25 de maio de 2024 às 06:30
24 de maio de 2024 às 15:32
FOTO: REPRODUÇÃO
De acordo com informações divulgadas no Boletim Fazendário do Rio Grande do Norte, publicado mensalmente pela Secretaria de Estado da Fazenda, a arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado registrou um crescimento de 11% em abril de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O montante arrecadado foi de R$ 671,2 milhões em abril de 2024, enquanto no mesmo período de 2023 foi de R$ 604,8 milhões.
No acumulado do ano, a arrecadação de ICMS alcançou a marca de R$ 2,68 bilhões. Apesar do crescimento, o secretário de Estado da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, projeta uma desaceleração em relação aos anos anteriores, atribuindo-a à redução da alíquota de 20% para 18%.
Com a redução, o Governo do Estado se prepara para enfrentar um ano desafiador, conforme o secretário. “Já no primeiro trimestre, vimos o crescimento cair quase pela metade mesmo em um contexto de comparação do comportamento da arrecadação com a mesma alíquota estipulada em 18% nos três primeiros meses de 2023, pois a modal de 20% só começou a vigorar em abril do ano passado, voltando a 18% em janeiro deste ano”, explicou.
Perspectivas
Agora, a partir de maio principalmente, a pasta projeta que haverá uma redução ainda maior da arrecadação em relação ao ano passado. “Porque a partir de maio a gente poderá comparar os efeitos da alíquota de 18% neste mês contra a alíquota de 20% no ano passado também nesse mês. Muito possivelmente, a gente deve ter uma redução ainda maior do ritmo de crescimento, se houver crescimento na arrecadação nesse período”, disse o secretário da Fazenda.
A estratégia adotada pela gestão estadual para promover o crescimento da arrecadação é buscar receitas extraordinárias. “Além de ações de monitoramento, de fiscalização, algumas alterações legislativas, como mencionei, para a gente recuperar um pouco dessa perda que estamos enfrentando pela redução da alíquota modal de 20% para 18%. Mas a principal estratégia é a busca por receitas extraordinárias”.
“As projeções para o restante dos meses do ano é de um ritmo ainda menor de crescimento, ou podendo acontecer, em alguns meses, a redução mesmo da arrecadação na comparação com ano passado”, continuou o titular da pasta. Para ele, o maior objetivo é fechar o ano com as obrigações do Estado cumpridas, já que as despesas têm um comportamento de crescimento natural, seja pela inflação, seja pelo crescimento vegetativo do gasto com servidores.
21 de maio de 2024 às 13:00
21 de maio de 2024 às 10:55
FOTO: ROQUE DE SÁ
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal zerou o imposto de importação do arroz para países de fora do Mercosul como uma resposta à especulação de preços. A intenção inicial era comprar toneladas do cereal dos vizinhos do bloco para aumentar a oferta no mercado interno e evitar altas nos preços ao consumidor após a tragédia no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.
“Nós demos uma demonstração ao Mercosul de que, se for querer especular, nós buscamos de outro lugar”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro ao g1, na segunda-feira (20), pouco depois de o governo federal zerar o imposto de importação do arroz para países de fora do Mercosul.
Entretanto, o leilão de compra, marcado para esta terça-feira (21), foi suspenso após o Mercosul elevar em até 30% o preço do cereal. Fávaro destacou que a decisão de suspender o leilão e isentar o imposto de importação partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma reunião de emergência com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
“Nós íamos comprar 100 mil toneladas, mas, pelos preços que eles [países do Mercosul] estavam anunciando, nós íamos comprar só 70 mil”, disse Fávaro.
Os parceiros do Brasil no Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina) são os principais fornecedores externos de arroz para o mercado nacional. Como o bloco é uma zona de livre comércio, esses países não pagam impostos para vender ao Brasil. Agora, com as taxas zeradas para o restante do mundo, outros países podem competir em igualdade de condições com o Mercosul.
Além disso, a indústria brasileira anunciou a intenção de importar 75 mil toneladas de arroz da Tailândia. A decisão de zerar as taxas de importação tem validade até 31 de dezembro de 2024.
Apesar das medidas, os produtores nacionais têm se oposto à importação do grão. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz) chegou a solicitar o cancelamento do leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo, segundo Fávaro, não é prejudicar os produtores, mas garantir a estabilidade de preços no país.
