da gasolina a partir desta quinta-feira (1º). O valor será unificado para todo o país, com alíquota de R$ 1,22 por litro. O valor deverá ser revisado a cada semestre. Na prática, o imposto vai aumentar R$ 0,03 por litro, segundo o governo do RN.
A mudança do modelo de cobrança do ICMS foi aprovada em 2022 pelo Congresso Nacional. Com a definição da taxa em R$ 1,22, a maioria dos estados brasileiros deverá sofrer um aumento no preço do combustível, podendo chegar a reajustes de 5,8%, segundo estimativa de consultorias.
A expectativa é que o RN tenha a menor alta: 0,3%. Já Alagoas (-0,6%), Amazonas (-1,7%) e Piauí (-2,2%) deverão registrar redução de imposto.
Segundo o secretário de Tributação do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, a expectativa é de “impacto mínimo” para o consumidor potiguar.
“No caso específico do Rio Grande do Norte, o impacto vai ser muito pequeno. A carga que inside sobre a gasolina aqui no estado, no sistema atual, está na casa de R$ 1,19 por litro, e passará para R$ 1,22. Um impacto de R$ 0,03 por litro. É possível que não haja nem variação na bomba”, considerou o secretário.
A mudança foi considerada positiva pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), Maxwell Flor.
“Isso diminui sonegação e torna os estados mais competitivos. Hoje nossa carga tributária é bem acima da Paraíba e a partir de então esses preços tendem a se equilibrar mais”, considerou.
30 de maio de 2023 às 17:21
30 de maio de 2023 às 17:22
RIO GRANDE DO NORTE NA LSITA DOS ESTADOS ONDE A GASOLINA VAI SUBIR FOTO: Rebecca Maria
A nova sistemática de cobrança do ICMS, o imposto estadual, sobre a gasolina vai aumentar o preço final do combustível nos postos em quase todo o país. A partir da próxima quinta-feira, dia 1º de junho, o tributo passará a ser cobrado em valores, e não mais em percentual. Os estados acordaram uma alíquota fixa de R$ 1,22 por litro.
Na prática, segundo levantamento da Fecombustíveis, isso vai representar um aumento de impostos em quase todo o país. Apenas em três estados (Alagoas, Amazonas e Piauí) poderá haver queda.
Atualmente, a alíquota de ICMS varia de 17% a 22%. O percentual é calculado sobre um valor de referência, que é divulgado pelos governos estaduais a cada 15 dias. Assim, quando o preço da gasolina sobe nas bombas, o valor de referência usado pelos governos no cálculo do ICMS também aumenta, o que acaba por sua vez elevando o tributo cobrado e retroalimentando o impacto para o consumidor.
De acordo com dados da Fecombustíveis, com base nos dados do ICMS cobrado na segunda quinzena de maio, a maior alta vai ocorrer no Mato Grosso do Sul. A alíquota do ICMS atual no estado é de 17%. Considerando os valores da gasolina praticados nas bomba nas últimas duas semanas, isso representa uma alíquota de R$ 0,9233.
Como o ICMS ficará em R$ 1,22 em todos os estados a partir de quinta-feira, na prática, no Mato Grosso do Sul, haverá um acréscimo de 32% na cobrança do tributo da gasolina.
Veja abaixo o impacto em cada estado:
Estados onde o valor vai subir
Valor atual do ICMS, que vai subir para R$ 1,22 em junho
Acre – R$ 1,1854
Amapá -R$ 0,9478
Bahia -R$ 1,1419
Ceará -R$ 1,1534
Distrito Federal -R$ 1,0251
Espírito Santo -R$ 0,9668
Goiás – R$ 0,9328
Maranhão – R$ 1,0961
Minas Gerais – R$ 0,9790
Mato Grosso do Sul – R$ 0,9233
Mato Grosso – R$ 0,9514
Pará – R$ 1,0791
Paraíba – R$ 0,9629
Pernambuco – R$ 0,9643
Paraná – R$ 1,0024
Rio de Janeiro – R$ 1,0129
Rio Grande do Norte – R$ 1,2046
Rondônia – R$ 1,0489
Roraima – R$ 1,0530
Rio Grande do Sul – R$ 0,9298
Santa Catarina – R$ 0,9522
Sergipe – R$ 1,0501
São Paulo – R$ 0,9626
Tocantins – R$ 1,1676
Valor atual do ICMS, que vai cair para R$ 1,22 em junho
Alagoas – R$ 1,2553
Amazonas – R$ 1,3306
Piauí – R$ 1,3395
Impacto da alíquota única
Segundo a Petrobras, o ICMS hoje responde, em média, por 20,5%, em média, no preço final da gasolina. O consultor tributário Dietmar Schupp diz que ter uma alíquota única de ICMS no Brasil é importante.
