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Categoria: Economia

Pesquisa da Fecomércio RN aponta movimentação de R$ 61 milhões no Dia das Crianças em Natal e Mossoró

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Dia das Crianças em Natal e em Mossoró deve movimentar R$ 61 milhões esse ano. A população das duas maiores cidades do Rio Grande do Norte irá às compras, sendo 56,8% em Natal (435 mil) e 51,6% em Mossoró (95 mil), com gasto médio acima dos cem reais, segundo números do Instituto Fecomércio RN.

Em Natal, é previsto a movimentação de R$ 51 milhões no comércio em Natal, uma variação negativa de 11,6% em relação a 2020, onde foi registrado uma movimentação de cerca de R$ 58 milhões. A intenção de compras, por consequência, também diminuiu para 0,9 pontos percentuais em comparação à pesquisa do ano passado, quando 57,7% diziam que iriam às compras. A média é que sejam gastos com presentes R$ 117,52; em 2020, o valor foi de R$ 130,80.

Já em Mossoró, a intenção de compra reduziu em 4,6 pontos percentuais do que o registrado no ano passado, quando 56,2% tinha intenções de ir às compras. O valor médio do presente em Mossoró será R$ 104,44, redução de 17,6% em relação ao mesmo período de 2020, quando o ticket médio ficou em R$ 126,70. No ano passado, a movimentação no comércio da cidade girou em torno de R$ 13 milhões, enquanto este ano a estimativa é que circule algo próximo dos R$ 10 milhões.

“A queda da movimentação e intenção de compras para este Dia das Crianças não nos preocupa. Em outubro do ano passado, o Dia das Crianças foi a primeira data forte para o comércio após a retomada das atividades e chegada de mais vacinas ao estado. Os consumidores estavam com o sentimento de euforia e dispostos a gastar. Dessa forma, a nossa base de comparação é alta, os dados de 2021 estão próximos aos patamares do ano passado. Além disso, os consumidores confirmam que irão às compras para presentear as crianças, não deixando a data passar em branco e movimentando a economia”, explicou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz. 

No comparativo com 2019, período pré-pandemia, na capital 65% dos entrevistados iam às compras, quase 500 mil pessoas (498.057), com gasto médio de R$ 132,21. A estimativa de movimentação é superior a 65 milhões de reais. Na mesma pesquisa, os dados em Mossoró mostraram que 63,1% iam às compras, mais de 116 mil pessoas, com valor médio de R$ 121,53, movimentando pouco mais de R$ 14 milhões.

Os que não irão às compras, em Natal, totalizam um pouco mais de 43%. A falta de dinheiro é uma das principais justificativas para esse comportamento, apontada por 34,9% dos entrevistados, além da necessidade de redução de gastos (poupar), mencionada por 20,7% deles. Entre os motivos relatados também estão endividamento, citado por 11,9% dos consumidores, desemprego (11,1%), a pandemia (7,7%). 

A coleta dos dados ocorreu entre os dias 03 e 15 de setembro, entrevistando 600 pessoas das quatro zonas administrativas da capital, por telefone. Os natalenses responderam que o produto mais procurado serão os brinquedos, com 49,6%; vestuário, com 31,2%; seguidos pelos jogos educativos, com 6,4%; calçados, com 6,1%; e produtos eletrônicos com 5%. Essa compra deve acontecer na semana que antecede o Dia das Crianças para 57,6% dos consumidores.

Outro ponto questionado aos entrevistados é a quantidade de presentes, no qual 44,4% pretendem comprar apenas um presente, 32,8% pretendem comprar dois presentes e 22,8% três ou mais itens. A maior parcela dos presentes não deve passar dos R$ 100,00 (45,2%).

