SELO BLOG FM (4)

Categoria: junho 6, 2022

Reino Unido ignora ameaças de Putin e fornece mísseis a Kiev

DECISÃO FOI ANUNCIADA PELO MINISTÉRIO BRITÂNICO DA DEFESA. FOTO: REUTERS

O Reino Unido vai fornecer à Ucrânia, pela primeira vez desde o início da ofensiva russa nesse país, mísseis de longo alcance. A decisão, anunciada pelo Ministério britânico da Defesa, chega pouco depois de Moscou ter ameaçado Kiev com mais ataques, caso o Ocidente continuasse a fornecer armas aos ucranianos.

“Conforme as táticas da Rússia mudam, também o nosso apoio à Ucrânia deve mudar”, disse o secretário da Defesa, Ben Wallace, ao comunicar a decisão do governo de Boris Johnson.

Para o Executivo britânico, trata-se de fornecer “armas vitais de que os soldados precisam para defender o seu país de uma invasão não provocada”.

“Esses sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, altamente capazes, permitirão que os nossos amigos ucranianos se protejam melhor contra o uso brutal de artilharia de longo alcance que as forças de Putin usaram indiscriminadamente para devastar cidades”, explicou Wallace.O Reino Unido e os Estados Unidos estão entre as nações que mais armas têm fornecido à Ucrânia desde 24 de fevereiro.

O governo britânico não confirmou ainda quantos sistemas M270 de lançamento de mísseis irá fornecer, mas a BBC avança que serão três inicialmente. Os militares ucranianos serão treinados nas próximas semanas sobre a utilização dos novos sistemas.

O novo passo do Reino Unido nesta guerra foi dado em coordenação com os Estados Unidos, que anunciaram na semana passada o fornecimento de um sistema de mísseis a Kiev. A decisão norte-americana foi recebida por Moscou com frustração e com ameaças de retaliação.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu nesse domingo ataques a novos alvos ucranianos caso os países ocidentais enviem armas de longo alcance à Ucrânia. A ameaça foi aparentemente ignorada pelo Reino Unido. “Vamos usar as nossas armas”, ameaça Putin.

O sistema de lançamento múltiplo de mísseis do Reino Unido, agora cedido à Ucrânia, consegue disparar 12 mísseis terra-terra em apenas um minuto, tendo a capacidade de atingir alvos numa distância máxima de 80 quilômetros.

Este sistema, o M270, assemelha-se ao que Washington ofereceu a Kiev – o M142 Mobility Artillery Rocket System (Himars). Tanto o Reino Unido quanto os Estados Unidos forneceram o armamento de longo alcance sob a condição de que a Ucrânia não o utilizará para atingir território russo.

A garantia ucraniana não tranquilizou, porém, o presidente russo. “Na minha opinião, todo este alarido sobre o fornecimento de novas armas tem apenas um objetivo: arrastar o conflito armado tanto quanto possível”.

“Se [os sistemas de mísseis] forem fornecidos, vamos tirar as conclusões necessárias e usar as nossas armas, que são mais do que suficientes, para atingir os alvos que ainda não atingimos até o momento”, alertou o líder.

No mesmo dia, várias explosões abalaram a capital ucraniana. Foram os primeiros ataques a Kiev em várias semanas, enquanto os combates mais intensos se faziam sentir na região leste do Donbass.

Londres fornece especialistas

Hoje, o secretário britânico da Justiça anunciou que uma equipe especializada de advogados e policiais vai prestar assistência ao procurador que, neste momento, investiga alegados crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia.

A equipa inclui um agente da Polícia Metropolitana, destacado no Tribunal Penal Internacional com sede em Haia, nos Países Baixos.

Pertencem também à equipe sete advogados com experiência em direito penal internacional.

O Tribunal Penal Internacional iniciou uma investigação que pode visar altos funcionários russos considerados responsáveis por crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio.

Agência Brasil

Ufersa lança edital de concurso com 6 vagas para professor efetivo

INSCRIÇÕES COMEÇAM NO DIA 15 DE JUNHO E VÃO ATÉ 11 DE JULHO. VAGAS SÃO PARA CAMPUS ANGICOS E CAMPUS SEDE, EM MOSSORÓ. FOTO: ISAIANA SANTOS

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) lançou um edital de concurso para seleção de seis professores efetivos do Magistério Superior.

