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Categoria: Economia

Exportações do RN crescem mais de 50% em 2021

FOTO: AYRTON FREIRE

As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 50,9% em 2021 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento do Balanço do Comércio Exterior do RN, elaborado e divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).

Em valores, as exportações potiguares saltaram de US$ 340,7 milhões em 2020 para US$ 514,1 milhão.

Segundo o responsável técnico pelo Centro Internacional de Negócios da Fiern, Luiz Henrique Moreira Guedes, o óleo diesel foi o produto que causou maior impacto no crescimento. Excluídos os valores do combustível, as exportações cresceram 17,9%.

“Embora o fuel oil/óleo diesel tenha sido o produto que mais impactou nesse resultado, pelo seu considerável valor absoluto, muitos dos produtos tradicionais da pauta também apresentaram crescimento importante”, ressaltou.

Melões, melancias, tecidos de algodão, peixes e lagostas foram os demais produtos com maiores valores exportados, todos apresentando crescimento, com destaque para tecidos de algodão (+89,7%) peixes (+126%) e lagostas (+215%) que tiveram aumento significativo em comparação com 2020.

Segundo o relatório, valores exportados de peixes e lagostas vão além de uma simples recuperação do período mais crítico da pandemia em 2020. O resultado desses produtos foi o maior registrado desde 2004, último ano pesquisado pela Fiern, quando os camarões eram o principal produto da pauta.

Já os tecidos de algodão retornaram aos valores exportados em 2018.

Como melões e melancias tem um regime de exportações baseado em safras, que vão de agosto a março, aproximadamente, o órgão informou que uma avaliação mais precisa sobre a exportação dos produtos poderá ser feita em abril.

“Antecipando de modo parcial essa análise, as exportações de melões e melancias cresceram 8,4% e 25,3% respectivamente entre agosto e dezembro de 2021, comparados com o mesmo período de 2020”, aponta o relatório.

Principais destinos

Singapura liderou a lista de principais destinos dos produtos exportados pelo Rio Grande do Norte, principalmente por causa do óleo diesel, e foi responsável por cerca de 30% dos valores movimentados pelas vendas externas do estado.

Já a Holanda, que ficou em segundo lugar, é tradicional porta de entrada para frutas produzidas pelo Rio Grande do Norte na União Europeia.

Em terceiro, os Estados Unidos tem um mercado diversificado para peixes, lagostas, produtos animais impróprios para alimentação humana, castanha de caju entre outros.

Já o Reino Unido e Espanha, também destinos importantes das frutas produzidas no RN, completam a lista dos cinco principais compradores do estado.

G1RN

Em 2021, gasolina subiu 47,49% e gás de botijão, 36,99%, aponta IBGE

FOTO: MARCELLO CASAL JR

A alta de 10,06% em 2021 na inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi puxada pela aumento de 21,03% no grupo Transportes. Em 2020, o IPCA fechou o ano com alta de 4,52%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo foi afetado em 2021 principalmente pelos combustíveis.

O gerente do IPCA, Pedro Kislanov, destaca que, de longe, o principal impacto no índice anual foi da gasolina, que correspondeu a 2,34 pontos percentuais. Apesar da queda registrada em dezembro, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021 e o etanol, de 62,23%.

“Em dezembro, houve queda de 0,67% na gasolina, principalmente pela redução do preço nas refinarias no dia 15 de dezembro. E o etanol, que normalmente acompanha a gasolina, uma queda de 2,96%. Foi a primeira queda em ambos depois de sete meses consecutivos de alta”, disse Kislanov.

No ano, o preço dos automóveis novos subiu 16,16% e o dos usados, 15,05%. O aumento foi provocado pelo desarranjo na cadeia produtiva do setor automotivo, que não conseguiu acompanhar a retomada da demanda global. Os transportes por aplicativo ficaram 33,75% mais caros e as passagens aéreas, 17,59%.

Habitação

No grupo Habitação, que subiu 13,05% em 2021, a principal alta foi na energia elétrica, com acumulado de 21,21% no ano. De acordo com Kislanov, houve progressão das bandeiras de sobretaxa na tarifa doméstica, além de reajustes tarifários.