Os principais fatores que farão os consumidores escolherem os produtos são as ofertas e promoções (62,5%), bem como a marca do produto (14,4%). Além disso, o levantamento do Instituto Fecomércio é que cerca de 3 em cada 10 (29%) que irão às compras pretendem adquirir o produto nas mesmas lojas que compraram no ano passado, ao passo que 70% dos entrevistados disseram que devem buscar outros estabelecimentos. E a grande maioria (58,1%) irão pesquisar valores dos presentes estimados. 

Os consumidores que irão às compras darão preferência aos shoppings (44,7%), comércio de rua (39,1%) e internet (11,2%), para presentear os filhos (60,1%), sobrinhos (28%), netos (14,3%), afilhados (8,5%) e irmãos (3,5%). Porém, 73,3% declarou que não levarão as crianças às compras.

Para efetuar a compra, o parcelamento no cartão de crédito será o mais utilizado com 40,2% das escolhas, seguido de dinheiro com 37,2%, cartão de débito com 21,1%. O uso do pagamento parcelado por meio do cartão de crédito cresceu 7,8 pontos percentuais em relação ao ano passado (32,4%). Os resultados revelam ainda um comportamento de consumo onde quem pagar no cartão de débito e no crédito tende a gastar mais: R$ 129,33 será o tíquete médio de gasto para quem compra do cartão de débito; R$ 121,25 para compradores que vão utilizar a função crédito parcelado; e R$ 121,25 para quem vai usar o crédito em única parcela. Já entre os que vão pagar os presentes no dinheiro o gasto médio deve ser de R$ 105,31. 

Grande parte dos entrevistados (75,8%) não irão fazer passeios de celebração no Dia das Crianças. Já os 24,2% disseram que almejam realizar um passeio especial com as crianças durante a data comemorativa. 

Mossoró

O comportamento do consumidor na capital do Oeste potiguar se assemelha ao natalense. Um pouco mais de 48% dos mossoroenses não irão às compras, a falta de dinheiro é o principal motivo, seguidos daqueles que desejam poupar (17,8%), que estão desempregados (8,3%) ou que estão com dívidas e contas em atraso (7,4%). 

Dos que irão comprar produtos, a maioria irá presentear os filhos (61,2%), sobrinhos (28,7%) e netos (15,1%), com brinquedos (51,2%), vestuários (30,6%), calçados (8,5%), jogos educativos (5,8%) e artigos esportivos (3,9%). O que irá garantir a compra, de acordo com os mossoroenses, são as ofertas e promoções (64,5%), seguido da marca do produto (14,5%) e formas de pagamento (5,1%).

A maior parte dos consumidores mossoroenses vão comprar a prazo no cartão de crédito, 55,4%; 34,5% relataram que o pagamento será à vista no dinheiro e 10,1% declararam que pagarão os presentes no cartão de débito. As compras devem acontecer no comércio de rua para 55,7%, 27,4% pretende comprar no shopping e 10,2% tendem a comprar pela internet. A pesquisa apontou que 1 em cada 4 (exatos 26%) comprarão nas mesmas lojas que adquiriram os presentes no ano passado.

Além disso, 67,6% irão pesquisar valores dos produtos e 71,1% afirma que pretende fazer as compras na semana que antecede a data.

Ambas as pesquisas estão sujeitas a uma margem de erro de aproximadamente 4% para mais ou para menos, com um nível de confiabilidade de 95%. 

Sedec lança RN Empreendedor em diferentes regiões do estado

PROGRAMA QUE FACILITA ACESSO AO CRÉDITO FOI LANÇADO PELA GOVERNADORA EM SÃO PAULO DO POTENGI E CHEGA ESSA SEMANA A PAU DOS FERROS, JOÃO CÂMARA E CAICÓ. FOTO: DIVULGAÇÃO

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte está lançando, em diferentes regiões do estado, o programa RN Empreendedor, com a finalidade de ampliar o acesso de microempreendedores a linhas de financiamento para impulsionar suas atividades. Após a abertura oficial, realizada em São Paulo do Potengi no último mês de setembro, pela governadora Fátima Bezerra, o secretário de desenvolvimento econômico, Jaime Calado, vai aos municípios de Pau dos Ferros, João Câmara e Caicó, nos próximos dias 5, 6 e 7, respectivamente, para o lançamento regional do programa. Na ocasião, também serão apresentados os benefícios da Nova Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, detalhados em uma cartilha que será distribuída aos participantes.

