30 de janeiro de 2025 às 11:45
30 de janeiro de 2025 às 08:40
FOTO: PEXEL
Um dos cortes bovinos preferidos no país, a picanha, vai ficando cada vez mais longe da mesa dos brasileiros. Não bastasse o alto valor de consumo que atingiu, a carne nobre pode ficar ainda mais cara neste ano de 2025.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, a produção de carne bovina deverá sofrer queda de aproximadamente 5% no decorrer deste ano, o que reduz a oferta e encarece ainda mais o produto. A estimativa prevê uma redução de 535 mil toneladas na produção de carne vermelha.
Se a oferta dos cortes bovinos diminuirão no Brasil, as exportações seguem em alta, fator que contribui para o encarecimento da carne em nosso país. A oferta do produto para o mercado brasileiro sofrerá queda de cerca de 9%.
Em 2025, o agronegócio brasileiro produzirá quase 10,3 milhões de toneladas de carne bovina. Dessa produção, 6,5 milhões de toneladas serão negociadas com o mercado externo.
A produção interna tem média de 32 quilos por habitante, o que faz da carne vermelha a segunda mais consumida pelos brasileiros, perdendo apenas para a carne de frango, que atinge a marca de 50 quilos por pessoa. A terceira é a carne suína, com média de 20 quilos por habitante.
30 de janeiro de 2025 às 10:30
30 de janeiro de 2025 às 07:59
FOTO: MARCELLO CASAL JR
A Brava Energia (controladora da Refinaria Clara Camarão) trouxe uma boa notícia para os consumidores potiguares na manhã desta quinta (30). O terminal reduziu em cinco centavos o preço do litro da gasolina tipo A e em oito centavos o litro do diesel S-500.
O movimento, provavelmente ligado ao impacto da queda do dólar nos preços do mercado internacional, tende a ser repassado aos postos pelas distribuidoras e pode ter o poder de anular, nas bombas, o aumento previsto para o próximo sábado no ICMS destes dois combustíveis em função do novo valor Ad Rem (que impactará em 10 centavos por litro de gasolina e de seis centavos por litro de diesel).
O presidente do Sindipostos RN, Maxwell Flor, comemorou a notícia. “As revendas sempre estarão em busca de menores preços porque quanto mais barato vendermos, melhores são nossas vendas. Neste sentido, esta redução nas refinarias, com potencial para chegar integralmente às bombas, nos dá um alento de que os postos possam manter seus preços, apesar do aumento de ICMS a partir do próximo sábado e, assim, evitar uma nova desaceleração nas vendas, algo que não é positivo para ninguém. Nem para nós e nem para o consumidor”, diz Flor.
29 de janeiro de 2025 às 11:45
29 de janeiro de 2025 às 08:45
FOTO: DIVULGAÇÃO
O Rio Grande do Norte registrou em dezembro de 2024 um crescimento de 5,7% da frota de motocicletas em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O percentual representa o maior aumento dos últimos 10 anos no Rio Grande do Norte. Em um ano, são quase 34.300 motos a mais circulando no estado.
Além de ser um veículo mais ágil para lidar com o trânsito nas cidades, também entra nesse cálculo a expansão dos serviços de entrega e de transporte de passageiros. Desde que a atividade se tornou uma opção acessível de geração de renda, pilotos por aplicativos geram uma demanda crescente por motocicletas.
Condições de financiamento mais atrativas, como prazos estendidos e juros mais baixos têm permitido que mais pessoas tenham acesso às motos. No Sicredi, instituição financeira cooperativa presente em todo país e com mais de 8,5 milhões de associados, a procura por essa linha de financiamento tem crescido de forma significativa e dado mais poder de compra aos seus associados.
Crédito consciente
O saldo da carteira de crédito liberado pelo Sicredi no estado mais que dobrou em um ano e atingiu um montante de R$ 222 mil em dezembro de 2024, aponta balanço que acaba de ser divulgado pela instituição.
Para Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora do Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste, esses números refletem um movimento claro de expansão do crédito direcionado para quem sonha em possuir uma motocicleta ou prover sua subsistência a partir dela.
“A atuação do Sicredi tem sido fundamental ao oferecer taxas competitivas e condições de pagamento flexíveis, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a esse tipo de financiamento, especialmente nos estados do Nordeste, fomentando a economia local”, afirma a especialista.
Com o objetivo de oferecer um crédito consciente, a instituição cooperativa afirma se preocupar em ajustar as condições de financiamento à realidade de cada pessoa. “A proximidade com os associados permite estimular o desenvolvimento e oferecer oportunidades de geração de renda, especialmente para quem utiliza a motocicleta como instrumento de trabalho”, conclui Ana Paula Medeiros Vieira.
