25 de junho de 2021 às 16:30
25 de junho de 2021 às 14:49
FOTO: ILUSTRAÇÃO/PIXABAY
O início da recuperação do setor de turismo manteve o ritmo
após a primeira alta de gastos de brasileiros com viagens ao exterior em abril
em 2021. Em maio, as despesas com viagens internacionais avançaram 67% na
comparação com o mesmo mês do ano passado. Totalizando US$ 334 milhões, o valor
foi o maior para meses de maio desde 2017.
O resultado é da nota de Setor Externo, divulgada pelo Banco
Central nesta sexta-feira (25). Em março do ano passado, o fechamento de
fronteiras, a alta do dólar e a crise financeira provocada pela evolução da
pandemia impactaram fortemente o turismo mundial. Agora, a recuperação do setor
no Brasil é observada em meio à valorização do câmbio brasileiro.
Por outro lado, no acumulado do ano, os US$ 1,495 bilhão em
despesas de brasileiros no exterior seguem com queda de 55% ante o mesmo
período do ano. Em 2020, os brasileiros já haviam gastado 69,3% menos com
viagens internacionais do que no ano anterior.
Estrangeiros no Brasil
Na mesma linha, o turismo de estrangeiros para o Brasil
também sinaliza um início de recuperação. Os gastos de moradores do exterior
com viagens para o país avançaram 72,5% em maio de 2021, ante mesmo mês do ano
passado.
No quinto mês do ano, as viagens de estrangeiros ao Brasil
somaram US$ 195 milhões. No acumulado de janeiro a maio, as receitas de viagens
estrangeiros ao Brasil somaram US$ 1,052
bilhão, com queda de 40,3% ante o mesmo período de 2020.
O desempenho da conta de serviços de viagens segue com um déficit menor: enquanto o déficit acumulado até maio deste ano foi de US$ 443 milhões, no mesmo período de 2020 foi registrado resultado negativo de US$ 1,570 bilhão.
25 de junho de 2021 às 07:15
24 de junho de 2021 às 17:09
FOTO: ILUSTRAÇÃO/PIXABAY
O preço da
gasolina voltou a subir em Natal. Desde a última quarta-feira (23), é possível
observar que em alguns postos de combustíveis o litro do produto passou a ser
comercializado a R$ 6,29 – o que representa um aumento de mais de 20 centavos
em relação ao preço médio cobrado nos dias anteriores.
De acordo
com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do produto na capital
potiguar na última semana (entre os dias 13 e 19) era de R$ 5,98. Os valores
para a semana atual ainda não foram atualizados. O aumento nos postos ocorre
sem que tenha havido ajuste nos preços por parte da Petrobras. O último reajuste
da Companhia foi no dia 12 de junho e mesmo assim se tratava de uma redução de
1,9% no valor do produto nas refinarias.
A flutuação no preço do produto ocorre justamente após o dólar fechar abaixo dos R$ 5 nos últimos dias, o que não havia ocorrido ainda neste ano. O câmbio tem impacto porque, desde 2017, a Petrobras baseia o valor do barril de petróleo, calculado em dólar, para fazer reajustes na gasolina nacional. Por outro lado, o valor do barril vem apresentando aumento, chegando a custar US$ 75 (há pouco tempo era vendido a US$ 67).
22 de junho de 2021 às 09:45
22 de junho de 2021 às 08:50
CLIENTES TERÃO AINDA MAIS OPÇÕES DE COMPRAS. ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, JOALHERIA, ELETRÔNICOS E ARTIGOS PARA O LAR SÃO ALGUNS DOS SEGMENTOS QUE SERÃO CONTEMPLADOS. FOTO: ILUSTRAÇÃO
Com as aberturas nos últimos dias da rede de calçados Jorge
Bischoff e do quiosque New Era, somado à inauguração da rede de cosméticos
Lavic, prevista para esta quarta-feira (23), o Midway Mall terá em breve um
total de 16 novas lojas em seu mix.