Os quatro primeiros meses do ano foram com bandeira amarela, que acrescentava R$ 1,343 a cada 100 KwH consumidos, lembrou Kislanov. “Em maio, foi acionada a bandeira vermelha patamar 1 [R$ 4,169]; em junho, a vermelha patamar 2 [R$ 6,243]; em julho, o valor dessa bandeira aumentou para R$ 9,492 e, em agosto, manteve-se essa bandeira. Com o agravamento da crise hídrica, criou-se a bandeira de escassez hídrica, com acréscimo de R$ 14,20, que foi mantida desde então e deve permanecer até abril.”

O segundo maior impacto no grupo foi o item gás de botijão, que subiu 36,99% no ano, acumulando 48,76% de aumento desde junho de 2020.

Alimentação e bebidas

No grupo Alimentação e Bebidas, houve variação de 7,94% em 2021, menor do que a alta de 14,09% no ano anterior, quando esse item teve o maior impacto na inflação. O café moído subiu 50,24%, prejudicado pela geada nas regiões produtoras, e o açúcar refinado, 47,87%, com a competição da matéria-prima para a produção do etanol. O açúcar cristal aumentou 37,55% e o frango em pedaços, 29,85%.

Kislanov destacou que a queda dos preços da batata inglesa (-22,82%) e do arroz (-16,88%) não compensou a alta que os dois produtos tiveram no ano passado. Também aumentaram os preços da batata inglesa e do óleo de soja.

“Já o açaí teve alta de 30,56% em 2020 e queda de 9,98% em 2021, mas é um produto muito regional. Só tem peso no Acre, no Maranhão e no Pará.” Também caíram os preços do feijão carioca (-8,12%) e do leite longa vida (-3,72%).

Vestuário

A quarta maior alta em 2021 (10,31%) foi no grupo Vestuário, que tinha registrado queda de 1,13% no ano anterior. De acordo com Kislanov, o aumento reflete a retomada da circulação de pessoas e o aumento nos custos da produção.

Este grupo, que foi o único com queda 2020, apresentou no ano passado recuperação de preços, relacionada à retomada da circulação de pessoas, mas também ao aumento dos custos de produção, devido ao custo mais alto do algodão e do couro, explicou Kislanov, que citou ainda o componente sazonal do fim de ano.

Regiões

Por região, as maiores variações do IPCA em 2021 foram em Curitiba (12,73%), Vitória (11,5%), Rio Branco (11,43%), Porto Alegre (10,99%) e Campo Grande (10,92%). Com 8,1%, Belém teve a menor alta entre as 16 regiões metropolitanas pesquisadas.

Para o gerente do IPCA, esses dados não indicam cenário de recuperação econômica. “Ao longo de 2021, apesar de ter aumentado a demanda por serviços, principalmente no segundo semestre, com a retomada da circulação de pessoas e da mobilidade urbana, houve melhora no cenário da pandemia de covid-19. Mas alguns setores ainda têm sofrido bastante e, com a nova variante Ômicron, talvez alguns setores que estão em recuperação possam ter prejuízo, como por exemplo, o de passagens aéreas, que tiveram altas bastante expressivas em setembro e outubro.”

Na opinião de Kislanov, é muito cedo para falar em retomada econômica, mesmo com a melhora no desemprego, pois o rendimento real das famílias está comprimido pela inflação. “No segundo semestre, houve retomada da demanda, na comparação com o primeiro semestre, mas não dá para falar ainda em retomada econômica de fato. Foi uma recuperação, se comparada ao cenário deprimido por conta da pandemia que veio de 2020.”

A inflação acumulada no primeiro semestre do ano passado ficou em 3,77%. No segundo semestre, passou para 6,07%.

Agência Brasil

Petrobras anuncia 1º aumento do ano no preço da gasolina e do diesel a partir desta quarta-feira

FOTO: MARCELO CAMARGO

A Petrobras comunicou nesta terça-feira (11) que os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras serão reajustados a partir de quarta.

Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%.

Já o valor do diesel vai subir de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.

Veja a íntegra do comunicado abaixo:

“Após 77 dias sem aumentos, a partir de amanhã 12/01/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras.

Os últimos aumentos ocorreram em 26/10/2021 e, desde então os preços praticados pela Petrobras para a gasolina foram reduzidos em R$ 0,10 litro em 15/12/2021, e permaneceram estáveis para o diesel.

A partir de amanhã, 12/01, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,24 por litro.

Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.

Dessa forma, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor. “

Procon Natal constata variação acumulada da cesta básica de 15,78% no ano de 2021

FOTO: ALESSANDRO MARQUES

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, realizou pesquisa da cesta básica, e conforme foi identificado pelo órgão a cesta básica de dezembro, assim como os demais meses pesquisados no ano, alta no preço médio do produto com percentual acumulado de 15,78%. Em dezembro o preço médio da cesta básica foi de R$ 374,91 e no mês de novembro o preço médio encontrado pela pesquisa foi de R$ 367,97, representando um custo em Reais, de um mês para o outro, de R$ 6,94 e uma variação de 1,88% de aumento no mês.

A pesquisa foi realizada nas quatro semanas do mês, em 23 estabelecimentos comerciais, sendo três segmentos comerciais, atacarejos, supermercados de bairros e grandes redes de hipermercados da cidade, e constatou durante todo o ano, os atacarejos como sendo a melhor opção de compra da cesta básica em comparação aos supermercados de bairros e as grandes redes de hipermercados. Para esse mês de dezembro o custo dos produtos que compõem a cesta básica nos atacarejos foi de R$ 349,00, nos supermercados de bairro o custo foi de R$ 371,57 e nas grandes redes de hipermercados a pesquisa encontrou um custo de R$ 404,17, sendo assim, os atacarejos seguem sendo a melhor opção para os consumidores natalenses.

O Núcleo de pesquisa fez a comparação do custo em Reais da cesta básica, assim como a diferença e a variação entre os segmentos de comércios de venda da cesta básica. Então o custo em média nos atacarejos em relação ao supermercado de bairro, o consumidor tem uma economia de R$ 22,57, e isso representa uma variação de 6,46%. Já na comparação dos atacarejos com os hipermercados no mês de dezembro a variação é de 15,80%, uma economia em reais de R$ 50,17.

O Núcleo de pesquisa realizou nas quatro semanas do mês, junto a nove hipermercados, seis atacarejos, como também oito supermercados de bairro denominados de mercadinhos, contemplando as quatro zonas de Natal, e divulga em seu site www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa a cesta básica para os natalenses com informações de endereço da mais barata, variação de um mês para o outro e os preços médios das categorias pesquisadas: mercearia, açougue, higiene/limpeza e hortifrúti, que com compõe os quarenta produtos pesquisados. Em posse desses dados o consumidor natalense pode buscar vantagem no melhor preço para comprar. É permitida a publicação dos dados da pesquisa, desde que seja citada a fonte: Núcleo de pesquisa Procon Natal. No entanto, é vedada a utilização deste material, integral ou parcial, para fins publicitários.

No mês de dezembro assim como todos os meses do ano o poder de compra do trabalhador com o salário-mínimo para suprir as necessidades alimentares básicas de uma família de 4 pessoas durante um mês, vem diminuindo e nesse mês a cesta básica tem um custo para o trabalhador de 39,82% e isso representa 78,93 horas de trabalho no mês. A análise é feita pelo Núcleo de pesquisa, levando em conta a cesta básica dos natalenses em 40 itens da cesta básica divididos por categorias.

A previsão do governo para 2021 não foi alcançada, uma vez que a meta para o ano era de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional e foi superada em dois dígitos, segundo o índice de preço ao consumidor o IPCA, que registrou uma inflação acumulada de 10,74% no ano de 2021. Fatores como uma volta inflacionária, não estão descartados uma vez que, aluguel, gasolina e alimentos foram determinantes no momento econômico que o país passa. Então a alta dos preços se reflete no comprometimento da renda dos trabalhadores.

