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Categoria: Economia

Cesta básica tem queda de 3,67% nos preços em julho em Natal, aponta IPC

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Os produtos que compõem a cesta básica tiveram uma redução de 3,67% na média de preços em julho, em relação ao mês anterior (junho), segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). O dado é relativo a Natal e é considerado a inflação oficial da capital potiguar.

A redução foi puxada pelos Legumes, com uma queda de 27,11%. Houve ainda redução em outros oito produtos: Tubérculos (-3,89%), Leite (-3,35%), Feijão (-3,27%), Açúcar (-2,84%), Frutas (-2,14%), Pão (-1,50%), Carne de Boi (-0,86%) e Margarina (-0,80%). Só quatro produtos tiveram alta de preços: Farinha (3,62%), Óleo (1,95%), Café (1,56%) e Arroz (0,43%).

Considerando todo o grupo “Alimentação e Bebidas”, a queda foi de 2,15% em julho, em relação a junho. Os itens que mais contribuíram para essa queda de preços foram: Tubérculos, Raízes e Legumes (-14,01%), Hortaliças e Verduras (-8,38%), Carnes, Peixes Industrializados (-4,27%), Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (-2,50%), Aves e Ovos (-1,24%) e Açúcares e Derivados (-0,84%).

IPC tem alta de 0,1%

O IPC como um todo teve um aumento de 0,1% em julho. Com este resultado, a variação no ano ficou em 2,81%, nos últimos doze meses (junho de 2023 a julho de 2024) atingiu 4,33% e 686,03% desde o início do Plano Real.

O grupo “Transporte” puxou a alta, com inflação de 3,82%. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Combustíveis (Veículos) (9,05%) e Veículo Próprio (9,05%). E o grupo Despesas Pessoais teve uma variação positiva de 1,45% em função do aumento de preços nos seguintes itens: Fumo (4,00%), Recreação (1,53%) e Serviços Pessoais (0,78%).

Nas despesas com os produtos essenciais, o custo com a Alimentação por pessoa foi de R$ 590,65. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 2.362,60. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes etc., o dispêndio total seria de R$ 7.286,04

Brasil teve 4º pior salário mínimo da América Latina, em julho

FOTO: JOSÉ CRUZ

Exaltado pelo presidente Lula (PT) como um grande avanço de seu governo, o salário mínimo do Brasil foi o 4º pior da América Latina no mês de julho. O valor de R$ 1.412 do salário mínimo brasileiro, convertido em US$ 257,47, só não é pior que os valores pagos a trabalhadores da República Dominicana, Argentina e Venezuela

De acordo com levantamento da Bloomberg Línea, a Costa Rica é o país com o salário mínimo mais alto entre 17 países latino-americanos, com trabalhadores costarriquenhos recebendo US$ 686,61 mensais, equivalente a 358.609,50 na moeda local, em colóns.

Todos os valores foram convertidos das moedas locais para o dólar dos Estados Unidos. E o Uruguai e o Chile têm os respectivos 2º e 3º maiores salários mínimos da América Latina, com 554,70 dólares para os uruguaios e 540,77 dólares para chilenos.

Veja a tabela divulgada pela Bloomberg Línea:

Diário do Poder

Vendas de veículos no RN crescem 25% no acumulado do ano até julho

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O mercado automotivo do Rio Grande do Norte tem demonstrado um desempenho acentuado em 2024, com um crescimento considerável nas vendas de veículos. No acumulado de janeiro a julho deste ano, foram comercializadas 30.536 unidades no estado, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram vendidos 24.415 veículos. Este crescimento supera de forma significativa as médias registradas tanto no Nordeste quanto no Brasil. As informações são do monitoramento permanente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Norte (Sincodiv-RN).

Os números incluem carros de passeio, caminhões, ônibus e motos a combustão, elétricos e híbridos. No levantamento do acumulado do ano, destaque para os crescimentos das vendas de carros tipo comercial leve (58,2%); implementos rodoviários, como carretas, semirreboques e graneleiros (30,1%); e motos (27,3%). Somente no mês de julho, foram comercializados 4.508 veículos no Rio Grande do Norte, o que representa um crescimento em relação ao mês anterior de 4,1%, quando foram vendidos 4.328 veículos. O bom desempenho é reflexo de um mercado aquecido, dizem especialistas.

