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Categoria: Economia

Oito municípios do RN terão investimento de R$ 110 milhões em energia solar

FOTO: ELISA ELSIE

Oito municípios do Rio Grande do Norte vão ganhar usinas de geração de energia solar. Para isso, o Governo do Estado está agilizando os procedimentos de concessão de licenças ambientais e segurança jurídica. A empresa Atua Energia vai investir em oito plantas de Geração Solar distribuídas nos municípios de Assu, Acari, Caicó, Alto Rodrigues, Governador Dix Sept Rosado, Baraúnas, Jucurutu e Apodi. Na primeira fase serão gerados 22 megawatts (MW) com investimentos de R$ 110 milhões. A implantação vai gerar 320 empregos diretos nos próximos 24 meses.

O projeto da Atual Energia vai atender a 500 clientes que possuem consumo de energia mensal em torno de R$ 10 mil. O projeto é destinado às médias, pequenas e microempresas no RN.

“O nosso Estado é líder nacional em geração de energia eólica e tem grande potencial também para energia solar. Este investimento vem para somar à nossa produção de energias renováveis e ao desenvolvimento econômico e social sustentável”, afirmou a governadora Fátima Bezerra, que estava acompanhada do vice-governador Antenor Roberto.

Fátima Bezerra determinou a criação de um comitê no âmbito da Câmara de Energias Renováveis da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) para acompanhar e dar celeridade à execução do investimento.

“Os investimentos vão para além da Região Metropolitana de Natal, vão beneficiar micro e pequenos empreendedores com energia limpa e mais barata em várias regiões do Estado. O nosso Governo tem atuação firme para estimular os investimentos dando agilidade na análise e liberação das licenças ambientais, incentivos fiscais e segurança jurídica para criar empregos e renda para nosso povo”, declarou.

Secretário da Sedec, Jaime Calado destacou o forte potencial do RN para geração de energias renováveis e as iniciativas do Governo para atrair investimentos. “Vivemos em todo o mundo momento de transição energética. O RN está preparado e tem hoje participação importante neste processo. Nossa matriz energética é formada por 94% de fontes limpas, índice maior que o da Dinamarca, que é de 65%, país que iniciou o processo de geração de energia limpa em larga escala”, comparou.

O diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, reafirmou o empenho do órgão ao agilizar os processos de licenciamentos ambientais respeitando rigorosamente a legislação.

Diretor da Atual Energias, Jorge Maciel disse que a empresa integra um grupo que possui 19 usinas de geração de energia no Brasil – 4 solares, 2 eólicas, 1 térmica e 11 hidrelétricas de pequeno porte.

“Estamos com tudo pronto para iniciar a implantação das novas usinas no Rio Grande do Norte. Vamos gerar a energia e captar pequenas e médias empresas que passarão a ter 20% de redução no custo do seu consumo. E poderão se credenciar como geradoras de energia renovável sem precisar se envolver diretamente com os custos do processo de geração”, explicou.

RN tem cerca de 4 mil empregos de saldo positivo em outubro

FOTO: SANDRO MENEZES

No mês de outubro de 2021, o número de admissões no Rio Grande do Norte foi de 15.967, com saldo positivo de 3.893 empregos. É o sexto mês consecutivo em que o estado apresenta saldo positivo de empregos, após o único mês do ano com saldo negativo em abril.

O setor de Serviços se destacou pelo segundo mês consecutivo em outubro, com mais admissões e maior saldo de empregos em relação a outros setores, o que se explica, principalmente, pelos eventos sazonais de final de ano. Foram 6.670 contratações ao todo no setor.

Dentro do setor de Serviços, destaca-se o segmento de “Informações, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, com 3.503 admissões, ou seja, mais da metade das admissões do setor.

Pequenos negócios geram 77,5% das vagas abertas

O segmento das micro e pequenas empresas continua liderando a geração de novos empregos no Rio Grande do Norte. Em outubro, os pequenos negócios foram responsáveis por criar 3.016 novas vagas de trabalho com carteira assinada. O volume de novos postos abertos equivale a 77,5% de todas as vagas geradas no período, já que o estado encerrou o décimo mês do ano com um saldo de 3.893 empregos formais. Já as médias e grandes empresas somaram no mês a criação de 712 novas vagas.

