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Categoria: Economia

Tarifaço: Exportação de tilápia do país deve praticamente zerar

FOTO: FREEPIK

A exportação de tilápia pelo Brasil aumentou 52% em volume, a 8 mil toneladas, no primeiro semestre em comparação com igual período do ano passado. Em faturamento, foram 36 milhões de dólares, com 95% dos embarques destinados aos Estados Unidos, diz em nota a associação que representa o setor no país, a Peixe BR.

Entretanto, os embarques externos podem ser praticamente zerados neste semestre após o tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil – e a tilápia, o principal peixe exportado, não ficou de fora.

Conforme o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, antes do tarifaço, a expectativa era de que o volume crescesse ao longo do ano, com o Brasil liderando os envios para norte-americanos.

– Mas o anúncio recente do governo americano alterou as projeções – lamenta o dirigente.

A tarifa de 40%, que se somou à de 10% fixada em abril pelos EUA, passou a valer em 6 de agosto.

Medeiros acrescenta que a tarifa de 50% deve resultar em um segundo semestre com “exportações próximas de zero”.

– Isso agravará a crise no mercado interno, diante do aumento da oferta e, principalmente, da entrada de filé de tilápia do Vietnã, que deve piorar ainda mais a situação – disse.

Neste cenário, a Peixe BR comenta que busca alternativas para exportar filés de peixe, sobretudo tilápias, para outros mercados.

Pleno News

Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses, diz IBGE

FOTO: MARCELLO CASAL JR

Ao divulgar a inflação oficial de julho nesta terça-feira (12), que marcou 0,26%, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou uma percepção que não era registrada no país há mais de um ano: depois de 18 meses, o preço do café moído caiu.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou que o café recuou 1,01%. Nos 18 meses anteriores, a alta do produto chegou a 99,46%, ou seja, praticamente dobrou de preço.

Com o recuo de julho, o café soma alta de 41,46% no ano e de 70,51% em 12 meses. A inflação anual do café moído faz do item o segundo com maior influência de alta no IPCA do mesmo período (5,23%), respondendo por 0,30 ponto percentual (p.p.). Fica atrás apenas das carnes, que representam 0,54 p.p. (alta de 23,34%).

Queda de preço

Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, a queda de preço no mês passado é resultado da safra e não pode ser atribuída ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

“São números de julho”, diz Gonçalves, destacando que a cobrança de 50% sobre produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos, entre eles o café, só começou no último dia 6.

“[Em julho], já estava começando a colheita, uma oferta maior no campo. Pode ser efeito dessa maior oferta”, sugere o analista.

Com a colheita, mais café fica à disposição para ser ofertado, fazendo com que a pressão provocada pela demanda dos consumidores caia e, consequentemente, os preços recuam.

Esse efeito, aliás, é um reflexo esperado também a partir do tarifaço, caso os produtores de café não consigam encontrar outros países que comprem o produto brasileiro, uma vez que as tarifas vão encarecer o café e fazer compradores americanos pensarem duas vezes antes de adquirir o item.

“Tendo uma oferta maior do produto, a tendência é redução de preços”, opina Gonçalves.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), a alta do café nos 18 meses anteriores a julho era explicada por fatores como eventos climáticos, que prejudicaram a safra do grão, e por maior demanda mundial, impulsionada pelos chineses, que aumentaram o consumo da bebida.

Procon Natal aponta aumento nos preços dos combustíveis na capital

FOTO: MARCELLO CASAL JR

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) identificou aumento nos preços dos combustíveis em relação ao mês anterior. A pesquisa, realizada em 87 postos das quatro regiões da cidade, constatou reajustes em todos os produtos avaliados.

A gasolina comum teve alta média de 3,23%, passando de R$ 6,10 para R$ 6,30. A gasolina aditivada subiu 3,13%, indo de R$ 6,15 para R$ 6,34. O diesel comum aumentou 1,78% (de R$ 6,05 para R$ 6,16) e o diesel S-10 subiu 1,27% (de R$ 6,09 para R$ 6,17). O etanol registrou alta de 3,20%, passando de R$ 4,98 para R$ 5,14, enquanto o GNV subiu 1,52%, chegando a R$ 5,21.

Segundo o levantamento, 77% dos postos reajustaram a gasolina comum e 72% aumentaram o preço do etanol. No caso do diesel S-10, 38% dos estabelecimentos ajustaram os valores.

