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Categoria: Economia

Vendas em março registram aumento de 26% no RN, com relação ao mesmo período de 2020

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O volume de vendas realizadas pelas empresas do Rio Grande do Norte no mês passado atingiu, em média, o patamar de R$ 304 milhões por dia. O valor é 26% maior que o registrado no terceiro mês do ano passado, quando as empresas potiguares conseguiram vender uma média de R$ 240 milhões por dia. O crescimento foi maior entre as organizações que atuam no segmento do comércio atacadista, cujo faturamento médio diário subiu de R$ 40,3 milhões por dia para R$ 59,9 milhões. Um acréscimo nominal de R$ 19,6 milhões negociados nos últimos 12 meses.

O segundo setor que mais teve o maior volume de vendas foi o comércio varejista. O ticket médio de vendas diárias do varejo passou de R$ 66,4 milhões para R$ 80 milhões entre março de 2020 e março deste ano. Apesar de o número de transações ter reduzido levemente, o valor das vendas subiu.

As empresas desse segmento foram as que tiveram oscilações menos drásticas no volume médio negociado ao longo dos últimos 12 meses, logo após o decreto do estado de calamidade pública em função da Covid-19. O volume médio diário de vendas do varejo potiguar fechou março deste ano com um total de faturamento bruto diário da ordem de R$ 80,3 milhões. No mesmo mês de 2020, o valor médio foi de R$ 66,4 milhões.

Os dados sobre a movimentação dos setores produtivos são da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que divulgou nesta segunda-feira (12) a 17ª edição do Boletim de Atividades Econômicas. O informativo mensal reúne os principais indicadores da economia do Rio Grande do Norte a partir da emissão de notas fiscais e do volume negociado pelas empresas potiguares. A publicação completa está no site www.set.rn.gov.br/.

A publicação mostra, no entanto, que o setor de bares, restaurantes e similares registrou uma retração nas vendas da ordem de 30% mensais a partir de março do ano passado. O volume de movimentado começou a subir após agosto do ano passado, quando houve o início da retomada da abertura das atividades não essenciais, chegando a dezembro com um pico de faturamento bruto médio de R$ 4,8 milhões, negociados por dia. No entanto, gradativamente, esses estabelecimentos começaram a ter baixas novamente e, no mês passado, registraram uma média diária de vendas de R$ 2,7 milhões.

O Governo do Estado vem acompanhando cuidadosamente os reflexos da crise para os donos de bares e restaurantes, principalmente, depois da instituição do toque de recolher, que afeta diretamente o funcionamento desses estabelecimentos. E por isso já tomou medidas para atenuar esses efeitos. É o caso da prorrogação dos prazos para recolhimento de tributos das empresas que atuam nessa área. Além disso, isentou temporariamente a cobrança da conta mensal de água, um insumo essencial para a prestação de serviços dessas empresas.

De acordo com a publicação da SET-RN, o volume de operações comerciais, verificadas nos principais setores da economia do Rio Grande do Norte, atingiu uma média de vendas de R$ 304,15 milhões por dia, o que é 2,4% menor que o resultado visto em fevereiro. Foram mais de 909 mil operações de vendas por dia no terceiro mês do ano, marcado pelo início das medidas restritivas neste ano para conter a segunda onda da pandemia no estado. Os segmentos que mais influenciaram positivamente o resultado foram o atacado, a indústria e o varejo.

Receitas

O Boletim de Atividades Econômicas também destaca a situação da arrecadação. O total de receitas próprias recolhidas no mês passado foi de R$ 541 milhões, frente aos R$ 583 milhões arrecadados em fevereiro deste ano. Uma redução nominal de aproximadamente R$ 42 milhões.

Esse montante é referente à arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que registrou alta de 14% em relação a março do ano passado, do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD) e principalmente do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que é o principal tributo que compõe as receitas estaduais.

No mês passado, o recolhimento desse imposto chegou a R$ 504 milhões, contra os R$ 560 milhões, arrecadados em fevereiro deste ano. Por outro lado, em comparação com março do ano passado, houve uma alta de 14%, já que no terceiro mês de 2020, o RN recolheu R$ 442 milhões referentes a esse imposto.