O programa RN Empreendedor é realizado através das Secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), da Administração (Sead) e Agência de Desenvolvimento do RN (AGN) com recursos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RN).

O titular da Sedec, Jaime Calado, destaca que a parceria com o BNB vai aplicar R$50 milhões em microcrédito e R$30 milhões no RN Empreendedor. Além disso, informou que o Sebrae e o BNB vão treinar os beneficiários para que os recursos sejam bem empregados. “Também vamos oferecer aulas de empreendedorismo para alunos do ensino fundamental II com premiação para os cinco melhores projetos. Com isso estamos estimulando a cultura do empreendedorismo.”

Presidente da AGN, a ex-deputada Márcia Maia disse que o Governo do Estado tem dado todo o apoio para estimular e fortalecer o empreendedorismo. “Somos a única instituição no Brasil que não cobra juros se o tomador pagar em dia. Vamos a quem mais precisa, inclusive a comunidades quilombolas, como orienta a Governadora, porque este é um governo que pensa no pequeno empreendedor, fortalecendo a economia local”.

O superintendente do BNB, Tiago Dantas, disse que as parcerias são importantes para promover o desenvolvimento. “Não só crédito, mas também educação técnica e empreendedora para os atores produtivos seguirem em direção à formalização. Este acordo de cooperação com o Governo do RN nos deixa muito felizes porque atende a quem mais precisa nas áreas urbana e rural”, declarou.

Gustavo Cosme, gerente do Sebrae, afirmou que as políticas públicas do Governo do RN estão disponibilizando crédito, que é o primeiro passo para estimular a produção.

Operações do Pix à noite terão limite de R$ 1 mil a partir desta segunda-feira

FOTO: ILUSTRAÇÃO

A partir desta segunda-feira (04), as transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas entre as 20h e as 6h terão limite de R$ 1 mil. A medida foi aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro, com o objetivo de coibir os casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.

As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, sistema de pagamento instantâneo, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos instantaneamente, como era feito por alguns bancos.

As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de definir limites distintos de movimentação no Pix durante o dia e a noite, permitindo limites mais baixos no período noturno. Ainda será permitido o cadastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo os limites baixos para as demais transações.

Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos, que entrarão em vigor em 16 de novembro. Uma delas é o bloqueio do recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, caso haja suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes.

Agência Brasil

Em 10 anos, comércio da zona Norte de Natal cresceu 47%

FOTO: CANINDÉ SOARES

Uma região marcada por profundas mudanças na cena urbana nas últimas décadas. Shoppings, supermercados, farmácias, lojas de variedades e dezenas de pequenos comércios ao longo das principais avenidas. É dessa forma que a paisagem da zona Norte de Natal se transforma e ganha novos contornos. Em 10 anos, o número de negócios ativos na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte (Jucern) localizados na área, aumentou 47,33%. O quantitativo acompanha o aumento da população. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal estima que, em 13 anos – entre 2007 e 2020, o número de residentes nessa área da cidade cresceu 23,81%, o maior aumento entre as quatro zonas administrativas da capital.

Os negócios ativos se multiplicaram sucessivamente em uma década, segundo a Jucern. Em 2011, eram 4.225 empresas ativas. Os dados de 2021, mesmo ainda com o ano em curso, apontam 6.269 negócios ativos na Junta Comercial. O número, inclusive, já é maior do que todo o ano de 2020, quando a Jucern registrou 6.115 empresas em atuação – um crescimento de 2,51%.