Ponta Negra News

Ordem dos Economistas do Brasil homenageia Milei como ‘Economista do Ano’

FOTO: REDES SOCIAIS

O presidente da Argentina, Javier Milei, foi condecorado nesta segunda-feira (11) com o prêmio de Economista do Ano de 2025, concedido pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). A entrega ocorreu na Casa Rosada, sede da presidência da República Argentina, em Buenos Aires.

Segundo os especialistas da OEB, a escolha de Milei reconhece a agenda de estabilização econômica defendida veementemente pelo presidente argentino. A entidade tem sede em São Paulo e homenageia personalidades da área econômica.

No entanto, a premiação não é consensual no meio dos profissionais brasileiros. O Conselho Federal de Economia (Cofecon), setor que regula a profissão no país, divulgou em fevereiro deste ano, no qual afirmava que não reconheceria a honraria atribuída a Milei. O posicionamento expôs divergências entre as instituições pela escolha do presidente argentino.

O reconhecimento ocorre meses após reuniões prévias entre representantes da OEB e Milei, quando a escolha foi comunicada e a entrega formal ficou prevista para agosto.

Diário do Poder

RN registra sexto menor custo do m² no Brasil em julho

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Rio Grande do Norte teve, em julho, o sexto menor custo médio de construção do metro quadrado (m²) do país. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor registrado foi de R$ 1.725,35, uma variação de 0,12% em relação a junho, quando o custo médio ficou em R$ 1.723,52.

O levantamento integra o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). Com esse resultado, o estado subiu da sétima para a sexta colocação entre os menores custos do m² no Brasil.

Materiais e mão de obra

O custo médio é formado por dois componentes: materiais, que em julho ficaram em R$ 1.059,80 (alta de 0,29% frente a junho), e mão de obra, que registrou R$ 665,55 (queda de 0,16% no mês). No quesito mão de obra, o RN obteve o segundo menor custo médio do país, ficando à frente apenas de Sergipe (R$ 646,70).

Variação anual

No acumulado de 2025, o custo médio do m² no estado subiu 2,40%, o terceiro menor aumento entre os estados do Nordeste. Sergipe (1,66%) e Paraíba (1,47%) tiveram índices menores, enquanto Alagoas apresentou a maior alta da região, com 3,08% no mês e 5,86% no ano.

Nos últimos 12 meses, o RN registrou variação acumulada de 3,53%.

Sobre o Sinapi

O Sinapi é produzido pelo IBGE em parceria com a Caixa Econômica Federal e fornece séries mensais de custos e índices para a construção civil, sendo usado para planejamento e avaliação de orçamentos, especialmente no setor público.

Porto de Natal receberá R$ 130 milhões em investimentos para modernização e ampliação da capacidade operacional

FOTO: SANDRO MENEZES

Em cerimônia realizada nessa segunda-feira (11), a governadora Fátima Bezerra e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciaram um pacote de investimentos no Porto de Natal que soma R$ 130 milhões. As medidas têm como objetivo modernizar a infraestrutura, aumentar a segurança e ampliar a capacidade operacional do terminal, com impacto direto no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte e na geração de empregos.

O evento aconteceu no Terminal Marítimo de Passageiros, na Rua Chile, bairro da Ribeira, e contou com a presença de autoridades estaduais, federais e representantes do setor produtivo. Entre as ações anunciadas está a reforma de armazéns e galpões, com a instalação de usina fotovoltaica, orçada em R$ 9,3 milhões, visando modernizar as instalações elétricas, reduzir custos operacionais e promover a sustentabilidade.

A dragagem do canal de acesso, no valor de R$ 60 milhões, está com licitação em andamento e recursos assegurados. A obra vai aprofundar o calado do porto, permitindo a atracação de navios de maior porte.

Também estão previstos R$ 52 milhões para a construção das defensas da Ponte Newton Navarro e R$ 10 milhões para instalação de dolfins, que são estruturas que auxiliam na amarração e atracação das embarcações, garantindo maior segurança à navegação e preservação das estruturas portuárias. Outro destaque é o estudo para implantação do Porto-Indústria Verde, que contará com aporte de R$ 11,6 milhões para planejamento logístico e ambiental voltado a projetos de energia eólica offshore, hidrogênio verde e múltiplos usos.

Desenvolvimento econômico e logístico

A governadora Fátima Bezerra destacou que os investimentos representam um marco para a infraestrutura potiguar. “Hoje é um dia histórico para o Rio Grande do Norte com a confirmação de mais de R$ 130 milhões para modernizar o Porto de Natal, incluindo dragagem, defensas da Ponte Newton Navarro e o projeto do Porto-Indústria Verde. Esses recursos vão fortalecer a logística, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado. Agradeço ao presidente Lula e ao ministro Silvio Costa pelo apoio fundamental para tornar esses avanços realidade”, afirmou.

