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Categoria: Economia

Preço do etanol dispara, inexplicavelmente, e pressiona motoristas, em Natal, a abastecer com gasolina

REAJUSTE OCORREU NESSE DOMINGO E PEGOU MOTORISTAS DE SURPRESA. FOTO> DIVULGAÇÃO

De forma inexplicável, o preço do litro do etanol disparou nesse domingo nas bombas de postos de combustíveis em Natal, pegando motoristas de surpresa e obrigando-os a abastecer os veículos com gasolina pela não compensação. Até sábado, o litro do etanol variava entre R$ 5,59 e R$ 5,69. Na surdina, os proprietários de postos resolveram elevar o valor para até R$ 5,98.

Há cerca de uma semana, o governo federal zerou imposto de importação de etanol e de seis alimentos. De acordo com a pasta, a medida fará o preço da gasolina cair até R$ 0,20 para o consumidor. Atualmente, o litro da gasolina tem 25% de álcool anidro. Por causa da alta recente dos combustíveis, o governo espera que a redução da tarifa de importação praticamente zere os efeitos do último aumento.

Troca de gasolina por etanol pode não ser vantajosa para o consumidor

SÃO PAULO – POSTO DE GASOLINA EM PINHEIROS. FOTO: ROVENA ROSA – AGÊNCIA BRASIL

Entre janeiro e fevereiro deste ano, as vendas do etanol hidratado subiram 26,20%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria da Cana de Açúcar (Unica). Na avaliação do diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, isso “É um indicativo da recuperação do consumo do biocombustível”.

Com o recente reajuste no preço da gasolina de 18,57%, o etanol pode ser uma alternativa para o abastecimento. A troca, no entanto, pode não ser vantajosa. É o que afirma o professor de Engenharia de Transporte do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Márcio D’Agosto.

D’Agosto explica que a quantidade de energia existente em um litro de etanol é diferente da quantidade em um litro de gasolina. “Aí, tem a famosa relação dos 70%. Significa que um litro de etanol equivale a cerca de 70% do litro da gasolina em termos de conteúdo energético”. Portanto, o preço do etanol tem que ser menor ou igual a 70% do preço da gasolina. Caso contrário, o custo-benefício entre os combustíveis não será atrativo para os consumidores, explicou.

Para calcular, basta dividir o preço do álcool pelo valor da gasolina. Caso o resultado seja inferior a 0,7, o etanol será uma alternativa economicamente viável. Por exemplo: caso a gasolina esteja avaliada em R$ 7,40 e o etanol em R$ 5,20, o resultado é de 0,702. Neste cenário (5.2 dividido por 7.4), o etanol é vantajoso.

O levantamento de preços efetuado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apurou, na semana compreendida entre os dias 13 e 19 deste mês, preços máximos de R$ 8,399 para o litro da gasolina comum e de R$ 7,989 para o litro do etanol hidratado nos postos. “Não vale a pena”, disse o professor da Coppe. “Não dá 70%”.

Márcio D’Agosto afirmou que não tem vantagem alguma para o motorista comprar etanol. “Porque ele vai rodar menos quilômetros com um litro de etanol, vai ter que abastecer com mais frequência e vai acabar gastando mais. O tanque dele vai acabar mais rápido”. Esse preço do etanol é totalmente não competitivo com a gasolina, afirmou.

Na semana analisada pela ANP, foram encontrados preços máximos para o litro da gasolina por estados. No Rio de Janeiro, o valor atingiu até R$ 8.399; no Maranhão, R$ 8.390; em São Paulo, R$ 8.299; no Piauí, de R$ 8.297.

O preço mínimo, que chegou a R$ 5.899, foi registrado em São Paulo.

Em relação ao litro de etanol hidratado, os preços máximos de R$ 7,989 e de R$ 7,899 foram achados no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, respectivamente. Já o preço mínimo por litro do produto ocorreu no Mato Grosso e em São Paulo, de R$ 3,979 em ambas as unidades da Federação.

O jornalista Romildo Guerrante usa gasolina no seu automóvel. Mas, diante do elevado preço do combustível, a saída que encontrou para amenizar os gastos no atual cenário foi viajar menos. “Eu costumava sair e dar uma volta até Petrópolis ou Nova Friburgo. Não vou. Não estou indo mais”. Guerrante disse que não usa etanol porque não vale a pena. “Não há vantagem”, argumentou.