28 de janeiro de 2025 às 13:45
28 de janeiro de 2025 às 08:24
FOTO: GETTY
Luis Otavio Leal, economista-chefe e sócio da G5 Partners, projeta alta de 5% nos alimentos este ano, abaixo da média histórica de 7%. Ele avalia que a dinâmica deverá ser ajudada pela safra recorde de grãos e pelo clima, já que o fenômeno La Niña tende a ser fraco este ano. No entanto, a carne bovina e o café serão os grandes “vilões”, com altas de 7,5% e 20% este ano, respectivamente.
Ele espera outros impactos significativos nos preços do frango, com chances de aumento na casa de 8%, de 9,1% sobre o arroz e de 5,5% sobre o leite longa vida:
“São alimentos que acabam tendo muita sensibilidade ao consumidor. No caso do frango, não é questão de oferta. Mas como o preço da carne sobe, as pessoas aumentam o consumo da outra proteína”.
Alexandre Maluf, economista da XP, espera alta mais significativa: um aumento de até 9,2% para os preços de alimentos e bebidas este ano. O vilão, diz ele, serão as proteínas. Ele espera que a carne bovina fique até 20% mais cara este ano, seguido do frango, que deve ter alta de 14%:
“Vimos uma escalada de preços no fim de 2024 e devemos ver uma alta similar no segundo semestre deste ano. A inversão do ciclo da pecuária faz parte do negócio do próprio setor, e não existe política governamental que consiga intervir nisso no curto prazo”.
O café pode ter alta superior a 20%, projeta o economista da XP. E ele não vê instrumento efetivo para conter o preço diante da restrição do grão no mercado internacional.
“É difícil imaginar algum instrumento efetivo e poderoso no curto prazo”, diz.
José Carlos Hausknecht, sócio diretor da consultoria MB Agro, diz que os preços do café e das carnes estão altos no mercado internacional pela baixa oferta global, o que traz reflexos sobre preços domésticos. E, por causa da desvalorização do real frente ao dólar, o custo fica maior e afeta a paridade interna.
No mercado interno, o preço da saca de café arábica de 60kg chegou a R$ 2.387,85, uma alta de 132% em apenas um ano, considerando preços de janeiro deste ano frente a igual mês do ano passado. Os dados são do Cepea, compilados pela MB Agro.
“Baixar o câmbio seria a melhor medida (para conter os preços de alimentos)”, avalia Hausknecht.
Heron do Carmo, professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, prevê que a inflação dos alimentos em 2025 fique mais próxima à média do índice geral de preços, projetado em 5,5% pelo Boletim Focus. Ele diz que a alta da carne bovina está relacionada ao ciclo da pecuária, e os preços sobem quando existem menos fêmeas disponíveis para abate:
Heron destaca, no entanto, que as perspectivas para os preços de alimentos este ano são mais favoráveis em comparação a 2024. Ele aponta menor pressão do câmbio, que não deve desvalorizar no mesmo ritmo do ano passado, e o impulso da safra agrícola recorde no país.
Na visão do economista, o “nó” atual que impede melhora das projeções de preços é a política fiscal. Se o governo conseguir retomar a confiança dos agentes econômicos a partir da apresentação de resultado primário melhor que o esperado, traria reflexos aos preços e estabilidade à inflação.
“Essa deve ser a preocupação. Mexer em preços pode ainda perturbar o mercado, e se preocupar (com alimentos) dessa forma me parece uma preocupação prematura e exagerada com eleição. Não é boa motivação”, diz Carmo, que defende a retomada da política de estoque regulador para amenizar preços em períodos de grande oscilação.
Leal, da G5 Partners, também cita a importância de o governo fazer estoques reguladores para ajustar os preços em momentos de alta, mas considera a medida mais estrutural do que de curto prazo. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) coletados até dezembro de 2024, o estoque de café está praticamente zerado desde 2018:
“É um pouco da história da cigarra e da formiga. Ninguém se prepara e depois realmente não tem nem o que fazer”.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Agrário cita o aumento de preços de commodities, como café, açúcar, laranja e carne no mercado internacional e eventos climáticos que afetaram a safra passada como fatores para a alta de preços no mercado interno.
A pasta, recriada em 2023, cita a retomada de planos safra para agricultura familiar e a redução da taxa de juros do crédito rural do Pronaf (de fortalecimento da agricultura familiar). O ministério cita maior financiamento a alimentos como batata, feijão, banana, além da criação de programas para fomentar a produção de arroz e leite.