20 de maio de 2024 às 04:03
20 de maio de 2024 às 04:35
FOTO: DIVULGAÇÃO
Os pequenos negócios do setor de Turismo do Rio Grande do Norte passaram de 37.527 para 64.351 nos últimos cinco anos, ou seja, uma expansão de 71,74% desde 2019, segundo a Receita Federal. Só no ano passado, o saldo entre abertura e encerramento de empresas foi de 2.191. Os dados revelados por estudo do Sebrae-RN mostram a força desses empreendimentos para a economia potiguar.
Em 2024, o setor de Alimentação Fora do Lar (Bares, restaurantes e similares) registrou 12.187 empresas ativas, seguido pelo setor de eventos (organização de feiras, congressos, produção musical e fotográfica), com 9.426 empresas. As atividades relacionadas à hospedagem também mostraram fortalecimento, com 1.518 empresas ativas. Os dados também apontam para um aumento na geração de empregos, com um saldo positivo de emprego acumulado de 997 postos de trabalho no setor de bares e restaurantes, e 5.248 no setor de eventos apenas entre 2023 e 2024.
Para fomentar ainda mais esses microempreendedores, o Sebrae-RN tem utilizado como estratégia o apoio a iniciativas com foco no desenvolvimento dos chamados Destinos Turísticos Inteligentes (DTI). Uma das ações é a aplicação de um diagnóstico para avaliar a maturidade de cerca de 85 municípios potiguares com potencial para DTI.
A pesquisa começou em fevereiro deste ano e consiste em um formulário com um conjunto de perguntas, concebido por uma ferramenta do Sebrae Nacional, a fim de gerar um radar com especificações sobre quais eixos estão mais avançados e quais precisam de melhorias em cada município. Isso porque o modelo de Destino Turístico Inteligente adotado no Brasil foi criado pelo Sebrae e leva em consideração eixos como governança, sustentabilidade, tecnologia, acessibilidade, marketing e experiência do visitante.
“Nós queremos descobrir o quanto os municípios do RN têm de maturidade para ser um Destino Turístico Inteligente e o quanto eles ainda precisam fazer para chegar lá. O diagnóstico é um norte de como esses municípios vão prosperar. Com ele, teremos um mapeamento geral dos destinos turísticos do Estado. Nossa ferramenta, portanto, vai contribuir para o aperfeiçoamento dos locais que estiverem dispostos a fazer investimentos como DTI”, explica Marília Gonçalves, coordenadora do Programa de Agentes de Roteiros Turísticos do Sebrae-RN, que encabeça o diagnóstico.
“Há a possibilidade de aplicar a pesquisa um ano depois para ver o que de fato foi modificado naqueles municípios que se comprometerem com as mudanças necessárias”, completa ela. O diagnóstico é aplicado às 85 cidades do Rio Grande do Norte que compõem o Mapa do Turismo Brasileiro, do Ministério do Turismo. A intenção é finalizar a pesquisa no próximo mês, mas depende da resposta dos gestores. Até o momento, 49 municípios responderam ao formulário on-line.
No País, de acordo com Yves Guerra, gestor de Turismo do Sebrae-RN, ainda não existem Destinos Turísticos Inteligentes, mas há locais que têm atuado fortemente para se aproximar do modelo, como Curitiba (PR). No RN, Tibau do Sul, principalmente Pipa, se destaca com iniciativas voltadas ao desenvolvimento de um DTI, por causa de ações com foco na sustentabilidade.
Iniciativa sustentável ajuda a impulsionar negócios em Tibau
Uma das iniciativas com foco na sustentabilidade e na experiência do visitante foi criada pela Associação dos Produtores de Ostras do Rio Grande do Norte (Aproostras), em Tibau do Sul. A Aproostras nasceu em 2014, com apoio do Sebrae-RN. Há pouco mais de um ano, a Associação deu vida ao Sorriso da Ostra, um bar flutuante na Lagoa Guaraíras, com capacidade para atender aproximadamente 40 pessoas por dia. O sucesso da iniciativa deu tão certo, que o grupo, frequentemente, precisa recusar reservas. A Aproostras atua no cultivo e comercialização de ostras orgânicas em ambiente natural. As sementes do molusco são reproduzidas em um laboratório vizinho a Guaraíras, na Fazenda Primar, zona rural de Tibau do Sul.