O microempresário Rômulo Cipriani Costa também prefere a gasolina ao etanol em seus carros. Para diminuir os gastos, ele deixou de fazer algumas ações cotidianas, como levar os filhos para a escola de automóvel. “Estamos indo de bicicleta”. Ele também cortou praticamente todos os passeios. “Só [ficaram] os que dão para ir de bike”, relatou.

José Paulo Zymmerman é gerente de banco e tem automóvel movido a gasolina, mas só usa nos fins de semana. Nos dias úteis, anda de metrô. Para reduzir os gastos com combustíveis, procura “fazer uma direção mais calma, sem acelerar fundo, pois quando aceleramos muito, o gasto é maior. Mas se o percurso que tenho que fazer tiver metrô perto, eu sempre dou preferência ao metrô”.

O aposentado Gilson Munhoz Ribeiro também só usa gasolina. “O etanol aqui no Rio de Janeiro não compensa, mesmo em tempos normais”. Confessou que não está fazendo nada diferente para compensar o aumento da gasolina, a não ser evitar passeios desnecessários. “Mas o resto não mudou”, destacou.

Agência Brasil

PELAS CARIDADES: 7 dos 8 principais itens consumidos na Páscoa estarão mais caros em 2022, prevê CNC

OVOS DE PÁSCOA TAMBÉM SOFRERAM REAJUSTE FOTO: MARCELO CAMARGO

A Páscoa de 2022 deve ser um pouco melhor para o varejo do que a do ano passado. De acordo com a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no setor voltadas para a data deverão totalizar R$ 2,16 bilhões este ano, representando um aumento de 1,9% em comparação a 2021. Ainda assim, caso seja confirmada a previsão, o resultado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes do início da pandemia de covid-19, em 2019 (R$ 2,29 bilhões).

Ainda segundo a análise, a valorização do real viabilizou o aumento do volume de importação de chocolates, que avançou 8% (1,43 mil toneladas) em relação ao ano passado. A taxa de câmbio do produto mais consumido na data, que há poucos dias estava em 5,70 R$/US$, atualmente se encontra próxima aos 5,00 R$/US$, um recuo de mais de 12%.

E, apesar de o número ainda estar aquém das 1,87 mil toneladas de chocolates importadas em 2019, antes da pandemia, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia o avanço como positivo. “O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para a data. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”.

Menos bacalhau e itens mais caros

O estudo aponta que sete dos oito principais bens e serviços consumidos na Páscoa estarão mais caros este ano do que em 2021. Na média, os itens da essa subiram 7,0%, maior elevação de preços desde 2016, quando houve aumento de 10,3%.

Item muito procurado nos dias que antecedem a Páscoa, o bacalhau, por outro lado, teve retração de 17% no volume de importações. Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, o recuo é uma estratégia do varejo. “É um indício de que o setor está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avalia.

Ainda assim, a cesta de bens e serviços, composta por oito itens tipicamente consumidos durante a celebração, deverá ficar 7,0% mais cara do que no mesmo período de 2021 (na média, para um IPCA-15 na casa de 10,5%), representando a maior alta desde 2016, quando a variação foi de +10,3%. Entre os produtos, bolos e azeite de oliva se destacam, tendo apresentado tendência de avanço de 15,1% e 12,6%, respectivamente, nos últimos 12 meses. “O reajuste da cotação de commodities, como o trigo, tende a afetar o preço de alguns alimentos, entre eles alguns típicos da Páscoa”, lembra o economista da CNC.

FOTO: REPRODUÇÃO

Governo Fátima ‘congela’ cobrança de ICMS sobre Diesel até junho de 2023, mas não vai aliviar alíquota para gasolina

VALOR SERÁ MANTIDO MESMO QUE PREÇO DO COMBUSTÍVEL CONTINUE SUBINDO NAS BOMBAS, POR CONSEQUÊNCIA DE REAJUSTES ANUNCIADOS PELA PETROBRAS. FOTO: REPRODUÇÃO

A cobrança de ICMS sobre óleo diesel continuará congelada no Rio Grande do Norte até junho de 2023, anunciou nesta quinta-feira (24) o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier. Serão mantidos até lá os valores que vêm sendo praticados desde novembro de 2021.

