SELO BLOG FM (4)

Categoria: Economia

Petrobras descobre petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar

FOTO: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PETROBRAS

A Petrobras descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, da Concessão POT-M-762_R15. O poço 1-BRSA-1390-RNS (Anhangá) está situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá. Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

A companhia pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial.

Com informações de Blog do Heitor Gregório

Petrobras: Saída de Jean seria mau sinal para o mercado e perda para o RN, dizem analistas

FOTO: REPRODUÇÃO

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, enfrenta um período de incertezas quanto à sua permanência à frente da companhia. Os rumores sobre sua saída ganharam força nos últimos dias após desentendimentos públicos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira, e após a Petrobras reter a distribuição dos dividendos extraordinários para acionistas. Na noite desta segunda-feira 8, o presidente Lula se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de decidir o futuro de Prates.

Diante do impasse, o AGORA RN ouviu dois especialistas sobre os efeitos práticos que a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras causaria, não apenas à direção da própria estatal em nível nacional e do Rio Grande do Norte, como também ao desenvolvimento econômico e administrativo desta.

O economista Janduir Nóbrega ressalta a relevância da manutenção de critérios técnicos na seleção da liderança da Petrobras.

“O principal é a perda de credibilidade e governança. Em uma saída via processo diferente do que está inserido no Estatuto e na dinâmica própria de escolha definida pela Petrobras, o fato sinaliza uma possível tendência de interferência política causando, dentre outros, a diminuição de valor da empresa”, destacou.

Segundo o economista, essa interferência política pode gerar um desequilíbrio mercadológico significativo. “Somado a isso, como consequência, um desequilíbrio mercadológico que poderá ficar muito mais caro à sociedade brasileira do que tem sido o estrago causado pela Operação Lava Jato, por exemplo”, alertou Nóbrega.

Já o cientista político Thiago Medeiros enfatizou o fato de o presidente Lula ter buscado para comandar a Petrobras um líder que reunisse conhecimento técnico, mas também as relações sólidas com o mercado. E lembrou que Jean se destacou no Senado, sendo relator e proponente de diversos projetos relacionados às energias.

“Se mostrou, durante sua trajetória no Senado, uma ideia muito forte de uma Petrobras forte e voltada como empresa de energia, não apenas de petróleo”.

Para ele, a trajetória de Jean na presidência da Petrobras foi marcada por uma valorização das ações da empresa. “Havia quedas mais voltadas para questões políticas do que para questões de gestão”, ressaltou, destacando que, apesar dos embates públicos, como os ocorridos com o ministro de Minas e Energia, Jean conseguiu blindar a Petrobras de interferências políticas ao escolher uma diretoria técnica competente.

Thiago defendeu ainda que Jean Paul Prates não apenas protegeu a estatal de turbulências políticas de curto prazo, mas também delineou um plano estratégico de longo prazo, vislumbrando uma Petrobras como empresa de energia renovável. “Ele pensa em 30, 40, 50 anos, posicionando a Petrobras para o declínio do petróleo. Por ser um nome respeitado e bem-visto pelos acionistas, a saída dele provavelmente resultará em uma queda nas empresas”, alertou.

IMPACTO PARA O RN. Para o Rio Grande do Norte, estado com grande potencial em energias renováveis, a gestão de Jean na Petrobras tem sido crucial, ele avalia. “Ele olha para o estado que tem o maior potencial de energias eólicas, olha para o Rio Grande do Norte”, destcou, lembrando que a saída deste pode comprometer investimentos, reformas e novos projetos no Estado.

“Se a Petrobras sai das mãos de Jean Paul, dificilmente teremos um investimento tão significativo no Rio Grande do Norte”, afirmou o cientista político.

Jean é considerado uma indicação técnica por ter experiência no setor de petróleo e energia.

O ex-senador foi secretário de Estado de Energia do Rio Grande do Norte e, sob sua gestão, o Estado alcançou a autossuficiência energética. Prates também foi assessor jurídico da Petrobras na década de 1980.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou o que chamou de “processo de espancamento público”, sofrido por Jean Paul Prates. “A FUP reconhece a atuação da gestão Prates em busca do fortalecimento da Petrobras como promotora de investimentos, capazes de contribuir para a geração de emprego e renda dos brasileiros”, diz a nota.

“Destacamos que o presidente da Petrobras restabeleceu o diálogo com a categoria petroleira e promoveu o início da implementação de uma nova e importante política de melhoria das condições de vida do trabalhador brasileiro, como o fim da nociva política de preço de paridade de importação (PPI)”, finalizou a federação, que disse que acompanha o desenrolar dos acontecimentos.