“Parte da produção é comercializada em bares e restaurantes, por meio de vendedores ambulantes. Mas há um ano e meio, conseguimos um flutuante onde é escoada boa parte do que é produzido e onde a gente tem a oportunidade de vender também camarão, peixe e bebida”, explica Rafael Amaro, presidente da Aproostras. Desde a criação, além de cultivar o molusco, a Associação desenvolveu a Rota das Ostras. O passeio é realizado em canoas de madeira, ao longo da lagoa em direção à área de cultivo – uma combinação entre a produção local com o turismo regional.
Amaro afirma que a preocupação com o meio ambiente é o principal eixo da Associação. “Nosso trabalho é todo feito com vistas a não degradar o meio ambiente. Nossas mesas são de madeira autorizada e nossa área é licenciada. Além disso, para os turistas, é uma experiência surreal, como eles mesmos relatam, afinal, são visitantes que estão em um bar flutuante, organizado pelos próprios produtores de ostra, em uma lagoa localizada numa Área de Proteção Ambiental e com um por do sol maravilhoso. Sem falar nos funcionários, super educados”, destaca o presidente da Asproostras.
Graças ao trabalho desenvolvido, a Associação levou para Tibau do Sul o primeiro lugar na categoria “Comunidades Prósperas” da 10ª edição do prêmio Green Destinations Story Awards 2024, uma competição mundial dos 100 destinos mais sustentáveis do planeta. A premiação ocorreu durante a ITB Berlim 2024, a maior feira da indústria do turismo do mundo, realizada em março, na capital da Alemanha.
No prêmio, a história vencedora “O Sorriso da Ostra” contou a trajetória da Associação, da fundação até a consolidação como referência nacional na produção do molusco de alta qualidade e segurança alimentar. “Tudo isso envolve o turista e a gente vê que vale a pena trabalhar de forma sustentável”, pontua Rafael Amaro, ao ressaltar a importância de práticas que levam ao modelo de Destinos Turísticos Inteligentes para alavancar os pequenos negócios do setor.
“É muito importante buscar esse modelo, porque ele envolve não apenas os turistas, mas os próprios moradores. Hoje nós temos uma visibilidade bacana e conseguimos fazer agendamentos até pelo Instagram. Nossa inciativa tem trazido muita gente para cá, o que fortalece o trabalho de bares e restaurantes”, discorre Amaro, orgulhoso. A avaliação é reforçada por Marília Gonçalves, do Sebrae-RN. “Um DTI é uma cidade inteligente, pensada para todos”, afirma.
Modelo DTI é favorável para expandir os micros
O modelo de Destinos Turísticos Inteligentes, aponta Yves Guerra, é primordial para proporcionar um ambiente favorável à expansão de pequenos negócios. “Quando se consegue trabalhar dentro de uma perspectiva de governança atuante e fortalecida, com promoção de ações de sustentabilidade do destino – ambiental e social – e quando se propõe experiências de forma mais real da realidade local, isso faz gerar um incremento no fluxo de turistas, que fortalece os pequenos negócios e os torna mais sustentáveis”, afirma Guerra.
E o Sebrae-RN, segundo ele, tem atuado para ajudar as localidades a percorrer esse caminho, por meio de formação sobre governança, consultoria para modernizar canais tecnológicos e apoio a práticas de sustentabilidade. Desse modo, para cada eixo com foco em um DTI, o Sebrae-RN aposta em ações que possam aprimorar o desempenho dos empreendimentos localizados em regiões do trade.
“Nós participamos na formação da governança, seja ela em nível nacional ou local, fomentando a integração da iniciativa privada, do setor público e o terceiro setor para fortalecer o elo turístico, afinal, tudo precisa estar em harmonia para a atividade fluir. No eixo inovação e tecnologia, nosso trabalho é muito intenso através do programa Sebraetec, que subsidia consultoria tecnológica para que as empresas possam desenvolver e modernizar websites, planejar mídias digitais e usar dados para tomada de decisões e estratégias de marketing, levando em conta o público-alvo, por exemplo”, descreve Yves Guerra.
Em outro eixo, o da sustentabilidade, ele aponta que a atuação do Sebrae vai desde apoio para a obtenção de licenciamento ambiental, passando por consultorias de resíduos, até programas de saúde e segurança do trabalho, qualidade de vida, sustentabilidade dos negócios e questões trabalhistas, para evitar que as empresas tenham segurança e evitem algum problema nesse aspecto. “A sustentabilidade é transversal a qualquer negócio”, avalia Guerra. Quanto à experiência dos visitantes, o gestor explica que é preciso investir em um processo abrangente, que começa antes, durante e depois da viagem ao destino.