Em 4 semanas, preço da gasolina cai 2,6% no Rio Grande do Norte

FOTO: GERALDO JERÔNIMO

O preço médio da gasolina comum vendida nos postos de combustíveis do Rio Grande do Norte caiu 2,6% entre o dia 31 de outubro e o último sábado (27), de acordo com os levantamentos semanais da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A primeira pesquisa registrava R$ 7,228 e a última R$ 7,038, porém em alguns postos de Natal o combustível voltou a custar abaixo dos R$ 7. Vários postos comercializam o litro a R$ 6,94, na Zona Sul da capital.

A capital potiguar, que já chegou a ter o maior preço registrado em todo o país, tem atualmente o quarto maior preço médio entre as capitais (R$ 7,082), atrás de Goiânia, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Presidente do Sindipostos, o empresário Antônio Sales, atribui a redução do preço sentida às promoções de fim de ano .

“Na verdade, não houve nenhuma redução por parte da Petrobras, o que a gente imagina é que são as promoções de fim de ano, que alguns postos aderem para poder fazer um fluxo de caixa melhor”, considerou.

Por outro lado, o presidente descartou que a redução tenha relação com o congelamento do preço do ICMS cobrado sobre os combustíveis, anunciado neste mês de novembro. “O efeito desse congelamento é de estabilidade, não de redução”, ponderou.

G1RN

Chamada pública para projetos com foco em hidrogênio verde atrai propostas de R$ 14,5 milhões no RN

FOTO: DIVULGAÇÃO

A “Missão Estratégica Hidrogênio Verde”, a maior chamada pública no Brasil para apoio a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em hidrogênio verde atraiu propostas no valor de R$ 14,5 milhões no Rio Grande do Norte

Empatado com o Amapá, o estado é o quarto do país que recebeu maior valor em propostas.

O líder no valor das propostas é o estado do Paraná, que teve R$ 24,2 milhões. Logo em seguida, estão Santa Catarina (R$ 17,2 mi) e Ceará (R$ 16,4 mi)

Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e Maranhão também entraram na disputa.

De acordo com os dados levantados, as propostas apresentadas tiveram valor médio de R$ 6 milhões.

A chamada pública é uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa no País. O prazo de submissão das propostas foi encerrado no dia 19 de novembro.

A “Missão Estratégica Hidrogênio Verde” foi lançada em outubro deste ano, durante inauguração do Habitat de Inovação da CTG Brasil no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, em Natal.

Inscrições

Ao todo, foram 36 inscrições, oriundas de 14 estados do país, com valor somado de R$ 186 milhões em propostas.

A cifra é mais de 10 vezes a prevista no edital (R$ 18 milhões) e está concentrada principalmente em projetos para produção do chamado “combustível do futuro”.

Em balanço divulgado nesta segunda (29), o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que coordena nacionalmente a ação, observa que o edital atraiu desde startups até grandes empresas.

Segundo os organizadores, objetivo do projeto é impulsionar soluções em pesquisa, desenvolvimento e inovação capazes de gerar negócios.

Entre as ideias apresentadas, 74% focam na produção de hidrogênio, 20% no uso industrial, 3% no transporte e outros 3% em certificações do produto.

“Atrair projetos que correspondem a 10 vezes o valor do edital, envolvendo 50% das unidades da federação, representa o momento que a gente está vivendo, de sociedade preocupada com combustíveis mais limpos e a adesão das empresas a esse novo pensamento”, diz o diretor do ISI-ER, Rodrigo Mello.

Os R$ 186 milhões relativos aos projetos incluem R$ 21 milhões em contrapartidas das empresas proponentes para financiamento, um dos requisitos previstos no edital.

“Investimos na matriz energética brasileira, com foco na diversificação de nosso portfólio de ativos e na complementariedade das fontes de geração de energia. Para atingir esses objetivos, contamos com parcerias estratégicas, como essa. O hidrogênio verde terá papel fundamental na transição da matriz energética mundial e queremos fazer parte desse movimento”, ressalta Silvio Scucuglia, diretor de Estratégia e Desempenho Empresarial da CTG Brasil.