Além dos 4.225 negócios ativos em 2011, a Junta Comercial registrou, em 2012, 4.565 empresas atuantes; em 2013 foram 4.883; em 2014, 5.196 empresas; 2015 teve 5.457 negócios ativos; em 2016, foram 5.646; em 2017, o número saltou para 5.827; em 2018, chegou a 5.944; em 2019, foram 6.030; em 2020 foi a 6.115 negócios; neste ano, já são 6.269 até o momento.

Os bairros com maior número de negócios ativos atualmente são Potengi (2.135), Nossa Senhora da Apresentação (1.220), Pajuçara (990), Igapó (871), Lagoa Azul (793), Redinha (258) e Salinas (2).

Segundo a Junta Comercial do RN, os 6.269 negócios ativos atualmente estão divididos em variados tipos. Os principais são o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (com 215 empresas ativas), o comércio varejista de mercadoria em geral, com predominância de alimentos, como mercados, mercearias, mercadinhos e armazéns (com 189 negócios ativos) e o comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos, com 137 empresas atuantes na Junta Comercial.

Somam-se a estes, restaurantes e similares (125); comércio varejista de materiais de construção (119); comércio varejista de produtos farmacêuticos (90); e comércio varejista de bebidas (86), dentre outros.

Quando o assunto são os pequenos negócios, incluindo os microempreendedores individuais (MEI), a zona se destaca como a que concentra quantidade significativa em toda a cidade. Segundo o Sebrae-RN, há 20 mil MPEs (que incluem Pequenas empresas, micro empresas e MEIs, que são a grande maioria) na região, o que corresponde a 26% do total registrado na capital, que é de 79 mil. Os bairros Potengi (6.012), Nossa Senhora da Apresentação (5.216) e Pajuçara (4.507) lideram os números.

Pequenos negócios se concentram na área do shopping

A maior parte dos pequenos negócios da zona Norte (60%) está concentrada na região dos shoppings instalados na Avenida Dr. João Medeiros Filho, conhecida como Estrada da Redinha. A cerca de 2 quilômetros, não muito longe do principal centro de compras da zona Norte (Partage Norte Shopping), está a Pompéia (Avenida Antônio de Melo e Souza), no bairro Pajuçara.

A via, que possui aproximadamente 2,6 km de extensão, conta com uma diversidade de estabelecimentos instalados em todo o perímetro. São óticas, lotéricas, farmácias, lanchonetes, dezenas de lojas de roupa, dentre outros negócios.

Com informações da Tribuna do Norte

Preço da gasolina em Natal tem maior variação entre capitais e aumenta 11% em um mês, diz ANP

FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY

Natal tem a gasolina mais cara entre as capitais do país e também registrou a maior variação do preço ao longo de quatro semanas – um aumento de 11,05%.

Os dados são da Síntese Semanal do Comportamento dos Preços dos Combustíveis, divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Naturais e Biocombustíveis (ANP), com levantamento do dia 26 de setembro até este sábado (2).

O preço médio da gasolina tipo C ao longo da última semana ficou em R$ 6,681 em Natal. Logo atrás, no ranking, estão Goiânia (R$ 6,676) e Teresina (R$ 6,660). Para se ter uma ideia, o preço médio do país é de R$ 6,092.

Nas capitais dos estados vizinhos ao Rio Grande do Norte, o combustível é encontrado mais barato. É o caso, por exemplo, de João Pessoa (R$ 5,961), em Fortaleza (R$ 5,936) e Recife (R$ 5,929).

Um motorista que enche o tanque do carro com 40 litros de gasolina em Natal chega a pagar R$ 30 a mais, em relação à mesma quantidade de combustível em Recife, considerando-se os preços médios.

Além de ter o preço mais alto, Natal foi a capital com maior aumento do preço do litro, ao longo de quatro semanas. O crescimento de 11% é bem maior que a média nacional, que foi de 1,42%. A variação no Nodeste foi de 1,41%.