O diretor de operações do Grupo PG Prime, André Pinto, avalia que a alta é puxada por diversos fatores, entre eles, a chegada de multinacionais no mercado brasileiro. “Temos essa percepção, que é muito influenciada pelas marcas chinesas e pelo crescimento nas vendas de carros elétricos, mas o mercado como um todo teve crescimento. Quando a gente fala de autos e veículos comerciais leves, nós estamos falando de um aumento de cerca de 13% no acumulado geral do ano no País. É um crescimento muito forte que temos observado”, comenta.

No Rio Grande do Norte, dentro dos segmentos auto e comercial leve, que incluem automóveis de passeios e veículos utilizados para transporte de cargas e serviços, como picapes, vans, furgões e modelos similares, têm ganhado cada vez mais espaço e importância no mercado automotivo. Somadas, as duas categorias tiveram um aumento de 38,4%, passando de 9.419 unidades vendidas no acumulado do ano passado (janeiro a julho) para 11.744 no mesmo recorte de tempo em 2024, também de acordo com o estudo do Sincodiv-RN.

O setor automotivo é um importante gerador de empregos e renda, o que reforça o impacto econômico positivo deste crescimento, dizem representantes da área. As projeções para o restante do ano são otimistas, com expectativa de que o ritmo de vendas continue elevado, uma vez que, tradicionalmente, a segunda metade do ano é positiva para o comércio como um todo.

“Historicamente o segundo semestre é sempre melhor que o primeiro. Por isso mesmo, a expectativa é muito boa por causa dessa curva histórica que a gente observa ano a ano”, pontua André Pinto.

“Temos a perspectiva de manter esse nível. A gente tem os lançamentos, as montadoras incrementam as produções e isso traz um crescimento para todo mundo. Isso acontece também porque a gente sempre espera um maior movimento econômico, com décimo terceiro salário, por exemplo, as pessoas aproveitam para mudar de carro, colocar um planejamento em prática, então esse cenário alinhado com o aquecimento do mercado, com a chegada de novos modelos, a gente espera sim que seja um período positivo, desde que as condições econômicas também estejam favoráveis”, complementa o diretor de operações do Grupo PG Prime.

Os analistas também alertam para a necessidade de monitorar possíveis mudanças no cenário econômico nacional que possam influenciar o comportamento do mercado, como a variação da taxa de juros do País, diz o empresário Ronaldo Azevedo, administrador da Duducar. “O momento é sim de um mercado bem aquecido. As pessoas têm procurado mais, pesquisado, mas ainda estão um pouco cautelosos, eu diria. Isso tem a ver com o sistema financeiro, que também está receoso com a liberação de crédito”, detalha.

Azevedo ressalta ainda que o setor automotivo acompanha com ansiedade a baixa na taxa de juros para crescer ainda mais. “Hoje, muitas vendas são ‘perdidas’ porque a pessoa pesquisa tudo direitinho, decide, planeja o financiamento, mas encontra dificuldade para liberação do crédito nos bancos para o financiamento. Isso adia a compra. A gente espera que, obviamente os indicadores de juros possam baixar”, comenta o empresário.

Natal

Na capital potiguar, o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Norte (Sincodiv-RN) também registrou alta. No acumulado de janeiro a julho, foram vendidas 10.293 unidades em Natal, representando um aumento de 29,8% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram comercializados 7.928 veículos. Destaque também para o ritmo de aumento observado em julho no comparativo com junho, quando as vendas subiram de 1.388 para 1.542 – um aumento de 11,1%.

Desempenho registrado de janeiro a julho deste ano em Natal, no RN e Brasil

Vendas de veículos no RN

Acumulado (jan-jul/24): 30.536

Acumulado (jan-jul/23): 24.415

Variação: +25,07%

Julho/24: 4.508

Julho/23: 3.819

Variação: 18,04%

Vendas de veículos em Natal

Acumulado (jan-jul/24): 10.293

Acumulado (jan-jul/23): 7.928

Variação: 29,83%

Julho/24: 1.542

Julho/23: 1.361

Variação: 13,3%

Vendas de veículos no Brasil

Acumulado (jan-jul/24): 2.607.658

Acumulado (jan-jul/23): 2.248.422

Variação: 15,98%

Julho/24: 419.832

Julho/23: 367.159

Variação: 14,35%

Nordeste também registra crescimento

No contexto regional, o Nordeste também registrou um crescimento positivo nas vendas de veículos, com um total de 536.632 unidades vendidas de janeiro a julho de 2024. Esse número representa um aumento de 16,3% em comparação com as 461.326 unidades vendidas no mesmo período do ano anterior. Em nível nacional, o mercado automotivo brasileiro acumulou a venda de 2.607.658 veículos nos primeiros sete meses de 2024, um crescimento de 15,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram comercializadas 2.248.422 unidades.