– Mas o valor será maior, pois quando a alíquota fixa por litro foi calculada teve como base o preço maior da gasolina. O importante é que essa alíquota de R$ 1,22 será mantida por um ano – avalia Schupp.
O valor das alíquotas fixas foi definido em março deste ano pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Em maio, o diesel passou a ter uma cobrança de R$ 0,94 por litro. O mesmo ocorreu com o gás de botijão, cujo valor do ICMS passou a R$ 16,34. Com isso, o aumento do preço do gás subiu em 21 das 27 unidades da federação, disse o Sindigás, a associação do setor.
A mudança no ICMS da gasolina na quinta-feira virá acompanha de outra alteração. No dia 1º de julho está prevista a volta integral da cobrança de impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e o etanol, que foi zerada no período eleitoral pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mantida parcialmente pelo governo Lula, até o dia 30 de junho, via medida provisória.
Com isso, diz Para isso, calcula Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena, a estatal precisaria anunciar uma redução de 14% no preço nas refinarias para compensar as altas tributárias.
30 de maio de 2023 às 12:00
30 de maio de 2023 às 11:15
FOTO: ASCOM/UFRN
A fim de levar o que há de mais moderno em tecnologia para uma das atividades econômicas com maior efervescência do interior do estado, a produção têxtil, o Metrópole Parque, do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), faz parte de um novo projeto, conduzido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN), que promete digitalizar 180 oficinas de costura do RN.
Intitulada Mais Performance Moda, a iniciativa visa inserir pequenos negócios do ramo têxtil ao contexto da Indústria 4.0, fazendo com que o uso de tecnologia de gerenciamento de dados possa otimizar linhas de produção, diminuir perdas e ampliar resultados, o que contribui para o desenvolvimento e expansão de diferentes tipos de negócios.
A solução tecnológica empregada no projeto foi desenvolvida pela startup NUT – empresa vinculada ao Metrópole Parque especializada em coleta e uso de dados – e consiste em um sistema web, um aplicativo e um dispositivo de hardware que permitem ao usuário acompanhar toda a linha de produção de forma online. A proposta possibilita que a gestão solucione em tempo real possíveis gargalos na fabricação das peças, de modo a otimizar recursos humanos e materiais.
“Na prática, tanto o sistema como o aplicativo servem para o usuário monitorar, em tempo real, a produção das roupas em sua oficina. O sistema é conectado com a internet, de maneira que os dados são armazenados em nuvem e podem ser acessados toda vez que for preciso”, explica Dalila Monteiro, diretora de operações (COO) da NUT.
Já o hardware consiste em uma espécie de caixa pequena, acoplada na mesa dos operadores, por meio do qual é possível, ao toque de um botão, registrar o início e o término na produção de peças. Esse dispositivo é diretamente conectado ao sistema web, de modo que seus registros geram gráficos em tempo real e, a partir disso, apontam informações como produtividade por operador, gargalos, desempenho geral, tempos improdutivos, entre outras.
Busca por soluções
A proposta compõe uma das linhas de atuação prioritárias do Sebrae que tem o intuito de otimizar o setor têxtil do Rio Grande do Norte, diminuindo, para isso, os déficits produtivos. “Existem muitas lacunas de competitividade nesses empreendimentos, especialmente em suas relações com os grandes varejos da moda. As oficinas ainda não possuem conhecimento e o capital suficientes para investir em pesquisa, desenvolvimento e em equipamentos para inovação. Foi daí que surgiu a ideia de usar a tecnologia para solucionar ou reduzir esses problemas”, comenta Lorena Roosevelt, assessora do Conselho Deliberativo do Sebrae.
