A Justiça de Minas Gerais condenou, na última quinta-feira (11), uma mulher a 18 anos de prisão por matar o namorado por meio de envenenamento e asfixia. Bianca Larissa Vieira Caldeira, de 28 anos, respondeu por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Júnio Pereira Barbosa foi morto em 28 de dezembro do ano passado. O crime ocorreu dentro da residência do casal no bairro Jardim Colonial. À época, a mulher ofereceu pizza com chumbinho para o parceiro. Segundo o Ministério Público, a motivação seria a recusa do parceiro em se casar.
No dia seguinte ao crime, Bianca teria ocultado o corpo da vítima, enrolando-o em coberturas e lonas, e levando-o até uma construção nas proximidades. Em seguida, teria ateado fogo no próprio carro a fim de confundir a perícia.
As investigações apontaram que o homicídio foi planejado, e o veneno comprado com antecedência. Bianca também adquiriu previamente materiais para ocultar o corpo.
Para o júri, a mulher agiu por motivo fútil e usou meio cruel com recurso que dificultou a defesa da vítima. Entretanto, a absolveu da acusação de fraude processual. A Justiça determinou a execução imediata da pena.
Um vídeo que mostra um pedestre desarmando um dos atiradores no ataque deste domingo (14) na praia de Bondi, na capital australiana Sydney, viralizou nas redes sociais e ganhou o mundo. Antes da identidade do homem ser divulgada, o primeiro-ministro do estado de Nova Gales do Sul, Chris Minns, chamou-o de “herói genuíno”. O atentado deixou 12 mortos, incluindo um dos autores dos disparos.
Em entrevista a jornalistas, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, também elogiou a ação do homem. “Hoje vimos australianos correndo em direção ao perigo para ajudar os outros, eles são heróis e sua bravura salvou vidas”, disse.
O nome do “herói” é Ahmed al Ahmed. Pai de dois, o homem de 43 anos é dono de uma frutaria em Sutherland Shire, área no sul de Sydney. Ele estava próximo à praia de Bondi, quando os disparos começaram.
No vídeo que viralizou, Ahmed al Ahmed é visto vestido com uma camisa clara e calças pretas, enquanto um dos atiradores estava com blusa e bolsa preta e calça branca.
A gravação capta o momento em que o homem atirava contra uma multidão e Ahmed al Ahmed se move, agachado, em direção ao atirador. Depois, o “herói” salta em direção ao autor dos disparos, tenta imobilizá-lo e tira o armamento de suas mãos.
O homem caí no chão e Ahmed al Ahmed aponta o rifle contra ele. O autor dos disparos saí em direção a uma passarela, onde estava o segundo atirador.
Em entrevista ao canal televisivo australiano 7News, o primo de Ahmed al Ahmed disse que ele sofreu ferimentos de bala no braço e na mão. O parente afirmou que o “herói” está no hospital, mas não sabe o estado de saúde dele.
O pastor Marcos Túlio Galdino (foto em destaque), 38 anos, foi condenado pela Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 4 mil em danos morais e materiais a uma fiel de Brasília que alega ter sofrido um golpe de estelionato espiritual.
Com mais de 24 mil seguidores no Instagram e 3 mil inscritos no YouTube, o líder religioso, conhecido como “Ministério Marco Túlio”, ganhou notoriedade pelas supostas profecias que dirige aos fiéis durante os cultos que realiza.
A vítima relatou que Marcos Túlio, valendo-se de condição de pastor com certa notoriedade em redes sociais, atrai os seus seguidores para lives no Instagram, momento em que manda mensagem direct para alguns e solicita dinheiro.
Segundo a fiel, o pastor pede dinheiro mediante uso de forte coação moral, como profecias e propósitos espirituais.
Ela contou que, em 27 de março deste ano, durante uma transmissão ao vivo, o pastor mencionou o nome dela e pediu que entrasse em contato com ele após a live.
Ao procurar o religioso, a vítima recebeu mensagens que, segundo o pastor, seriam “da parte de Deus”. Durante a conversa, ele mencionou que haveria um “propósito” no valor de R$ 777, valor que Deus estaria supostamente determinando.
A vítima conta que entendeu de forma equivocada que o montante seria R$ 277. Mais tarde, ao ser informada de que o “valor correto” era R$ 777, completou a quantia com outro Pix de R$ 500.