Após reunião com Lula, Haddad afirma que não discutiu troca de Jean Paul Prates

Após ser convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reunião sobre a crise no comando na Petrobras, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se esquivou, em entrevista a jornalistas, e afirmou que fala com o chefe do Executivo apenas sobre cenários econômicos envolvendo a petroleira.

“Eu não discuto isso (troca de comando da estatal) com o presidente. O que eu discuto com o presidente são cenários econômicos da empresa e do Executivo”, disse.

“O trabalho não para”: com essa introdução, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates divulgou o andamento de obras da estatal nesta segunda-feira 8, em meio ao processo de fritura que sofre por ala do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até ontem à tarde, eram cinco publicações em redes sociais com esse título, mostrando obras em refinarias e estaleiros pelo Brasil. A dificuldade em deslanchar entregas para o presidente Lula é um dos argumentos dos opositores do executivo.

Em suas publicações, Prates mostra obras nas refinarias de Paulínia (SP), Cubatão (SP) e Ipojuca (PE), no Gaslub (antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), que constrói módulos para a plataforma P-78.

Agora RN

Cesta Básica acumula alta de 4,56% desde o início do ano na capital potiguar

FOTO: ALESSANDRO MARQUES

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, realizou pesquisa sobre o preço da cesta básica na capital e identificou um aumento nos últimos três meses, com acumulado que chega a 4,56%.  Em janeiro, a equipe do Núcleo de pesquisa do Procon Natal identificou um preço médio da cesta básica de R$ 416,11 e um aumento de 1,35% com relação ao mês anterior; em fevereiro o aumento foi de 2,58%, com um preço médio de R$ 427,13, e este mês de março o preço médio encontrado foi de R$ 429,44, com variação de 0,54%.

Nas quatro semanas pesquisadas deste mês de março foi observado alteração no preço médio da cesta básica, a primeira semana do mês foi de R$ 432,40, já a segunda o preço médio foi de R$ 430,94, na terceira semana alta novamente indo para R$ 431,22, e na última semana foi identificado outra redução, chegando a R$ 423,18. Para o Núcleo de pesquisa é comum encontrar a primeira semana com alta de preço dos produtos comercializados, assim como na última semana os preços estarem menores.

O Núcleo de pesquisa, acompanha semanalmente, 26 estabelecimentos comerciais da capital, coletando os preços de 40 itens que compõem a cesta básica, classificados em quatro categorias: Mercearia, Açougue, Higiene/Limpeza e Hortifrúti.  São pesquisados mensalmente três segmentos: 8 hipermercados, 7 atacarejos e 11 supermercados de bairro, contemplando as quatro zonas da cidade.  No site www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa o consumidor encontra a pesquisa detalhada sobre os preços e locais com as variações de valores comercializados. É permitido cópia dos dados da pesquisa, desde que seja citada a fonte: Núcleo de pesquisa Procon Natal. No entanto, é vedada a utilização deste material, integral ou parcial, para fins de anúncio publicitário comercial de qualquer espécie.

Produtos que compõem a cesta básica e contribuíram para o aumento de preço em março foram, por exemplo, o feijão carioquinha kg, com preço médio de R$ 9,47, e no mês anterior era de R$ 9,37, representando uma variação de 1,06%. A carne de primeira também contribuiu, para o aumento: a pesquisa encontrou uma variação de 2,45%: em março o preço médio foi de R$ 43,88 e no mês de fevereiro custava em média 42,80.

A categoria que mais contribui com o aumento registrado nesta última pesquisa foi a de hortifrúti, com uma variação de 9,23% de um mês para o outro. Onze do total dos produtos que compõem a categoria estiveram mais caros nesse mês de março, com destaque para o tomate e a cebola com variação de 36,82% e 19,62%.

O Procon natal no mês de março calculou o poder de compra do trabalhador com o salário mínimo atual para suprir as necessidades alimentares básicas de uma família de quatro pessoas durante um mês. Com relação ao preço da cesta básica o custo é de 32,88% e isso representa 66,91 horas de trabalho no mês. A análise é feita levando em conta a cesta básica dos natalenses com 40 itens e o salário mínimo de R$1.412,00. Neste mesmo período no ano passado, comparando com o salário mínimo da época, o custo para o trabalhador era de 35,69%.

