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Categoria: outubro 18, 2016

Vigilância Sanitária de Natal divulga atualização da lista de medicamentos de baixo risco

 A CLASSIFICAÇÃO DE BAIXO RISCO É DADA A MEDICAMENTOS DOS QUAIS A ANVISA JÁ CONHECE O PERFIL DE SEGURANÇA E EFICÁCIA E O MENOR IMPACTO NA SAÚDE DE QUEM O UTILIZA.

A CLASSIFICAÇÃO DE BAIXO RISCO É DADA A MEDICAMENTOS DOS QUAIS A ANVISA JÁ CONHECE O PERFIL DE SEGURANÇA E EFICÁCIA E O MENOR IMPACTO NA SAÚDE DE QUEM O UTILIZA.

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde e o Núcleo de Controle de Medicamentos está divulgando a atualização da lista de medicamentos de baixo risco, conforme Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 107/16. A classificação de baixo risco é dada a medicamentos dos quais a Anvisa já conhece o perfil de segurança e eficácia e o menor impacto na saúde de quem o utiliza.

A medida foi aprovada no mês de agosto pela Agência. A atualização inclui mais 37 medicamentos na lista de baixo risco sujeitos a notificação simplificada.  Segundo o chefe do Núcleo de Controle de Medicamentos, Sérgio Augusto Albuquerque, a Anvisa ampliou este mês, a lista de medicamentos de baixo risco. Os Produtos da lista precisam ser notificados na Agência e ser produzidos por empresas autorizadas, mas estão dispensados de registro.

“Já está disponível a atualização da lista dos medicamentos de baixo risco, ou seja, medicamentos que passam apenas pelo processo de notificação simplificada na Anvisa antes de chegarem ao mercado. A medida está na resolução RDC 107/16, publicada do Diário Oficial da União (DOU)”, destacou Sérgio.

A norma traz uma tabela atualizada com todos os medicamentos que se enquadram na categoria de baixo risco com informações sobre concentração, indicação, modo de uso e advertência, entre outros.

Quando enquadrados nesta categoria, as empresas são dispensadas do protocolo do processo de registro e recebem da Agência a autorização para fabricar e comercializar os medicamentos listados, por meio de um procedimento eletrônico que confere maior agilidade ao processo de liberação de medicamentos para o mercado: a notificação simplificada.

Estão na lista da nova RDC, entre os 112 itens, medicamentos anteriormente classificados como genéricos, similares e específicos. Como exemplo, podemos citar a Simeticona, usada para alívio dos sintomas relacionados ao excesso de gases intestinais, em diferentes concentrações e formas farmacêuticas: comprimido, comprimido mastigável, cápsula gelatinosa e emulsão oral.

Medicamentos de baixo risco

A categoria dos medicamentos de baixo risco foi criada há dez anos por meio da Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa RDC 199/2006, publicada no ano de 2006, que ainda está vigente, define em seu Anexo I que a Anvisa faria uma Instrução Normativa (IN) listando e nominando os medicamentos que poderiam ser enquadrados como de baixo risco e que estariam sujeitos a notificação.

A primeira revisão do Anexo I da RDC 199/2006 se deu com a publicação pela Anvisa da Instrução Normativa – IN 3/2009. Naquela ocasião a lista trazia 75 medicamentos. A resolução RDC 107/16 revoga a IN 3/2009 e amplia a lista de 75 medicamentos em mais 37 produtos. O que totaliza 112 medicamentos de baixo risco.

Guardas municipais de Natal são capacitados pelo Exército em Estágio de Armamento Leve

(DIVULGAÇÃO/SEMDES)

(DIVULGAÇÃO/SEMDES)

A Guarda Municipal do Natal (GMN) iniciou nessa segunda-feira (17) a formação de 10 agentes que serão capacitados pelo Exército Brasileiro para atuar como armeiro. A qualificação foi uma iniciativa da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) por meio do Comando da GMN, que articulou a realização do Estágio de Armamento Leve junto ao 17º Grupo de Artilharia e Campanha (GAC) do Exército.