Com oito operações recém-inauguradas, o Shopping se prepara
para abrir nas próximas semanas mais oito lojas, entre restaurantes,
joalherias, ótica, lojas de tecnologia, telefonia, cosméticos, entre outros. Em
meio aos destaques está a rede de fast food americana KFC, especializada em
frango frito.
No segmento alimentação, os restaurantes Zeh Cozinha e
Piazza Sicilia já estão em pleno funcionamento na Área Gourmet do L3,
aumentando o leque de opções para os clientes. Já o KFC passa a atender em
breve, juntamente com a The Waffle King – que promete propiciar a experiência
de se comer um Waffle de qualidade europeia.
No segmento joalheria, desembarcou no shopping a Riviera
Jóias e a Maria Prata. A marca de roupas para bebês e crianças Carter´s,
conhecida dos brasileiros que viajam para os EUA, também abrirá suas portas até
setembro. “A expectativa é alta com a vinda dessas novas operações,
qualificando ainda mais nosso mix e dando aos nossos clientes novas opções de
compras”, comemora Diego Fernandes, executivo do Midway.
Na área de tecnologia e telefonia o shopping tem nova
megaloja da Nagem e em breve novas operações da operadora de telefonia Claro e
da rede Ponto Celular.
Calçados, óculos de sol, acessórios, vestuário, cosméticos e
artigos domésticos completam a lista de inaugurações, com a chegada das lojas
Lavic, Ótica Chilli Beans, Ótica Carol e Casa Riachuelo. E em breve, mais
novidades chegarão para abrilhantar ainda mais o Midway Mall.
Operações recém-inauguradas:
Jorge Bischoff, New Era, Piazza Sicilia, Zeh Cozinha, Maria
Prata, Riviera Jóias, Ótica Carol e Nagem
Lojas com abertura em breve:
KFC, The Waffle King, Lavic Cosméticos, Ótica Chilli Beans,
Carter’s, Casa Riachuelo, Claro e Ponto Celular.
22 de junho de 2021 às 08:00
21 de junho de 2021 às 20:05
COMPLEXO EÓLICO CAJUÍNA, DA AES BRASIL, VAI GERAR 900 EMPREGOS INICIAIS NOS MUNICÍPIOS DE LAJES, ANGICOS, PEDRO AVELINO E FERNANDO PEDROZA. FOTO: SANDRO MENEZES
O Rio Grande do Norte, líder nacional em energia eólica em
terra com mais de 5 gigawatts de potência instalada, acaba de atrair mais um
importante investimento para o estado. Trata-se da AES Brasil, uma das maiores
companhias privadas do segmento de geração de energia no Brasil, que
apresentou, nesta segunda-feira (21), importante projeto voltado para os
municípios de Lajes, Angicos, Pedro Avelino e Fernando Pedroza.
Com investimento inicial de R$ 6 bilhões e previsão de iniciar
a construção já no segundo semestre, o Complexo Eólico Cajuína vai gerar 900
postos de trabalho durante a fase construção das obras e, após essa etapa, irá
contratar equipes de manutenção e operação para atuarem no complexo. A empresa
atua há 20 anos no Brasil com investimentos em energia hídrica, solar e
consolida a atuação no Rio Grande do Norte com o investimento em energia
eólica.
“É inegável a qualidade dos ventos do Rio Grande do Norte
para a geração de energia eólica. Nosso estado continua líder nacional em
geração de energia limpa. E o mais importante neste momento é manter o
compromisso que assumimos desde o início, que é o de promover ambiente
acolhedor, favorável para parcerias com empresas privadas”, destacou a
governadora Fátima Bezerra, que esteve acompanhada do vice-governador Antenor
Roberto.
A chefe do Executivo estadual lembrou que o estado possui
uma das mais importantes expansões do ensino técnico nacional. “Essa foi uma
das principais lutas em defesa do Rio Grande do Norte”, concluiu, citando a
expansão dos Institutos Federais de Educação, conquistada enquanto deputada
federal.
