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Categoria: abril 16, 2017

Em matéria de O Globo, Robinson, Fábio Faria, Felipe Maia e Rosalba aparecem na lista de políticos que dobraram o patrimônio nos últimos 15 anos

O GLOBO avaliou as declarações de bens de 91 dos 108 alvos de pedido de abertura de inquérito no STF que disputaram mais de uma eleição a partir de 2002 e apresentaram para a Justiça Eleitoral estimativa de patrimônio. Dentro desse período, foram comparadas as declarações feitas na primeira e na última campanha de cada um deles. Antes de serem confrontados, todos os valores foram atualizados pelo IPCA, índice oficial de inflação, até julho de 2016, data de registro de candidatura na última eleição. Os outros 17 citados não concorreram a nenhum cargo nesse período ou participaram de só um pleito.

Para justificar a evolução patrimonial acima de 100%, os políticos argumentam que receberam heranças, doações de familiares e tiveram sucesso em suas atividades profissionais ou na comercialização de imóveis.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), teve um aumento de 329,9% de seus bens entre os anos de 2006 e 2014, já descontada a inflação. O patrimônio dele era de R$ 873,8 mil em 2006, na sua primeira eleição para deputado federal. Passou para R$ 1 milhão quatro anos depois ao disputar a reeleição. Mas a grande explosão aconteceu na eleição seguinte, em 2014, quando Araújo declarou ter bens que, em valores atualizados, somam R$ 3,8 milhões. Em quatro anos (de 2010 a 2014), ele conseguiu fazer seu patrimônio crescer 256% em valores reais. Nesse período, adquiriu um apartamento de frente para o mar em Recife, por R$ 1,5 milhão. Declarou também que fez benfeitorias de R$ 304 mil no imóvel, além de ter R$ 900 mil no banco e R$ 80 mil em espécie. O ministro disse que a variação é “compatível com as informações prestadas à Receita Federal”.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), teve um aumento de 150% em seu patrimônio entre 2006 e 2010, anos em que disputou eleição para deputado. A soma dos bens do titular da Casa Civil passou de R$ 1,6 milhão para R$ 4 milhões em quatro anos. Antes, em 2002, Padilha havia declarado bens de R$ 4,7 milhões. Em 2010, os principais bens de Padilha eram 50% de um apartamento em Porto Alegre e os R$ 877 mil de crédito que tinha a receber de uma de suas empresas. O ministro afirmou que “todos os acréscimos patrimoniais tiveram as fontes correspondentes também declaradas à Receita Federal”.

BLAIRO É O MAIS RICO

Mais rico entre todos os políticos citados na lista de Fachin, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), também aumentou seu patrimônio no período. Entre 2002, quando foi eleito governador do Mato Grosso pela primeira vez, e 2010, quando se elegeu senador, Blairo viu os seus bens crescerem 355%. Sua principal propriedade na última eleição que disputou eram cotas em uma empresa de participação e administração, avaliadas em R$ 109 milhões. O ministro disse que a evolução patrimonial “é facilmente comprovada pelo recebimento dos dividendos da empresa Amaggi, a 39ª maior do país, e pelo recebimento de herança em razão da morte de seu pai”.

O maior crescimento patrimonial de toda a lista foi do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), 22.000%. Em 2002, quando concorreu pela primeira vez, ele declarou uma poupança e um título de capitalização que somavam R$ 2,3 mil. Em 2014, seus bens incluíam chácara, lancha, dois carros e R$ 182 mil, o que elevou seu patrimônio para R$ 1,1 milhão em valores atualizados. Segundo o deputado, os dados não refletem sua real situação financeira, “pois não levam em consideração ônus e dívidas informados à Receita Federal”. Ele diz que os ganhos são “totalmente compatíveis” com sua renda.

O deputado Fábio Faria (PSD-RN) viu seu patrimônio crescer 1.222% entre 2006 e 2014. A primeira cifra milionária apareceu na declaração de 2010, quando o político afirmou ter um apartamento de R$ 1,2 milhão na Areia Preta, em Natal, além da participação em seis empresas de segmentos distintos, como comunicação, academia, e restaurante. Em 2014, manteve o apartamento, fixou sua atuação em duas empresas e declarou guardar R$ 85 mil em espécie. O principal investimento, uma rede de academias, foi incorporado por uma gigante do setor, segundo Faria. Ainda de acordo com o deputado, parte do dinheiro vem da herança recebida após a morte de sua avó e das doações de seu pai, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD). “Tudo foi devidamente tributado e pago conforme a lei”, disse, por nota.