São cinco oportunidades para o Campus Angicos e uma vaga para o Campus Sede, em Mossoró, conforme os perfis dos candidatos e os regimes de trabalho estabelecidos.

A inscrições para o concurso começam no dia 15 de junho e vão até 11 de julho. A inscrição deve ser feita na página da Comissão Permanente de processo Seletivo (CPPS) no Portal Ufersa, na qual também está disponível a íntegra do edital e toda a documentação necessária.

O pagamento da taxa de inscrição pode ser feito até o dia 12 de julho.

O processo seletivo se dará em três fases: prova escrita e prova didática, ambas em caráter eliminatório, e exame de títulos, em caráter classificatório.

G1RN

Dono de bar morre e amigos atendem pedido de velório com forró

ESTRELINHA, COMO ERA CONHECIDO, QUIS QUE AMIGOS CELEBRASSEM NO BAR DE FORMA ANIMADA QUANDO ELE MORRESSE. FOTO: REDES SOCIAIS

Na cidade de Porto Nacional, interior de Tocantins, um velório se transformou em festa. O comerciante Raimundo Nonato Fonseca de Souza morreu na sexta-feira (3/6), aos 67 anos. Conhecido como Estrelinha, ele pediu que uma festa fosse feita quando morresse, no bar que comandava.

Os amigos atenderam o desejo, registrado em vídeo, e realizaram a comemoração em homenagem a Estrelinha nesse sábado (4/6). Durante a despedida, o bar estava cheio e os presentes dançavam forró.

“Eu quero ser velado nesse bar meu, na minha empresa, e não quero ninguém chorando. Todo mundo bebendo, farreando, passando música de Roberto Carlos e Raul Seixas”, exigiu o comerciante.

Duas das músicas pedidas pelo homem para a ocasião foram O dia em que a Terra parou e Medo da chuva, ambas de Raul Seixas.

Metrópoles

Justiça Eleitoral disponibiliza lista de devedores de multa eleitoral

CONSULTA PODERÁ EVITAR INDEFERIMENTO DE CANDIDATURAS PARA AS ELEIÇÕES. FOTO: MARCELLO CASAL JR

A Justiça Eleitoral disponibiliza, a partir desse domingo (5) aos partidos políticos, a relação de todos os devedores de multa eleitoral. Essa lista serve de base para a expedição das certidões de quitação eleitoral, documento que é “pré-requisito para quem pretende concorrer a um cargo público nas Eleições de 2022”, informou, em nota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o TSE, a principal causa de indeferimento de registros de candidaturas é a falta deste documento. Para consultar a lista, é necessário que os partidos acessem o Sistema de Filiação Partidária (Filia).

“A ferramenta, que é acessada pelos partidos, possui funcionalidade específica para a geração dos arquivos com esses dados. Basta o usuário autorizado pela legenda clicar no menu Arquivos > Dados Devedores e gerar os dados, no momento que quiser”, informou o TSE referindo-se à regra prevista na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997).

Além de dispor sobre a certidão de quitação eleitoral, a Lei de Eleições detalha quais são os documentos que precisam ser apresentados no momento do pedido de registro de candidatura. “Entre eles, estão a cópia da ata da convenção partidária, a certidão de quitação eleitoral, a prova de filiação partidária e a autorização do filiado para incluir seu nome como candidato”, acrescentou o TSE.

“Para fins de expedição da certidão, são considerados quites aqueles que: condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente cumprido; e os que pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com outros candidatos e em razão do mesmo fato”, explicou.

Agência Brasil

Igreja pagava mais de R$ 1 milhão por ano a pastor paraibano envolvido em adultério com cantora gospel

O PASTOR TAMBÉM É ACUSADO DE EMBOLSAR O DINHEIRO DA VENDA DE UM TERRENO DA IGREJA AVALIADO EM R$ 15 MILHÕES. FOTO: REPRODUÇÃO

A polêmica envolvendo o pastor Daniel Nunes, que renunciou ao cargo de presidente da Assembleia de Deus de Campina Grande (PB), ganhou mais um capítulo.

Depois de ser exposto em um caso extraconjugal de mais de 7 anos com uma cantora gospel, o canal do YouTube Fala Zion recebeu mais uma denúncia sobre o líder religioso.