“O visitante quer vivenciar a gastronomia, a cultura e o artesanato locais, para ter uma experiência real do destino. Nossa estratégia, que segue a mesma do Sebrae Nacional, é a de preparar os negócios e lugares para um novo perfil de turista, que é um viajante mais conectado e antenado, com acesso à informação e mais exigente, preocupado com a sustentabilidade” comenta o gestor de Turismo do Sebrae-RN.
17 de maio de 2024 às 17:45
17 de maio de 2024 às 17:01
FOTO: AGÊNCIA SEBRAE
O Rio Grande do Norte apresentou um desempenho positivo no mercado internacional nos primeiros quatro meses de 2024. Ao avaliar o desempenho acumulado de janeiro a abril entre 2023 e 2024, o Estado teve um crescimento de 67,3% nas exportações, demonstrou uma expansão significativa de sua capacidade produtiva e uma demanda crescente por seus produtos nos mercados internacionais. Na soma do quadrimestre, o envio de mercadorias ao exterior atinge US$ 312,19 milhões.
As importações também apresentaram um crescimento de 53,6%, refletindo o fortalecimento das operações econômicas internas que dependem de insumos estrangeiros. O Estado importou US$ 155,10 milhões em mercadorias de diversos países. Com isso, o saldo da balança comercial ficou em US$ 157,08 milhões. No ano passado esse saldo foi de US$ 85,64 milhões.
Somente no mês de abril, a corrente de comércio (soma total do valor das exportações e importações) alcançou US$ 103,977 milhões, impulsionado significativamente pelas exportações, especialmente de fuel oil e gasóleo (óleo diesel). Os setores exportadores geraram um faturamento de US$ 85,954 milhões, com aumento de 100,6% em relação mês anterior, enquanto as importações, apesar de representativas, não superaram os valores exportados, totalizando US$ 40,918 milhões, com aumento de 27,6% em relação a março deste ano. Com isso, a balança comercial potiguar registrou um superávit de US$ 45,035 milhões.
Os números estão na edição de abril do Boletim da Balança Comercial do RN, um informativo elaborado mensalmente pelo Sebrae no Rio Grande do Norte (Sebrae-RN) com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Em abril, o setor de combustíveis se destacou como principal impulsionador das exportações, com o fuel oil e o gasóleo liderando as vendas. Esses produtos encontraram forte demanda em mercados internacionais importantes, com Singapura se destacando ao movimentar US$ 54,989 milhões com a compra de fuel oil. Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Países Baixos também figuram entre os principais destinos das exportações norte-rio-grandenses.
Além dos combustíveis, o setor de frutas também teve um papel fundamental no superávit, com melões e mamões se destacando como produtos de alta demanda no mercado internacional. No mês passado, o RN exportou US$ 5,449 milhões em melões frescos, principalmente para Espanha, Reino Unido e Países Baixos (Holanda). No caso do mamão, as exportações somaram US$ 1,840 milhão.
A diversificação dos mercados-alvo tem sido importante para o sucesso das exportações. A estratégia tem ajudado a manter o fluxo de exportações estável e em crescimento, mesmo diante das oscilações do mercado internacional. “Embora a participação do Rio Grande do Norte na balança comercial nacional varie entre 0,2% e 0,3%, essa margem reflete uma oportunidade substancial para impulsionar a economia potiguar. A localização geográfica privilegiada, aliada a uma economia diversificada, já posiciona o Estado como um importante exportador” afirma o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto.
Para Zeca Melo, a nova gestão do aeroporto pela Zurich Airport tem potencial para ser um catalisador significativo nesse sentido. O Sebrae-RN tem dialogado com a empresa para explorar iniciativas conjuntas que possam beneficiar o Estado. Para aumentar a participação do RN como exportador no cenário nacional, o diretor superintendente sugere ainda expandir a oferta de frutas tropicais e aumentar o valor agregado das frutas já exportadas.
“Além de mamões, há uma demanda crescente por outras frutas tropicais. Desenvolver produtos processados, como sucos e doces a partir dessas frutas, pode aumentar significativamente o retorno financeiro de nossas exportações. Isso não só fortaleceria a economia do estado, mas também ampliaria nossa presença no cenário comercial global,” destacou Zeca Melo.