O curso terá a duração de uma semana constando manuseio e conhecimento de armamento, desde revólver calibre 38 até o Fuzil Automático Leve (FAL), com ênfase na pistola calibre 380 e na espingarda calibre 12, que são armas de fogo utilizadas pela GMN. As instruções são de caráter teórico e prático com informações sobre desmontagem, montagem, manutenção, limpeza, cuidados e manuseio com armamento de diversos calibres.

De acordo com o comandante da GMN, Michel Dantas, a formação e aperfeiçoamento de 10 guardas municipais na função de armeiro amplia o quadro técnico dessa função na corporação e reforça a certeza de manter o material bélico institucional sempre apto ao devido funcionamento. “É uma qualificação muito importante para a Guarda Municipal, principalmente porque é ministrada pelo Exército Brasileiro, que é uma instituição séria, respeitada e competente”, ressaltou.

O coordenador e instrutor do curso, capitão Igor Mendes, informou que a qualificação foi aberta exclusivamente para a Guarda Municipal do Natal. Ele ressaltou que o Estágio de Armamento Leve trará enormes benefícios para a corporação. “Após a conclusão do curso, os guardas municipais estarão preparados para a manutenção e o correto manuseio dos armamentos que a corporação possui”, explicou.

O responsável pelo setor de Material Bélico da GMN, CGA Laércio Gomes, comentou que o curso proporciona conhecimento sobre vários tipos de armas, além de ser uma forma de integração entre as duas corporações. “Nesse período de qualificação vamos adquirir amplo conhecimento sobre armas de fogo, o que é determinante para o desenvolvimento do nosso trabalho, além de ser uma oportunidade de maior aproximação com as forças armadas”, concluiu.

CNJ lança mutirão de mediação digital para incentivar acordos via internet

Consumidores que possuem conflitos judiciais com grandes empresas e instituições bancárias têm a oportunidade de solucioná-los, de forma online, durante o mês de outubro. A negociação entre as partes poderá ser feita por meio do Sistema de Mediação Digital, lançado em maio pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O mutirão teve adesão das empresas Vivo, Samsung e Empresa Gestora de Ativos (Engea), bem como das instituições financeiras Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Losango, Unibanco e Citibank.

O Sistema de Mediação Judicial foi criado para viabilizar acordos celebrados de forma virtual, entre consumidores, bancos e empresas que estejam distantes fisicamente. Apenas durante o mutirão poderão ser solucionados, por meio da plataforma, conflitos já judicializados – fora deste período, o sistema é utilizado exclusivamente para questões que ainda não viraram processos judiciais.

A iniciativa deve resultar em maior celeridade na solução de conflitos, evitando a entrada de novas ações judiciais, favorecendo em última análise o cidadão que via de regra é sempre o mais prejudicado. “Só para se ter ideia, em 2012, por ocasião do último levantamento do CNJ sobre os maiores litigantes, o setor público e os bancos foram apontados como os que lideravam a lista, respondendo, sozinhos, por 76% dos processos em tramitação no Judiciário”, diz o conselheiro do CNJ Emmanoel Campelo, que preside a Comissão Permanente de Acesso à Justiça e Cidadania.

Para participar do mutirão, é necessário se cadastrar no sistema, inserir o número do processo judicial e a cópia da habilitação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do advogado ou defensor público que representa o consumidor na ação. Em caso de acordo, o processo será encaminhado para homologação ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça (TJ) ou Tribunal Regional Federal (TRF) em que tramita a ação.

Funcionamento do sistema

O Sistema de Mediação Judicial vem permitindo a realização de acordos pré-processuais entre consumidores, empresas e instituições financeiras. Mesmo que a empresa não esteja cadastrada, ela será informada pelo próprio sistema e convidada a aderir à iniciativa. Se necessário, o acordo firmado entre as partes poderá ser homologado por um magistrado, também por meio da plataforma digital. Caso não se chegue a um acordo, uma mediação presencial será marcada e deverá ocorrer nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), criados pela Resolução CNJ 125/2010.

Lei da Mediação

O Sistema de Mediação Digital foi criado pela Emenda 2, que atualizou a Resolução 125/2010, adequando-a às novas leis que preconizam as buscas pelas soluções consensuais do conflito – a Lei de Mediação (Lei n. 13.140/2015) e o novo Código de Processo Civil (Lei n. 13.105/2015). O fomento à desjudicialização por meio de formas alternativas de solução de conflitos foi estabelecido como uma das doze prioridades na gestão da Presidência do CNJ para o biênio 2015-2016.