Uma fonte segura informou ao youtuber que o pastor Daniel Nunes ostentava com o dinheiro da igreja e fazia negócios suspeitos, como quando vendeu um terreno que pertencia à denominação sem a autorização da Assembleia Geral.

O terreno que tinha mais de 500 mil metros, ficava localizado em uma área nobre de Campina Grande, e o seu valor atual é de mais de R$ 15 milhões. A instituição não sabe do paradeiro do dinheiro.

O salário do pastor era de R$ 40 mil reais por mês, fora o dos filhos, sobrinhos, genro, irmão e cunhado, o que custava aos cofres da igreja R$ 1 milhão e 144 mil reais por ano.

Com uma mansão avaliada em R$ 3 milhões, o religioso também bancava a cantora gospel acusada de ser sua amante com valores que chegavam a R$ 15 mil por mês.

Alguns membros da Assembleia de Deus de Campina Grande querem que Daniel entregue o dinheiro da venda do terreno.

O pastor também é acusado de não reformar as congregações e deixar os templos sucateados e em situações precárias.

Com informações do Fuxico Gospel

Nova pesquisa da ANP deixa Natal com a quarta gasolina mais cara do país

FOTO: GERALDO JERÔNIMO

Nova pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que Natal está com o quarto preço médio mais caro para o preço da gasolina comum no Brasil entre as capitais. Os dados constam em levantamento divulgado neste sexta-feira (03), pelo órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. O preço médio mostrou que o combustível foi vendido a R$ R$ 7,465 por litro na capital na última semana. Com relação ao último levantamento, houve queda de 1,5% no preço.

De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 29 de maio a 04 de junho, Natal está atrás apenas de Teresina (R$ 8,127), Rio de Janeiro (R$ 7,648) e Rio Branco (R$ 7,53). O preço médio mais em conta está em Macapá (R$ 6,499).

A pesquisa da ANP também mostra quais foram os preços mínimos e máximos praticados durante o período do levantamento. Em Natal, essa variação foi de R$ 7,190 a R$ 7,590. Com relação ao maior preço entre as capitais do Nordeste, Natal divide a 4ª posição com Aracaju.

Com relação a gasolina comum, Natal apresentou uma redução de 1,5% no preço médio do litro com relação a última análise, feita entre 22 a 28 de maio, quando o preço praticado era R$ 7,579. No preço máximo, a redução entre os períodos foi de 6,18%, com preço caindo de R$ 8,090 para R$ 7,590.

O balanço do órgão federal também traz levantamento com relação a outros combustíveis comumente utilizados pelos potiguares. É o caso do óleo diesel, com preço médio praticado em Natal a R$ 7,070, na  5ª colocação entre as capitais com preços médios mais altos, sendo a 2ª do Nordeste. Com relação a última análise, a queda foi de 1,33%, sendo a segunda redução seguida na capital. Entre preço mínimo e máximo, a variação no diesel foi de R$ 6,550 a R$ 7,390.

Sobre o etanol hidratado, a pesquisa da ANP mostra que o preço médio em Natal foi de R$ 6,148 na semana, queda de 1,53% em relação a última análise. Os preços mínimo e máximo registrado foi de R$ 5,850 e R$ 6,390, respectivamente. No ranking das capitais, Natal fica na 10ª posição.

Os preços da gasolina e do diesel recuaram nos postos no Brasil nesta semana, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (3).

O preço médio do litro da gasolina passou de R$ 7,252 para R$ 7,218, queda de quase 0,5%. É o menor valor da gasolina desde a primeira semana de abril. O maior valor encontrado foi de R$ 8,490. O menor, R$ 6,180. O valor do litro do diesel caiu de R$ 6,918 para R$ 6,882, o que representa uma redução de 0,6%. É a segunda queda seguida. 

O etanol também registrou redução a nível nacional. O valor médio passou de R$ 5,186 o litro para R$ 5,083, queda de 2%. O etanol também tem o menor valor desde abril. No posto mais caro pesquisado pela agência, custava R$ 7,900. No mais barato, R$ 4,070.