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), da qual o Sincodiv-RN é vinculado, mostram que julho último foi o melhor mês do ano para o emplacamento de veículos. Com crescimento de 4,9% sobre junho, o mês registrou 419.829 unidades. Todos os segmentos, à exceção de motocicletas, que sofreram um pequeno ajuste, tiveram alta em relação ao mês anterior e a julho de 2023, impulsionados pelo maior número de dias úteis do mês (23 em julho ante 20 em junho).

“Apesar da sazonalidade de meio de ano, o resultado foi excelente, tanto que este foi o melhor mês de julho desde 2014. O acumulado dos sete meses revela crescimento em linha com nossas projeções para 2024. E a oferta de crédito continua a ter influência positiva nas vendas”, afirma Andreta Jr., presidente da Fenabrave.

Com informações da Tribuna do Norte

Projeto da 1ª planta-piloto offshore do Brasil avança no RN, com apresentação à comunidade

FOTO: REPRODUÇÃO

O projeto de instalação da primeira planta-piloto de energia eólica offshore do Brasil – unidade de pesquisa concebida para nortear investimentos no mar e prevenir impactos com a chegada dessa nova atividade industrial ao país – avançou nesta semana, no Rio Grande do Norte, com uma série de discussões que envolveram a população, empresas e o setor público.

Em reunião técnica na última terça-feira (06), o SENAI-RN apresentou infraestrutura prevista, estudos envolvidos, objetivos e resultados esperados em Areia Branca, município potiguar a 330 km da capital, Natal, escolhido pela instituição como sede do empreendimento.

Na terça e na quarta-feira (08), empresas nacionais e estrangeiras parceiras no projeto participaram de visitas na área e na sede do SENAI.

“Nós estamos mostrando aqui algo que não é mais só uma ideia. É um projeto que está extremamente maduro e que vemos como oportunidade que nasce para a comunidade local, para os trabalhadores do mar, para o Ibama conhecer as condições do ambiente, para as indústrias fortalecerem seus negócios, e para o SENAI poder desenvolver tecnologia e formar pessoas”, disse o diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.

A geração de energia eólica offshore, ou seja, com turbinas instaladas no mar, é uma atividade industrial que começou há menos de 10 anos no mundo, observou o executivo.

No Brasil, o desenvolvimento do setor está em estágio inicial, à espera de regulamentação, mas pesquisas e sinalizações de investimentos ganham cada vez mais corpo.

“Ainda não existe, no país, nenhum aerogerador instalado no mar. E nós estamos, assim como a população, ansiosos para aprender mais a respeito. Com os estudos que já realizamos, conhecemos as condições físicas, as condições da nossa economia, as condições biológicas e o vento, mas precisamos ir além. É uma oportunidade que nasce em Areia Branca para dar respostas ao Brasil”, complementou o diretor.

Planta-piloto

A planta-piloto é um sítio de testes, em condições reais de operação, para futuros aerogeradores que serão implantados no mar do Brasil.

O projeto está em fase de licenciamento ambiental no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A expectativa do SENAI-RN é que a licença saia ainda este ano e que o início da operação ocorra em 2027.

Estudos ambientais para avaliação do Ibama foram entregues em julho, com levantamentos de dados do meio físico da região – o que inclui relevo, clima e oceano – do meio biótico (fauna e flora marinhos) e de aspectos socioeconômicos envolvendo população, paisagem, infraestrutura pública e atividades como a salineira, a pesca industrial, a artesanal e a mariscagem, de Areia Branca e dos municípios de Grossos e Tibau, que estão no entorno.

O documento contém mais de 600 páginas e foi elaborado por geólogos, geógrafos, biólogos, engenheiros civis, ambientais, navais e oceanógrafos que compõem a equipe de pesquisadores do ISI-ER, principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade, e braço da instituição à frente do projeto.