O estudo para o Porto-Indústria Verde integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e prevê início em agosto de 2025, com conclusão estimada para setembro de 2027.

Ministro reforça retomada de obras

O ministro Silvio Costa Filho lembrou que a dragagem do Porto de Natal não é realizada desde 2009 e que as obras são fundamentais para ampliar a competitividade do estado. “A governadora Fátima Bezerra nos procurou para a recuperação das defensas da Ponte Newton Navarro e a dragagem do porto, ações que irão aumentar a capacidade de escoamento da produção e impulsionar o desenvolvimento”, disse.

Exportações e operação contínua

O evento também marcou o lançamento da exportação da safra 2025/2026 de frutas, com expectativa de movimentar 300 mil toneladas — resultado da parceria entre a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) e a Agrícola Famosa, consolidando o Porto de Natal como referência nacional na exportação de frutas.

Segundo o diretor-presidente da Codern, Paulo Henrique Macedo, as intervenções fazem parte de um conjunto de ações para revitalizar a infraestrutura portuária. “A obra das defensas da ponte, por exemplo, permitirá operação 24 horas por dia, algo que hoje não é possível. A dragagem está em fase final de licitação e as defensas serão executadas diretamente pela Codern”, explicou.

Portal 98 FM

Fertilizantes: nova taxação dos EUA pode ser fatal para o agro brasileiro

FOTO: DIVULGAÇÃO

As novas sanções dos Estados Unidos a países parceiros comerciais da Rússia ligaram o alerta vermelho no agronegócio brasileiro. O Brasil é totalmente dependente da importação de fertilizantes: 85% de todo o insumo usado no Brasil é produzido no exterior. E, para piorar, mais de 25% de todos os fertilizantes importados têm origem na Rússia. Além das tarifas já impostas, os países que compram petróleo russo estão sujeitos a 25% de tarifas adicionais caso continuem esse comércio.

Relações íntimas

A Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes ao Brasil, sobretudo potássio (40%), fosfato monoamônico (53%) e ureia (20%).

Más notícias

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás de China, Índia e EUA e o maior importador mundial de fertilizantes.

Mau caminho

Sob o terceiro governo Lula, o Brasil multiplicou em 6.000% as importações de óleo diesel da Rússia.

Afronta ao embargo

A decisão de Lula de aumentar as importações da Rússia afronta o embargo mundial àquele país por causa da invasão da Ucrânia.

Diário do Poder

RN registra crescimento de 42% nas exportações em Julho e superávit de US$ 20,3 milhões

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Em julho de 2025, o Rio Grande do Norte alcançou uma corrente de comércio exterior de US$ 94,6 milhões, representando um impressionante crescimento de 13,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. O estado registrou um superávit comercial de US$ 20,3 milhões neste mês. No acumulado de janeiro a julho, as relações comerciais potiguares já movimentaram US$ 815,3 milhões, consolidando-se como um vetor dinâmico da atividade econômica estadual, conforme apresentado no Boletim da Balança Comercial do RN – Nº 10/2025.

As exportações potiguares totalizaram US$ 57,6 milhões em julho, refletindo um aumento significativo de 42% em relação a julho de 2024. Os principais produtos exportados incluem óleo combustível, bulhão dourado em formas brutas, açúcares de cana, mamões frescos e sal marinho. Os principais parceiros nas exportações foram Panamá, Canadá, Estados Unidos, Portugal e China.

Por outro lado, as importações atingiram US$ 37,3 milhões. Os principais produtos importados foram outras gasolinas (exceto para aviação), trigos e misturas de trigo com centeio, hulha betuminosa, conversores elétricos estáticos e óleo diesel. Os principais destinos das importações foram Estados Unidos, China, Argentina, Colômbia e Espanha.

De acordo com a Equipe Técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), os resultados reafirmam a capacidade competitiva do estado no cenário internacional. “O crescimento robusto das exportações reflete o desempenho de setores estratégicos como petróleo, mineração e fruticultura”, destacam os pesquisadores.

Além disso, a expansão da corrente de comércio evidencia uma diversificação dos parceiros internacionais e uma pauta de exportações mais sofisticada. Isso contribui para aumentar o valor agregado da produção local e gerar empregos formais em diversas regiões do estado.

Diário do RN