Expansão: dois Parques eólicos passam a produzir energia no RN

IDEMA EMITE LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) PARA FUNCIONAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS EM SÃO BENTO DO NORTE E CAIÇARA DO NORTE. FOTO: DANIEL HERRERA

O Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), emitiu Licenças de Operação (LO) para o Grupo Elecnor, por meio da sua filial Enerfin, para dois parques eólicos do Complexo Eólico São Fernando, nos municípios de São Bento do Norte e Caiçara do Norte, que juntos somam 265 MW de capacidade instalada. O documento tem validade de seis anos.

O Rio Grande do Norte possui grande potencial do recurso natural, condições favoráveis do vento. De acordo com o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, o Instituto está comprometido com o desenvolvimento econômico do estado, mas de forma sustentável. “Estamos trabalhando para, cada vez mais, otimizar os processos no âmbito do Idema. E os resultados são positivos, mesmo diante dos desafios. Temos uma gestão que prima pela responsabilidade e alia as necessidades empresariais, ao fortalecimento da economia primando pelo respeito ao meio ambiente”, informou o gestor.

O Complexo Eólico São Fernando agora conta com quatro parques eólicos em operação comercial. O coordenador de Projetos e Sistemas da Enerfín, Herbert Laier Júnior, afirma que “as contratações dos financiamentos, junto aos bancos BNB/FNDE e BB/SUDENE, possibilitaram a antecipação das obras, e somam-se ao apoio que a empresa vem recebendo do Governo do RN, assim como dos municípios em que atua. A ação colaborativa, técnica e diligente tem sido fundamental para o sucesso desse projeto e dos futuros investimentos no Estado”, declarou o coordenador. As obras ocorreram em um prazo de 22 meses, mesmo em meio à pandemia de Covid-19, o que evidencia a responsabilidade do Grupo com os compromissos já assumidos para a entrega de energia.

O diretor técnico do Idema, Werner Farkatt, esclarece que a empresa estava funcionando com autorização para fazer os testes. “A partir de agora os parques estão autorizados para produzir, comercializar e entregar a energia para a concessionária responsável. São duas instalações desse Complexo que foram liberadas ao funcionamento.  A energia eólica tem sido utilizada em larga escala por gerar energia elétrica de forma renovável, abundante e competitiva, o Rio Grande do Norte se destaca como fonte dessa energia”, explicou Farkatt.

A licença garante a operação ambientalmente segura do empreendimento, e entre uma série de condicionantes estabelecidas pelo Idema para a operação do empreendimento estão: o empreendedor deverá continuar executando os seguintes Programas Ambientais de Gestão Ambiental; para Construção – PAC; Educação Ambiental e Comunicação Social; Gerenciamento Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos; Sinalização de Estradas, Acessos e Estruturas; Controle de Processos Erosivos e Monitoramento dos Sistemas de Drenagens; Emergência Ambiental; Capacitação, Contratação e Desmobilização da Mão-de-Obra Local; recuperação de Áreas Degradadas; Monitoramento de Equipamentos urbanos; Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas; e Programa de Monitoramento de Ruídos.

Unidades

Além dos 256 MW em operação, a empresa conta com uma carteira de projetos em desenvolvimento superior a 500 MW no Rio Grande do Norte, visando não só os futuros leilões promovidos pelo Governo Federal, como também as novas oportunidades oferecidas pela abertura do mercado livre de energia.

Parque Eólico São Fernando IV, está localizado na Fazenda São Fernando, Zona Rural, municípios de São Bento do Norte e Caiçara do Norte. É composto por 24 (vinte e quatro) aerogeradores, com potência nominal de 3,465 KW, totalizando 83,16 MW de potência instalada em uma área de 23,73 hectares.

Já o Parque Eólico São Fernando I, está localizado na Rodovia RN 129, Km 9,5, Fazenda São Fernando, Zona Rural do município de São Bento do Norte. É composto por 22 (vinte e dois) aerogeradores, modelo Acciona AW-132, com potência nominal de 3,465 MW, totalizando 76,20 MW de potência instalada em uma área de aproximadamente 2.433,44 hectares.