A reunião técnica em Areia Branca é uma etapa prevista no processo de licenciamento. O principal objetivo, segundo o Ibama, é a apresentação de informações que trazem impacto à população e a coleta de ideias que serão utilizadas para balizar a tomada de decisão sobre o licenciamento.

Pescadores que atuam na área e outros representantes da comunidade com os quais o ISI-ER dialoga há aproximadamente um ano para construção do projeto participaram do evento. Em meio ao grupo, Chicão do Mel, presidente da Colônia de Pescadores de Areia Branca, ressaltou a importância da discussão e citou o SENAI como um “elo entre o setor pesqueiro e os empreendimentos que venham a ser instalados na região”.

“Eu tenho dito para os pescadores que é em reuniões como essas que a gente vai conseguir diminuir a dificuldade e a distância do pescador. Eu vejo como de suma importância o envolvimento do setor”, frisou ele.

A reunião também contou com a presença do Ibama, da Marinha do Brasil, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) e de empresas anunciadas como parceiras no projeto: a Goldwind Brasil, de origem chinesa, a espanhola Esteyco, a potiguar Dois A Engenharia, a italiana Prysmian e a Intersal, consórcio que opera o Porto-Ilha de Areia Branca – terminal salineiro ao qual a planta-piloto estará diretamente conectado.

Preço da cesta básica cai em Natal e em outras 16 capitais

FOTO: ILUSTRAÇÃO/PIXABAY

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta terça-feira 6 pesquisa sobre o custo da cesta básica referente ao mês de julho. Em 17 capitais, o valor do conjunto de alimentos básicos consumidos pelas famílias caiu. O preço da cesta básica em Natal, capital potiguar, teve retração (-6,28%).

Na comparação com junho, as quedas mais relevantes foram verificadas no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%).

São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica apresentou o maior custo, R$ 809,77 e queda de 2,75% em relação a junho, seguida por Florianópolis onde a cesta básica custou R$ 782,73, com queda de 4,08% em relação a junho e Porto Alegre, R$ 769,96 com queda de 4,34% e Rio de Janeiro, R$ 757,64.

Como a composição da cesta básica é diferente nas cidades das regiões Norte e Nordeste, os menores valores da cesta básica foram constatados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

Entre as seis cidades que tiveram retração nos preços figuram Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%). De janeiro a julho deste ano, 15 cidades tiveram alta nos preços médios – Belo Horizonte com alta de 0,06% e Fortaleza, com 7,48%. Por esse critério, de preços médios, as reduções ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).

Sebrae Capacita impactará mais de 300 pequenos negócios no Vale do Açu

FOTO: JOSÉ ALDENIR

Empresários e potenciais empreendedores dos 19 municípios atendidos pela Agência Sebrae Vale do Açu serão alvo do Programa Sebrae Capacita. A estimativa é de que a capacitação impacte mais de 300 pequenos negócios da região, por meio de uma série de soluções com vistas ao melhoramento da gestão dos negócios e elevação da competitividade empresarial. A iniciativa será desenvolvida entre os meses de julho e setembro deste ano.

O Sebrae Capacita é executado em parceria com as Salas do Empreendedor, principal ambiente de suporte empresarial nos municípios. A iniciativa visa impulsionar ideias e negócios em desenvolvimento, a partir do acesso ao conhecimento e a ferramentas inovadoras que promovem a geração de oportunidades para os empreendedores locais.

Além das soluções coletivas, o programa oferece atendimento personalizado aos empreendedores. Durante a capacitação, eles recebem consultorias especializadas na Sala do Empreendedor e têm acesso a alternativas e ferramentas adequadas, com o objetivo de promover melhorias no negócio.

Segundo o gerente da Agência Sebrae do Vale do Açu, Fernando de Sá Leitão, o Sebrae Capacita é decisivo na missão de fortalecer os pequenos negócios. Mas, para ele, a importância vai além, ao promover visibilidade e engajamento para as Salas do Empreendedor.

“A Sala do Empreendedor possibilita um acompanhamento mais direcionado e eficaz aos empreendedores. Ao incentivar a utilização desse espaço, o Sebrae Capacita fortalece o papel das Salas do Empreendedor como um ponto central de apoio ao desenvolvimento empresarial e econômico local”, pontua.

Conteúdo estratégico

O Sebrae Capacita integra um conjunto de iniciativas da nova Estratégia de Atendimento do Sebrae no Rio Grande do Norte, que mira na criação de conexões consistentes e duradoras e no chamado “mind share”, termo inglês que significa “a presença na mente dos consumidores”.