Mesmo que o preço do combustível continue subindo nas bombas, por consequência de reajustes anunciados pela Petrobras, o Estado só vai recolher R$ 0,95 por litro de diesel S10, o mais usado, e R$ 0,92 por litro de diesel S500.

Atualmente, o litro do diesel S10 é comercializado nas bombas a um valor médio de R$ 7,10 no Rio Grande do Norte. Considerando o preço de hoje, a alíquota real praticada, portanto, é de 13%. Antes da atual crise dos combustíveis, o Estado cobrava 18% por litro.

O congelamento atende à Lei Complementar 192, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do mês. A lei determina que os estados adotem um valor fixo para o ICMS sobre o diesel, oficializando o que, na prática, já vinha ocorrendo por decisão dos próprios governadores.

Durante reunião nesta quinta-feira do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), os secretários definiram o valor fixo em R$ 1,00 por litro de 1º de julho de 2022 a 30 junho de 2023, mas alguns estados terão subsídio de ajuste para manter o valor no patamar atual – caso do RN, que seguirá cobrando os R$ 0,95 que vêm sendo praticados desde novembro.

O Confaz também oficializou o que já havia sido anunciado na terça (22) pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), sobre a gasolina: congelamento por mais 90 dias do preço médio para cálculo do ICMS.

Com isso, no caso do Rio Grande do Norte, a alíquota de 29% segue sendo aplicada sobre o preço médio de R$ 6,62, enquanto nas bombas o valor é R$ 7,92.

Também ficou definido que não haverá alteração na cobrança do ICMS sobre o diesel até a entrada em vigor do congelamento, em julho.

Em entrevista à TV Tropical, o secretário de Tributação explicou que, com a medida, estados estão abrindo mão de arrecadação. Ele enfatizou também que o congelamento de ICMS já vem sendo praticado desde novembro e isso não representou redução no preço do combustível, pelo contrário.

“Já está provado que o ICMS não é o causador desses aumentos. A mudança do ICMS não vai reduzir o preço da gasolina. É preciso que se reveja a política de preços da Petrobras. Precisa haver a mudança da política de preços que segue o preço internacional do barril do petróleo”, finalizou.

Com informações do Portal 98 FM

Em uma semana, dólar cai quase 5% e fica abaixo de R$ 5; é hora de comprar?

O DÓLAR VAI SUBIR DAQUI PARA FRENTE, ACREDITA DIRETOR DA AFENAC. FOTO: GILSON JUNIOR

Em uma semana, o dólar já acumula queda de 4,71%, além de ficar abaixo da barreira psicológica dos R$ 5. Nesta terça-feira (22), a moeda norte-americana fechou a R$ 4,9153, menor patamar desde 24 de junho de 2021 (R$ 4,9062).

A sequência de quedas vem desde a última quarta-feira (16). No acumulado deste ano, a desvalorização da moeda norte-americana é de 11,80%. Entre os motivos, estão a alta das commodities (bens primários com cotação internacional) e a elevação da taxa de juros, que têm estimulado a entrada de investimentos no Brasil.

Os preços de várias commodities dispararam desde o final de fevereiro, com a ameaça de queda da oferta desse tipo de produto, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Para barrar a inflação, a taxa básica de juros da economia já chegou a 11,75% ao ano. A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, divulgada nesta terça-feira indica que a Selic pode aumentar além de 12,75% ao ano, caso seja necessário.

“A valorização das commodities, já que o Brasil é um grande exportador de produtos agrícolas e minerais, está atraindo investimentos ao país. Além disso, há a elevação da taxa de juros, que está entre as mais altas mundo, só perdendo para a Rússia, em termos de taxa nominal de juros, a Selic. Com isso, o investidor tem um grande retorno aqui dentro e está trazendo dinheiro. Mas, da mesma forma que entra, pode sair”, afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

A tendência do dólar, segundo ele, seria uma alta frente a essa insegurança que estamos vivendo, ano de eleições, incertezas políticas, questão externa da guerra na Ucrânia, a subida dos preços dos combustíveis, tudo isso seria motivo para a elevação da cotação. Por isso, ele acredita que o dólar vai subir daqui para frente.