“Conhecer todas essas iniciativas inscritas na chamada estratégica, nos faz ter a confiança de que teremos projetos relevantes de hidrogênio verde para apoiar, desenvolver e implantar nos próximos meses”.

Seleção

A primeira fase da seleção segue agora com a análise das propostas. O resultado preliminar é previsto para 1º de dezembro. Segundo Mello, os projetos que avançarem para a segunda etapa passarão por uma curadoria para identificação de possíveis sinergias e aprovação final da CTG Brasil, que destina recursos à chamada pública por meio do programa Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da ANEEL.

O resultado final sai em 17 de dezembro. Já no início de 2022 inicia-se um novo ciclo: a prospecção de possíveis parceiros internacionais para o desenvolvimento das ideias selecionadas. Não há uma estimativa de quantos dos inscritos serão contratados. Os projetos escolhidos terão prazo de execução de até 36 meses, a partir da assinatura do contrato.

Hidrogênio verde

Hidrogênio verde é obtido partir de fontes renováveis de energia, como eólica e solar, e é alternativa à produção a partir de gás metano – mais comum hoje e mais poluente. No processo, não há emissão de carbono.

Conhecido como “combustível do futuro”, o hidrogênio verde é apontado globalmente como opção para reduzir os impactos do efeito estufa, substituindo, por exemplo, combustíveis fósseis em meios de transporte e insumos usados na linha de produção da indústria.

G1RN

Produção de petróleo feita por operadores independentes em campos maduros sobe 300% no RN

FOTO: GETÚLIO MOURA

Em um ano, a produção de petróleo realizada por pequenos operadores no Rio Grande do Norte aumentou 300%. Saltou de 4 mil barris de petróleo equivalente/dia (bpe/d), em 2019, para 16 mil bpe/d, em 2020.

O balanço foi apresentado pelo secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Rafael Bastos, durante o VI Fórum Onshore Potiguar, realizado nesta quinta-feira (25), em Mossoró, no Oeste potiguar.

Os chamados produtores independentes, que operam campos maduros comprados da Petrobras, respondem por 43,2% da produção do Estado, atualmente em 37 mil bpe/d em 70 campos – a grande maioria em terra (onshore).

Esse desempenho faz do Rio Grande do Norte, segundo Bastos, o maior produtor de petróleo em terra no Brasil, e o quarto em produção nacional, se somados petróleo e gás.

“Também é digno de destaque que, dos 52 pedidos à ANP de redução de royalties para até 5% por empresas de pequeno porte, 39 pedidos provêm do Rio Grande do Norte”, disse o secretário. Essa medida, segundo ele, representa investimentos adicionais, com aumento da vida útil pelo fator de recuperação dos campos produtores, manutenção da indústria de bens e serviços e empregos locais.

G1RN

Expofruit 2021 em Mossoró reúne produtores de frutas e empresas internacionais

FOTO: FÁBIO PAIVA

“Valorizando as Oportunidades da Fruticultura” é o tema deste ano da Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada – Expofruit 2021 que foi aberta oficialmente na noite desta quarta-feira (24) com a participação de autoridades políticas e representantes da cadeia produtiva do Rio Grande do Norte.

O evento espera movimentar uma média de R$ 60 milhões em negócios e tem a expectativa de receber aproximadamente 15 mil visitantes nos três dias de realização.

A cerimônia de abertura foi iniciada pelo presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte – COEX, Fábio Martins Queiroga, que além de falar da felicidade de após três anos todos estarem reunidos na feira com um número maior de estandes, de comercializadores e produtores, também citou a importância da abertura dos laços comerciais com a China oportunidade que vai tornar um mercado que já é grande ainda maior. “O Rio Grande do Norte tem uma região dotada de privilégios produzimos doze meses por ano, temos vocação para a fruticultura e uma enorme capacidade para expandir nossa produção. A Expofruit chega a sua 23ª edição sendo a maior feira de fruticultura do Brasil e a maior direcionada para o melão a nível mundial. Estamos com 30% de estandes a mais do que a última edição presencial realizada em 2018. Essa presença de tanta gente de toda a cadeia produtiva significa que existe uma expectativa de crescimento de negócio que vai resultar em dinheiro circulando e mais empregos para o RN”, disse.