Dívida é “absolutamente incontrolável”, diz Moreira Franco

 MOREIRA FRANCO: PARA O SECRETÁRIO, MEMBROS DO ATUAL GOVERNO QUE PARTICIPARAM DA ADMINISTRAÇÃO DE DILMA NÃO PUDERAM IMPEDIR DEGRADAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS.

MOREIRA FRANCO: PARA O SECRETÁRIO, MEMBROS DO ATUAL GOVERNO QUE PARTICIPARAM DA ADMINISTRAÇÃO DE DILMA NÃO PUDERAM IMPEDIR DEGRADAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS.

O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, um dos mais próximos assessores do presidente Michel Temer, afirmou nesta terça-feira em Tóquio, no Japão, que a trajetória da dívida pública do país “é absolutamente incontrolável”. A afirmação foi feita a jornalistas às margens de um evento em que o governo vendia a atratividade da economia do Brasil a líderes empresariais japoneses.

Segundo Moreira Franco, a crise atual é a “pior da nossa história”. O quadro foi descrito com base nos dados de déficit público, que em 2016 está avaliado pelo Ministério da Fazenda em R$ 170 bilhões, e em 2017 pode chegar a R$ 134 bilhões. “Temos uma dívida que cresce de maneira assustadora, com uma taxa de juros de 14,25%. A capacidade, o potencial de crescimento dessa dívida é superior à da Grécia”, argumentou. “A Grécia está nessa situação com uma taxa de juros de 2%, 2% e pouco, o Brasil é 14,25%. Estamos com a economia totalmente desorganizada.”

Para o secretário, o Brasil não passou por momento pior nem quando da hiperinflação dos anos 80, das moratórias da dívida pública ou da intervenção do Fundo Monetário internacional (FMI). “Você acha que a intervenção do FMI é superior a estar com uma trajetória de dívida absolutamente incontrolável?”, respondeu, ao ser questionado pelo Estado. “A intervenção do FMI é bobagem diante desse quadro. É uma questão política. Este quadro que nós estamos vivendo, não. É uma questão econômica grave, que gera problemas sociais incríveis para a sociedade brasileira.”

Moreira Franco entende que os membros do atual governo que participaram da administração de Dilma Rousseff, como ele próprio e o presidente Michel Temer, não puderam impedir a degradação das contas públicas. De acordo com o secretário, o plano Uma Ponte para o Futuro, proposto pelo PMDB à ex-presidente, foi “visto como uma provocação, uma coisa inútil”. “O povo brasileiro foi às ruas em um processo de desespero, com uma situação econômica extremamente desconfortável”, analisou.

As declarações foram feitas a jornalistas brasileiros minutos depois de um evento com empresários japoneses na embaixada do Brasil em Tóquio. Em sua palestra, Moreira Franco utilizou um tom oposto, afirmando que o governo Temer está estabilizando a economia e convidando os empresários japoneses a investir no país. “Este é o único compromisso do presidente Temer: colocar o Brasil no novo trilho”, afirmou.

O secretário entende ainda que Temer está dedicado a enfrentar a crise, o que seria “incompatível” com um projeto eleitoral. “Um projeto eleitoral não está no horizonte do presidente Michel Temer. O projeto dele está voltado basicamente para a solução da crise econômica”, justificou. “É quase incompatível. Eu diria até que é incompatível se pensar em um projeto eleitoral e, ao mesmo tempo, ter de enfrentar no dia a dia o desafio da mais grave crise econômica da nossa história.”

Exame

PF deflagra operação que mira em banda Aviões do Forró

OS CANTORES SOL E XANDY, DA AVIÕES DO FORRÓ. (DIVULGAÇÃO/SITE OFICIAL)

OS CANTORES SOL E XANDY, DA AVIÕES DO FORRÓ. (DIVULGAÇÃO/SITE OFICIAL)

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira a Operação “For All” que investiga fraudes no imposto de renda envolvendo o grupo cearense Aviões do Forró, que administra, entre outras bandas, a Aviões do Forró e casas de show. As investigações apontam que o grupo estaria fornecendo dados falsos ou omitindo informações relevantes em suas declarações de Imposto de Renda, para eximir-se da cobrança de tributos, além da possível ocorrência de lavagem de capitais, falsidade ideológica e associação criminosa.