Somente em julho, primeiro mês de execução, o Sebrae Capacita beneficiou empreendedores dos municípios de Galinhos, Alto do Rodrigues, Macau e Guamaré. Nesse período, o programa já impactou 70 pequenos negócios formalizados, em mais de 50 horas de capacitação.

Para tanto, O Sebrae aplica conteúdos estratégicos, com foco nas áreas de gestão financeira, técnicas avançadas de vendas, além de marketing. As capacitações continuam ao longo de agosto e setembro, com ações programadas em Carnaubais, Afonso Bezerra, Pedro Avelino, Lajes, Pedra Preta, Angicos, Ipanguaçu, Fernando Pedroza, São Rafael, Paraú e Triunfo Potiguar.

Agora RN

Agronegócio no RN está em expansão e tem destaque na fruticultura

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O agronegócio do Rio Grande do Norte está em expansão e inovação, com perspectivas positivas para os próximos anos, conforme demonstrado pelo mais recente Boletim de AgroNegócio do Sebrae-RN. O documento apresenta dados sobre a distribuição de produtores rurais, produção agrícola e pecuária, além de tendências tecnológicas para 2024. A combinação de tecnologia, sustentabilidade e uma economia crescente fortalece o papel do estado no cenário agrícola nacional.

Os dados mostram que a produção de frutas é um dos destaques econômicos, com forte crescimento na produção de melão e banana. De acordo com dados do IBGE de 2022, a produção de banana teve um aumento percentual de 135% entre 2021 e 2022, enquanto o melão cresceu 65% no mesmo período.

A exportação é um dos grandes propulsores do crescimento da fruticultura. No primeiro semestre de 2024, o RN exportou mais de US$ 73.318.208 em frutas, posicionando-se como o quarto maior produtor do Brasil. A expectativa é de que o estado alcance um novo recorde anual de exportação, refletindo o crescimento contínuo do setor.

A pecuária também se destaca, com grandes rebanhos de galináceos (10.812.369 cabeças), bovinos (1.059.926 cabeças) e ovinos (914.154 cabeças).

O RN conta com um total de 52.292 produtores rurais, com maior ênfase nos 38.437 agricultores. Entre as dez cidades com o maior número de produtores rurais estão Santa Cruz (1.245), Touros (1.173), Apodi (1.152), Santo Antônio (1.131) e Caraúbas (1.033).

Para Mona Paula, gerente da Unidade de Desenvolvimento Rural do Sebrae no Rio Grande do Norte, o cenário de expansão abre novas oportunidades para atender os produtores. “Neste contexto, temos projetos como o Fruticultura Potiguar, que promove capacitação, consultorias de gestão e tecnológicas, missões técnicas e ações de mercado para pequenos produtores. Além disso, iniciativas como o “Juntos pelo Agro”, parceria do Sebrae-RN e o Sistema CNA/Senar, e a criação de ecossistemas de inovação local buscam alcançar produtores distantes ou com dificuldades de conectividade”, comentou.

Inovação e Sustentabilidade

Com um olhar no futuro, o boletim indica que o agronegócio do RN está em posição favorável para competir globalmente. A digitalização dos processos de aquisição de insumos e a mecanização avançada são tendências que continuarão a moldar o setor, tornando-o mais competitivo e resiliente. As tendências para o agronegócio em 2024 apontam para um setor mais tecnológico e sustentável. A adoção dessas inovações permitirá aos produtores enfrentar desafios, aumentar a produtividade e atender às novas demandas do mercado.

Agora RN

Setor produtivo critica debate político sobre ICMS no RN

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Os secretários estaduais da fazenda, Carlos Eduardo Xavier e da Administração, Pedro Lopes, recorreram às redes sociais para rebater as afirmações de representantes dos segmentos empresariais do Rio Grande do Norte, que apontaram a redução na alíquota do ICMS, que desde janeiro passou de 20% para 18%, como um dos fatores que influenciaram na geração de empregos no primeiro semestre de 2024. Para eles, essa interpretação não reconhece o esforço do governo federal, ao passo que busca vincular algo positivo à redução do imposto. O Rio Grande do Norte encerrou o período com um saldo positivo de 13.060 novos postos de trabalho, puxado pelos setores de serviços, construção civil e comércio.

