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Categoria: Economia

Pobreza no RN recua em 2024 e atinge menos de 40% da população pela primeira vez na série histórica

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Em 2024, 33,5% da população do Rio Grande do Norte vivia com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza. É a primeira vez na série histórica, iniciada em 2012, que o número fica abaixo dos 40%. Em 2023, a pobreza atingia 43,8% dos potiguares, indicando uma redução de 10,3 pontos percentuais em um ano. Em 10 anos, a redução foi 14,6 p.p. Com o resultado, o estado potiguar manteve-se com a menor proporção de população pobre do Nordeste no último ano.

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2025, divulgada hoje (05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação considera a linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial segundo o Poder de Paridade de Compra (PPC), que é de US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 692 por mês para o RN e seus territórios.

Já o percentual de potiguares abaixo da linha de extrema pobreza caiu para 5,2% em 2024, ante os 6,4% do ano anterior. Seguindo a metodologia do Banco Mundial, foram considerados extremamente pobres as pessoas com rendimento domiciliar per capita de US$ 2,15 PPC por dia ou R$ 217 por mês para o RN.

O levantamento também apresenta dados para a Região Metropolitana de Natal, onde 25,7% da população estava abaixo da linha de pobreza e 5,1% estava abaixa da linha de extrema pobreza em 2024. No ano anterior, os percentuais eram de 40,1% e 5%, respectivamente.

Quando se considera apenas a população da capital, o percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza caiu de 31,9% para 21,7% entre os anos de 2023 e 2024. Já a população em extrema pobreza de Natal reduziu de 4,3% para 3,8% no período.

Os números no Rio Grande do Norte estão abaixo da média da Região Nordeste (39,4% na pobreza e 6,5% na extrema pobreza), mas acima das médias nacionais (23,1% e 3,5%, respectivamente).

No Brasil, 1,9 milhões de pessoas saíram da situação de extrema pobreza entre os anos de 2023 e 2024. No mesmo período, o contingente de pessoas pobres reduziu 8,6 milhões no País.

Portal 98 FM

RN se fixa como polo da panificação e lança projeto “Padaria do Futuro”

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) participou da 81ª Convenção Nacional da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), realizada entre os dias 26 e 28 de novembro no Wish Natal Resort, na capital potiguar. Considerado o mais importante encontro da panificação no país, o evento reuniu diretores, empresários e profissionais de todas as regiões do Brasil para debater tendências, inovação e os rumos do setor.

Ao destacar a receptividade de Natal e a força do setor no Estado, o presidente da Abip, Paulo Menegueli, ressaltou o protagonismo do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do RN (Sindipan-RN). “O Sindicato do RN é forte, premiado, e conduzido com excelência por Ivanaldo Maia. Estamos felizes demais de estar aqui. Tivemos debates muito importantes desde o dia 26, além de uma apresentação fantástica do Coral do Sesi”, afirmou.

Entre os principais temas discutidos esteve a reforma tributária, com apresentações do deputado Luiz Carlos Hauly, do tributarista Luiz Renato e de Mário Sérgio Telles, assessor da CNI. Segundo Menegueli, o debate foi essencial para esclarecer as mudanças e os impactos para o setor.

A convenção também marcou o lançamento nacional do projeto Padaria do Futuro, iniciativa alinhada às pautas de sustentabilidade e ao contexto da COP30. O modelo propõe padarias integradas às comunidades, comprometidas com práticas ambientais, sociais e de gestão que envolvem todos os stakeholders do segmento.

O presidente da Fiern, Roberto Serquiz, destacou o impacto econômico e social da panificação no Estado e reforçou a relevância da convenção para o fortalecimento do setor. “Quando o mundo acelera, a panificação se reinventa. Este evento proporciona experiências, conhecimento e estratégias que posicionam o setor potiguar e brasileiro para os novos desafios”, afirmou. Serquiz também ressaltou o trabalho de excelência realizado pelo Sindipan-RN, que pelo segundo ano consecutivo ficou entre os 10 setores industriais mais fortalecidos a receber o Mérito Industrial.

A programação incluiu palestras técnicas, painéis e conteúdos sobre mercado, produtividade e gestão. Entre os destaques, o chef Luiz Farias, embaixador da Ireks no Brasil, apresentou o tema “Natal: A melhor época do ano”; e a confeiteira e empresária Vivi Costa abordou estratégias para aumentar a lucratividade sem abrir mão da qualidade.