FÁBIO FARIA: “TUDO FOI DEVIDAMENTE TRIBUTADO E PAGO CONFORME A LEI”

Também citado na lista de Fachin, o pai do deputado teve um crescimento patrimonial de 296% entre 2002, quando concorreu a deputado estadual, e 2014, ao se eleger para comandar o estado. Os bens de Robinson Faria valiam R$ 2,5 milhões e passaram para R$ 9,9 milhões em valores atualizados. O incremento foi motivado pelos 31 apartamentos que adquiriu em Parnamirim (RN), avaliados em R$ 4 milhões. O governador também informou que o seu patrimônio é oriundo de herança de seus pais e avós. Segundo ele, a variação patrimonial se explica ainda pela venda de parte dos bens herdados.

ROBINSON FARIA INFORMOU QUE O SEU PATRIMÔNIO É ORIUNDO DE HERANÇA DE SEUS PAIS E AVÓS

COLLOR DECLARA 14 CARROS

Já o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL) aumentou o seu patrimônio ao adquirir carros. Tinha quatro em 2006 e declarou ter 14 em 2014, entre eles uma Ferrari Scaglietti preta avaliada em R$ 556 mil. No geral, a soma dos seus bens passou, em valores atualizados, de R$ 8,7 milhões em 2006 para R$ 24,2 milhões em 2014. Além dos carros, comprou uma casa de R$ 4 milhões em Campos do Jordão (SP). Collor disse que a evolução tem origem principalmente em recursos das suas empresas, herança, transações comerciais e imobiliárias.

Quando concorreu à Câmara em 2002, o hoje presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou apenas um bem: um VW Golf. Já em 2014, afirmou possuir um Toyota Corolla 2010 e três imóveis: dois apartamentos no Rio e uma sala comercial que, segundo ele, haviam sido doados pela família em 2005. Seus bens cresceram 873% (de R$ 90 mil para R$ 876 mil). O presidente da Câmara informou que todas as transações foram declaradas à Receita.

Chefe da outra Casa legislativa, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), também teve um crescimento substancial de patrimônio, apesar de ter partido de outro patamar. Eunício enriqueceu 139% entre 2002 e 2014, com seus bens passando de R$ 49,2 milhões para R$ 117, 8 milhões. Na disputa de 2014, o presidente do Senado declarou, entre outras coisas, ser dono de fazendas, apartamentos, uma casa de R$ 6 milhões em Brasília, além de possuir R$ 158,5 mil em espécie. Eunício afirmou que a evolução é “decorrente da venda de participações acionárias em duas empresas das quais era sócio”.

Outro caso em que a compra de imóveis influenciou o crescimento patrimonial é o do filho do ex-governador de Goiás Maguito Vilela, Daniel Vilela. Ele viu seus bens aumentarem 862% entre 2010 e 2014. Passou a ter uma casa em um condomínio fechado e dois terrenos em loteamentos em vez de só um apartamento. Já o deputado Dimas Fabiano (PP-MG), filho do ex-presidente de Furnas Dimas Toledo, comprou dois apartamentos e seis terrenos nos últimos 16 anos, desde que entrou para a política.

Nem sempre o incremento de mais de 100% no patrimônio se reflete em bens milionários. Embora tenha tido uma variação de 133% entre 2006 e 2014, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) argumenta que mantém praticamente a mesma quantidade de bens: um imóvel, um carro e aplicações financeiras. Segundo ele, os valores são diferentes porque vendeu uma casa e adquiriu outro imóvel financiado. A casa antiga, segundo Zarattini, foi declarada até 2006 com o valor da compra, que já estava defasado. Como o mercado imobiliário se aqueceu, o novo imóvel tem um valor inicial mais alto.

Delações citam beneficiários de R$ 1,68 bilhão e envolve quase 500 políticos, lobistas e servidores

Está no jornal Estado de São Paulo: as delações que a Odebrecht apresentou à Justiça indicam os beneficiários de pelo menos R$ 1,68 bilhão pago em propinas e contribuições ilegais de campanha. Os recursos foram distribuídos a quase 500 políticos, lobistas, empresários e dirigentes de estatais no Brasil e no exterior.

Trata-se de um quadro parcial, já que a máquina montada pela empreiteira para garantir o superfaturamento de obras e o desvio de recursos públicos movimentou valores muito maiores. Segundo delação do ex-executivo Hilberto Mascarenhas, o chamado Setor de Operações Estruturadas – departamento de propinas da Odebrecht – fez pagamentos de US$ 3,37 bilhões entre 2006 e 2014. Em valores atuais, isso equivale a cerca de R$ 10,6 bilhões.