O objetivo do Procon Natal com essa pesquisa é monitorar os estabelecimentos, promovendo o consumo consciente com informação prévia sobre os preços praticados na capital, fornecendo assim subsídios na hora de sair às compras. Para mais detalhes, a pesquisa completa, assim como dúvidas ou denúncias, o consumidor deve entrar em contato pelo WhatsApp (84) 98812-3865, e-mail [email protected] ou presencial na sede do órgão na rua Ulisses Caldas, 181 no bairro de Cidade Alta.

Com alta na refinaria e novo valor de ICMS, gasolina sobe quase R$ 0,40 por litro no RN

FOTO: DIVULGAÇÃO

No primeiro trimestre de 2024, o custo do litro da gasolina no Rio Grande do Norte acumula um aumento de R$ 0,394 por litro, incluindo reajustes na refinaria e o aumento do valor AdRem do ICMS. Considerando os valores médios do início do ano, estes quase R$ 0,40 centavos por litro, equivalem a um aumento de 6,72% nos três primeiros meses do ano (1,8 vezes a inflação prevista para todo o ano de 2024).

No mesmo período, os postos de combustíveis do estado repassaram R$ 0,31 em média por litro, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, absorvendo o restante do aumento como forma de mitigar a natural queda nas vendas que ocorre quando há elevação de preços nas bombas. Dos quase R$ 0,40 centavos que a gasolina subiu no primeiro trimestre, R$ 0,242 equivalem ao reajuste acumulado (quatro aumentos e três reduções, conforme o quadro abaixo) na refinaria Clara Camarão.

Já os R$ 0,152 restantes dizem respeito ao aumento, a partir de 1º de fevereiro, da alíquota AdRem do ICMS que passou (em todo o Brasil) de R$ 1,22 para R$ 1,3721 por litro. Com isso, o valor fixo passou a corresponder, tomando por base o valor médio do preço da gasolina nas bombas potiguares apurado pela ANP em 30 de março, a 22,2% ou 2,2 pontos percentuais acima do modal de 18% de ICMS praticado pelo Estado.

Tribuna do Norte

Preço da banana sobe 24% em um período de 12 meses

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Comprar um produto a preço de banana atualmente não significa dizer que o cliente irá pagar mais em conta. Isso porque a fruta, a depender do tipo, já acumula alta de mais de 20% no período de 12 meses encerrado em fevereiro deste ano. Os dados compõem Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE. A banana da terra foi a que registrou maior aumento de preço no período, de 24,16%. A banana d’água, com elevação de 15,9% no mesmo recorte e a banana prata, cujo preço subiu 15,79%, vêm em seguida. Já a banana maçã registrou aumento de 14,37% em valores de venda entre março de 2023 e fevereiro último.

Segundo o economista Robespierre do Ó, as chuvas registradas nas regiões produtoras são o principal fator de impacto para a alta. Ele também explica que, a depender do tipo da fruta, deve ser levado em conta o período de safra de cada um. “Se observarmos as principais regiões produtoras de banana, como São Paulo, Bahia e Minas Gerais, houve uma quantidade enorme de chuvas que provocou dois problemas: quebra de produção e dificuldade de escoamento dela”, explica o especialista.

Como boa parte dessa produção está em regiões de serra, as precipitações que provocam alagamentos, geram dificuldades para retirada da fruta. Também são comuns deslizamentos de terras nas áreas de produção que podem destruir plantações. “Ou seja, um dos fatores para essa alta é o reflexo do início das chuvas, provavelmente. A conseqüência é o aumento de custos. A entressafra também influencia, mas nesse caso é preciso olhar a particularidade do produto”, complementa Robespierre do Ó.

Quem vende a fruta diz que os clientes sentem os efeitos e reduzem o consumo. O feirante Joab Silva comercializa a banana prata e relata que está bem mais cara do que há 45 dias. “Eu comprava a unidade a R$ 0,17 e agora custa R$ 0,35. A gente repassa para o cliente a uma média de R$ 0,65. Eles reclamam muito. Quem compra de 30 a 40 unidades, está levando apenas 10, o equivalente a uma palma”, conta.

Para quem decidiu manter o consumo como antes, o jeito é colocar a mão no bolso sem receios. “Faz alguns meses que eu tenho percebido o aumento de preços. Só estou pesquisando para encontrar onde a banana esteja sendo vendida com melhor qualidade, mas não dá para deixar de levar. Religiosamente, tenho a fruta toda semana em casa, porque a outra opção seria não comer”, explica o comerciante Paulo Raposo.