O presidente do Sindipan-RN, Ivanaldo Maia, reforçou a importância da convenção para o desenvolvimento da panificação potiguar. Segundo ele, o Rio Grande do Norte conta com 1.600 padarias, movimenta entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão por ano, e gera 12 mil empregos diretos e indiretos, demonstrando a força e o alcance do setor. “Este é um evento nacional que traz inovação, tecnologia e conhecimento técnico. Realizamos também uma pesquisa que premiou as padarias com o melhor pão francês da cidade, produto que é o carro-chefe de qualquer estabelecimento”, afirmou.

A 81ª Convenção Nacional da Abip foi realizada pela Abip, Sindipan-RN, Fiern, Sebrae Nacional, Sebrae RN e Rede Pão, com patrocínio das empresas Ireks, Prática, Bat, JTI, Philip Morris, Rigel e, localmente, M Dias Branco, São Braz, Super Fácil, Coca-Cola, Clan e Massas Bom Jesus.

Agora RN

RN registra maior queda do país e preço do etanol cai para R$ 4,39

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O preço médio do etanol hidratado caiu 4,15% no Rio Grande do Norte na semana de 16 a 22 de novembro, chegando a R$ 4,39 o litro, a maior redução percentual entre todos os estados, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No mesmo período, os valores recuaram em 11 unidades da Federação, subiram em nove, além do Distrito Federal, e permaneceram estáveis em seis.

A maior alta ocorreu em Minas Gerais, onde o litro do combustível também foi comercializado a R$ 4,39, após avanço de 2,33% na semana. Em São Paulo, foi registrado o menor preço individual em um posto: R$ 3,39 o litro. Já o maior valor encontrado no país foi de R$ 6,49, em Pernambuco.

A ANP também destacou que o etanol mantém paridade inferior a 70% em relação à gasolina em vários estados, indicador que aponta maior vantagem econômica para o consumidor. As medições apontaram paridade de 70% em São Paulo e Mato Grosso; 69,8% em Goiás; 69,5% no Paraná; e 69,7% no Rio Grande do Sul.

BZN

Nova lei do Imposto de Renda impacta quase 160 mil contribuintes no RN

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil. No Rio Grande do Norte, cerca de 158,5 mil contribuintes serão impactados pelas mudanças. As informações são do Blog do BG.

Segundo o Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal (CETAD), a projeção é de que 98.073 trabalhadores com renda de até R$ 5 mil fiquem isentos a partir de 2026. Outras 60.480 pessoas, com renda entre R$ 5 mil e R$ 7,35 mil, terão descontos progressivos.

Atualmente, 146,7 mil contribuintes no estado estão livres do pagamento. Com a nova regra, o volume deve alcançar 244,7 mil pessoas totalmente isentas. A medida inclui também descontos parciais para rendas de até R$ 7.350 e passa a valer já na declaração do próximo ano.

Crédito de R$ 855 milhões alivia caixa do RN, mas cobra restrições que podem impactar funcionalismo

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O acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última segunda-feira (24) abriu caminho para que o Rio Grande do Norte contrate até R$ 855 milhões em empréstimos, mas impõe uma série de restrições fiscais que afetam diretamente servidores e a gestão do Estado. As medidas incluem limites para reajustes, concursos, criação de cargos e novas despesas, e já provocam preocupação entre categorias do funcionalismo.

O acordo, relatado pelo ministro Cristiano Zanin na ACO 3733, autoriza o RN a acessar recursos do Plano de Recuperação Fiscal (PEF) mesmo sem cumprir integralmente as metas do programa. Em troca, o Estado aceita as contrapartidas previstas no artigo 167-A da Constituição. Entre as obrigações estão: proibição de reajustes gerais, vedação à criação de novos cargos, bloqueio de concursos (exceto reposições) e restrição à ampliação de benefícios ou despesas obrigatórias.

Essas limitações valerão até o cumprimento de três metas fiscais:

  • despesa de pessoal abaixo de 54% da Receita Corrente Líquida (RCL);
  • caixa líquido positivo;
  • despesas correntes menores que 90% das receitas.

