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Categoria: Economia

Preço do etanol tem maior aumento percentual no Rio Grande do Norte em uma semana

FOTO: GUSTAVO MORENO

Na última semana, o Rio Grande do Norte registrou o maior aumento percentual no preço do etanol hidratado em todo o país. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro do combustível passou de uma média de R$ 4,63 no dia 11 para R$ 4,74 (+2,38%) no sábado (17).

Segundo levantamento da ANP, os preços médios do etanol caíram em 14 estados e no Distrito Federal, aumentaram em outros nove estados (incluindo o RN) e permaneceram estáveis em três.

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com maior número de postos avaliados, o preço médio caiu 0,82% na semana, passando de R$ 3,66 para R$ 3,63. A maior queda percentual ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol foi de R$ 4,30 para R$ 4,23 (-1,63%).

Na semana, o menor preço registrado para o etanol em um posto foi de R$ 3,09 o litro, em Goiás e São Paulo. Já o maior preço estadual, de R$ 6,29, foi registrado no Rio Grande do Sul. O estado com o menor preço médio, de R$ 3,46, foi Mato Grosso, enquanto o Amapá apresentou o maior preço médio, com R$ 5,26 o litro.

Em comparação mensal, o preço médio do etanol no país teve uma queda de 7,82%, passando de R$ 4,09 para R$ 3,77 o litro. O Rio Grande do Norte também foi o estado com o maior aumento percentual no período, com 6,04% de aumento, indo de R$ 4,47 para R$ 4,74 o litro. Por outro lado, Mato Grosso registrou a maior queda percentual no mês, com -9,19%, passando de R$ 3,81 para R$ 3,46 o litro.

Quanto à competitividade, o etanol ficou mais vantajoso em relação à gasolina apenas em Mato Grosso e em São Paulo durante a semana de 11 a 17 de junho. Nos demais estados e no Distrito Federal, abastecer com gasolina ainda era mais favorável.

De acordo com o levantamento da ANP, a média dos postos pesquisados no país mostrou que o etanol teve uma paridade de 69,81% em relação à gasolina, ou seja, estava mais vantajoso em comparação ao derivado de petróleo. Em Mato Grosso e em São Paulo, essa paridade foi de 63,37% e 68,75%, respectivamente.

Executivos do setor observam que o etanol pode continuar competitivo mesmo com uma paridade acima de 70%, dependendo do veículo em que o biocombustível é utilizado.

Procon Natal consta aumento no preço da espiga de milho verde na capital

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O consumidor natalense está pagando mais caro pelo milho das festas juninas. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, o aumento, em relação ao ano passado, chega a 23,68%. O levantamento foi feito nas duas primeiras semanas do mês e percorreu as tradicionais feiras, pontos de vendas locais e supermercados.

As espigas de milho verde, segundo a pesquisa, estão sendo comercializadas a um preço médio de R$ 0,95. Em 2022 o consumidor local pagava, em média, R$ 0,73, ou seja, um aumento de R$ 0,22 de um ano para o outro.

Os pesquisadores do Procon Natal estiveram nas feiras montadas no Conjunto Santa Catarina, Igapó, Panorama, Carrasco e Rocas. O preço médio encontrado nas feiras livres foi de R$ 1,00, na primeira e segunda semana do mês. A pesquisa também abrangeu os pontos tradicionais de vendas como o Centro de Agricultura da Família, Canteiro das avenidas das Alagoas, João Medeiros Filho, Itapetinga, Tomás Landim.

Este ano a prefeitura abriu dois pontos de vendas de milho verde. Um na praça da árvore em Mirassol e outro no largo do Arena das Dunas. O preço médio da espiga de milho nesses locais foi de R$ 1,00 na primeira semana e de R$ 0,80 na segunda semana, a redução no preço encontrada na segunda semana deve-se ao aumento nos pontos de vendas, crescendo a concorrência.

Nos estabelecimentos comerciais (supermercados e similares) os pesquisadores encontraram o produto  vendido em bandeja com cinco unidades.  Nesse caso, o preço médio, na primeira semana foi de R$ 8,55. Na segunda semana, nos mesmos estabelecimentos, a pesquisa encontrou um preço médio de R$ 7,75. 