Com informações da Tribuna do Norte

Morre o empresário Manoel Bezerra, fundador da Manchete Calçados

MANOEL BARBOSA. FOTO: ARQUIVO / TRIBUNA DO NORTE

Faleceu neste domingo (5) o empresário Manoel Bezerra, fundador e dono das lojas de calçados Manchete, bastante tradicional em Natal.

Ele deixa a esposa Eleika e duas filhas, Kassandra e Rochele.

Confira abaixo uma entrevista do empresário Manoel Bezerra à Tribuna do Norte, em 2014, quando a Manchete Calçados estava prestes a completar 50 anos.

De engraxate à ascensão no setor de calçados

No próximo dia 18 de junho, a loja mais tradicional de calçados em Natal completa 50 anos. As cinco décadas da Manchete Calçados representam mais do que o sucesso empresarial do seu fundador, Manoel Bezerra, mas é o marco de sua história de superação. Do menino que vivia em um sítio na zona rural de Acari – e guiava o avô cego, para pedir na vizinhança – ao bem-sucedido empreendedor e empresário, que construiu uma marca consolidada, sem nunca ter frequentado a escola.

Em entrevista à Tribuna do Norte, Manoel Bezerra conta esta trajetória, fala das lições que aprendeu e do que é preciso para crescer no comércio. O empresário, que ainda hoje é o primeiro e o último a chegar na empresa, comenta sobre como anda o setor e o diferencial da companhia.

Como o senhor se tornou um grande empresário do setor de calçados?

Foi o destino. Eu tinha 12 anos, quando vi a cidade pela primeira vez e resolvi fugir. Eu morava no meio do mato, em um sítio, em Acari. Comecei andando, depois peguei uma carona. O caminhoneiro me deixou no  mercado em Currais Novos e eu pensei: aqui é minha casa.  Eu comia o que os donos das bancas me davam, dormia nas bancas e comecei engraxar sapato, com uma caixa que me arrumavam. Até que um dia um senhor, que estava engraxando o sapato, perguntou se eu queria aprender a arte do sapato. Foi quando fui trabalhar numa fabriqueta, fazendo mandados. Eu ia para lá todo dia, ele me dava 50 centavos, e com isso, eu comprava três biscoitos e um quarto de rapadura, que era o que eu comia. Foi quando eu comecei a fazer peças miudinhas com o restinho de couro. Eu aprendi fazer sandália de criancinha e ganhava um dinheirinho.

Foi aí que surgiu o comerciante?

Foi quando chegou um senhor, que era meu cunhado, Jeci de Assis Dantas, marido de uma irmã minha, que eu nem conhecia, porque era filha do primeiro casamento do meu pai. Ele estava vindo  de Caicó e ia trabalhar no Banco do Brasil de Currais Novos. Foi quem me deu a mão. Ele me levou para morar na casa dele. Foi quando eu comecei a ter boa alimentação, a ter uma casa para dormir.   Bancário naquela época só não fazia chover. Ele perguntou o que eu fazia, eu disse que aqui e acolá fazia feira para o irmão do dono da oficina. Ele me ajudou a comprar uma banca de feira por 15 contos. Eu cheguei para o dono da oficina e falei que eu ia fazer feira em Santa Cruz, Campo Redondo e Currais Novos. Na época das festas das cidadezinhas,  eu ia fazer as feiras das festas e vendia bem. O dono da oficina disse que fornecia a mercadoria e no final da última feira, eu pagaria o que vendi e fabricava, com ele, as faltas. Foi quando eu comecei, em 1957, a fazer as feiras e quando eu comecei a ganhar dinheiro. Mas eu gastava tudo. Foi quando meu cunhado me deu a lição: você não tem estudo, então, faça o seguinte: gaste o necessário e o que sobrar guarde no banco. Eu não gastava nada porque ele bancava tudo, até carro para andar eu tinha. Então, eu comecei toda terça-feira, eu tirava X para gastar e o restante colocava no banco.

E como o senhor veio para Natal?

Em 1963, eu achava que estava rico e vim morar em Natal. Quis fazer feira em Natal, mas o sistema aqui era diferente do interior. Eu tinha uma irmã que morava aqui, e vinha toda semana para a casa dela, final de semana ia para o interior fazer feira. Foi quando surgiu o pontinho na Corenel Cascudo e eu comprei o ponto para colocar loja.