De acordo com o relato, as solicitações não pararam por aí. Na manhã de 29 de março de 2025, o pastor teria iniciado nova conversa afirmando ter tido uma “visão” em que a filha da vítima estaria sendo enterrada na segunda-feira seguinte. Para evitar a tragédia, afirmou, seria necessário realizar mais um “voto financeiro”.
A vítima relata ter estranhado o pedido, mas, ainda assim, o pastor insistiu para que fosse enviado mais um valor. Inicialmente, ele cobrou R$ 344, reduzido depois para R$ 153. Sentindo-se pressionada, a vítima acabou realizando mais duas transferências.
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha da S.Paulo neste domingo (14) mostra que o medo da violência levou 72% dos brasileiros a mudar de alguma forma a rotina com a qual estavam habituados
O Datafolha perguntou aos entrevistados as mudanças adotadas. 56% afirmaram ter deixado de usar o celular nas ruas nos últimos 12 meses. 36% dos brasileiros disseram ter mudado o caminho para o trabalho ou o local de estudo por medo da violência.
Atitudes tomadas em 2025 por medo da violência, segundo a pesquisa Datafolha:
Mudou o caminho para o trabalho ou estudo: 62% não; 36% sim; 1% não se aplica;
Tirou aliança, correntinha e outros adereços: 65% não; 31% sim; 3% não se aplica;
Evitou usar o celular na rua: 56% sim; 43% não; 2% não se aplica;
Deixou de sair de casa: 74% não; 26% sim;
Deixou de fazer algo que lhe dá prazer: 73% não; 27% sim;
Deixou de usar transporte coletivo: 69% não; 21% sim; 10% não se aplica;
Colocou insulfim no carro: 67% não; 17% sim; 17% não se aplica;
Blindou o carro: 81% não; 2% sim; 17% não se aplica.
2.002 pessoas de 16 anos ou mais foram ouvidas presencialmente em 113 municípios do país entre os dias 2 e 4 de dezembro. A margem de erro da amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
As bandas filarmônicas Maestro Cristovam Dantas e Énila Rayane se apresentaram em ritmo de Natal e reuniram moradores na Praça São João Batista na noite de sexta-feira (12). O momento marcou a estreia do novo fardamento da banda Maestro Cristovam Dantas, adquirido pela administração municipal, e encerrou o calendário musical do ano com apresentações que destacaram a cultura local.
O prefeito Lula Soares detalhou que o investimento na cultura vai além dos uniformes e representa a identidade e amor do povo assuense pela cultura local. A Prefeitura destina mensalmente R$ 24 mil para a manutenção da Filarmônica Cristovam Dantas, distribuídos em 45 bolsas de incentivo – 40 para músicos instrumentais e cinco para monitores – totalizando um investimento de quase R$ 300 mil ao ano. O benefício atende a uma antiga reivindicação dos produtores culturais da cidade.
O prefeito Lula Soares enfatizou o trabalho da gestão com o fortalecimento da música no município. “A Prefeitura investe 24 mil reais por mês. Isso era um desejo antigo dos fazedores de cultura. Gustavo começou em 2023, eu dei continuidade. Não foi favor. Foi reconhecimento”, afirmou Lula Soares.
A gestão também destaca a presença de Alane Isabel, primeira mulher a tocar saxofone na história das filarmônicas de Assú, simbolizando avanços na representatividade feminina na música local. Lula Soares também comemorou com o público as conquistas recentes do município: o prêmio ouro do Sebrae, pelos resultados da Sala do Empreendedor inaugurada no início do ano, e o Selo Ouro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) pela transparência na gestão.
“Música, empreendedorismo, transparência. Tudo se conecta. Tudo faz parte de uma cidade que trabalha, que não para”, concluiu o prefeito.
A organização do espetáculo “Um Presente de Natal”, tradicional encenação natalina que há 28 anos integra o calendário cultural do Rio Grande do Norte, divulgou uma nota pública criticando a explicação apresentada pelo Governo do Estado para o cancelamento do projeto em 2025.
Segundo os produtores, a não liberação de recursos via Lei Câmara Cascudo expôs problemas de gestão, desorganização administrativa e ausência de transparência.
O espetáculo, que nunca havia deixado de ser realizado desde sua criação, não ocorrerá pela primeira vez em quase três décadas, o que gerou forte repercussão no meio cultural potiguar.
No último sábado (13), o Governo do Rio Grande do Norte afirmou que o indeferimento de parte dos projetos culturais ocorreu porque, em 2025, o número de propostas aprovadas superou a capacidade de renúncia fiscal disponível, apesar do volume recorde de recursos incentivados.