Presidente da AES Brasil, Clarissa Sadock participou
virtualmente da apresentação e destacou um programa inovador de diversidade e
inclusão previsto para se tornar modelo no Complexo Eólico Cajuína. “Nosso
compromisso é levar para o Rio Grande do Norte o Programa de Diversidade e
Inclusão da empresa, onde temos um programa de preparação exclusiva de mulheres
para as atividades de operacionalização dos parques”, observou. Clarissa Sadock
esteve acompanhada dos diretores Rodrigo D’Elia, Anderson de Oliveira e José
Antônio Martins, gerente de relações institucionais.
Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec),
Jaime Calado exaltou o crescimento em geração de energia pelo estado. “O
Complexo Cajuína vai aumentar a produção de energia eólica em 20% da nossa
capacidade instalada, que hoje nacionalmente é de em 5,1 gigawatts”, disse
Jaime Calado, que esteve acompanhado do coordenador de desenvolvimento
energético Hugo Fonseca (Sedec), do diretor Leon Aguiar (Idema) e do secretário
Carlos Eduardo Xavier (SET).
21 de junho de 2021 às 17:30
21 de junho de 2021 às 16:02
AS MAIORES ALTAS NA ARRECADAÇÃO FORAM REGISTRADAS EM RORAIMA, RIO GRANDE DO NORTE E PIAUÍ. FOTO: ILUSTRAÇÃO
Em 26 unidades da Federação foi registrada alta na
arrecadação no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período de
2020, segundo dados do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) com
foco nos Estados e Distrito Federal, divulgado há pouco pelo Tesouro Nacional.
Apenas no Espírito Santo não houve avanço, sendo que as receitas permaneceram estáveis.
De acordo com o relatório, as maiores altas na arrecadação
foram registradas em Roraima, Rio Grande do Norte e Piauí. Em Roraima, as
receitas cresceram 31% no período, enquanto as despesas, por sua vez, avançaram
12%. No Rio Grande do Norte, a alta na arrecadação foi de 27% e os gastos
cresceram 21%. Já no Piauí, as receitas subiram 25% e as despesas, 12%.
Por outro lado, apenas quatro Estados registraram queda nos
gastos em relação ao mesmo período de 2020. O principal deles é o Espírito
Santo, onde as despesas caíram 10% (enquanto as receitas ficaram estáveis). Há
também São Paulo (-6%), Rio Grande do Sul (-3%) e Alagoas (-1%). No Tocantins e
no Paraná, os gastos ficaram estáveis.
Segundo o documento, a mediana do resultado orçamentário,
que corresponde à diferença entre as receitas realizadas e as despesas
liquidadas, ficou em 20% da Receita Corrente Líquida (RCL) dos Estados no
primeiro quadrimestre de 2021. Em igual período do ano passado, a mediana havia
sido de 14% da RCL.
O relatório considera receitas correntes realizadas e
despesas correntes liquidadas de janeiro a abril de 2021 em relação ao mesmo
período de 2020. Os dados foram extraídos do sistema Siconfi, do Tesouro
Nacional, em 1º de junho.
18 de junho de 2021 às 15:15
18 de junho de 2021 às 14:37
FOTO: ILUSTRAÇÃO
O número de
pessoas ocupadas no Rio Grande do Norte caiu 33% entre 2010 e 2019. Em 2010,
eram 36.518 trabalhadores. Em 2019, o número caiu para 24.306. Os dados são da
Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta semana pelo
IBGE, e dizem respeito a empresas com pelo menos cinco pessoas ocupadas.
Na região,
Maranhão (- 53%), Pernambuco (- 51%), Sergipe (- 43%) e Alagoas (- 40%) tiveram
uma queda mais acentuada do que a do estado potiguar na mão de obra.
Na
composição do valor de obras e de pessoal ocupado na indústria da construção do
Brasil, o RN participa com 1,4%, o que representa a 16º posição no ranking
nacional.
O total de
salários, retiradas e outras remunerações chegou a R$ 656.874.000 em 2019. Em
relação a 2018, houve um crescimento de 11,5%.
Valor de obras do RN é o quarto maior em participação do Nordeste
O valor das
incorporações, obras ou serviços de construção no Rio Grande do Norte chegou,
em 2019, a 3,6 bilhões de reais.