Seguido pelo diretor superintendente do Sebrae, parceiro da Expofruit desde o início, José Ferreira de Melo Neto (Zeca Melo), enfatizou que essa é a maior Expofruit já realizada e a parceria com o Sebrae. “Nessa feira temos tanta representatividade, a cadeia está toda aqui, todos que tem algum negócio no setor da fruticultura estão aqui. Tenho orgulho e contentamento da equipe do Sebrae e dessa parceria que nos faz continuar amparando os pequenos produtores e que revela nosso compromisso com todos os produtores rurais. Vida muito longa a Expofruit. Vida longa aos pequenos e grandes empresários da fruticultura”.

O vice-reitor da Universidade Federal do Semiárido – Ufersa, Roberto Vieira Pordeus, que falou da honra em participar novamente deste evento e lembrou que desde 1967 a instituição, ainda como a antiga Esam, contribuiu para a formação dos primeiros agronômos. Hoje a Ufersa conta com pesquisadores de ponta dedicados à da fruticultura.

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, marcou presença na abertura da feira e destacou a importância de Mossoró para a agricultura e fruticultura do Brasil. “Quem fala de agricultura e fruticultura no Brasil e de geração de emprego e renda fala de Mossoró. Nós temos muito orgulho de ser de Mossoró, de sermos um dos maiores exportadores de frutas do país e de termos o maior evento da fruticultura irrigada do nosso país. São dezenas de fornecedores, de empresários que montaram aqui seus estandes, inclusive com a presença de investidores da Espanha e China. A gente está aqui para apoiar e dizer que vivemos numa terra que tudo que se planta dá e a fruticultura irrigada, se Deus quiser, vai continuar avançando na nossa cidade, gerando milhares e milhares de empregos”.

Encerrando a solenidade de abertura da feira a governadora do Rio Grande Norte, Fátima Bezerra, elogiou a grandeza da feira e falou da alegria de participar da Expofruit depois desses tempos tão difíceis de pandemia. “A Expofruit é um evento conceituado como o maior do país e nosso governo como parceiro da iniciativa privada e de tudo que traga desenvolvimento para o Rio Grande do Norte tem que reconhecer que todos aqui são desbravadores. Estamos no Semiárido nordestino e vocês conseguem tornar o Rio Grande do Norte o maior exportador de frutas do Brasil, gerando milhares de empregos. Isso é fantástico. O governo está aqui como um parceiro para promover cada vez mais esse setor”.

A solenidade contou com a entrega de uma comenda em homenagem à família de Pedro Frederico Sobrinho, proprietário da Agrofértil, que faleceu de Covid-19 no passado. O produtor era um dos grandes apoiadores da feira e deixou um legado na produção de fruticultura do Rio Grande do Norte.

A cerimônia de abertura da feira contou com a presença de várias autoridades entre elas: Roberto Papa, superintendente do Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antenor Roberto (vice-governador); os deputados Isolda Dantas e Hermano Morais; secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e da Pesca (Sape), Guilherme Saldanha,  vários secretários estaduais, prefeitos, vereadores da região, entre outras autoridades.

A Expofruit segue até amanhã (26), com programação diversificada durante o dia, com palestras, cursos, mesas redondas na Universidade Federal do Semiárido (UFERSA) e exposição na Estação das Artes.

Após decisão do STF, RN estima perder R$ 300 milhões em arrecadação com redução de ICMS para energia e telecomunicações

FOTO: DIVULGAÇÃO

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que é inconstitucional a incidência de alíquota maior do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado dos serviços de telecomunicações e energia elétrica, o Rio Grande do Norte deverá perder R$ 300 milhões anuais em arrecadação de tributos.

O número foi levantado pela própria Secretaria Estadual de Tributação do Rio Grande do Norte e representa mais da metade de uma folha salarial do último mês de outubro, por exemplo. O ICMS é um imposto cobrado pelos governos estaduais sobre diversos produtos e serviços.