A organização do espetáculo, no entanto, contesta essa justificativa e afirma que o argumento não se sustenta no caso específico de “Um Presente de Natal”.
“A justificativa apresentada pelo Governo, baseada no suposto superávit de projetos, não explica o cancelamento do projeto Um Presente de Natal”, afirma a nota.
De acordo com a diretora e produtora cultural Diana Fontes, responsável pelo espetáculo, houve reuniões com representantes da Fundação José Augusto (FJA), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da área de Tributação, nas quais teria sido pactuado que projetos consolidados e já calendarizados teriam a execução garantida, inclusive com previsão de novo aporte financeiro.
“Um Presente de Natal foi selecionado justamente por se enquadrar nesses critérios”, destaca o posicionamento.
Segundo a organização, após meses de tratativas, o projeto recebeu parecer favorável para 65% do patrocínio captado, processo iniciado ainda em maio, o que levou ao início da execução do espetáculo.
Ensaios e contratos já haviam sido iniciados
Com a confirmação parcial dos recursos e a promessa de continuidade do projeto, a produção deu início aos preparativos, incluindo ensaios, contratação de profissionais, investimentos em figurino e formalização de parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
“Diante da confirmação e da promessa de execução do projeto, iniciamos ensaios, contratamos equipe, investimos em figurinos e firmamos parceria com a UFRN, confiando no acordo estabelecido”, relata Diana Fontes.
Suspensão foi comunicada às vésperas do espetáculo
A surpresa, segundo a organização, ocorreu no dia 10 de dezembro, quando os produtores foram informados de que não haveria mais recursos disponíveis, supostamente em razão de um erro de cálculo.
A nota questiona os números apresentados pelo Governo ao longo do ano e aponta inconsistências na evolução dos valores anunciados para a renúncia fiscal da Lei Câmara Cascudo.
“Os números divulgados não se sustentam. Como explicar essa matemática?”, questiona o texto.
Nota aponta inconsistências e desorganização administrativa
No posicionamento oficial, a organização reconhece os avanços recentes na política de incentivo à cultura no Estado, mas reforça que o problema não está no volume de recursos, e sim na condução do processo.
“Há inconsistências evidentes nos dados apresentados, ausência de transparência e desorganização administrativa”, afirma a nota.
Os produtores também destacam o peso simbólico do cancelamento de um espetáculo que faz parte do imaginário afetivo da população e que está em processo de reconhecimento como Patrimônio Cultural.
Principais pontos levantados pela organização:
– Espetáculo não ocorrerá pela primeira vez em 28 anos
– Governo alegou limite de renúncia fiscal
– Produtores afirmam que havia acordo para garantir projetos consolidados
– Projeto recebeu parecer favorável para 65% do patrocínio
– Produção já havia iniciado ensaios e contratos
– Cancelamento foi informado em 10 de dezembro
– Nota aponta falta de gestão, transparência e respeito a acordos
Crítica não é ao investimento em cultura, diz organização
A equipe reforça que a manifestação não é contrária ao investimento público em cultura, mas à forma como o processo foi conduzido.
“Nossa indignação não se dirige ao investimento em cultura — que defendemos e valorizamos —, mas ao descaso com um projeto que há 28 anos integra o calendário cultural do Rio Grande do Norte”, conclui a nota.
Confira a nota na íntegra:
Falta de Gestão e Transparência Compromete a Execução de Projetos Culturais no RN
A justificativa apresentada pelo Governo, baseada no suposto superávit de projetos, não explica o cancelamento do projeto Um Presente de Natal. Reconhecemos, sim, o aumento do investimento em cultura e a ampliação do acesso à Lei Câmara Cascudo, fruto também de ações de capacitação e descentralização no interior do Estado. Esses avanços são positivos e devem ser reconhecidos.
No entanto, o problema não está no volume de recursos investidos, mas na falta de gestão, clareza e respeito aos acordos firmados. Em reunião com a Tributação, a Fundação José Augusto (FJA) e a Secretaria de Cultura (SECULT), ficou definido que projetos consolidados e calendarizados teriam sua execução garantida por meio de novo aporte do Governo. Um Presente de Natal foi selecionado justamente por se enquadrar nesses critérios.