O Rio Grande do Norte terminou a semana com o preço médio da gasolina em R$ 6,627 nas bombas. O valor médio do estado é o terceiro maior do país, ficando atrás do Piauí (R$ 6,650) e do Rio de Janeiro (R$ 6,648).

O aumento do preço médio no estado, que foi de 8,46% em quatro semanas, também foi maior entre as unidades federativas brasileiras.

O RN também tem o maior preço do Diesel S10, do Etanol e do gás de cozinha no Nordeste.

Com informações G1RN

RN e Natal seguem com preços mais caros da gasolina no país

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A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou mais um levantamento sobre os valores dos combustíveis no Brasil. Na semana entre 26 de setembro e este sábado (2), Natal aparece como a capital com o maior preço médio do país. O Rio Grande do Norte e Natal acumulam o maior aumento no período de quatro semanas.

De acordo com o levantamento, a gasolina tipo C em Natal tem preço médio de R$ 6,681, com o maior chegando a R$ 6,699 e o menor a R$ 6,640. Goiânia (R$ 6,676), Teresina (R$ 6,660) e Rio de Janeiro (R$ 6,628) são as cidades que completam o ranking das capitais com os maiores preços médios.

As vizinhas Recife e João Pessoa têm preços bem mais acessíveis do que o praticado nos postos da capital potiguar. Enquanto os recifenses pagam, em média, R$ 5,929, os pessoenses têm gasolina custando R$ 5,961, em média.

Tribuna do Norte

Arrecadação do Governo do RN com ICMS sobre combustíveis dispara 65% em um ano

FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY

O setor de combustíveis vem sendo responsável, há praticamente seis meses, pela maior fatia do ICMS arrecadado pelo Governo do Estado. Alvo de queixas da população potiguar, as sucessivas altas de preço dos derivados de petróleo e do etanol no Rio Grande do Norte vêm engordando as receitas estaduais. A ponto de registrar um crescimento de mais de 65% em um ano e contribuir para o recorde de receitas tributárias, como revela o mais recente Boletim de Atividade Econômica produzido pela Secretaria Estadual de Tributação (SET), referente ao exercício de agosto.

Dos R$ 660 milhões que o Governo do Estado arrecadou com ICMS em agosto passado, R$ 142 milhões saíram dos postos de combustíveis. Este número corresponde a quase 25% do total obtido pelo Governo com o imposto. Em outras palavras, a cada R$ 4,00 coletados de ICMS no Rio Grande do Norte no período, R$ 1,00 veio das bombas que abastecem os veículos e tanta dor de cabeça e insatisfação vêm provocando entre cidadãos e empresas que dependem de carros para suas atividades.

“O desempenho contribuiu para uma variação positiva de 23%, quando comparada com a do mesmo período do ano de 2020. E totalizou R$ 659 milhões de reais no somatório dos três impostos estaduais (ICMS, IPVA e ITCD)”, registra o boletim. Isoladamente, o ICMS cresceu em proporção semelhante — em 21%.

O boletim econômico formulado pela SET revela também que a arrecadação do tributo deu um salto superior a 65% no comparativo entre agosto deste ano e o mesmo mês em 2020. Em agosto do ano passado, o montante de ICMS proveniente do comércio de combustíveis representou a injeção de R$ 86 milhões nos cofres do Governo. O valor subiu para R$ 142 milhões agora, em agosto de 2021, fruto de uma movimentação diária média de R$ 53,35 milhões durante aquele mês.

Ao analisar o relatório da Secretaria Estadual de Tributação, um economista avalia que a alta expressiva do ICMS acompanhou exatamente a elevação de preços no segmento. Ele considera também que o movimento na arrecadação do imposto neste ano indica a consolidação do setor como principal fonte dessa modalidade tributária.