Em abril de 2024, o RN também intensificou suas importações, totalizando US$ 40,918 milhões, com foco em produtos essenciais para o avanço tecnológico e industrial. Entre os principais produtos importados estão células fotovoltaicas, majoritariamente da China, equipamentos industriais como redutores e multiplicadores da Alemanha e gasóleo e coque de petróleo não calcinado dos Estados Unidos.
16 de maio de 2024 às 06:00
16 de maio de 2024 às 07:21
FOTO: AFP
As ações da Petrobras despencaram nesta quarta-feira (15), após o presidente Lula (PT) demitir Jean Paul Prates da presidência da petrolífera.
A empresa perdeu quase R$ 50 bilhões em valor de mercado hoje, com as ações preferenciais recuando a cerca de 9%, e as ordinárias despencando perto dos 10% na mínima nos primeiros negócios.
Demissão de Prates
Como noticiado pelo Diário do Poder, Lula demitiu o ex-senador Jean Paul Prates (PT-RN) da presidência da Petrobras e escolheu como substituta a engenheira Magda Chambriard, que dirigiu a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo da petista Dilma Rousseff.
Prates sofreu ‘fritura’ após ser alvo de fogo amigo por próprias pessoas da base do governo. Com destaque a críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
15 de maio de 2024 às 15:15
15 de maio de 2024 às 15:23
FOTO: AFP
O valor de mercado da Petrobras caiu para R$ 507 bilhões, numa redução de R$ 35,3 bilhões. A queda ocorreu entre a abertura da Bolsa brasileira (B3), às 10h, até o meio-dia desta quarta-feira (15/5). A quantia foi calculada pelo analista Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.
O recuo é resultado da reação dos investidores à troca do presidente da empresa, anunciada na noite da véspera. Com a mudança, Jean Paul Prates deixou o posto para a entrada de Magda Chambriard.
Ainda de acordo com Rivero, em 2024, o pico do valor de mercado da companhia foi alcançado em 19 de fevereiro, quando atingiu R$ 566,9 bilhões. O ponto mais baixo foi registrado em 11 de março, com R$ 465,9 bilhões, logo após o bloqueio do repasse aos acionistas dos dividendos extraordinários de 2023.
O valor de mercado de uma empresa é calculado multiplicando-se o preço da ação pelo número total de ações em circulação. O analista da Elos Ayta observa que, para realizar a estimativa da perda de R$ 35,3 bilhões, tomou como base o valor de mercado da Petrobras no fim do pregão de terça-feira (14/5).
15 de maio de 2024 às 14:30
15 de maio de 2024 às 11:49
FOTO: TOMAZ SILVA
Com o anúncio da demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidência da Petrobras, a Bolsa de Valores operou com as ações da estatal em queda. Na manhã desta quarta-feira (15), a PETR4 apresentou queda de 7,76%.
No fechamento anterior, no final da tarde de terça (14), as ações da Petrobras fecharam com 40.90 pontos. Nesta quarta, o mercado abriu com 38.06 na PETR4.
A mudança na estatal também refletiu na Ibovespa Futuro, que abriu nesta quarta e operou com forte queda nos primeiros negócios do mercado financeiro.
A queda no valor das ações da estatal já era prevista por especialistas. O impacto foi sentido inicialmente na negociação dos American Depositary Receipts (ADR) da empresa durante o chamado “after hours” da Bolsa de Nova York (Nyse). Os papéis inverteram o sinal e fecharam em queda de 7,59%.
Segundo analistas, essa era uma indicação que previa o que deveria ocorrer nesta quarta-feira, com as ações da estatal com a reabertura dos negócios da Bolsa no Brasil. Também é esperado impacto no mercado de câmbio, a partir da leitura de maior interferência política na Petrobras.
14 de maio de 2024 às 13:00
14 de maio de 2024 às 11:05
FOTO: ILUSTRAÇÃO
O Rio Grande do Norte foi o estado do País com o maior percentual de famílias inadimplentes em abril, de acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice, conforme o levantamento, é de 55,9%.
Segundo a Fecomércio-RN, em números absolutos, esse percentual equivale a 149.418 famílias potiguares com contas em atraso. Além disso, uma pesquisa do SPC Brasil aponta que o número de pessoas na inadimplência cresceu 4,42% no RN no mês passado. A alta é superior à elevação média do Nordeste (0,77%) e do Brasil (2,84%) no mesmo recorte.