Receita adia o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda(IR) para 31 de maio

O CIDADÃO QUE QUISER PAGAR O IMPOSTO VIA DÉBITO AUTOMÁTICO DESDE A 1ª COTA DEVERÁ FAZER A SOLICITAÇÃO ATÉ O DIA 10 DE MAIO. FOTO: ILUSTRAÇÃO

A Secretaria da Receita Federal informou que foi alterado o prazo final de entrega da Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Física (IRPF) de 2021, referente ao ano calendário 2020, do dia 30 de abril para o dia 31 de maio de 2021. A mudança foi implementada por meio da instrução normativa 2.020, publicada no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (12).

Na semana passada, o Senado Federal aprovou um projeto que prorrogava o prazo de entrega até 31 de julho deste ano, mas, para ter validade, a proposta ainda precisa ser novamente aprovada pela Câmara e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a Receita Federal, também foram prorrogados para 31 de maio de 2021 os prazos de entrega da Declaração Final de Espólio e da Declaração de Saída Definitiva do País, assim como, o vencimento do pagamento do imposto relativo às declarações.

Segundo o órgão, a extensão dos prazos de entrega aconteceu para suavizar as dificuldades impostas pela pandemia do Coronavírus (Covid-19).

“A medida visa proteger a sociedade, evitando que sejam formadas aglomerações nas unidades de atendimento e demais estabelecimentos procurados pelos cidadãos para obter documentos ou ajuda profissional. Assim, a Receita Federal contribui com os esforços do Governo Federal na manutenção do distanciamento social e diminuição da propagação da doença”, informou.

No ano passado, também por conta da pandemia do novo coronavírus, o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda foi postergado, mas para o dia 30 de junho.

Pagamento das cotas do IR

Em razão do adiamento, informou a Receita Federal, o cidadão que quiser pagar o imposto via débito automático desde a 1ª cota deverá fazer a solicitação até o dia 10 de maio. “Quem enviar a declaração após esta data deverá pagar a 1ª cota por meio de DARF, gerado pelo próprio programa, sem prejuízo do débito automático das demais cotas”, acrescentou.

Para aqueles que não optarem pelo débito automático, o órgão informou que o os DARFs de todas as cotas poderão ser emitidos pelo programa ou pelo Extrato da Declaração, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC), acessado por meio do site da Receita Federal.

Declarações entregues

A Receita Federal recebeu até as 16h da última sexta-feira (9), 11.952.904 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2021, ano-base 2020, o equivalente a cerca de 36% das 32,6 milhões de documentos esperados este ano.

Quem atrasar a entrega terá de pagar multa de 1% sobre o imposto devido ao mês, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido.

Os contribuintes que enviarem a declaração no início do prazo, sem erros, omissões ou inconsistências, receberão mais cedo as restituições do Imposto de Renda, se tiverem direito a ela. Idosos, portadores de doença grave e deficientes físicos ou mentais têm prioridade.

Quem deve declarar em 2021?

  • quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado.
  • contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado;
  • quem obteve, em qualquer mês de 2020, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  • quem teve, em 2020, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural;
  • quem tinha, até 31 de dezembro de 2020, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;
  • quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2020;
  • quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.

G1

Mudança em CLT sobre desigualdade salarial impacta no RN: diferença é de 15%

FOTO: DIVULGAÇÃO

Após 11 anos de impasse no Congresso Nacional, o Projeto de Lei que prevê a ampliação da multa para a empresa que praticar desigualdade salarial contra mulheres pode ser sancionado a qualquer momento. No Rio Grande do Norte, a diferença de salários entre homens e mulheres é em média de 15%.

O dado foi obtido em pesquisa recente realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que identificou, em outro estudo, que a incidência de desigualdade cresceu 59% nos últimos anos em território potiguar.

O advogado Fernando Cassar, que atua nas áreas trabalhista e empresarial em Natal, explica que a proposta vai impactar principalmente pelo novo cálculo para a definição do valor da multa.

“Antes da CLT, o texto constitucional de 1988 já vedou qualquer discriminação. Ao longo do tempo, foram criados mecanismos para viabilizar a obediência ao previsto na Constituição Federal. A punição, porém, é branda: oscila entre R$ 547,45 e R$ 805,07”, explica ele.

Com a mudança, continua Cassar, “o pagamento da indenização à empregada prejudicada é de até cinco vezes a diferença de remuneração em relação ao homem que ocupa a mesma função e incide sobre todo o processo de contratação”.