Foto: Suellen Lima/Frame Photo
Hilberto Mascarenhas

HILBERTO MASCARENHAS CHEFIAVA O ‘DEPARTAMENTO DE PROPINAS’ DA ODEBRECHT

O rastreamento de R$ 1,68 bilhão foi feito pelo Estado com base no cruzamento de dados de três fontes de informação: os 337 pedidos de abertura de inquérito e petições assinadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF); os depoimentos que executivos da Odebrecht prestaram, como parte de seus acordos de delação premiada; e a planilha de pagamentos entregue aos procuradores por Benedicto Júnior, um dos delatores.

Nem sempre é possível contabilizar valores. Em muitas das operações citadas pelos executivos da empresa em seus depoimentos, por exemplo, não há detalhamento de quanto foi pago para os agentes públicos envolvidos.

Da fatia dos recursos em que é possível identificar o beneficiário, a maior parte foi para representantes do PT e do PMDB, partidos que dividiram o poder nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Mas uma parcela expressiva foi destinada a líderes do PSDB, principal partido de oposição durante as gestões petistas.

Os desembolsos bilionários eram vistos pela Odebrecht como um investimento. O grupo empresarial negociou favores com políticos em todas as esferas de poder – de vereadores em cidades pequenas, como Santa Gertrudes (SP), a ocupantes do Palácio do Planalto. Com o dinheiro distribuído, a empresa comprou a aprovação de medidas tributárias que a beneficiaram. Pagou ainda comissões para obter benesses em contratos de infraestrutura.

A empreiteira atendeu a pedidos e também foi proativa, ao oferecer contribuições a políticos que se alinhavam a seus interesses. Procurou ainda quebrar resistências de indivíduos e grupos que identificou como potenciais obstáculos. Quanto mais influentes os políticos, maiores eram os valores com os quais eram contemplados.

Ranking

No topo do ranking de pagamentos compilado pelo Estado – cujas posições ainda podem variar, a depender das investigações e da revelação de novos documentos – estão, além de representantes do PT, do PMDB e do PSDB, um ex-diretor da Petrobrás e nomes ligados aos governos de Angola e Venezuela.

Dos políticos brasileiros, estão em posição de destaque o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP) e o ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD).

Prefeito Rosano Taveira anuncia reestruturação do “caminhódromo” da Cohabinal, que vai beneficiar cerca de quatro mil usuários

ROSANO TAVEIRA: “A NOSSA IDEIA É ENTREGAR A OBRA E REABRIR O PARQUE ALUÍZIO ALVES”

Em sua página no Faebook, o prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira, anuncia que  a Secretaria de Obras do município já está elaborando o  projeto de reformulação do “caminhódromo” da Cohabinal, obra que será realizada executada tão logo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) conclua as intervenções que realiza nas laterais da BR-101, onde serão edificadas as novas marginais da rodovia.

O “caminhódromo” da Cohabinal proporcionará um espaço atrativo para cerca de quatro mil usuários  que caminham no local diariamente. A obra inclui nova iluminação, revitalização da pista, bancos e complementação do calçadão, além da reurbanização desse trecho na Avenida Castor Vieira Régis. O projeto será executado em 90 dias.

“A nossa ideia é entregar a obra e reabrir o Parque Aluízio Alves, que terá sua pista de skate recuperada, contando ainda com a construção de três quiosques com lanchonete e banca de revista, formando um espaço comunitário de lazer completo”, revela Taveira.

Depois de preso, membro do PCC confessa que estava em Mossoró para cumprir ordens de assassinatos

“JUNIOR PLAY ” ESTAVA COM UMA IDENTIDADE FALSA, EM NOME DE IVANILDO CARDOSO DE MORAIS

O fugitivo da Penitenciária de Alcaçuz, Bonfim Tarcísio da Silva, recapturado pela Polícia Militar na Zona Sul de Mossoró, informou que é do Primeiro Comando da Capital e que estava em Mossoró apenas para cumprir ordens de assassinato.
Conhecido por Junior Play, Bonfim estava com uma identidade falsa, em nome de Ivanildo Cardoso de Morais. Ele foi recapturado pelos policiais do Grupo Tático de Operacional, composto pelos policiais Sargento PM Lima e os cabos Fabiano e Hugo e soldado Salustiano.