No Rio Grande do Norte, o alíquota básica do ICMS é de 18%, mas chega a até 25% nas contas de energia e 30% no caso das telecomunicações.

Nesta quarta-feira (24), o secretário de Tributação do RN, Carlos Eduardo Xavier, subescreveu uma carta do Conselho Nacional de Secretários de Fazenda pedindo uma modulação dos efeitos da decisão aos planos plurianual. Os titulares estaduais consideraram a medida “catastrófica” e estimaram que as perdas para todos os estados do pais chegarão a R$ 27 milhões por ano.

A decisão tomada pelo STF na última segunda-feira (22) envolve uma ação movida pelas Lojas Americanas contra alíquota cobrada pelo estado de Santa Catarina, mas tem repercussão geral – o entendimento deverá ser aplicado a casos semelhantes em todo o país.

Isso significa que outros estados que também cobram o ICMS aumentado sobre energia elétrica e telecomunicações podem ser obrigados a cortar alíquotas, o que pode levar à redução no valor das contas de luz, telefone e internet.

“Indiscutivelmente, a decisão desta Egrégia Corte terá impacto manifesto e expressivo nas finanças públicas, pois reduzirá a possibilidade de tributação na energia elétrica e nas comunicações que representam os setores que mais trazem arrecadação aos entes, juntamente com os combustíveis. Dessa forma, caso não seja possível a modulação, todos os PPAs aprovados em 2020, com vigência a partir deste ano, e válidos até 2024, restarão inviabilizados em suas diretrizes, objetivos e metas. Não se pode olvidar, evidentemente, que as leis de diretrizes orçamentárias e as leis orçamentárias atualmente vigentes e aquelas já aprovadas para 2022 restarão ainda mais prejudicadas, dado o seu caráter iminente”, diz a carta.

Essencialidade

O julgamento do STF ocorreu no plenário virtual, em que ministros inserem seus votos no sistema eletrônico da Corte.

No caso julgado, as Lojas Americanas questionaram o fato de o estado de Santa Catarina aplicar uma alíquota de 25% de ICMS sobre serviços de energia e telecomunicações, considerados pela empresa como essenciais, mas praticar uma alíquota menor, de 17%, para outros setores.

Essa alíquota menor para outros setores beneficia consumidores de grande porte e está prevista em lei estadual. Na ação, a Americanas cita como exemplo cosméticos, armas, bebidas alcoólicas e cigarros, “revelando-se critério desproporcional”.

Por unanimidade, os ministros consideraram que a cobrança para o setor de telecomunicações fere o princípio da essencialidade. Em relação à energia elétrica, o placar foi de 8 a 3.

Essencialidade é o princípio da Constituição pelo qual deve-se privilegiar com alíquotas mais baixas de impostos os bens e serviços essenciais à população.

O julgamento começou em fevereiro. O relator do caso, ministro Marco Aurélio, hoje aposentado, entendeu que a cobrança é inconstitucional.

“Discrepam do figurino constitucional alíquotas sobre as operações de energia elétrica e serviços de telecomunicação em patamar superior ao das operações em geral, considerada a essencialidade dos bens e serviços”, disse no voto.

“Surge a contrariedade à Constituição Federal, uma vez inequívoco tratar-se de bens e serviços de primeira necessidade, a exigir a carga tributária na razão inversa da imprescindibilidade”, afirmou.

Marco Aurélio foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux e Nunes Marques.

Já Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso divergiram em relação à energia elétrica, que, segundo os ministros, tem alíquotas diferenciadas em função da capacidade contributiva do consumidor.

G1RN

Black Friday injetará R$ 260 milhões na economia do RN, prevê Fecomércio

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Conforme crescem os números de potiguares vacinados, sobem as expectativas de mais vendas em todo território do Rio Grande do Norte. Com a chegada da já tradicional Black Friday, que este ano ocorre na próxima sexta-feiram dia 26 de novembro, setores do comércio e serviços se preparam para a data. Para entender melhor o comportamento do consumidor, o Instituto Fecomércio RN foi às ruas para saber das intenções de compras para a Black Friday 2021. 