De fato, dos oito primeiros meses de 2021, apenas em dois deles o setor de combustíveis não foi o que mais rendeu recursos para o Governo — em janeiro, foi superado pelo comércio varejista e, em abril, pelo comércio atacadista. Nos outros seis meses avaliados no boletim da SET, a liderança de ICMS foi da venda de combustíveis.

Redução da carga

Esse tipo de situação, entende o economista, permitiria ao Governo no mínimo colocar em estudo a possibilidade de seguir o exemplo de outros Estados e reduzir o impacto do custo com combustíveis para os potiguares.

Ele cita o exemplo do Espírito Santo, que nesta semana congelou a atualização do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) pelos próximos meses, mesmo se houver novos aumentos no preço dos derivados de petróleo. O PMPF é a base de cálculo para A cobrança do ICMS. A medida preserva o consumidor capixaba de sofrer com novas elevações de preços.

No Rio Grande do Sul, o governo estadual também mexeu em sua base arrecadatória e abriu mão de receita para atenuar a carga financeira sobre os consumidores gaúchos. Fez isto ao aprovar a redução de 30% para 25% do ICMS sobre combustíveis a partir de 2022.

Medidas semelhantes, tomadas no sentido de reduzir o custo da gasolina e outros derivados para a população, também poderiam ser pensadas no Rio Grande do Norte, aponta o técnico. Base e volume de recursos para isto, o Governo já tem, sustenta ele. “É só vontade de querer fazer e ajudar os potiguares a sofrerem um pouco menos com um quadro financeiro que já é difícil. O Governo do RN teria que abrir mão de uma parte da receita, sem dúvidas, mas daria um auxílio importante à população do Estado”, analisa ele.

Agricultores familiares do Oeste potiguar ganham certificação orgânica

FOTO: ELISA ELSIE

O Governo do Rio Grande do Norte deu, nesta quinta-feira (30), mais um passo no apoio à produção da agricultura familiar. Os 17 núcleos de produtores que somam 150 famílias reunidos na rede Rede Xique-Xique agora terão a certificação de produtos orgânicos e receberam um veículo modelo Gol. O ato aconteceu na nova sede própria da Bodega Xique-xique, no bairro Costa e Silva, em Mossoró.

A governadora Fátima Bezerra ressaltou que ainda é preciso ampliar o circuito das feiras da agricultura familiar em todo o RN e destacou que este é um setor que gera trabalho e renda à população, oferecendo alimentos saudáveis e com variedade. Ela informou ainda que o Governo vai lançar nos próximos dias o Programa Estadual de Convivência com o Semiárido e continuar com a perfuração e instalação de 635 poços (300 já perfurados) a serem entregues com o sistema de bombeamento de água funcionando.

A Bodega Xique-xique comercializa a produção da agricultura familiar de frutas, hortaliças, castanha caju, ovos caipira, mel de abelhas e de caju, doces, frutas desidratadas, polpa de frutas, queijos, manteiga de garrafa, arroz vermelho, gergelim, pães, biscoitos, cachaça, óleos de côco e de Licuri, própolis, flor de sal. E mantém intercâmbio com associações de outros estados para enviar e receber produtos.

Neneide Lima, presidente da Cooperxique, considerou o momento como ímpar. “A presença da governadora em nosso espaço muito nos honra. Lembro quando iniciamos com muitas dificuldades para termos um espaço para comercialização. Hoje, conquistamos com o apoio do Governo do Estado e estamos ampliando nosso mercado. A conquista da certificação orgânica também é fundamental para nós e para a sociedade, pois assegura produtos limpos, livre de agrotóxicos.”

“A certificação participativa é mais um passo. A Rede Xique-xique é referência nacional e credenciada. O alimento produzido aqui é vida e história. Vender a produção é assegurar renda e autonomia ao produtor, é oferecer alimento limpo, sem agrotóxicos produzidos pelas famílias no campo”, comentou o secretário de Estado do Desenvolvimento e da Reforma Agrária (Sedraf), Alexandre Lima e acrescentou.