A banda Aviões do Forró também é alvo da operação e há mandados contra os cantores Solange Almeida e José Alexandre, conhecido como Xandy Avião. Não há presos nessa operação.

Os envolvidos tiveram seus sigilos fiscais quebrados pela investigação, o que ajudou a localizar diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema.

Os investigadores são acusados de inserir dados falsos em declarações de Imposto de Renda; não declararem aquisição de veículos e imóveis. Há, ainda, divergências sobre valores pagos a título de distribuição de lucros e dividendos, movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos declarados, pagamentos elevados em espécie, além das diversas variações patrimoniais a descoberto.

A PF informa que o nome “FOR ALL” faz referência à expressão da língua inglesa “for all” (para todos), uma vez que existem notícias de que no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público (for all). Assim, o termo passaria a ser pronunciado “forró” pelos nordestinos. O nome da operação veio dessa origem popular da palavra Forró, principal ramo de atividade do grupo investigado.

Estão sendo cumpridos 32 mandados de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão, além de terem sido decretados os bloqueios de imóveis e veículos de pessoas ligadas a grupo empresarial atuante no ramo do entretenimento e responsável por grandes bandas de forró e casas de shows do Estado. (Andreza Matais).

Estadão

Operação Madrugada Segura apreende arma de fogo e recupera veículo em Natal

NA OPERAÇÃO FOI REALIZADA 115 ABORDAGENS A PESSOAS E A 48 VEÍCULOS (ASSECOM/SESED)

NA OPERAÇÃO FOI REALIZADA 115 ABORDAGENS A PESSOAS E A 48 VEÍCULOS (ASSECOM/SESED)

Policiais da Força Nacional de Segurança Pública que estão atuando no Rio Grande do Norte em apoio as forças de segurança do estado realizaram na noite desta segunda-feira (17) e madrugada de terça-feira (18) mais uma ação da Operação Madrugada Segura que segue o planejamento elaborado pelo Comando da Polícia Militar do RN. Durante a operação, a Força Nacional deu apoio a uma ocorrência atendida pelo 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) em que duas pessoas suspeitas de roubo haviam sido alvejadas por um desconhecido. Com eles foi recuperada uma moto com registro de roubo e apreendido um revólver calibre 32.

O suspeito alvejado foi conduzido ao atendimento médico no Pronto Socorro Clóvis Sarinho e o outro elemento conduzido à Delegacia de Plantão da zona Sul de Natal para a atuação em flagrante delito.

Na operação foi realizada 115 abordagens a pessoas e a 48 veículos, entre carros e motos, em atitude suspeita. A ação tem priorizado áreas comerciais e bancárias e bairros com maiores incidências de crimes violentos letais intencionais, tais como Redinha, Felipe Camarão, Bom Pastor, Nossa Senhora da Apresentação, Alecrim, Pajuçara, Lagoa Nova, entre outros.

A expectativa é que as operações sejam mantidas nos próximos dias, ampliando para outras regiões da cidade. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) tem monitorado as ações que visam a redução dos índices de criminalidade no estado.

ARMA APREENDIDA DURNTE A OPERAÇÃO. (ASSECOM/SESED)

ARMA APREENDIDA DURANTE A OPERAÇÃO. (ASSECOM/SESED)

MEC prorroga prazo para o último simulado do Enem

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O SIMULADO PODE SER ACESSADO NA PLATAFORMA HORA DO ENEM.

O prazo para fazer o último simulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi prorrogado para o dia 23 de outubro. As provas ficariam disponíveis somente até esse domingo (16). Agora, os estudantes têm mais uma semana para testar os conhecimentos. O simulado pode ser acessado na plataforma Hora do Enem.

Este é o quarto e último simulado que ocorre antes das provas do Enem, marcadas para os dias 5 e 6 de novembro. O simulado ficará disponível para ser inicado até as 19h59 de domingo (23), no horário de Brasília. Com o horário de verão, os participantes devem verificar qual o horário limite na localidade onde estão.