O preço médio da cesta básica no ano de 2021 foi de R$ 348,77, no primeiro semestre o Núcleo de pesquisa identificou o preço médio de R$ 332,69 e no segundo semestre o preço médio foi de R$ 364,85, e isso representa uma variação de 8,81% e isso equivale a um aumento em média de R$ 32,16 entre os primeiro e o segundo semestre.

Análise dos preços

A cesta básica no mês de dezembro teve variação positiva em relação ao mês de novembro de 1,44% dos (40) quarenta itens pesquisados, as maiores variações foram: Na categoria de mercearia, o sal refinado com 4,45%, a farinha de mandioca com 5,15%, o café com 5,58% e a margarina com 5,51%. Outra categoria que teve produtos em destaque com variação alta foi hortifrúti, a cebola com 22,47%, o cheiro verde com 9,09%, a cebolinha com 9,31%, o repolho com 13,91% e o chuchu com 26,04%.

A pesquisa identificou alguns itens pesquisados que tiveram aumentos nos três segmentos, é o caso do sal refinado que teve variação de 2,89% nos hipermercados, 1,30% nos supermercados de bairros e 9,08% nos atacarejos. Esse fato também foi encontrado na categoria de hortifrúti, onde a cebola teve variação de 25,61% nos hipermercados, 17,72% nos supermercados de bairros e 23,66% nos atacarejos. Sendo assim, essa ocorrência mostra que mesmo os preços desses itens terem aumentado de um mês para o outro nos três estabelecimentos, a cesta básica dos atacarejos teve a menor variação dentre os demais, sendo a melhor opção de economia para o consumidor.

Por seguimento a variação dos hipermercados foi de 2,47%, onde em novembro o custo da cesta básica era de R$ 394,48 e em dezembro passou para R$ 404,17, nos supermercados de bairro a variação foi de 1,50%, onde o custo no mês passado foi de R$ 365,99 para R$ 371,57 em dezembro e nos atacarejos a variação foi de 0,18% a menor no mês com durante todo o ano com R$ 349, e em novembro o custo encontrado foi de R$ 348,38, sendo este mais uma vez o estabelecimento de menor variação e durante o ano foi observado o mesmo comportamento.

No ano de 2021 alguns itens da cesta básica dentre eles o açúcar triturado e o café torrado, produtos pesquisados que compõe a cesta básica e são comercializados como commodities, tiveram custo no preço da cesta básica e afetou o bolso do consumidor, uma vez que em janeiro os pesquisadores encontraram esses produtos ao preço de R$ 3,00 e R$ 4,89 respectivamente. Já no final do ano, em dezembro, esses mesmos produtos foram encontrados pelos pesquisadores ao preço de R$ 3,98 e R$ 7,26. Isso equivale a uma variação no ano de 38,65% para o açúcar triturado e de 45,17% para o café torrado.

O preço médio da cesta básica por segmento, analisando no mês de dezembro, onde a média do ano da cesta básica é de R$ 374,91, deixando assim os atacarejos abaixo da média pesquisada. De todos os 3 (três) segmentos pesquisados por semana no mês, e nas quatro semanas os atacarejos tiveram o menor preço em relação aos outros seguimentos, hipermercados e supermercados de bairro, em média a cesta básica dos atacarejos teve seu menor preço na terceira semana de R$ 336,27, onde confirma a melhor semana para compras do mês, ou seja, mais ou menos sete dias antes do final do mês.

O preço médio da cesta básica do ano de 2021, nos cinco primeiros meses, ou seja, de janeiro a maio o preço médio da cesta básica ficou abaixo da média, em destaque janeiro e abril que tiveram os dois menores custos do ano para os consumidores com o preço médio de R$ 309,44 e R$ 322,62 respectivamente.

Conclusão

Após avaliar os dados dos preços dos produtos da cesta básica no ano de 2021, o Procon Natal observou que mais uma vez, para a maioria dos produtos, há grandes diferenças entre os preços praticados pelos diferentes estabelecimentos. Como forma de se nortear na hora de comprar, o consumidor pode usar o valor do preço médio encontrado pela pesquisa como referência, para decidir se o local em que ele deseja realizar suas compras do mês que oferece preços acessíveis, uma vez que não é possível aos consumidores, frequentar todos os estabelecimentos em busca do menor preço.