A mão de milho com 50 unidades, foi encontrada a um preço médio de R$ 41,25.  No ano passado essa mesma quantidade de milho era vendida por R$ 36,25, ou seja, uma variação de 12,12%, isso representa um custo para o consumidor de R$ 5,00 de um ano para o outro.

Mão de milho

Nas feiras livres no ano passado o preço médio encontrado pela pesquisa foi de R$ 35,00, Já esse ano o preço médio da mão de milho nas feiras é de R$ 40,00, de acordo com a pesquisa feita na primeira e segunda semanas do mês. O maior preço encontrado pela pesquisa foi de R$ 45,00 e o menor a R$ 30,00.

Nos pontos de venda, a mão de milho apresentou preço médio de R$ 42,50, enquanto no ano passado era vendido a R$ 37,50. Na primeira semana desse ano o preço médio da mão de milho nos pontos de venda era de R$ 45,00, já na segunda semana o preço médio encontrado foi de R$ 40,00, uma redução de R$ 5,00.

Após críticas, 3R Petroleum diminui preço da gasolina do RN em 6 centavos

FOTO: DIVULGAÇÃO

A Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, na Costa Branca potiguar, baixou em cerca de R$ 0,06, os preços da gasolina e do diesel vendidos à distribuidoras no Rio Grande do Norte. A decisão ocorreu após a 3R Petroleum, empresa que assumiu há alguns dias o controle da refinaria, ser duramente criticada na 96 FM por chegar já com um anúncio de elevação nos valores, o que fez ser mais barato para os postos do Rio Grande do Norte “importarem” gasolina da Paraíba, que comprar no próprio Estado – veja no vídeo acima:

Os novos valores foram consultados nos preços de produtos disponibilizados publicamente no site da empresa, conforme norma da Agência Nacional de Petróleo (ANP). No caso do diesel, a redução foi de quase R$ 0,07. No dia em que a 3R Petroleum assumiu as operações da refinaria, a empresa aumentou em R$ 0,51 no preço do óleo diesel A S500 vendido às distribuidoras. No caso da gasolina tipo A, a alta chegou a R$ 0,23.

Em reunião com a nova empresa proprietária da Refinaria Clara Camarão, na última terça-feira (13), o governo do Rio Grande do Norte demonstrou preocupação com o aumento do preço dos combustíveis vendidos para o mercado local desde a semana passada. Segundo comunicado do governo, a governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou estar preocupada com o preço da gasolina acima da média praticada na região Nordeste.

“Em que pese o respeito à autonomia da empresa e às suas decisões, eu não posso deixar de ressaltar a importância de se manter um preço justo dos combustíveis vendidos na refinaria Clara Camarão. Isso tem impacto direto na economia e na vida das pessoas”, disse.

Na primeira visita oficial depois de assumir as operações do Polo Potiguar, onde a refinaria está incluída, o diretor presidente da 3R Petroleum, Matheus Dias, apresentou à governadora um resumo dos planos da empresa para o estado.

Com informações do G1

Gasolina tem aumento de R$ 0,31 em Natal, aponta Procon; confira os menores preços

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) realizou, na última segunda-feira (12), uma pesquisa de preço dos combustíveis na capital potiguar. O estudo identificou aumento de R$ 0,31 no preço da gasolina comum em relação ao mês anterior.

De acordo com o Procon, o litro do combustível custava, em média, R$ 5,51 em maio. Nessa semana, já em junho, o preço médio constatado foi de R$ 5,82. O etanol também sofreu variação. Segundo a pesquisa, o valor médio do combustível teve alta de R$ 0,35, subindo de R$ 4,47 para R$ 4,83.

Já o Gás Natural Veicular registrou redução de apenas R$ 0,01, caindo de R$ 4,38 em maio para R$ 4,37 em junho. Por sua vez, o diesel anotou queda de R$ 0,50 no valor médio. Segundo o Procon, o combustível custava R$ 5,50 em maio e teve redução no preço para R$ 5.

O Procon Natal realiza pesquisa de preço de combustível mensalmente em 84 postos de gasolina na cidade do Natal, contemplando as quatro regiões da cidade, analisando os preços entre o mês atual e o anterior.