Este valor é muito abaixo do pico da série histórica, que foi de cerca de 5,1 bilhões em 2013. Com isso, o estado passou a participar com 7,8% do valor das incorporações, obras e serviços de construção do Nordeste, a quarta maior participação da região. Em 2010, a participação do RN era de 7,1%.
Além do Rio
Grande do Norte, os estados da Bahia (saiu de 27,5% para 30,6%), Ceará (12,7%
para 16%), Paraíba (4,4% para 6,3%) e Piauí (4,4% para 5,5%) ganharam em
participação no valor de obras da região entre 2010 e 2019.
O Maranhão
(9,6% para 8,4%) e Pernambuco (25,1% para 16,8%) perderam participação no valor
de obras do Nordeste no período analisado, mas permanecem à frente do Rio
Grande do Norte. Alagoas (5% para 4,9%) e Sergipe (4,2% para 3,7%) também
perderam participação.
RN tem o menor crescimento no número de empresas atuantes no Nordeste
Em 2019, o
Rio Grande do Norte tinha 794 empresas atuantes na área da construção civil com
pelo menos cinco pessoas ocupadas. Na comparação com 2010, quando o estado
tinha 767 empresas, houve um crescimento de apenas 4%.
No Nordeste,
Ceará (69%), Piauí (48%), Paraíba (38%), Bahia (30%), Pernambuco (28%),
Maranhão (6%) o número proporcional de empresas cresceu mais que no RN. Sergipe
(- 5%) e Alagoas (- 8%) apresentaram queda no período analisado.
Sobre o número de empresas de construção originárias do Rio Grande do Norte, em 2019 eram 723 estabelecimentos, seguindo uma sequência anual de redução que se iniciou em 2015. Trata-se de uma tendência que acompanha o cenário nacional e do Nordeste.
16 de junho de 2021 às 09:45
16 de junho de 2021 às 09:59
FOTO: ASSECOM
Os débitos fiscais de ICMS, que foram gerados entre agosto
de 2020 e março deste ano, poderão também ser negociados e parcelados via
Programa de Regularização Tributária, o chamado Super Refis. Essa é principal
proposta do Projeto de Lei, que o Governo do Estado enviou à Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte nessa terça-feira (15). A medida visa
beneficiar cidadãos e empresas que adquiriram passivo fiscal nesse período, em
função da pandemia, com a possibilidade de também renegociarem essas dívidas
com as facilidades do programa, cujo limite era apenas os débitos com fatos
geradores anteriores a 31 de julho do ano passado. O projeto foi assinado pela
governadora Fátima Bezerra e pelo secretário estadual de Tributação, Carlos
Eduardo Xavier, e encaminhado para apreciação dos parlamentares.
A dilatação das dívidas passíveis de renegociação já havia
sido aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e
publicada em despacho no Diário Oficial da União(DOU) no dia 15 de março. Mas,
para a decisão entrar em vigor, era necessária a alteração na legislação estadual.
O governo já tinha anunciado o adiamento das adesões ao programa de 31 de maio
para agosto, mas as emendas alterando as regras precisavam do aval da Assembleia Legislativa.
Mais mudança
No caso do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação
de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), inscritos ou não em dívida ativa, a
adesão ao Refis fica valendo desde que seja referente a doações ocorridas até
31 de dezembro de 2020 somente para doações em que o inventario fica
condicionado à quitação do débito.
O PL também propõe que o governo possa modificar o
calendário de pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) referente ao exercício de 2020, para fins de prorrogação dos prazos
relativos ao recolhimento do imposto, desde que o vencimento a ser estabelecido
não ultrapasse 31 de dezembro de 2021.
O Super Refis é um instrumento importante para o setor
produtivo, principalmente com o agravamento da pandemia e impactos nas empresas
em função das restrições, porque permite a regularização da situação fiscal das
empresas com descontos, que chegam a 95%, sobre juros e multas e permite
parcelar o que é devido em até 60 meses.