A dona de casa Graça Bezerra também não dispensa o item, mesmo reconhecendo que está pagando mais caro. “O preço aumentou muito nos últimos meses, mas o pessoal lá de casa gosta, então, tem que levar”, afirmou ela, em tom de reclamação.

As queixas não passam despercebidas. Afrânio de Araújo, que é feirante há quase 40 anos, diz que os clientes não têm gostado nada da alta, mas pontua que é impossível deixar de repassar os custos para os consumidores. “Alguns tipos que a gente comprava por R$ 100 o milheiro (80 palmas), hoje compra na faixa dos R$ 170. A prata, a mais procurada, chega com uma média de R$ 300 a R$ 400. E aí, o jeito é repassar para os clientes, que reclamam muito”, diz.

Contudo, ele reforça que nas gôndolas dos supermercado está ainda mais caro. “Semana passada encontrei a palma a R$ 8. Aqui [na Feira das Rocas], a depender do tipo, chega a R$ 4. A partir de maio, começa a safra de algumas espécies, a situação melhora e a palma não passa dos R$ 2”, prevê Afrânio.

Situação transitória

Para o economista Robespierre do Ó, à medida que as chuvas se estabilizarem nas áreas de produção, os preços devem se normalizar. Ele sublinha que a redução no consumo também tende a empurrar os preços para baixo.

“Esta, provavelmente, é uma situação transitória. Quando a situação de escoamento melhorar, os preços se normalizam”, diz o economista.

Outro ponto é que a lei da oferta e da procura deve vigorar, visto que não há um produto natural que substitua a banana. “Por isso, as pessoas tendem a diminuir a compra do produto. Quem comprava uma dúzia, tende a comprar meia dúzia. Isso também faz com que os preços voltem a se estabilizar”, esclarece.

Números

Acumulados em 12 meses (período encerrado em fevereiro de 2024)

Banana da terra:

24,16%

Banana d’água:

15,9%

Banana maçã:

14,37%

Banana prata:

15,79%

Com informações da Tribuna do Norte

Interdição da ponte derruba comércio no bairro do Alecrim

FOTO: DIVULGAÇÃO

Comerciantes do Alecrim, um dos principais polos econômicos de Natal, apontam queda no faturamento e transtornos com as obras de reparação e restauro na Ponte Presidente Costa e Silva, a Ponte de Igapó. Para empresários e trabalhadores, os serviços afetam a chegada de colaboradores e eventuais clientes. O faturamento teve queda de pelo menos 30% a 40% com as obras, segundo estimativas da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba).

Para empresários e trabalhadores, com apenas um dos lados da ponte funcionando, o fluxo de veículos e transporte público é reduzido de maneira significativa, o que faz com que potenciais clientes acabem indo para outros mercados.

“Sofremos em torno de 30 a 40% com as interdições em todos os momentos, somando tudo. E esse número tende a crescer em 2024, se não tiver agilidade na obra. Os prejuízos impactam tanto no fluxo de cliente quanto nas vendas no atacado e varejo”, aponta Matheus Feitosa, presidente da entidade, que cobra uma maior divulgação acerca de conclusão, cronograma e andamento de etapas sobre a obra.

“O grande fluxo de quem vinha da zona Norte para o Alecrim utiliza a ponte velha. E ir pela ponte nova encarece a viagem. O Alecrim hoje fecha às 17h porque se o funcionário sai aqui às 18h ele chegará em casa às 22h. Torna inviável para ele. O Alecrim teve que abrir mão, fechando uma hora mais cedo. Isso já afeta vendas. Quando você diminui, quer dizer que pode se abrir mão de um funcionário, porque sua escala diminui. Provavelmente empresários precisaram demitir. Tudo tem consequência. A queda de funcionários tem diminuição de circulação de dinheiro no mercado. É uma cadeia”, acrescenta Derneval Junior, empresário do Alecrim.

Trabalhadores do Alecrim também são impactados com a obra e acabam correndo riscos de se atrasarem para o expediente. Para o vendedor Walter Silva, 18 anos, morador de Extremoz, a situação se torna complicada quando ele perde o trem que o traz da sua casa para o Alecrim. “Quando perco o trem preciso vir de ônibus. Pego a ponte de Igapó, um trânsito grande”, cita.