O Procon Natal informa ainda que o objetivo da pesquisa é orientar o público onde procurar esses produtos da cesta básica com os menores preços, e que a planilha está disponível no endereço eletrônico www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa, acessível aos consumidores para consulta na íntegra aos dados obtidos na pesquisa. Alerta também para que os consumidores fiquem atentos aos preços praticados nos estabelecimentos uma vez que estes produtos têm seus preços conforme o porte do estabelecimento e a variedade desses produtos disponíveis aos consumidores.

Com a economia em alta e o custo da cesta básica aumentando, uma vez que o acumulado da cesta básica no ano foi de 15,78%. O Núcleo de pesquisa também orienta aos consumidores natalenses que pesquise antes de sair para as compras, os dados analisados pelo Núcleo de pesquisa apresentam preços que variam durante determinadas semanas do mês assim como diferentes dias determinados da semana, ou seja, estratégias promocionais dos comércios para atraírem clientes, por isso é importante a pesquisa.

IPC e Cesta Básica mantêm alta dos preços em dezembro de 2021

FOTO: ISTOCK

O Índice de Preços ao Consumidor – IPC, da cidade do Natal, calculado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – Idema, através da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos – CES, registrou para o mês de dezembro de 2021, uma variação positiva de 0,74% em relação ao mês anterior. Com este resultado, a variação no ano ficou em 8,74%, nos últimos doze meses (janeiro/2021 a dezembro/2021) e 570,11% desde o início do Plano Real.

O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou uma variação positiva de 1,56% em relação ao mês anterior. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Tubérculos, Raízes e Legumes (7,17%), Pescados (4,94%), Sal e Condimentos (4,94%), Óleos e Gorduras (3,89%), Enlatados e Conservas (3,50%) e Bebidas e Infusões (3,09%).

Já o grupo Artigos de Residência apresentou neste período uma variação positiva de 0,75% em função do aumento de preços nos seguintes itens: TV, Som e Informática (3,04%), Mobiliário (2,64%), Cama, Mesa e Banho (0,80%) e Utensílios e Enfeites (0,66%).

O setor de Habitação apresentou uma variação positiva de 0,74%. O item que mais contribuiu para esse aumento de preço foi: Artigos de Limpeza (0,86%).

Cesta Básica:

Finalizando o ano, o custo da Cesta Básica na cidade do Natal, em dezembro de 2021, teve uma variação positiva de 1,53% em relação ao mês anterior.

Nas despesas com os produtos essenciais, o custo com a alimentação por pessoa foi de R$ 479,37. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 1.917,48. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes etc., o dispêndio total seria de           R$ 5.912,78.

Dos treze produtos que compõem a Cesta Básica, seis tiveram variação positiva:     Legumes (16,84%), Café (4,63%), Açúcar (3,32%), Arroz (1,68%), Tubérculos (1,77%), e Frutas (0,97%).  As variações negativas ocorreram em sete produtos restantes: Margarina (-13,37%), Feijão (-4,25%), Farinha (-4,12%), Pão (-1,81%), Óleo (-1,35%), Leite (-0,39%) e Carne de Boi (-0,03%).

Dezembro de 2021

Variação no mês: 0,74%

Variação no ano: 8,74%

IPC

Janeiro – 0,57%

Fevereiro – 0,49%

Março – 0,79%

Abril – 0,62%

Maio – 0,43%

Junho – 0,53%

Julho – 0,92%

Agosto – 0,67%

Setembro – 1,04%

Outubro – 0,89%

Novembro – 0,72%

Dezembro – 0,74%

Lojistas de Natal investem em liquidações para zerar os estoques de fim de ano

FOTO: AGORA RN

Os lojistas de Natal investem nesta primeira semana do ano em liquidações agressivas.  Como forma de desaguar os estoques formados para vendas de fim de ano, as grandes redes de eletrodomésticos e lojas em shoppings locais anunciaram promoções que podem chegar até  80%.