“Essa é mais uma medida que colocamos em prática que
demonstra o compromisso e a sensibilidade do governo para com a classe
empresarial do Rio Grande do Norte, que, em alguns segmentos, foram fortemente
impactados por esse problema sanitário global”, destaca Fátima Bezerra.
Condições
Para o secretário, a medida será de fundamental importância
para auxiliar as empresas, que atravessam situação crítica, a retomarem com
mais fôlego às atividades, já que com restrições cadastrais fica inviável
participar de licitações e outras operações que exigem certidões negativas.
“Contamos com a conscientização dos parlamentares para aprovação dessas
emendas, que só vão trazer benefícios ao setor produtivo do Rio Grande do
Norte”.
Com o Super Refis, o contribuinte pode aproveitar benefícios
e condições, como descontos sobre juros e multas, que variam de 60% a 95%. Ao
optar pelo pagamento à vista, o contribuinte recebe o maior desconto, que é de
95%. No entanto, é possível parcelar em até 60 meses, com descontos
progressivos: entre dois e dez meses, o desconto é de 90%. De onze a vinte
meses, o abate será de 75% sobre juros e multas. Acima de vinte e até sessenta meses, o valor
descontado será de 60%. O programa é o mais abrangente e vantajoso já feito no
Estado, sendo possível renegociar débitos de ICMS, de ITCD e de IPVA.
Até agora, essa iniciativa do governo já possibilitou que
contribuintes negociassem débitos superiores a R$ 450,2 milhões, regularizando
assim o cadastro fiscal. Para aderir ao
Super Refis 2020, basta o contribuinte acessar https://refis2020.set.rn.gov.br/
e clicar em uma das opções: ‘Débitos Fiscais’ ou ‘Dívida Ativa’.
15 de junho de 2021 às 17:15
15 de junho de 2021 às 15:48
PARA SINDIPOSTOS, PRINCIPAL RAZÃO PARA A DISCREPÂNCIA NOS VALORES É O CUSTO DO FRETE PARA TRANSPORTAR O COMBUSTÍVEL DA REFINARIA DE GUAMARÉ PARA A GRANDE NATAL. FOTO: 98 FM
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) concluiu
que não há indícios de que postos têm aumentado de forma abusiva o preço dos
combustíveis nos últimos meses.
Por decisão do promotor de Justiça Marconi Falcone, uma
denúncia feita pela vereadora de Natal Camila Araújo (PSD), sobre possível
prática irregular dos donos de postos, foi arquivada mesmo antes da abertura de
uma investigação mais ampla.
A denúncia foi arquivada no dia 31 de maio após o promotor
ouvir representantes dos postos, da Secretaria Estadual de Tributação e dos
Procons Estadual e Municipal. Nenhum dos órgãos apresentou indícios de que os postos
de Natal ou do interior do Estado praticam preços abusivos ao consumidor,
apesar de os valores cobrados no Rio Grande do Norte serem superiores aos de
outros estados.
O relatório do MPRN concluindo que não há motivos para abrir
um inquérito foi lido nesta terça-feira (15) durante uma reunião da Comissão de
Defesa do Consumidor da Câmara de Natal. O PORTAL DA 98 FM teve acesso à
íntegra do documento, que foi enviado ao legislativo por causa da denúncia da
vereadora Camila Araújo.
Na denúncia, a vereadora pediu ao MPRN que apurasse por que
Natal tem combustíveis mais caros. Uma pesquisa da Agência Nacional de Petróleo
(ANP) mostrou que, até a semana passada, o litro da gasolina comum custava em
média R$ 5,98 em Natal. Em João Pessoa (PB), o valor era R$ 5,34. Na capital
potiguar, o combustível é 12% mais caro.
Em manifestação enviada ao Ministério Público, o
Sindipostos, que representa os donos dos estabelecimentos no RN, informou que a
principal razão para a discrepância nos valores é o custo do frete para
transportar o combustível da refinaria de Guamaré para a Grande Natal. A
distância entre as cidades é de mais de 170 quilômetros.
Para se ter noção da diferença, postos de João Pessoa (PB)
compram combustível no terminal de Cabedelo (PB), que fica a apenas 10
quilômetros da capital paraibana. Com isso, segundo o Sindipostos, o
combustível vendido em Natal já chega às bombas pelo menos 11 centavos mais
caro em função do transporte.