O advogado, que também é economista, acredita que a pandemia agravou a desigualdade salarial de gênero não somente no RN mas em todo o Brasil e recomenda que as empresas enxerguem a equidade como um projeto, não apenas condicionadas à eminente sanção da nova legislação.

“As empresas precisam identificar as desigualdades salariais, independentemente do porte que possuem, para criar estratégias para a mudança, feito que vai trazer resultados positivos, com impactos internos e externos”, resume ele.

Coronavírus faz turismo perder mais de 35 mil estabelecimentos em 2020, aponta CNC

GASTOS DE TURISTAS ESTRANGEIROS NO PAÍS CAIU PELA METADE NO PRIMEIRO ANO DA PANDEMIA, ATINGINDO O MENOR PATAMAR EM 17 ANOS. FOTO: FLÁVIO REZENDE

A crise provocada pelo novo coronavírus fez com que o turismo perdesse 35,5 mil estabelecimentos – com vínculos empregatícios – em 2020, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O saldo negativo corresponde à maior perda anual desde 2016, quando o Brasil ainda sofria os efeitos da recessão, e representa um recuo de 13,9% em relação ao total de unidades em operação no País, em 2019.

A pandemia de covid-19 afetou estabelecimentos de todos os portes, mas os que mais sofreram perdas foram os micro (-19,28 mil) e pequenos (-11,45 mil) negócios. Juntos, eles responderam por 87% do total de pontos perdidos no último ano. Regionalmente, todas as unidades da Federação apresentaram redução do número de unidades ofertantes de serviços turísticos, com maior incidência em São Paulo (-10,9 mil), Minas Gerais (-4,1 mil), Rio de Janeiro (-3,7 mil) e Paraná (-2,6 mil).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça que o segmento de turismo foi o mais afetado pela queda do nível de atividade econômica ao longo do ano passado. “Esta grave crise econômico-sanitária provocou uma retração significativa na demanda por serviços não essenciais em 2020. Infelizmente, não há, no momento, expectativas de reversão para o setor no curto prazo”, afirma Tadros, ressaltando a urgência de acelerar a vacinação dos brasileiros.

Turistas estrangeiros gastam menos

Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, chama a atenção para o fato de que nem mesmo a desvalorização de 29% do real no ano passado, que, em situações normais, estimularia o turismo interno, evitou perdas expressivas para o setor. “Internamente, a recessão promoveu uma realocação de gastos em favor de bens e serviços essenciais. A demanda externa, por sua vez, esbarrou nos protocolos caracterizados por severas restrições ao fluxo turístico internacional”, destaca Bentes. O volume de gastos dos turistas estrangeiros no Brasil em 2020 (3 bilhões) representou a metade dos gastos totais em 2019 (R$ 6 bilhões) – o menor volume registrado desde 2003, segundo o Banco Central.

Todos os segmentos turísticos registraram saldos negativos, com destaque para os serviços de alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes (-28,61 mil); os de hospedagem em hotéis, pousadas e similares (-3,04 mil); e os de agências de viagem (-1,39 mil).

Diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade, Alexandre Sampaio compara as perdas do segmento com as de outros setores da economia. “O turismo terminou 2020 com o nível de faturamento 30% abaixo do patamar verificado antes da pandemia, enquanto a indústria, por exemplo, fechou o ano passado com nível de atividade 3% acima”, diz Sampaio, reforçando a necessidade de extensão das medidas emergenciais por parte do governo.

O contraste do turismo com as demais atividades econômicas também aparece na análise do nível de ocupação formal. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 397 mil postos formais de trabalho foram eliminados no setor em 2020, representando um encolhimento de 12,8%. Na média de todos os setores da economia, porém, a variação relativa ao estoque de pessoas formalmente ocupadas avançou 0,4% no mesmo período.

IPC e Cesta Básica aumentam no mês de Março em Natal puxados pelas frutas

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O Índice de Preços ao Consumidor – IPC, da cidade do Natal, calculado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – Idema, através da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos – CES, registrou no mês de março, uma variação positiva de 0,79% em relação ao mês anterior. Com este resultado, a variação no ano ficou em 1,86%, já nos últimos doze meses (Abril/2020 a Março/2021) atingiu 6,05% e 527,75% desde o início do Plano Real.