Os policiais narraram na ficha de ocorrência que localizaram o suspeito no bairro Belo Horizonte, precisamente na Rua São José. Reconhecido como fugitivo de Justiça, Junior Play não negou sua condição de fugitivo da Penitenciária de Alcaçuz, que fica em Nísia Floresta.

Júnior Play disse que fugiu no dia 14 de janeiro, na ocasião que aconteceu carnificina no pavilhão V de Alcaçuz pelos presos da facção que faz parte, o PCC. Os mortos eram membros da facção criminosa Sindicato do RN, que havia surgido nos presídios do RN em 2013.

Ao ser capturado, Junior Play revelou que sua presença em Mossoró era só para matar gente. Não citou quais homicídios cometeu, mas estava preparado para fazê-lo. Tinha em mãos uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 38 e rádio na frequência da PM.

As armas apreendidas com o criminoso, deve ser periciada no Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP), para saber se bate balisticamente com armas usadas em crimes de homicídios ocorridos em Mossoró. Só este ano, a capital do Oeste já registrou 72 homicídios em 2017.

Raio mata senhora de 56 anos e criança de 7 em banho de açude na divisa do RN com o CE

FRANCISCA LOURENÇO DOS SANTOS, DE 56 ANOS, E A CRIANÇA JOÃO VICTOR MANOEL DA SILVA FORAM ATINGIDAS POR RAIO

Uma senhora de 56 e um garoto de 7 anos morreram quando tomavam banho de açude da fazenda Capecé, no assentamento Bernardo Marinho 2, zona rural do município de Russas, divisa com o Rio Grande do Norte.

As vítimas são Francisca Lourenço dos Santos, de 56 anos, e a criança João Victor Manoel da Silva, nascida em 2009. (Tia e sobrinho).

O G1/CE informou que o site de monitoramento da Enel, a cidade de Russas registrou 38 raios nesta última sexta-feira. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) anotou uma chuva leve no município, de 11 milímetros.

Além dos dois que não resistiram a descarga elétrica, outras 20 pessoas saíram feridas. Algumas tiveram que ser socorridas para o Hospital de Russas e outras foram socorridas no local, reclamando de dores nas costas e na cabeça.

Este ano já ocorreram vários caso de reios que matam animais e seres humanos no RN. Em Apodi, foram mais de 40 animais. Em Upanema, também foram vários animais. Na Região de Mossoró, há poucos dias, duas pessoas morreram numa salina vítima de raios.

Patricia Abravanel é criticada por fãs, após deputado Fábio Faria ser citado na Lava-Jato

Segundo matéria publicada no TV FOCO, site especializado em celebridades, a filha de Silvio Santos e apresentadora de TV, Patricia Abravanel, acabou se envolvendo em uma polêmica. Tudo porque ela possui uma união estável com o deputado federal Fábio Faria, que foi um dos políticos citados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato.

A notícia começou a circular nesta semana, e os fãs de Patricia acabaram jogando as críticas nela, por meio das redes sociais. “Patricia…tem certeza que vai casar com um ladrão? Vergonha deste país. Lamentável”, escreveu uma internauta na rede social da apresentadora.

“E agora Patricia? Tempo desses você estava ‘criticando pessoas que são gays! Mas me diz o que é rouba o próprio país? Como é ter um marido sendo investigado por lavagem de dinheiro?”, disse outra para Patricia, que é noiva de Fábio, com quem tem um filho de 2 anos, desde 2014.

Delator diz que Wilma recebeu propina da Odebrecht e cita ainda o irmão Carlos Faria e o procurador Carlos Castim, que nega acusação

DELATOR DISSE QUE FOI ACERTADO PARA WILMA DE FARIA O VALOR DE 1% DO VALOR DE PROJETO DE CERCA DE R$ 100 MILHÕES

IRMÃO DE WILMA, CARLOS FARIA TERIA SIDO A PESSOA QUE COBRAVA O REPASSE DE CONTRIBUIÇÃO DE CAMPANHA

CARLOS CASTIM DIVULGA NOTA NEGANDO PARTICIPAÇÃO NO ESQUEMA DENUNCIADO PELO EX-DIRETOR DA ODEBRECHT

A edição dominical do jornal Tribuna do Norte (leia abaixo a matéria completa) destaca que o ex-diretor da construtora Odebrecht, João Antônio Pacífico Ferreira, disse em seu depoimento na Procuradoria Geral da República que pagamentos indevidos foram feitos teriam beneficiado a então governadora Wilma de Faria, para assegurar a execução de obras da estação de tratamento de esgotos de Natal. Ele disse que foi acertado o valor de 1% do valor do projeto, que recebeu investimentos de cerca de R$ 100 milhões. João Antônio cita também o médico e irmão de Wilma, Carlos Faria, na época secretário-chefe do Gabinete Civil, e  o advogado Carlos Castim, atual procurador-geral da Prefeitura do Natal e que no período citado na delação, era secretário adjunto no Gabinete Civil.