De acordo com a Fecomércio, mesmo registrando uma queda nos números de intenção de gastos nos últimos dois anos, os índices animam os varejistas e é um momento importante de aquecimento do setor. A expectativa é que a Black Friday 2021 movimente no Rio Grande do Norte mais de R$ 260 milhões em vendas, sendo R$ 212 milhões em Natal e R$ 52 milhões em Mossoró, com ticket médio de R$ 541,50 e R$ 533,71, respectivamente. 

Na capital, 51,2% dos entrevistados afirmaram a pretensão em consumir e, deste grupo, 41,4% planeja adquirir apenas um produto e 26,5% até dois itens. 

Entre os itens mais desejados pelos natalenses estão os eletrodomésticos (26,4%), seguidos por roupas (23,8%), eletrônicos (20,5%), móveis e decoração (11,4%). 

Já entre os que alegaram não ter intenção de consumo, 41,6% atribuíram a “falta de dinheiro” o principal motivo. Outras justificativas para evitar o gasto são não acreditar nas ofertas (28,7%), necessidade de poupar (16,9%), dívidas e contas em atraso (8,4%), desemprego (5,7%) e pandemia (4,1%). 

Mossoró

O público mossoroense demonstrou aos pesquisadores uma maior predisposição de consumo, quando comparado a Natal. 52,8% da população entrevistada aproveitarão as ofertas da Black Friday e desse grupo, quase metade (48%) tem a intenção de comprar apenas um item e mais de 30% pretendem comprar três ou mais produtos. 

As categorias que despontam na preferência de consumo são: eletrônicos (27,1%), eletrodomésticos (25,2%), roupas (18,4%), celular/smartfone/tablet (15,8%), móveis e decoração (10,2%). Já calçados, cosméticos, produtos de informática e alimentos e bebidas juntos somam 20% da intenção de compra. 

Em relação aos que não pretendem fazer compras, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (41,5%), não acreditar nas ofertas da data (25%) e a necessidade de poupar (20,3%). Também foram apontados, porém com menor índice, não fazer compras por impulso (14,8%), desemprego (7,6%) e dívidas (5,9%). 

Oportunidade de negócio

Diferente de outras datas comemorativas tradicionais, a Black Friday é caracterizada pelo consumo não planejado. Segundo mostra o levantamento, mais de 50% dos consumidores potiguares podem comprar caso os descontos oferecidos pelos estabelecimentos durante a campanha sejam atrativos. Ou seja, agem pela oportunidade motivados pelas promoções e descontos. 

Além disso, a qualidade do produto, facilidade de pagamento e o bom atendimento também são fatores decisórios. 

Já sobre os locais escolhidos para compra, os consumidores dos municípios têm perfis distintos. Enquanto em Natal, o lugar preferido na buscar pelas promoções são os shoppings (38,6%), em Mossoró o comércio de rua é a escolha para maioria (44,7%).

Já as compras on-line apresentam uma tendência de crescimento. Em ambas as praças, mais de 40% dos clientes revelaram ter aumentado o consumo pela internet no último ano. Além do preço, os principais fatores que influenciam na hora de realizar compra pela internet são, em ordem de prioridade, frete grátis, prazo de entrega, credibilidade do site/aplicativo, confiança, facilidade do pagamento, conforto e cashback. 

Para efetuar a compra, a modalidade cartão de crédito será escolhida por mais 60% dos consumidores, muito em função da praticidade e possibilidade de parcelamento. Ainda assim, quase 95% dos natalenses e mossoroenses irão fazer pesquisas dos produtos antes de efetivar a compra. 

Pesquisa

Como explicou o Instituto Fecomércio, a amostra foi determinada por critérios estatísticos e, para garantir a maior fidedignidade possível, foi estabelecido estatisticamente um índice de confiança de 95% e um erro amostral de aproximadamente 4% para mais ou para menos. 

As pesquisas estão disponíveis na íntegra para consulta no site da Fecomércio RN (Arquivo IPDC Pesquisas – Fecomércio RN (fecomerciorn.com.br).