Atualmente, o RN ultrapassa esses limites. No segundo quadrimestre de 2025, o Estado comprometeu 55,73% da RCL com a folha do Executivo — maior índice do país e acima do teto de 49%, segundo o Tesouro Nacional. Pelas regras do acordo, o Governo deverá enviar relatórios periódicos comprovando o ajuste, que será acompanhado pelo STF. As operações de crédito poderão chegar a 6% da RCL inicialmente, com possibilidade de ampliação para 9%.

Em nota, o Governo do RN afirmou que os R$ 855 milhões serão importantes para reforçar a estabilidade financeira e permitir novos investimentos. Questionado sobre impactos diretos das medidas, o Estado não respondeu até o fechamento.

Especialistas avaliam impactos

Para o economista Arthur Néo, professor convidado da Ufersa, o acordo reflete um cenário de desequilíbrio prolongado: o Estado “já tem sua situação fiscal comprometida há muito tempo, acima do limite de alerta da LRF e gastando mais do que arrecada”. Ele afirma que a limitação de reajustes deve ajudar a equilibrar as contas junto à entrada dos empréstimos, somando reforço para infraestrutura e para recompor despesas acumuladas. Porém, alerta para efeitos colaterais: “Compromete-se a renda futura para o consumo do presente”.

O economista prevê ainda possíveis tensões sindicais, queda de renda em municípios dependentes do funcionalismo e riscos associados ao endividamento.

Precedente no PEF

Segundo a Advocacia-Geral da União, esta é a primeira vez que União e Estado negociam, em mesa de conciliação, medidas para ajustar a trajetória fiscal e liberar investimentos dentro do PEF. A Procuradoria-Geral da República deu parecer favorável ao acordo.

Reações do funcionalismo

O Sindsaúde-RN divulgou nota afirmando que acompanha o caso: “Esse tipo de ajuste costuma significar congelamento de contratos, de reajustes e até de benefícios já conquistados pelos servidores”. A entidade considera o acordo um pacote de ajuste fiscal disfarçado, com consequências diretas para quem atua no serviço público.

A diretora Rosália Fernandes critica a sobrecarga enfrentada pela categoria: “Já somos penalizados diariamente: falta material básico, falta equipamento, falta alimentação para pacientes e equipes; fornecedores não recebem, terceirizados ficam sem salário e seguimos trabalhando na improvisação, em condições precárias; e mesmo assim garantindo que o SUS funcione”.

Na segurança pública, o presidente do Sinpol-RN, Nilton Arruda, afirma que o Estado opera com apenas 34% do efetivo necessário e que a suspensão de concursos e reajustes agrava a crise. Segundo ele, a falta de valorização ameaça os avanços recentes: “Estamos caminhando também para o pior salário do Brasil.”

Ele alerta que a categoria já enfrenta sobrecarga severa: “Sobrecarga de trabalho e falta de valorização trará, nos próximos meses, um aumento significativo nos índices de violência. Sem uma política voltada para valorizar de verdade os profissionais, a segurança do RN entrará mais uma vez em colapso”.

Portal 98 FM

Valor do salário mínimo 2026 cai para R$ 1.627 após revisão

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O salário mínimo 2026 deve ficar em R$ 1.627, segundo a nova estimativa enviada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) ao Congresso. Anteriormente, a previsão indicava um valor de R$ 1.631. Desde já, a mudança reflete a atualização das expectativas de inflação, que compõem a fórmula de reajuste anual. Além disso, o governo afirma que o valor final só será confirmado no início do próximo ano.

Revisão do salário mínimo 2026

Conforme o MPO, a revisão ocorre porque a projeção do INPC, índice que baseia o cálculo do piso, deve encerrar o ano abaixo do previsto. Dessa forma, a queda reduz a estimativa do salário mínimo 2026. Segundo economistas, essa alteração acontece de maneira recorrente sempre que há desaceleração nos preços. Embora o impacto seja pequeno no valor nominal, ele afeta diretamente o planejamento das despesas federais.

O salário mínimo é referência para aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e benefícios sociais. Por isso, uma projeção menor tende a diminuir gastos públicos, embora, por outro lado, o efeito final dependa do número de beneficiários. Além disso, o Congresso poderá revisar essas estimativas durante a tramitação do Orçamento. Eventualmente, as projeções também podem ser atualizadas nas avaliações bimestrais previstas em lei.