Nas últimas semanas, a Prefeitura de Natal chegou a questionar o canteiro de obras do Dnit na Justiça Federal. Na ação, o Município alegou que a interdição está afetando diretamente a rotina dos 350 mil habitantes da Zona Norte da capital, bem como o comércio circunvizinho e de outras áreas, como a do Bairro do Alecrim, impactando diariamente trabalhadores e consumidores que se deslocam de uma região a outra da cidade. A região já sofria meses antes com a interdição da Avenida Felizardo Moura, que estava em obras de readequação, feitas pela Prefeitura.

Em nota, o DNIT disse que as obras na Ponte Costa e Silva, iniciadas em setembro de 2023, estão dentro do cronograma previsto. “Não há atrasos significativos, e o prazo inicial de 18 meses permanece mantido. Atualmente, 61 trabalhadores estão empenhados na construção, com horário de trabalho das 8h às 12h e das 14h às 18h de segunda a sexta-feira, e aos sábados das 8h às 12h”, disse o órgão.

“A respeito da liberação das faixas, tendo em vista o processo sobre o assunto, é necessário aguardar pela decisão da Justiça a respeito. Importante ressaltar que o Departamento apresentou as justificativas técnicas que embasaram a execução da obra como está sendo realizada, de modo que possa cumprir o cronograma proposto e entregar, o quanto antes, a ponte totalmente recuperada e segura aos usuários da rodovia”, acrescentou.

Tribuna do Norte

Chuvas e bloqueio na BR-304 vão interferir em preços nos supermercados do RN, diz Assurn

FOTO: GETTY IMAGES

O desabamento da ponte na BR-304, na altura do município de Lajes, vai acarretar no aumento dos preços nos supermercados no Rio Grande do Norte. A informação é do presidente da Associação dos Supermercados do estado (Assurn), Mikelyson Góis. O motivo será o aumento do frete e a consequente dificuldade no abastecimento de certos produtos.

Segundo o presidente da Assurn, não é possível apontar qual será o encarecimento percentual dos produtos, já que o frete varia de acordo com o produto, com a forma como os supermercadistas fazem a compra e a periodicidade das entregas. Contudo, a tendência é que os pequenos comerciantes sintam mais os reflexos, já que os pequenos fornecedores, em tese, também sentem mais os efeitos do aumento das distâncias (e consequentes custos) para os fretes.

“Não sei mensurar quanto vai ser o impacto, mas que vai, vai. Principalmente porque aquela área de Mossoró e cidades vizinhas são produtoras de muitas frutas e compramos de lá. Então, com as chuvas, há área de alagamento e já prejudica a produção, havendo a diminuição da oferta e naturalmente já afeta nos preços. Sem contar nem com a logística. Com a interrupção, será um desvio de mais de 100km, então tudo será levado em conta. Talvez não hoje ou amanhã, mas nessa semana haverá a diferenciação nos preços desses produtos”, explicou o presidente da Assurn.

Até o momento, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) não estimou quanto tempo será necessário para liberação do trecho da BR-304. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), as chuvas de março foram 45% maior do que a média esperada para o mês no estado.

Tribuna do Norte

Refeição por quilo sobe 40% desde 2020 ante inflação de 29% no período

FOTO: GETTY IMAGES

O preço médio do self-service por quilo aumentou 40,84% entre janeiro de 2020 e fevereiro deste ano em São Paulo. No mesmo período, o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), do IBGE, registrou avanço de 29,38%. Além disso, de fevereiro de 2023 a fevereiro de 2024, a variação média para este tipo de refeição foi de 7,64%. A inflação no mesmo período ficou em 4,66%, também segundo o INPC-IBGE.

Os dados fazem parte da nona edição da pesquisa de preços de refeições feita pelo Procon-SP, com base em uma amostra de 350 restaurantes da capital paulista. Ela constatou, em fevereiro deste ano, um preço médio de R$ 80,32 do quilo nos estabelecimentos que foram alvo da análise.

O levantamento, realizado em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), coletou os preços médios praticados para os tipos de refeições mais comuns. São eles o self-service por quilo, o self-service com preço fixo, o prato executivo de frango e o prato feito, o popular “prato do dia”.

O preço médio do prato feito aumentou 2,82% entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. A maior variação ocorreu no centro (9,27%). Entretanto, o valor médio mais alto foi encontrado na região oeste de São Paulo.

Em um ano, o preço médio do prato feito sofreu variação de 7,98%. Em fevereiro do ano passado, ele era de R$ 27,31. No mesmo mês de 2024, foi para R$ 29,49. O aumento, observa o Procon-SP, foi maior que o INPC-IBGE, de 4,66% para o período.

Metrópoles