Oliveira recomenda a compra da moeda como reserva de valor, e não como investimento, por ser muito volátil, com risco de elevação a qualquer momento. “A não ser que a pessoa efetivamente tenha dívida em dólar, ou terá algum gasto em dólar ou vá viajar ao exterior. Neste caso, é um bom momento para comprar a moeda norte-americana que está mais baixa”, orienta o diretor da Anefac.

Mas pensar como investimento, segundo ele, não chega a ser uma boa alternativa, porque há muita incerteza em relação ao futuro. “A tendência é que o dólar volte a valorizar mais para frente. Com a inflação alta no mundo inteiro, o banco central desses países está subindo os juros. Esse movimento para conter a inflação vai fazer com que o investidor tire o dinheiro do Brasil e leve para locais considerados ‘portos seguros’. Quando isso acontece, o dólar acaba subindo muito.”

Para o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, a expectativa ainda é de queda na cotação da moeda e, na pior das hipóteses, de estabilidade na faixa dos R$ 5. Mas ele considera difícil falar de momento de compra ou venda. “O que recomendamos é a opção de comprar sempre que a pessoa tiver reservas, fazendo uma média”, afirma Cavalcante.

R7

Governadores congelam ICMS de combustíveis por mais 90 dias; no RN, imposto será calculado considerando gasolina a R$ 6,62

NO RN, O PREÇO MÉDIO PARA CÁLCULO DO ICMS SOBRE GASOLINA CONTINUA EM R$ 6,62. FOTO: DIVULGAÇÃO

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), anunciou nesta terça-feira (22) a decisão de governadores de prorrogar por mais 90 dias do congelamento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) que incide sobre gasolina, etanol e gás natural (GLP).

Wellington Dias é o coordenador do Fórum de Governadores e deu a entrevista após uma reunião de governadores, vices e secretários em Brasília. O congelamento acabaria no próximo dia 31.

“Estamos autorizando ao Comsefaz [Comitê Nacional de Secretário da Fazenda] a prorrogar a medida que adotamos desde 1º de novembro de 2021, que fez o congelamento do preço médio base para efeito do ICMS e, neste período, o Conselho dos Secretários de Fazenda deve tratar especificamente da gasolina”, anunciou Wellington Dias nesta terça.

No Rio Grande do Norte, com a medida de prorrogar o congelamento, o preço médio para cálculo do ICMS sobre gasolina continua em R$ 6,62 o litro, apesar o combustível já ser encontrado a R$ 7,99 em Natal e boa parte do Estado.

Em relação ao óleo diesel, Dias afirmou ainda que na quinta-feira (24) o Comsefaz vai definir a fórmula para cumprir a lei, que, entre outras medidas, determina a fixação de uma alíquota única do ICMS sobre os combustíveis.

ICMS e preço dos combustíveis

Também nesta terça-feira, o coordenador do Fórum dos Governadores voltou a dizer que o ICMS não é o responsável pelo aumento do preço dos combustíveis.

Segundo Wellington Widas, a “prova maior” disso é que desde novembro o tributo está congelado e, mesmo assim, houve aumentos sucessivos do valor final, impulsionado pelo aumento do dólar e pela crise gerada da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

No último dia 11, a Petrobras reajustou novamente o preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras. Em algumas regiões do Brasil, os postos estão cobrando R$ 8 pelo litro de gasolina.

Portal 98 FM

Perda de água potável no Rio Grande do Norte é de 51%

A FALTA DE CONSCIENTIZAÇÃO POPULAR AGRAVA CADA VEZ MAIS O PROBLEMA. FOTO: DIVULGAÇÃO

O Rio Grande do Norte perde metade da água potável coletada e tratada, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), sendo o segundo pior registro do Nordeste, atrás apenas do Maranhão. As perdas são de 51,43% no Estado, e em Natal, 57,92%.

Segundo a Companhia de Águas e Esgotos do RN, que abastece de informações o sistema nacional, as perdas medidas pelo SNIS incluem tanto os vazamentos e submedições quanto a água que é desviada indevidamente, o famoso “gato”. De acordo com o presidente da Caern, Roberto Linhares, a maior parte da água perdida no Estado é relativa a quem faz uso sem pagar por ela.