“Mesmo com preços altos encontrados nas bombas para o consumidor final, em relação ao anterior, o Procon Natal ratifica o quanto é importante o consumidor pesquisar antes de abastecer seu veículo”, pontuou.

Como denunciar

Caso o consumidor, identifique preços muito acima da média encontrada pela pesquisa do Procon Natal, tem que fazer a denúncia com posse do cupom fiscal emitido pelo posto de combustível, na sede do órgão, localizado na rua Ulisses Caldas n° 181, Cidade Alta ou pelos canais de atendimento ao consumidor: telefone: (84) 3232-9050, WhatsApp: (84) 98812-3865 e e-mail: [email protected], para medidas administrativas cabíveis.

Portal da Tropical

Expofruit completa 30 anos em 2023 e espera movimentar R$ 80 milhões

 O EVENTO JÁ COMERCIALIZOU 80% DOS ESTANDES E COM INCREMENTO NO NÚMERO DE EXPOSITORES PASSARÁ A SER A MAIOR FEIRA DO SETOR DA FRUTICULTURA NA AMÉRICA LATINA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Entre 23 a 25 de agosto, será realizada mais uma edição da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – Expofruit, em Mossoró/RN. Um dos eventos mais importantes do agronegócio e da fruticultura irrigada brasileira tem a expectativa de movimentar uma média de  R$ 80 milhões e trazer muitas novidades para o setor produtivo da região.

A feira terá como tema “A riqueza das nossas frutas conquistando o mundo”, reforçando o crescimento das exportações do segmento ocorrido nos últimos anos. “O Rio Grande do Norte é atualmente o maior exportador de frutas do Brasil e tivemos, nos últimos cinco anos, um bom crescimento no volume de exportações. Somente no ano passado, obtivemos um volume total de 253,6 mil toneladas de frutas exportadas, o que representou US$ 163 milhões. As frutas produzidas aqui abastecem quase 20 países, com destaque para a União Europeia, Estados Unidos, Rússia, Canadá, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e diversos países do Oriente Médio”, afirma o presidente do Coex – Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte, Fábio Queiroga, entidade realizadora da Expofruit.

De acordo com o diretor comercial da feira, João Manoel da Silveira Neto, as vendas estão aquecidas e já foram comercializados mais de 80% dos espaços da feira. “Como esse ano teremos uma feira maior, estamos vendo essa procura com um ótimo indicativo de que teremos mais uma grande Expofruit. A maior nesses 30 anos e nos tornaremos a maior no segmento da fruticultura irrigada na América Latina”.

 Nessa edição, a Expofruit terá uma estrutura maior com 420 estandes, cem a mais em relação à última feira,  que serão distribuídos numa área total de 15 mil m2 e estão sendo comercializados a R$ 4.600. Os interessados podem obter mais informações sobre o evento e a venda dos estandes pelos telefones (84) 3312.6939 e 99950-7931 e pelo email [email protected].

A Expofruit 2023 é uma realização do COEX – Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN) e da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) e conta com a promoção da PromoExpo.  A feira tem o patrocínio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, da Prefeitura de Mossoró/RN, Banco do Nordeste, Secretaria da Agricultura da Pecuária e da Pesca do Rio Grande do Norte, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RN (Crea/RN) e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Também possui o apoio do Governo Cidadão, Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn),  Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), Sistema Fiern, Sistema Faern/Senar, Companhia Docas do RN e Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

Encontro promovido pela Fecomércio e LIDE RN esclarece pontos da nova Reforma Tributária aos empresários

FOTO: DIVULGAÇÃO

Autoridades, empresários e especialistas estiveram reunidos nesta segunda-feira, 12, durante o Encontro-Debate com o tema Brasil em Foco: Debatendo a Reforma Tributária, promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN) e o LIDE RN (Grupo de Líderes Empresariais do Rio Grande do Norte), no Hotel Holiday Inn Natal. 

O evento contou com a participação do secretário extraordinário da Reforma Tributária do Governo Federal, Bernard Appy; o diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Guilherme Mercês; e o secretário estadual da Fazenda e presidente do Comsefaz, Carlos Eduardo Xavier. 

O evento foi mediado pelo presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, e pelo presidente do LIDE RN, Jean Valério, e contou com a presença dos deputados federais, João Maia, Benes Leocádio, Fernando Mineiro, General Girão e Sargento Gonçalves.

A reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional é um tema de extrema importância com impactos relevantes para a economia do país e do estado. Na ocasião, os especialistas apresentaram um panorama com as implicações das mudanças propostas no sistema tributário.

Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, o país necessita de um crescimento econômico sólido a partir de um melhor ambiente de negócios. “Essas discussões são essenciais para garantir a geração de emprego e renda para os brasileiros. Infelizmente, vivemos em um país com uma carga tributária complexa e excessivamente elevada, o que gera inúmeras dificuldades para os empreendedores e população em geral”, afirmou Queiroz.

Para o secretário extraordinário da Reforma Tributária no Governo Federal, Bernard Appy, a proposta em questão se trata de uma reforma de país. “Isso já vem sendo discutido desde 2019 e já está bastante amadurecido no âmbito do Congresso Nacional. A nossa percepção é de que hoje exista um ambiente favorável à aprovação”, analisa Appy. 

O secretário da Fazenda do Estado, Carlos Eduardo Xavier, explica que há uma leitura, por parte do Governo do RN, de que a proposta atual precisa ser remodelada e que dialogue com o futuro do país nas próximas décadas. “É uma reforma que visa simplificar o nosso sistema tributário mas, também, trazer um viés de justiça social”, afirmou o titular da pasta estadual.   

Setor de Serviços

Atualmente, parte das premissas defendidas pelos empresários do setor terciário foi contemplada na nova proposta, mas, de acordo com a classe produtiva, é preciso garantir uma alíquota diferenciada para todo o setor de serviços. 

Por conta do aumento da carga tributária para o setor de Serviços, que pode crescer em mais de 70%, a Confederação Nacional do Comercio (CNC), defende que deve haver alíquotas diferenciadas não apenas para segmentos específicos – o proposto inicialmente é que haja distinção apenas para as áreas de saúde, educação e transporte público –, mas para todo o setor de Serviços.

Para que não haja aumento da carga tributária para o setor, a CNC propõe uma alíquota máxima de 10,7% para o segmento de Serviços.

De acordo com o diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, a entidade entende que o sucesso da reforma tributária também depende da não cumulatividade plena, bem como crédito para empresas do Simples Nacional.

“A CNC tem apresentando cálculos de impacto e propostas concretas, em frequentes reuniões com os Poderes Executivo e Legislativo. Também temos promovido momentos com os empresários para esclarecer o tema, como este evento que realizamos hoje”, disse Mercês.

O presidente do LIDE, Jean Valério, afirmou que a iniciativa é uma forma de esclarecimento aos empresários “para que possam entender as mudanças previstas e como elas podem impactar a economia do estado”.

A ideia do evento é que as discussões geradas possam resultar em sugestões de mudanças no sistema tributário, além de ser uma oportunidade para que empresários e lideranças locais possam contribuir para o debate nacional.

Dia dos namorados: pesquisa mostra como tributos encarecem presentes

FOTO: VALTER CAMPANATO

Na próxima segunda-feira (12) será comemorado o Dia dos Namorados, mas, de um modo geral, o consumidor não sabe quais são as taxas de tributos que incidem nos principais produtos que compõem a lista de presentes mais procurados nesta época do ano.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra as taxas de tributo projetadas para este ano que impactam no preço final para o consumidor. O perfume importado, por exemplo, é taxado com 78,99%, e o nacional, com 69,13%. No caso do importado, o diretor do IBPT, Carlos Pinto, explicou que pesam também o imposto de importação, o frete, a dolarização, o desembaraço aduaneiro e a taxa de comércio exterior, que elevam o preço do produto internamente.

Os chocolates, sempre lembrados como presente, são tributados em 39,61% e as flores naturais, em 17,71%. Objetos pessoais, como relógios, tem taxação de 56,14% e joias, de 50,44%. Se a opção for por bijuterias, os impostos serão de 43,36%.

No caso de livros, que não têm taxação na saída, os impostos alcançam 15,52%, porque consideram fatores como produção na indústria editorial, energia elétrica, equipamentos, funcionários, frete, gasolina. Outros produtos, como bolsas,têm taxa de tributo que pode atingir 39,95% de cobrança. O preço dos presentes fica mais alto para o consumidor porque os produtos são taxados dentro do país.