O teste está dividido em duas provas, somando 180 questões. Como são testes longos, o recomendável é que sejam feitos em dois dias, assim como ocorre no Enem. No primeiro dia do simulado, os alunos responderão 90 questões, divididas igualmente entre Ciências Humanas e Ciências da Natureza. O segundo dia de provas será destinado a outras 90 questões de Matemática e Linguagens. Depois do simulado, os estudantes terão acesso a um ranking para comparar o seu desempenho com os outros candidatos que buscam a mesma universidade ou curso.

A plataforma Hora do Enem pode ser acessada por computador, smartphone ou tablet. Além do simulado, também é possível acessar boletins de notícias com informações sobre o Enem, programas de TV com dicas e conteúdos, questões resolvidas e comentadas, videoaulas e uma plataforma de estudos personalizada com planos de estudos e exercícios on-line.

Os três simulados Hora do Enem anteriores registraram cerca de 1,5 milhão de avaliações realizadas. Estudantes de todo o Brasil participaram das provas, que tiveram como principal alvo os alunos de escolas públicas.

Dirceu recebe perdão de pena no processo do mensalão

 DIRCEU ESTÁ PRESO DESDE AGOSTO DO ANO PASSADO PELA OPERAÇÃO LAVA JATO

DIRCEU ESTÁ PRESO DESDE AGOSTO DO ANO PASSADO PELA OPERAÇÃO LAVA JATO

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (17) conceder ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu perdão do restante da pena de sete anos e 11 meses de prisão, definida no julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013. Na decisão, o ministro baseou-se em informações prestadas pelo juiz Sérgio Moro e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Mesmo com a decisão, Dirceu continuará preso em Curitiba em função das investigações da Operação Lava Jato. O ex-ministro foi preso em agosto do ano passado, quando cumpria, em regime aberto, a pena definida no julgamento do mensalão. Ele cumpriu dois anos e nove dias e, se não tivesse sido preso novamente, já teria direito à condicional.

No despacho, Barroso explicou que o ex-ministro cumpriu os requisitos estabelecidos no decreto anual editado pela Presidência da República e que os crimes cometidos por ele na Lava Jato ocorreram antes do início do cumprimento da pena. Se os crimes imputados tivessem ocorrido durante a prisão, o fato impedia a concessão do indulto.

Dirceu começou a cumprir a pena do mensalão no dia 15 de novembro de 2013. Ao condenar Dirceu a 23 anos de prisão na Lava Jato, o juiz Moro concluiu que a conduta delitiva do ex-ministro estendeu-se até 13 de novembo de 2013.

“Diante das informações prestadas pelo juiz Federal Sérgio Moro, da manifestação favorável do Procurador-Geral da República e do preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos previstos na legislação e no decreto específico, a hipótese é de concessão de indulto.”, decidiu Barroso.

Críticas

Apesar de conceder o benefício, previsto na lei, Roberto Barroso fez críticas ao sistema de cumprimento das penas no Brasil. No despacho, Barroso disse que as distorções provocadas na concessão dos benefícios de progressão das penas gera na população uma “sensação difusa de que as instituições não funcionam e que o crime, ao menos em algumas de suas manifestações,termina por compensar”.

“Um primeiro exemplo da liberalidade do sistema: embora aplicada uma pena razoavelmente severa (seis anos de reclusão), basta o cumprimento de um ano para que o condenado possa retornar à sua residência, fazendo com que a sociedade experimente um sentimento de impunidade e até mesmo uma certa descrença nas instituições públicas”, disse o ministro.

Na avaliação do ministro, as falhas no sistema de cumprimento das penas devem ser reparadas, mas a exacerbação das penas devem ser evitadas. Para o ministro, o direito penal deve ser “sério na sua interpretação, aplicação e execução de penas”.

“O excesso de leniência privou o direito penal no Brasil de um dos principais papeis que lhe cabe, que é o de prevenção geral. O baixíssimo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funcionou como um incentivo à prática generalizada de determinados delitos”. concluiu o ministro.

Agência Brasil