“Isso não é desperdício. Esses 51,4% do SNIS se dá, em 70%, por perda aparente, que é a perda comercial: o cidadão usa a água, mas não paga por ela. Na área da Redinha e em Mãe Luiza, por exemplo, temos uma perda de mais de 70%. A água que a gente coloca, você recebe lá na ponta 20% no máximo. Desperdício mesmo é em torno de 15% no RN. Agora a perda total é que dá esses 50%, que se soma com a perda aparente”, explica o presidente da Caern, Roberto Linhares.

Segundo os dados do SNIS, o RN tem um alto índice de perdas por ligação, ou seja em cada unidade habitacional, tanto casas quanto condomíminios. Esse quesito avalia o volume de água perdida em termos unitários, ou seja, por ligação. No RN, a perda é de 419,17 litros/lig/dia, média acima do Nordeste (439,11 l/lig/dia) e do Brasil (343,37 l/lig/dia).

Tribuna do Norte

Governo zera imposto de importação de etanol e de seis alimentos

A MEDIDA FARÁ O PREÇO DA GASOLINA CAIR ATÉ R$ 0,20 PARA O CONSUMIDOR. FOTO: MARCELO CASAL JR

Até o fim do ano, o etanol e seis alimentos não pagarão imposto para entrarem no país. A redução a zero das alíquotas foi anunciada nessa segunda-feira (21) à noite pelo Ministério da Economia, após reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

A medida beneficia os seguintes alimentos: café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. Em relação ao etanol, a alíquota foi zerada tanto para o álcool misturado na gasolina como para o vendido separadamente. O imposto será zerado a partir de quarta-feira (23), quando a medida for publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a medida tem como objetivo segurar a inflação. “Estamos preocupados com o impacto da inflação sobre a população. Estamos definindo redução a zero da tarifa de importação de pouco mais de sete produtos até o final do ano. Isso não resolve a inflação, isso é com política monetária, mas gera um importante incentivo”, declarou.

De acordo com a pasta, a medida fará o preço da gasolina cair até R$ 0,20 para o consumidor. Atualmente, o litro da gasolina tem 25% de álcool anidro. Por causa da alta recente dos combustíveis, o governo espera que a redução da tarifa de importação praticamente zere os efeitos do último aumento.

“Nós temos uma estimativa que isso poderia levar a uma redução do preço da gasolina da ordem de R$ 0,20 na bomba. Isso é uma análise estática. Na prática, essa medida vai acabar arrefecendo a dinâmica de crescimento dos preços na ordem de R$ 0,20”, disse o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.

Em relação aos produtos alimentícios, o Ministério da Economia informou que os produtos beneficiados são o que mais estão pesando na inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador mede o impacto dos preços sobre as famílias de menor renda.

Atualmente, o café paga Imposto de Importação de 9%; a margarina, 10,8%; o queijo, 28%; o macarrão, 14,4%; o açúcar, 16%; o óleo de soja, 9% e o etanol, 18%.

Bens de capital

A Camex também aprovou a redução em mais 10%, até o fim do ano, o Imposto de Importação sobre bens de capital (máquinas usadas em indústrias) e sobre bens de informática e de telecomunicações, como computadores, tablets e celulares. A medida pretende facilitar a compra de equipamentos usados pelos produtores industriais e baratear o preço de alguns itens tecnológicos, quase sempre importados.

Em março do ano passado, o governo tinha cortado em 10% a tarifa para a importação de bens de capital e de telecomunicações. No total, o corte chega a 20%.

Até o início do ano passado, as tarifas de importação desses produtos variavam de zero a 16% para as mercadorias que pagam a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul. Com a primeira redução, a faixa tinha passado de 0% a 14,4%. Agora, as alíquotas passaram de 0% a 12,8%.

Em novembro do ano passado, o governo reduziu em 10% a tarifa de 87% dos bens e serviços importados até o fim deste ano. Na época, o governo alegou a necessidade de aliviar os efeitos da pandemia de covid-19 e que a medida já havia sido acertada com a Argentina.

Segundo o Ministério da Economia, o governo deverá deixar de arrecadar R$ 1 bilhão com as medidas até o fim do ano.

Metrópoles