Na tarde desta segunda-feira (05), representantes de entidades de diferentes segmentos reagiram às críticas dos secretários. Com base nos dados disponíveis, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN) diverge dos secretários. “Conforme já nos posicionamos, o desempenho do emprego formal no Estado no primeiro semestre é atribuído a três fatores principais: aumento da renda média do trabalhador, que subiu cerca de 9% no período; aumento de 13,6% no volume de crédito ofertado e diretamente ao consumidor; e a manutenção do modal de ICMS no RN em 18%, resultando na injeção de aproximadamente R$ 300 milhões que seriam pagos em impostos no mercado consumidor”, informou o presidente da entidade, Marcelo Queiroz.

Quanto à influência nos preços dos produtos, ele diz que a composição dos preços no varejo leva em conta um conjunto de fatores, que vão além dos tributos, como custos da matéria-prima, da mão de obra, câmbio, logística e aluguéis, entre outros. “Além disso, desde abril deste ano, tivemos várias alterações no regime especial dos atacadistas, bem como no crédito presumido. Essas mudanças acarretaram aumentos nas alíquotas que variaram entre 1 e 2 pontos percentuais, a depender dos produtos comercializados”, informou Queiroz.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, lamentou a forma como esse tema está sendo discutido porque diz que está sendo privilegiado o debate político. “Estamos apresentando, há pelo menos nove meses, de forma pública, sugestões de ações e medidas para que o Governo do Estado possa incrementar a arrecadação de forma sustentável, melhorar a infraestrutura e resgatar a competitividade regional”, declarou. Ele acrescenta que, até o presente, não foram observadas novas iniciativas e ações neste sentido. “O debate político capitaneado pelo governo vem embaçando a discussão em torno das iniciativas para gerar crescimento econômico ao nosso Estado”, pontuou.

Da Federação da Agricultura e Pecuária (Faern), o presidente José Vieira, se diz surpreso com o retorno dessa discussão. “A Federação de Agricultura e Pecuária do RN achou que esse já tinha sido encerrado, pacificado. Lamento profundamente que o Governo do Estado, ao invés de se preocupar em diminuir o tamanho da máquina e reduzir custos, queira transferir para o setor privado a ineficiência da gestão”, declarou.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) o RN teve o terceiro melhor desempenho do Nordeste, com o setor de serviços registrando saldo de 10.623 postos; o de construção civil, 3.050 empregos e o comércio, 1.777 novas vagas.

Consultados pela TRIBUNA DO NORTE, representantes dos setores que mais empregaram nos primeiros seis meses apontaram que a oferta de mais crédito, a manutenção da alíquota do ICMS em 18%, as mudanças no Plano Diretor de Natal e a consolidação de obras de infraestrutura contribuíram para a abertura de mais postos de trabalho.

Para o titular da Sefaz/RN, vincular este crescimento no Estado à redução do ICMS é uma interpretação errônea. “Enquanto isso, no mês de julho mais uma queda de arrecadação deste tributo, na casa de 9% nominal, ou seja, sem considerar a inflação”, pontuou em publicações nas redes sociais da internet.

Além disso, ele diz que ligar a queda do imposto ao aumento de empregos parece ter “dupla finalidade: não reconhecer o mérito do governo federal neste resultado e tentar vincular algo positivo na redução da alíquota do ICMS já que não reduziu preços e teve forte impacto nas finanças estaduais”. Procurado pela reportagem, o secretário afirmou que não iria comentar o assunto.

Quem também criticou a postura das entidades do setor produtivo foi o secretário de Administração do Estado, Pedro Lopes. Ele chamou de “falácias” a associação feita entre o bom desempenho da economia e a redução do ICMS, conforme foi destacado pelos segmentos empresariais em matéria da TRIBUNA DO NORTE na edição da última sexta-feira (2). “Os empresários não baixaram os preços dos produtos como prometeram, a arrecadação do ICMS despencou (erraram de novo) e, portanto, não contribuíram para o bom resultado”, escreveu em suas redes sociais.

Lopes afirmou, ainda, que foram as políticas do governo federal que fomentaram a economia e fizeram crescer o emprego no País. “Estamos novamente seguindo o caminho do pleno emprego”, frisou nas publicações. Ele foi procurado para comentar o assunto, mas não deu retorno, até o fechamento desta edição.

Tribuna do Norte