Por causa da liquidação, uma grande fila se formou já nas primeiras horas do dia no Partage Norte Shopping, principal centro de compras da zona Norte da capital. A loja localizada no shopping estava entre as diversas do País que aderiram às promoções. O açougueiro Félix Barbosa, de 29 anos, aproveitou as ofertas para renovar a casa.

“Já comprei uma TV, uma máquina de lavar e uma geladeira. E ainda vou levar armário, sofá e mesa”, descreve. Félix disse ter encontrado preços acessíveis e contou que costuma aguardar essa época do ano para realizar compras. “Sempre espero janeiro, porque os preços estão  baixos. Vi na televisão que ia ter a promoção e vim para cá. Estou muito satisfeito com os valores dos produtos”, relatou.

O empresário Josenberg Ferreira, de 40 anos, também aproveitou a queima de estoque para fazer compras. “Achei os preços muito interessantes. Comprei uma televisão e ganhei um desconto de R$ 250”, afirmou Josenberg que disse ter enfrentado certa demora para conseguir efetuar a compra. “Fiquei mais de uma hora na loja, porque o movimento está muito intenso, com muitas filas no caixa. Mas valeu a pena”, declarou, sem reclamar.

Para a gerente da loja Magazine Luiza no Partage Norte Shopping, Adriana Nobre, as expectativas em torno da liquidação eram altas.  “Esse é o primeiro saldão depois do auge da pandemia, então, nós estamos na melhor das expectativas. Em dia como esse, a gente espera vender o equivalente a 30% de tudo que conseguimos vender em um mês, normalmente”, detalha.

Já para Romário Nobre, gerente da loja Tim, também situada no shopping da zona Norte, as boas estimativas vêm embaladas por outro cenário: a chegada do 5G ao Estado, anunciada mês passado pelo Ministério das Comunicações.

“As promoções na loja começaram desde o dia primeiro de janeiro, com descontos em aparelhos a partir das ofertas da operadora. Isso é bom,  principalmente para os consumidores, porque temos a ideia de chegada do 5G”, explica ele. As ofertas incluem descontos que variam de 50% a 80% em aparelhos, além de promoções relacionadas aos pacotes da operadora.

“Diante de tudo isso, nós temos boas expectativas para este ano. Já estamos começando com o pé direito”, comenta Romário, otimista. A coordenadora de Marketing do Partage Norte shopping, Elisangela Costa, compartilha de igual cenário de otimismo, uma oportunidade que, segundo ela, é boa tanto para os lojistas quanto para os consumidores.

“A gente aproveita esse fluxo sazonal, que é o período de férias onde as pessoas estão vindo para o shopping a passeio e terminam fazendo compras por impulso. A maioria das lojas está oferecendo descontos que chegam a 80% e a expectativa é conseguir zerar os estoques. Nossa estimativa agora é de retomada, com resultados semelhantes ao período pré-pandemia”, avalia Elisangela.

O  presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), José Lucena, destaca que esse é o momento de as lojas fazerem bons negócios, ocasião que é oportuna também para os clientes. “As promoções fazem parte do calendário de compras e datas promocionais que movimentam e aquecem o comércio. Agora em janeiro já é tradição que alguns lojistas realizem saldões, então, cabe ao consumidor aproveitar as ofertas”, afirma Lucena.

 “E à loja, cabe ter preços e produtos que sejam objeto de desejo para os clientes”, declara em seguida. O momento, segundo ele, é de renovação para o comércio. “É a hora de aproveitar para  mudar os itens dos mostruários e renovar a coleção. Dá para vender o estoque e também atrair o consumidor para conferir as novidades da loja,  que vai em busca de promoção, mas sempre dá uma conferida no que há de novo”, sublinha o presidente da CDL Natal.

Tribuna do Norte

Aumento do valor da cesta básica em Natal é o segundo maior do país

FOTO: GERALDO BUBNIAK/AEN

O valor da cesta básica aumentou em 2021 nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Natal, capital do Rio Grande do Norte, teve o segundo maior aumento do país.