Regressividade

Uma característica do sistema tributário brasileiro é esse acúmulo sobre o consumo, disse Carlos Pinto à Agência Brasil. “A gente tem aí um tributo que entra na base de outro tributo, e isso faz com que haja uma parcela extremamente grosseira dentro de um produto que é relativo à tributação”. Ele considera o sistema de tributação brasileiro antagônico ao sistema mundial. Na regra geral, existem três fontes de receita do governo: renda (Imposto de Renda); patrimônio (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, Imposto Predial e Territorial Urbano, Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis-ITBI); e consumo.

Quando se tem uma carga tributária elevada sobre o consumo, “não há escapatória para o contribuinte. Porque [no caso de] um carro, por exemplo, que é patrimônio, ele pode dizer que não vai comprar porque o imposto está muito caro. Mas, no consumo geral, não tem jeito. É armadilha, e todo mundo cai”. No Brasil, esse imposto é por dentro. Ou seja, o consumidor não sabe quanto está pagando.

De acordo com Carlos Pinto, o sistema tributário no Brasil é regressivo porque ricos e pobres pagam carga tributária igual sobre um mesmo produto. Em uma geladeira que custa, por exemplo, R$ 3 mil, a carga tributária é de 60%, o que significa que R$ 1,8 mil são tributos. Para um trabalhador que ganha salário mínimo, R$ 1,8 mil representam cerca de 140% do salário dele; quem ganha R$ 10 mil paga 18% do salário. “O sistema regressivo do Brasil é extremamente prejudicial”, afirmou.

Reforma

Para Carlos Pinto, a reforma tributária que está em análise pelo governo é, na verdade, uma simplificação de tributos que incidem sobre o consumo.

“Aí, a gente está falando de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/COFINS)”. Esse momento demonstra a necessidade de fato de o Brasil adotar uma política transparente dos tributos que estão sendo pagos., acrescentou.

A carga de tributos acumulada da indústria até o consumidor final faz com que o produto fique extremamente oneroso. E em épocas em que a oferta é superior, o preço aumenta, o tributo sobe, e toda a cascata aumenta. “´É o efeito cascata que a gente tem.”

Impostômetro

Fundado em 1992, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) dedica-se ao estudo do complexo sistema tributário no país e é reconhecido pelo uso de uma linguagem clara e precisa à sociedade sobre a realidade tributária brasileira.

O IBPT calcula os tributos diretos e os indiretos que estão na etapa de produção.

O instituto também lançou bases e fundamentos para viabilizar a lógica da transparência fiscal, promovendo conscientização tributária, através de projetos como o Impostômetro e o De Olho no Imposto, entre outros. O cadastro é atualizado anualmente ou sempre que a legislação é alterada, como ocorreu na recente mudança no ICMS.

Agência Brasill

Após 3R Petroleum assumir, ficou mais barato “importar” gasolina da Paraíba que comprar no RN

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Um dia depois de assumir a refinaria Clara Camarão, em Guamaré, e aumentar o preço da gasolina e do diesel, a empresa 3R Petroleum acabou por transformar os combustíveis vendidos em Paraíba mais vantajosos do que o comercializado no Rio Grande do Norte, para revendedores do próprio RN. A informação foi trazia por exclusividade por Dinarte Assunção, no Jornal das 6, nesta sexta-feira (9).

Segundo Dinarte, uma tabela recebida por ele (veja o trecho no vídeo acima), mostra que, mesmo pagando frete, é mais barato para os revendedores comprarem gasolina na Paraíba que no Rio Grande do Norte. Por isso, não foram poucas as críticas a medida do 3R Petroleum.

No caso da gasolina tipo A, a alta é de R$ 0,23. A comparação foi feita por empresários e distribuidoras com base nos dados de preços dos produtos disponibilizados pela Petrobras no dia 1º de junho e os preços disponibilizados nesta quinta (8) no site da 3R Petroleum, que assumiu as operações da refinaria.

No dia 1º, a gasolina era vendida pela Petrobras à distribuidoras por R$ 2,68. O novo preço disponibilizado no site da 3R Petroleum é de R$ 2,91. No caso do diesel, o preço passou de R$ 2,85 para R$ 3,36.