Na época, a rua já era comercial?

Era uma rua residencial, de repúblicas de estudantes, mas tinham algumas lojas.

Conseguiu juntar tanto dinheiro assim nas feiras que o senhor comprou o prédio?

Eu tinha comprado só o ponto. Mas em 1968, o dono do prédio colocou a venda. Esse prédio era de um rapaz que era dono de uma farmácia e ele me pediu 20 contos, 10 contos de entrada e 20 prestações de 500. Eu cheguei para meu cunhado, que na época já era chefe de carteiras de cobrança da agência do Banco do Brasil da Cidade Alta e falei para ele.  Eu tinha 16 contos e 800 de mercadoria, então, ele pediu para eu pegar os  10 de entrada no Banco do Brasil. Meu cunhado anotou todos os dados e só entreguei ao gerente, seu Otávio. Ele me deu um promissória. E eu peguei o dinheiro no saco. Peguei o dinheiro, dei os 10 mil ao dono do prédio e quando foi passar a escritura, as promissórias estavam vinculadas a escritura. As promissórias foram pagas a um fornecedor, Bornérgio Trigueiro, que era o maior atacadista de medicação e o dono do prédio devia a ele. Todo dia do apurado, eu tirava um pedacinho e colocava no cantinho. O rapaz que vinha pegar o dinheiro, nunca veio para não levar. Vinte meses depois, chega um senhor, forte, numa Kombi de luxo, com cortina e perguntou “quem é Manoel Bezerra?” e disse “eu vim lhe conhecer porque eu recebi umas promissórias suas de um dinheiro que achava que estava perdido e meu irmão nunca veio aqui para não levar esse dinheiro. Por isso vim aqui para lhe conhecer.”. Era o Bonérfio Trigueiro, que na época era milionário.

E o nome Manchete? Como foi que o senhor escolheu?

Tinha um colega meu que tinha uma loja na rua e perguntou o nome que eu ia colocar. E eu disse “JK” e ele disse que não dava certo nome de político. E falou coloque Manchete, que era um nome mais criativo, bonito. Depois de um tempo, quando a Manchete veio para cá, onde o dono chegava e dizia que era da Manchete, o povo pensava que o cheque tinha voltado, achando que era da Manchete Calçados. Depois ligou um diretor do Rio de Janeiro, agradecendo o nome, dizendo que aqui não precisava de propaganda porque o nome já estava feito.

E como o senhor começou a expansão?

No comércio se você tiver venda, sobra alguma coisa e o concorrente acaba obrigando você a abrir mais lojas. Então fui abrindo loja. A segunda foi em 1970.

Quantas lojas o senhor tem hoje? E quantos funcionários?

Hoje tenho 8 lojas, 3 na Cidade Alta, uma no Alecrim, uma no Norte Shopping, uma no Midway Mall, uma no Natal Shopping  e outra no Hiper Bompreço de Ponta Negra. Hoje são 94 funcionários, mas já cheguei a ter 125, depende do momento do mercado.

O senhor começou vendendo só para mulher e depois passou também atender o público masculino. Qual é o melhor?

No início era só sandália baixa, só para mulher, depois quando eu comprei o prédio vizinho, que abri uma loja maior, coloquei calçados em geral. O mercado era carente, tinha poucas lojas, tinha mais o mercado da cidade, que pegou fogo, e aí minhas vendas aumentaram. Em 1974, comecei a vender para homens também. Se o calçado de mulher fosse igual o de homem, era todo mundo rico, porque o que não existe prejuízo. O sapato de mulher deixa muito saldo. Homem você vende tudo. Se for desatualizado, mulher não compra.

O mercado de calçados é muito concorrido? Qual é o seu diferencial?

Quando cheguei em Natal, a população era de 280 mil habitantes e já era muito concorrido, mas em menor proporção. Hoje é muito mais, porque têm as grandes redes, que têm 200 e tantas lojas. Mas nesses 50 anos, toda a vida, eu tive crédito. E o segredo do comércio é crédito, você comprar e pagar, porque a outra ponta também tem compromisso. Eu graças a Deus sempre paguei em dia.

E o diferencial?