Segundo os dados, na comparação de dezembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, as altas mais expressivas ocorreram em Curitiba (16,3%), Natal (15,42%), Recife (13,42%), Florianópolis (12,02%) e Campo Grande (11,26%). As menores taxas acumuladas foram as de Brasília (5,03%), Aracaju (5,49%) e Goiânia (5,93%).

A Pesquisa mostrou que, de novembro para dezembro de 2021, o valor da cesta básica subiu em oito cidades, com destaque para Salvador (2,43%) e Belo Horizonte (1,71%). A redução mais importante foi registrada em Florianópolis (-2,95%).

Em dezembro de 2021, o maior custo da cesta foi o de São Paulo (R$ 690,51), seguido de Florianópolis (R$ 689,56) e Porto Alegre (R$ 682,90). Entre as cidades do Norte e Nordeste, localidades onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 478,05), João Pessoa (R$ 510,82) e Salvador (R$ 518,21).

Segundo as estimativas do Dieese, em dezembro de 2021, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 5.800,98 o que representa 5,27 vezes o atual salário-mínimo, de R$ 1.100.

Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 5.969,17 ou 5,43 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2020, o salário-mínimo necessário foi de R$ 5.304,90, ou 5,08 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.045,00.

Produtos

Os dados mostram que entre dezembro de 2020 e de 2021 tiveram alta acumulada de preços em quase todas as capitais pesquisadas a carne bovina de primeira (de 5% em Aracaju a 18,76%, em Porto Alegre), açúcar (entre 32,12% em Fortaleza e 73,25% em Curitiba), óleo de soja (de 8,94% em Goiânia a 11,68% em Campo Grande), pó de café (entre 39,42% em São Paulo a 112,44% em Vitória) e o tomate – com variações expressivas em Natal (102,29%), Vitória (58,53%), Florianópolis (43,85%), Rio de Janeiro (42,39%) e Belo Horizonte (36,76%).

Também aumentaram o pão francês (altas que variaram entre 1,42%, em Florianópolis e 14,14% em Curitiba), a manteiga (entre 0,51% em Belo Horizonte a 27,03% em Vitória), o leite integral longa vida (de 5,24% em Curitiba a 9,52% em Florianópolis), a farinha de trigo (de 33,82% em Curitiba a 17,2% em Porto Alegre), e a mandioca, que variou no Norte e Nordeste entre 0,65% em João Pessoa a 13,14%, em Natal.

No sentido contrário, registraram queda na maior parte das capitais a batata (com taxas entre -33,57% em Belo Horizonte e -13,36% em Brasília), o arroz agulhinha (de -21% em São Paulo a -19,01% em Goiânia) e o feijão (entre -11,65% em Goiânia e -0,51% em Recife).

Mercado prevê queda no preço da gasolina durante primeiro trimestre

FOTO: DIVULGAÇÃO

Vilões da inflação em 2021, os preços dos combustíveis devem trazer alívio no primeiro trimestre deste ano. De acordo com um levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, haverá uma queda acumulada de 5,94% no período. E a gasolina chegará a ser vendida a R$ 6,18 em março – o menor índice previsto para 2022.

Essa redução será puxada por uma eventual estabilidade do dólar, segundo a pesquisa. No entanto, com o temor do mercado pelo avanço da variante da Covid-19, Ômicron, a moeda americana fechou os primeiros pregões do ano em alta.

Caso o quadro desta primeira semana do ano mude e a previsão de estabilidade se confirme nos próximos dias, a pressão em cima da gasolina deve voltar somente em abril. Em setembro, atingirá o seu ápice, chegando a R$ 6,55 – valor semelhante ao que os brasileiros pagam atualmente nos postos.

No último trimestre, a previsão é de uma leve queda no custo do combustível, ficando um pouco acima de R$ 6,30.

Inflação

Diante de ameaças de paralisações de caminhoneiros, o diesel foi o combustível que mais subiu no ano passado – 46,8% em comparação com 2020, segundo o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP).

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