O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou uma variação positiva de 1,15% em relação ao mês anterior. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Frutas (6,28%), Enlatados e Conservas (3,91%), Óleos e Gorduras (2,70%), Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (2,22%), Farinhas, Féculas e Massas (2,01%) e Bebidas e Infusões (1,12%).

O grupo Transporte apresentou neste período uma variação positiva de 2,06% em função do aumento de preços nos seguintes itens: Combustíveis (Veículos) (5,00%), Veículo Próprio (2,40%) e Transporte Público (0,25%). O grupo Habitação apresentou uma variação positiva de 0,66%. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Aluguel e Taxas (3,45%) e Reparos (1,12%).

Cesta Básica:

O custo da Cesta Básica na cidade do Natal, em março de 2021, calculado pelo Idema teve uma variação positiva de 1,70% em relação ao mês anterior. Dos treze produtos que compõem a Cesta Básica, dez tiveram  variação positiva:     Frutas (9,79%), Leite (7,56%), Café (3,84%), Margarina (3,75%), Feijão (2,28%), Açúcar (1,67%),Tubérculos (1,62%), Arroz (1,34%), Carne de Boi (1,06%), e Pão (0,44%).

As variações negativas ocorreram em três produtos restantes: Legumes (-6,28%), Óleo (-3,56%) e Farinha (-0,50%).

As despesas com os produtos essenciais, o custo com a Alimentação por pessoa foi de  R$ 461,07. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 1.844,28. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes etc., o dispêndio total seria de R$ 5.687,06.

INFLAÇÃO NATAL

Fevereiro de 2021

Variação no mês: 0,79%

Variação no ano: 1,86%

IPC

Janeiro – 0,57%

Fevereiro – 0,49%

Março –  0,79%

Petrobras recebe R$ 78,2 milhões e conclui venda de parques eólicos no RN

A PETROBRAS JÁ HAVIA ASSINADO CONTRATOS PARA VENDA DE SUA PARTICIPAÇÃO NAS EÓLICAS MANGUE SECO 1, 3 E 4, EM 7 DE JANEIRO DE 2021. FOTO: ILUSTRAÇÃO

A Petrobras finalizou a venda dos Parques Eólicos Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4, segundo comunicado enviado ao mercado. A venda foi finalizada de forma conjunta com a Wobben Windpower Indústria e Comércio Ltda (Wobben), da totalidade de suas participações (51% Wobben e 49% Petrobras), para a V2I Energia S.A., investida do Vinci Energia Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, que tem como gestora a Vinci Infraestrutura Gestora de Recursos Ltda.

Após o cumprimento de todas as condições precedentes, a operação foi concluída com o pagamento de R$ 78,2 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações. O valor recebido no fechamento se soma ao montante de R$ 22,5 milhões pagos à Petrobras na assinatura do contrato, totalizando R$ 100,7 milhões. Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas.

As sociedades Eólicas Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4 fazem parte de um complexo de quatro parques eólicos (Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4) localizado em Guamaré, no estado do Rio Grande do Norte, com capacidade instalada total de 104 MW. As Eólicas Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4 detêm e operam dois parques eólicos, com capacidade total de 52 MW, sendo 26 MW cada.

Parques

A Petrobras já havia assinado contratos para venda de sua participação nas eólicas Mangue Seco 1, 3 e 4, em 7 de janeiro de 2021, conforme plano de desinvestimento para o setor aqui no Estado.

No dia 26 de fevereiro, a petrolífera assinou com o Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Pirineus (FIP Pirineus) contrato para a venda da totalidade de sua participação de 51% no capital social da sociedade Eólica Mangue Seco 2 – Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. (Eólica Mangue Seco 2), proprietária de parque de geração de energia eólica.

O valor da venda foi de R$ 32,97 milhões, a ser pago em uma única parcela no fechamento da transação, sujeito aos ajustes previstos no contrato. A transação decorreu do exercício do direito de preferência pelo FIP Pirineus, em conformidade com o acordo de acionistas da Eólica Mangue Seco 2.