Com investimento inicial de R$ 650 mil, podendo chegar a mais de R$ 1,5 milhão na segunda fase, o Mais Performance Moda foi aprovado em primeiro lugar no edital Digital.BR – iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) que apoia projetos de transformação digital para negócios de micro, pequeno e médio porte.
Além do Sebrae/RN, do Metrópole Parque e da NUT, o projeto também recebe o apoio da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER).
Iniciada em outubro de 2022, a iniciativa é conduzida em duas etapas: fase piloto e escala. A primeira acontece junto a 60 oficinas e busca validar a tecnologia junto às empresas envolvidas, de modo a avaliar a adesão da solução digital nesses contextos de produção.
Uma vez validada a fase piloto junto à ABDI, a fase de escalada do Mais Performance prevê expansão para outras 120 oficinas do estado, de modo que todas recebam a solução completa e possam monitorar sua produção digitalmente.
As oficinas contempladas pelo projeto estão localizadas em diferentes municípios do estado, especialmente os situados na região Seridó – como Caicó, Currais Novos e Parelhas. Caso aprovada em sua totalidade, a iniciativa terá duração de um ano e oito meses.
Indústria potiguar
Atualmente, a indústria têxtil potiguar responde por 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, segundo a Fiern. Somente no contexto das oficinas de costura, essa atividade econômica gera mais de 4 mil empregos, conforme dados do próprio Sebrae.
Não obstante toda essa expressividade, segundo Lorena Roosevelt, existe uma lacuna competitiva entre as pequenas empresas confeccionadoras de peças e os grandes empreendimentos varejistas do mercado da moda. Exemplo disso é o fato das 180 oficinas têxteis mapeadas para o Mais Performance ainda utilizarem papel, ou planilhas, para registrar seus índices de produtividade.
Apesar de comum, a prática manual desconsidera uma série de vantagens inerentes à Indústria 4.0, como uso inteligente de dados para melhorias contínuas no processo fabril. Tal falta de modernização pode desencadear, especialmente com o mercado digital, uma defasagem frente ao que é exigido hoje pelo público consumidor.
“Sabemos que os requisitos de eficiência, produtividade e qualidade esperados pelo consumidor da moda são altos e crescem cada vez mais. Todo o contexto do consumo digital – em que se pesquisa mais e se tem um leque de opções de produtos muito maior do que antigamente – induz as grandes empresas têxteis a acompanharem esses padrões, o que também é repassado para as oficinas de costura”, comenta Lorena Roosevelt.
A solução, portanto, passa pelo fortalecimento da Indústria 4.0, que, mesmo não sendo comumente associada aos pequenos negócios – pode fazer a diferença na fabricação de peças em curta escala.
“Mesmo em uma produção completamente manual, como é a dessas oficinas, é possível extrair dados produtivos, especialmente aqueles relacionados ao tempo. O pequeno empresário pode identificar facilmente as razões de possíveis quedas de produtividade e tratar do problema em tempo hábil”, complementa Dalila Monteiro.
Em nível de mercado, o acesso a dados preconizado pela Indústria 4.0 também contribui, como ela explica, para o aumento da competitividade, visto que o acesso a indicadores garante às pequenas empresas mais segurança e transparência na hora de negociar com grandes corporações do ramo.
Para Vanderlúcia Oliveira, auxiliar administrativa da Zaja Confecções (oficina de costura do município de Cerro Corá (RN) com mais de 15 anos no mercado) a transformação digital promovida pelo Mais Performance tem gerado ganhos especialmente no quesito de otimização do tempo.
“O fato do gerente de produção não precisar mais apurar manualmente a produtividade de seus operadores nos permite ganhar tempo e, consequentemente, o nosso faturamento também é otimizado. Só temos ganhos, melhorias e pontos positivos com o dispositivo”, avalia Oliveira. A empresa atende clientes tanto do RN como de outros estados, contando com uma marca própria de roupas e empregando mais de 120 profissionais.
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