Além disso, o Sindipostos enfatizou que o IPTU em Natal,
imposto cobrado pela Prefeitura, é maior na capital potiguar que em outras
capitais nordestinas, o que influencia na composição do preço final.
O presidente da entidade, Antônio Cardoso Sales, reforçou
ainda, durante audiência com o promotor de Justiça, que o Sindipostos é
proibido por lei de intervir ou tratar com seus associados de preços praticados
nos postos.
Mas registrou que a proximidade dos preços cobrados pelos
postos é uma imposição do mercado, para manter a competitividade entre os
estabelecimentos. Ele ressaltou que denúncias de cartel nunca foram
comprovadas, e postos foram absolvidos pela Justiça de acusações desse tipo. A
margem de lucro bruta dos proprietários – que é legítima – gira em torno de
12%, segundo o presidente do Sindipostos RN.
Impostos
Durante audiência com o Ministério Público para tratar do
assunto, o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, enfatizou
que a taxa de ICMS cobrada pelo Governo do Rio Grande do Norte sobre os
combustíveis é a mesma da Paraíba e dos demais estados do Nordeste. Logo, o
motivo para a discrepância nos valores não é a tributação estadual.
Atualmente, explicou Carlos Eduardo Xavier, a alíquota que
incide sobre a gasolina é de 29% (sendo 27% de ICMS e mais 2% de recolhimento
para o Fundo Estadual de Combate à Pobreza) – a mesma da Paraíba, por exemplo.
Crítica à política de preços
Tanto o Sindipostos quanto a Secretaria Estadual de
Tributação aproveitaram a audiência com o Ministério Público para criticar a
política de preços da Petrobras, adotada em outubro de 2016, durante o governo
Michel Temer. Graças a essa nova política, o preço do combustível acompanha o
preço do petróleo internacional, que varia conforme o câmbio, entre outros
fatores.
Com isso, nada impede a ocorrência de reajustes diários, se
for o caso. Os aumentos, porém, valem para todo o País e não explicam a
discrepância do preço de Natal em comparação com outras cidades.
Segundo Antônio Cardoso Sales (Sindipostos) e Carlos Eduardo
Xavier (Tributação), a política da Petrobras – que atrela o preço do
combustível nas refinarias ao preço internacional – é a principal vilã da
oscilação constante nos preços do combustível, já que o dólar tem flutuado
bastante nos últimos meses.
“A política de preço atrelada ao preço internacional somente
é boa para a Petrobras”, destacou Antônio Cardoso. “A saída é rever a política
de preço federal. Ninguém quer quebrar a Petrobras, mas ela precisa absorver um
pouco disso. O último aumento de alíquota (de imposto) foi em 2016. Não é por
causa da tributação que estão ocorrendo esses aumentos de combustíveis”,
complementou Carlos Eduardo.
Procon
O Procon Estadual informou que tem realizado pesquisa de
preços e que não tem detectado abuso nas cobranças. De todo modo, a entidade
destacou que notificou os postos que estão cobrando acima do valor médio para
entender o que compõe o valor do produto. A entidade ficou de apresentar um
relatório conclusivo em breve.
O Procon Municipal afirmou que notificou os postos da cidade
para buscar entender a composição dos preços e que abriu um processo
administrativo para dar andamento às investigações, mas que as pesquisas
iniciais mostraram que “vige a livre concorrência entre os postos”. A entidade
também ficou de apresentar um relatório conclusivo em breve e alegou que não
apresentou o documento agora por falta de estrutura no órgão.
Arquivamento
“Diante disso, nem a perícia nem as fiscalizações dos Procons trouxeram elementos concretos de aumento abusivo de preços, não havendo indícios mínimos para instauração de inquérito civil, diante dos aumentos partirem de cima para baixo, diante dos aumentos da Petrobras vinculados ao mercado internacional, o que certamente deve ser investigado pelo Ministério Público Federal”, destacou o promotor.
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