Além disso, segundo o SPC, cujos dados foram fornecidos pela CDL Natal, a quantidade de dívidas em atraso no Estado cresceu 10,75% no comparativo entre abril de 2023 e o mês passado (no mesmo período, as dívidas em atraso cresceram 4,67% no Nordeste e 5,24% no Brasil). O economista William Eufrásio Nunes explica que, para alguns órgãos como o SPC, dívidas atrasadas são aquelas que o consumidor não conseguiu pagar no prazo de vencimento. Se ele não conseguir quitar em cerca de 30 dias, geralmente, passa a ser inadimplente (negativado).
A pesquisa da CNC não faz essa distinção – a dívida em atraso no mês já caracteriza inadimplência. O levantamento da Confederação indica, contudo, que em abril 2% das famílias potiguares afirmaram que não irão conseguir pagar as contas em atraso nos meses seguintes. Já o número de famílias endividadas (aquelas que contabilizam contas que não estão atrasadas, mas que exigem comprometimento de renda de três meses, no mínimo), segundo a PEIC, ficou em 88,3% em abril no Rio Grande do Norte, o sétimo maior do País e o segundo do Nordeste (o Ceará teve índice de 88,9%). No Brasil, o índice foi de 78,3%.
Para o professor William Eufrásio, ao analisar o Estado de forma isolada, observa-se que o cenário tem a ver, dentre outros aspectos, com as taxas de emprego aliadas ao comportamento dos consumidores, curiosamente. “Isso se explica porque, geralmente, quando a pessoa está desempregada, ela não compra, mas quando se insere no mercado de trabalho, passa a comprar e a parcelar, o que aumenta as chances de atrasos [para quitar as dívidas]”, detalha.
Em comparação com os outros estados, no entanto, o professor afirma que o fato de o RN liderar o percentual de famílias com dívidas atrasadas tem a ver com dois fatores: um desenvolvimento maior dos índices de emprego, bem como uma melhor valorização de salários nas demais unidades federativas.
“Mesmo se a gente comparar com estados maiores, nós percebemos que, nesses locais gerou-se mais emprego e maior renda do que aqui no RN. Os fatores que levam ao processo de atraso [de dívidas] e inadimplência não são somente o desemprego e os baixos salários, mas também a própria retomada do crescimento quando o indivíduo começa a recompor aquele consumo que antes não tinha”, esclarece o professor.
A estagiária de pós-graduação Patrícia Lima, de 28 anos, endossa os dados sobre inadimplência no RN, mas garante que tem se organizado para reverter a situação. “Tenho dívidas vencidas de mais de cinco anos, outras de cerca de um ano, além de contas que eu parcelei. Geralmente, se referem a compras em lojas, com valores que somam cerca de R$ 1 mil. A que eu parcelei é de R$ 800. Confesso que acabei me descontrolando mesmo e, por isso, adquiri as dívidas”, conta Patrícia.
No RN, segundo a Fecomércio, são 236.296 famílias endividadas. Deste total, além das mais de 149 mil inadimplentes, 5.230 alegam não ter como quitá-las. Entre os principais tipos de dívidas informados, o cartão de crédito (94,8%), os carnês (20,3%) e o cheque especial (17%) continuam sendo os mais frequentes. O professor William Eufrásio Nunes afirma que, para reverter o cenário de endividamento, é preciso fazer uma contenção radical de consumo.
“A dica é observar tudo aquilo que efetivamente é supérfluo, fazer cortes para gerar superávit e assim começar a pagar as dívidas. Mesmo não tendo essa possibilidade, digamos, se a pessoa acha que não pode cortar mais, tem a negociação independente, que é sempre um passo importante para reduzir preços, dilatar prazos e conseguir melhores taxas de juros. Então a negociação e a pechincha são fundamentais para os endividados”, orienta o economista. “Fiz um planejamento, observando a dívida que tem mais juros e que pode causar mais prejuízos e estou me organizando para pagar”, garante Patrícia Lima.
Números
– 10,75% é o crescimento do número de pessoas com contas em atraso no em abril de 2024 (comparado a abril de 2023) no RN;
– 4,42% é o crescimento do número de inadimplentes em abril de 2024 (comparado a abril de 2023) no RN;
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