O MPO reforçou, em nota, que a definição final depende do resultado do INPC, previsto para 10 de dezembro. Segundo o comunicado, a projeção menor reduz gastos, mas outras variáveis também influenciam o cálculo. Ainda conforme o órgão, caberá ao Congresso analisar a conveniência de mudanças no PLOA durante o debate orçamentário. Assim, o valor definitivo só será conhecido em janeiro.

Ponta Negra News

Natal registra saldo positivo de 101 vagas formais em outubro, segundo dados do Caged

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Em outubro, a capital potiguar contabilizou 8.718 admissões e 8.617 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 101 postos de trabalho, segundo os novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse é o nono mês consecutivo de crescimento, reforçando a contribuição da cidade para o avanço do mercado de trabalho no Rio Grande do Norte.

O prefeito Paulinho Freire comemorou o resultado e afirmou que o cenário atual fortalece o desenvolvimento do município. Segundo ele, a cidade vive um novo momento, com modernização, mais oportunidades e parcerias com quem gera emprego. Para o gestor, os jovens têm encontrado mais chances reais de crescimento, o que se reflete nos números positivos.

O secretário municipal de Administração, Brenno Queiroga, também destacou a importância das políticas públicas implementadas. Ele afirmou que o desempenho é fruto de ações de modernização, desburocratização e estímulo a quem investe e emprega. Para Queiroga, Natal está mais preparada e competitiva, abrindo espaço para novas oportunidades.

Liderança no Estado

Com o avanço registrado, Natal segue como líder absoluta na geração de empregos formais no Rio Grande do Norte em 2025. O acumulado do ano ultrapassa 7.560 novos postos de trabalho, consolidando a capital como o principal motor econômico do estado.

O desempenho consistente confirma um ambiente econômico dinâmico e favorável, com geração contínua de vagas, renda e oportunidades. A juventude natalense, em especial, tem encontrado mais portas abertas no mercado local, em um cenário de crescimento sustentado.

Redução de tarifa dos EUA para parte dos produtos brasileiros beneficia caju, manga e castanha do RN

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O anúncio da suspensão da taxa de 40% imposta pelos Estados Unidos sobre cerca de 200 mercadorias brasileiras trouxe alívio para parte do agronegócio potiguar. Entre os produtos do Rio Grande do Norte beneficiados pela medida estão o caju, a manga e a castanha. Com informações do g1 RN.

“Ainda não é tão significativo para o setor agrícola potiguar, que tem como carro-chefe o melão e a melancia”, diz Fábio Queiroga, do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte.

Dados do Observatório da Indústria do Mais RN, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), apontaram que, entre agosto e outubro de 2025 — período dos impactos do “tarifaço” — o estado exportou US$ 9 milhões para os EUA. O valor representa queda de 25%, o equivalente a US$ 3 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar da redução anunciada pelos americanos, a decisão não vale para todos os produtos. O setor do pescado continua enfrentando dificuldades porque a sobretaxa de 50% segue em vigor desde agosto.

“Tá bem complicado e a tendência é piorar. No Rio Grande do Norte, nossa pesca, nossa vocação foi feita para dois tipos de pescado: a lagosta, que hoje está sendo exportada congelada para o mercado asiático e o pescado fresco, principalmente os atuns e afins. Então está complicado porque a gente não tem outro mercado para substituir e o mercado local não consegue absorver o produto”, diz Arima França Filho, presidente do Sindipesca-RN.

A crise no setor da pesca é agravada pela impossibilidade de exportar para a Europa desde 2018, por questões sanitárias.

Dados do Mais RN mostram que, desde agosto, quando a tarifa de 50% começou a valer, as exportações de atum para os EUA caíram 72%. O produto está congelado nas câmaras frias das empresas à espera da exportação.

No caso do atum, o congelamento pode durar até dois anos, mas o pescado vendido fresco perde valor quando é congelado.

“É o mesmo produto, mas o nosso pescado busca a culinária japonesa, um produto com um valor que chega a ser 12 vezes superior ao que produto que vai para enlatar. Se a gente não conseguir atender esse mercado, a gente vai ter que enlatar esse atum especial e vender com valor de 10% do que a gente poderia ter vendido”, diz.

O governo do estado informou que está analisando alternativas para minimizar os impactos. Uma das possibilidades discutidas é ampliar o escoamento da produção para o mercado interno e para países asiáticos.