Redução

Mais uma vez, a Petrobrás afirmou que a operação estava alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas. “A Petrobras mantém o foco na redução do seu endividamento, ao mesmo tempo em que concentra seus recursos em ativos com maior potencial de geração de valor, como os campos de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas. Em paralelo, a Petrobras segue comprometida com a transição para uma economia de baixo carbono, investindo em novas tecnologias para descarbonização da produção e no desenvolvimento de combustíveis mais eficientes e sustentáveis. A companhia também mantém investimentos em renováveis, por meio de pesquisas, visando adquirir as competências necessárias para, eventualmente, operar fontes renováveis em maior escala no futuro”, destacou, à época, o Diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy.

A Eólica Mangue Seco 2 faz parte de um complexo de quatro parques eólicos (Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4) localizado em Guamaré, no estado do Rio Grande do Norte, com capacidade instalada total de 104 MW. A Eólica Mangue Seco 2 detém e opera um parque eólico, com capacidade de 26 MW.

Compradora administra mais de R$ 47 bilhões

A Vinci é a uma sociedade limitada responsável pela gestão de fundos de infraestrutura do Grupo Vinci Partners, assim compreendido como a Vinci Infraestrutura Gestora de Recursos Ltda. e suas controladas (Grupo Vinci), o qual possui atualmente mais de R$ 47 bilhões sob gestão. O Grupo Vinci foi fundado em 2009, possuindo 226 colaboradores, dentre os quais 33 sócios, divididos em escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Nova York.

O Grupo Vinci possui investimentos em diversos setores da economia, dentre os quais se destacam os investimentos realizados na Equatorial Energia S.A. (energia), Light (energia), LEST – Linhas de Energia do Sertão Transmissora (energia), Água Vermelha Transmissora (energia), Arcoverde Transmissão de Energia (energia), Transmissora Porto Alegrense de Energia (energia), Grupo Los Grobo (agronegócio), Austral (seguros e resseguros), Unidas (locação de veículos), Inbrands (varejo), Burger King (varejo), Le Biscuit (varejo), Cecrisa (revestimentos cerâmicos), Companhia Brasileira de Offshore (navegação), Uniasselvi (ensino superior), Dominos Brasil (varejo), Vero (telecom) e Cura (saúde).

TRIBUNA DO NORTE

Gás de cozinha tem mais um aumento e botijão pode custar até R$ 100 no RN, diz sindicato

REAJUSTE ACONTECE POR CONTA DA SUBIDA NO PREÇO DE VENDA DO GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP), PELA PETROBRAS, PARA AS DISTRIBUIDORAS. ESSE É QUARTO AUMENTO EM 2021. FOTO: ILUSTRAÇÃO

O botijão de gás de cozinha vai subir mais uma vez de preço e passará a custar entre R$ 95 e R$ 100 no Rio Grande do Norte. A projeção foi confirmada pelo Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN).

O valor vai sofrer novo reajuste em função do aumento, pela Petrobras, de quase 5% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras. Segundo a estatal, o preço passa a ser de R$ 3,21 por quilo, o que é equivalente a R$ 41,68 por 13 quilos.

De acordo com o presidente do Singás-RN, Francisco Correia, esse é o quarto aumento apenas em 2021. Ele informou que o preço já vai ser reajustado nesta segunda.

No início de janeiro, a variação do preço era de R$ 85 a R$ 90 no Rio Grande do Norte. O último aumento aconteceu no início de março, levando o preço a até R$ 97. Como comparação, em junho de 2020, o gás custava na casa dos R$ 70 a R$ 76.

A Petrobras disse em nota que o aumento na venda do GLP se dá porque os preços praticados “têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”.

A estatal também pontou que o “alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento”.

No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto no qual zerou as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre óleo diesel e gás de cozinha com o objetivo de conter o avanço do preço dos combustíveis.

Apesar das medidas, as distribuidoras de gás alertaram que não estavam conseguindo repassar para as revendedoras a isenção de tributo concedia pelo governo federal para o botijão de até 13 quilos.

Segundo a Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragas), o repasse da isenção não estava ocorrendo porque, ao emitir a nota fiscal, a Petrobras não sabia qual volume de gás será envasado – o benefício fiscal vale apenas para o botijão de até 13 quilos.

G1RN