Após meses de insistentes mensagens e telefonemas, obtivemos o parecer favorável referente a 65% do patrocínio captado — captação realizada desde maio. Diante da confirmação e da promessa de execução do projeto, iniciamos ensaios, contratamos equipe, investimos em figurinos e firmamos parceria com a UFRN, confiando no acordo estabelecido.
No dia 10 de dezembro, fomos surpreendidos com a informação de que os recursos “haviam acabado”, supostamente por erro de cálculo. Mais grave ainda: foi informado que a suplementação foi maior do que a inicialmente prevista. Os números divulgados não se sustentam. Foram anunciados R$ 23 milhões entre março e junho, somados a mais R$ 9 milhões para atingir os R$ 32 milhões de renúncia divulgados em fevereiro. Posteriormente, ao somar os projetos selecionados, acrescentaram-se mais R$ 13,44 milhões, totalizando R$ 45 milhões. Como explicar essa matemática?
Há inconsistências evidentes nos dados apresentados, ausência de transparência e desorganização administrativa. Nossa indignação não se dirige ao investimento em cultura — que defendemos e valorizamos —, mas ao descaso com um projeto que há 28 anos integra o calendário cultural do Rio Grande do Norte, encontra-se em processo de reconhecimento como Patrimônio Cultural e faz parte do imaginário afetivo da população.
O que vivenciamos hoje é um cenário de caos na gestão cultural, tanto no âmbito estadual quanto no municipal.
O prefeito Paulinho Freire (União Brasil) realizou mudanças no primeiro escalão da Prefeitura do Natal. O chefe do executivo municipal exonerou o seu irmão, o advogado Sérgio Freire, da Secretaria Municipal de Governo (SMG). A informação consta na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta segunda-feira (15).
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Rio Grande do Norte (OAB/RN), Sérgio estava no cargo desde 2 de janeiro de 2025, quando tomou posse oficialmente. O nome que irá assumir a pasta ainda não foi divulgado.
Paulinho também realizou mudanças da Procuradoria Geral do Município (PGM). Celina Lobo, deixou o cargo de procuradora geral e para ocupar a função de procuradora-adjunta, a pedido da própria. Fernando Benevides, que atuava como procurador-adjunto, assume a titularidade da pasta.
A insistência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em votar o Projeto de Lei da Dosimetria antes do recesso reacende o atrito com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto, que pode reduzir penas de condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), avança no Senado apesar da resistência aberta do Planalto.
Alcolumbre declarou que pretende levar a proposta ao plenário ainda neste ano e conta com uma tramitação acelerada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A comissão é presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), aliado do governo, mas a relatoria ficou com Espiridião Amin (PP-SC), da oposição. Nos bastidores, a avaliação é de que o prazo de vista pode ser reduzido para permitir que o projeto chegue rapidamente ao plenário.
A pressa do senador amapaense contraria diretamente a estratégia do governo, que trabalha para adiar a votação e não descarta vetar a proposta caso ela seja aprovada. Lula já declarou publicamente que Bolsonaro “tem que pagar” pelas condenações no STF, enquanto defensores do projeto afirmam que a mudança na dosimetria pode reduzir significativamente o tempo de prisão do ex-presidente.
Para aliados de Alcolumbre, o movimento tem menos relação com Bolsonaro e mais com a tentativa de “virar a página” ainda em 2025, liberando a pauta de 2026. No Planalto, porém, a leitura é outra: a condução do tema reúne todos os elementos para abrir um novo confronto entre Executivo e Legislativo, em uma relação já desgastada por disputas recentes envolvendo o Supremo Tribunal Federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou neste domingo (14) os dados econômicos registrados pela gestão neste ano. Por meio de seu perfil no X (antigo Twitter), o chefe do Executivo também destacou a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que entra em vigor em 2026.
“[O ano de] 2025 vai se consolidando como um [período] de avanços e conquistas para o povo brasileiro, com mais oportunidades de emprego e aumento de renda, o natal em família será mais farto, nada mais justo para quem trabalhou duro o ano inteiro”, escreveu Lula.
O chefe do Executivo também afirmou que a isenção do imposto de renda “vai beneficiar ainda mais os trabalhadores brasileiros”. “Um círculo virtuoso, onde ganha o povo e a economia brasileira”, disse.
Segundo dados do IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) divulgados no início do mês, mais de 8,6 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza em 2024, alcançando o menor nível já registrado desde 2012.
Em novembro, o IBGE também divulgou que a taxa de desemprego no país caiu para 5,4%, menor nível da série histórica iniciada em 2012.
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