A nota ressalta que o país deve registrar safra recorde, de 322,3 milhões de toneladas, de acordo com a projeção mais recente, alta de 8,2% sobre a anterior.
28 de janeiro de 2025 às 08:30
28 de janeiro de 2025 às 04:41
FOTO: REPRODUÇÃO
O Brasil teve a 5ª maior inflação de alimentos entre os países do G20 –grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo– em 2024. A taxa foi de 7,69% no ano passado, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na variação anual, o país só se saiu melhor que Argentina (94,7%), Turquia (43,6%), Rússia (11,1%) e Índia (8,4%). Os dados são de levantamento feito pela agência de classificação de risco Austin Rating com exclusividade para o Poder360.
Alguns países como Japão (6,4%) e México (4,4%) tiveram um desempenho melhor quanto à variação dos preços de bens e serviços.
27 de janeiro de 2025 às 03:02
26 de janeiro de 2025 às 17:01
FOTO: JOSÉ CRUZ
O preço dos combustíveis deve ficar mais caro em todo o Brasil a partir do dia 1° de fevereiro por conta da elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em relação a esses itens a partir dessa data. A alíquota da gasolina e do etanol, por exemplo, aumentará em R$ 0,10 por litro, passando para R$ 1,47. Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, para R$ 1,12.
Ao promover o aumento, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) afirmou que o reajuste é uma medida que visa garantir um sistema fiscal equilibrado, alinhado às flutuações do mercado e promovendo uma tributação mais justa.
No último ano, o aumento dos combustíveis teve forte impacto no bolso dos brasileiros. De acordo com dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é usado como inflação oficial do país, o etanol subiu 17,58% em 2024, enquanto a gasolina ficou 9,71% mais cara no mesmo período.
O aumento do ICMS, por sinal, ocorre em um momento em que o mercado tem pressionado a Petrobras por ajustes. Um relatório divulgado na última sexta-feira (24) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou que a diferença entre o preço praticado pela estatal e o valor no mercado internacional chega a 9% para a gasolina e 18% para o diesel.
24 de janeiro de 2025 às 03:01
23 de janeiro de 2025 às 13:31
FOTO: DIVULGAÇÃO
As famílias de Natal encerraram 2024 em uma posição mais favorável no que se refere às finanças pessoais. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), divulgada nesta quarta-feira (22) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com contas a pagar caiu pelo sétimo mês consecutivo, alcançando 83,7% em dezembro. O número representa 224.999 famílias, uma redução em relação aos 88,6% de dezembro de 2023.
O levantamento também apontou uma redução significativa na inadimplência. Em dezembro, 42,7% das famílias natalenses estavam inadimplentes (ou seja, possuíam contas em atraso), totalizando 114.735 lares, uma queda de 34.345 famílias em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o índice era de 55,9% (149.080 famílias).
No contexto nacional, o índice de endividamento também apresentou retração em dezembro, situando-se em 76,7%. Embora os números de Natal ainda estejam acima da média brasileira, o movimento de queda segue a tendência nacional, sinalizando maior controle financeiro por parte das famílias potiguares.
Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, o cenário é alentador. “O fechamento do ano com indicadores melhores que os registrados no início reflete o esforço das famílias na organização de suas finanças, além do impacto positivo de uma economia que, mesmo com desafios, mostra sinais de recuperação”, destaca.
De acordo com a pesquisa, entre os principais tipos de dívida das famílias em Natal estão o uso do cartão de crédito (90%), carnês de lojas (19,7%) e o cheque especial (14,1%). Apesar disso, o percentual de famílias sem condições de pagar suas dívidas em atraso é o menor do ano, com apenas 2,2%.
23 de janeiro de 2025 às 08:00
23 de janeiro de 2025 às 06:02
FOTO: PEDRO LUCAS
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, destaca que o estado possui uma vocação historicamente confirmada para a atividade petrolífera. Com a maior produção nacional de petróleo em terra e tendo sido o segundo principal produtor em mar, hoje o Rio Grande do Norte tem, na atividade, 60,6% do PIB Industrial e 12,3% do PIB geral do estado.
Em entrevista ao Portal da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), que pode ser acessada na íntegra no site www.onip.org.br, Serquiz ressalta que os investimentos de empresas independentes em ativos da Bacia Potiguar, o tempo de exploração e a qualidade das unidades de ensino, pesquisa e inovação do estado garantem um perfil robusto para a exploração petrolífera.
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