É o poder de compra, porque as fábricas dão melhores condições de compra. Eu procuro os menores prazos para conseguir desconto. Já as redes, querem 120, 180 dias. O que eu pego de desconto repasso para o cliente. E, é muito simples, o industrial seleciona os pedidos e dá preferência a quem paga rigorosamente e eu, graças a Deus, estou no meio.

O senhor pensa em abrir mais lojas? Em ir para outro Estado?

Abrir mais loja, depende se surgir local porque tudo é local e oportunidade. Mas eu nunca pensei em ir para fora, acho que meu lugar é aqui.

E como o senhor avalia o mercado hoje?

O setor hoje está muito fraco,  porque está todo mundo endividado, com esse bichinho chamado cartão de crédito. Por um lado é uma beleza, todo mundo tem tudo. Mas a complicação é atrasar. Não é fácil não. Eu nunca usei. Mas a felicidade da gente também foi o cartão de crédito, foi a salvação da lavoura. Porque todos podem comprar. Mas acho que isso é em todos os setores.

E como será o futuro das lojas? Suas filhas lhe ajudam?

Eu tenho minha esposa, que dá um expediente, e tenho uma moça que faz tudo. Mas minhas filhas têm lojas delas.  Mas elas vão ter que cuidar, se quiserem continuar, porque tudo é delas. Elas já trabalharam comigo, uma me ajuda até hoje indiretamente. Mas eu quem administro tudo, sei de tudo das lojas.

Chesf emite Nota de Pesar e revela identidades dos funcionários mortos, após queda de helicóptero em Currais Novos

AERONAVE SE CHOCOU CONTRA LINHAS DE TRANSMISSÃO E CAIU. FOTO: REPRODUÇÃO

O helicóptero que colidiu com uma linha de transmissão e caiu em um açude em Currais Novos neste domingo (5) foi identificado. Propriedade da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), o veículo transportava o piloto e dois inspetores da empresa. Segundo nota da Chesf, os funcionários realizavam uma inspeção aérea de rotina no momento do acidente. Os três envolvidos morreram, e seus corpos já foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros Militar do RN.

“A Chesf está em grande pesar mediante o fato e está adotando todas as providências pertinentes junto aos órgãos competentes, priorizando a assistência às famílias das vítimas”, afirmou em nota a companhia.

Segundo o texto, a aeronave se chocou com uma linha de transmissão de 230 quilovolts (kV) e logo em seguida caiu em um açude, na zona rural de Currais Novos. Os três passageiros faleceram no local do acidente.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), o resgate ocorreu em ação do Corpo de Bombeiros com a Polícia Militar, Polícia Civil e Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

Ainda segundo a Sesed, as causas e circunstâncias da queda do helicóptero ainda não são conhecidas. As autoridades competentes farão a investigação necessária.

FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Confira a nota da Chesf na íntegra:

Chesf informa acidente

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa que hoje (5), às 13h36, ocorreu acidente com o helicóptero da Empresa, prefixo PP-MCJ, que estava realizando inspeção aérea de rotina.

A aeronave estava em operação no Estado do Rio Grande do Norte e chocou-se com uma linha de transmissão 230kV, caindo em um açude na zona rural do município de Currais Novos – RN.

O piloto e dois inspetores, empregados da Chesf, que estavam a bordo, faleceram no local do acidente.

A Chesf está em grande pesar mediante o fato e está adotando todas as providências pertinentes junto aos órgãos competentes, priorizando a assistência às famílias das vítimas.

Depois de emitir nota, a Chesf postou no seu portal os nomes das vítimas do acidente com um helicóptero neste domingo em Currais Novos.

Confira:

Chesfianos Piloto – Juberson Coelho Coimbra Data de admissão – 01/11/1987 Data de nascimento – 26/09/1956 (65 anos).

Inspetor de Linha – Robson Deusdette de Melo Araujo Data de admissão – 15/08/2011 Data de nascimento – 31/01/1987 (35 anos).

Inspetor de Linha – Francisco Wilson da Silva Data de admissão – 09/09/2010 Data de nascimento – 24/03/1970 (52 anos).

INSPETOR DE LINHA – ROBSON DEUSDETTE DE MELO ARAUJO. FOTO: DIVULGAÇÃO
INSPETOR DE LINHA – FRANCISCO WILSON DA SILVA. FOTO: DIVULGAÇÃO