Segundo Pacífico, quando os recursos foram viabilizados, teria havido o contato com o irmão de Wilma, Carlos Faria, para que fosse efetuada uma contribuição de campanha na candidatura à reeleição da ex-governadora. A obra continuou por cinco anos e, neste período, na medida em que os recursos foram liberados pela Caixa Econômica Federal, que financiou o projeto, houve o pagamento de propina.

Até o momento, Carlos Castim  foi o único dos nomes citados na delação de João Antônio Ferreira a negar as acusações, em nota distribuída para a imprensa neste sábado, dia 15.

Veja na íntegra as justificativas emitidas por Carlos Castim.

NOTA À IMPRENSA

Na manhã deste sábado (15) fui totalmente pego de surpresa pela notícia de que meu nome havia sido citado em um depoimento de um ex-diretor da construtora Norberto Odebrecht, envolvendo suposto pagamento de colaboração financeira para campanha ao Governo Wilma de Faria.

Sobre tal fato, é preciso, em respeito à verdade, aos meus colegas de profissão e de secretariado, bem como à população natalense a quem sirvo, prestar os seguintes esclarecimentos:

1 –           Ouvindo cuidadosamente o depoimento do Senhor Arial Parente, ex-diretor da Construtora Norberto Odebrecht, destaca-se que: EM MOMENTO ALGUM DE SEU DEPOIMENTO, o depoente diz ter intermediado ou tratado COMIGO, a respeito de qualquer pagamento ao Governo Wilma de Faria;

2 –           A ÚNICA VEZ em que meu nome é mencionado, se refere a um contexto de pessoas que TALVEZ, tivessem sido INFORMADAS sobre as senhas para liberação do suposto pagamento autorizado pela empresa. Adiante, o mesmo depoente afirma não saber quem recebeu o valor;

3 –           Para melhor esclarecimento e para que nenhuma dúvida paire a respeito do que foi falado pelo depoente envolvendo o meu nome, é importante reproduzir fielmente, abaixo, a parte que se refere ao meu nome. Assim, diz o depoente:

“ As senhas e as datas de pagamento eram informadas, POSSIVELMENTE à Carlos Faria ou TALVEZ à Carlos Castim, então secretário adjunto, ou TALVEZ a outras pessoas que não me recordo.”;

04 –           Ainda com relação à data em que esse suposto pagamento ou comunicação sobre a liberação das senhas e respectivo pagamento teria ocorrido, o ex-diretor afirma literalmente o seguinte:

“           Isso foi 2008. Tem 8 (OITO) anos. Nessa época eu estava com várias obras tocando simultaneamente, com muitos problemas; falta de dinheiro, obras paralisadas e… Então o Pacífico (diretor da Odebrecht) autorizou esse pagamento com a finalidade de não faltar recursos para obra…”;

05 –           DOIS PONTOS desse depoimento merecem ser destacados: O primeiro é a palavra TALVEZ (ADVÉRBIO DE DÚVIDA) empregada pelo ex-diretor ao se referir à minha pessoa, assim como quando se dirige “… TALVEZ a várias outras pessoas que não me recordo”. O segundo ponto é que em 2008, eu já não era mais Secretário Adjunto da Casa Civil do Governo do Estado, função que desempenhei até janeiro de 2007;

06 –           Acredito, com toda a tranquilidade de minha consciência, que a citação ao meu nome no depoimento do ex-diretor da Odebrecht, se deve, única e exclusivamente, ao fato de ter, no período de 2003 até janeiro de 2007, ocupado o cargo de Secretário Adjunto do Gabinete Civil, sendo responsável pelo acompanhamento dos problemas administrativos internos do GAC e demais Secretarias e órgãos da Administração Direta e Indireta do Governo do Estado. Assim sendo, afirmo que JAMAIS tratei de qualquer assunto de natureza política e/ou empresarial, porquanto não era da minha alçada.

Natal, em 15 de abril de 2017.

 CARLOS SANTA ROSA D’ALBUQUERQUE CASTIM

Procurador-Geral do Município De Natal