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PMDB, em contagem regressiva para dar xeque-mate em Dilma?

O vice-presidente, Michel Temer. (Foto: M. Camargo Ag.Br.)

O vice-presidente, Michel Temer. (Foto: M. Camargo Ag.Br.)

O futuro do Governo de Dilma Rousseff estará em jogo no dia 29 de março. É a data em que se realizará a reunião do diretório nacional do PMDB, e caciques do partido do vice-presidente, Michel Temer, já sinalizaram que a aliança com o PT está por um fio. Uma das mais graves consequências para o Planalto deste possível desembarque peemedebista, além de uma redução maior ainda da governabilidade – que já é praticamente nula -, seria a perda de votos que podem garantir a presidenta no cargo até o final do mandato. Se confirmado, o PT terá de entrar em uma corrida contra o tempo para tentar garantir os 171 votos necessários para barrar o impeachment quando o processo for para votação no plenário da Câmara, o que deve ocorrer em abril ou maio. Com 67 deputados, o PMDB tem a maior bancada da Casa, e seria peça chave para derrubar (ou aprovar) o pedido de impedimento capitaneado por Eduardo Cunha (PMDB).

Estima-se que ao menos 30 peemedebistas na Câmara integram a chamada ala rebelde do partido, favorável a Cunha e hostil a Dilma, mas com o rompimento esse número deve aumentar. Principalmente porque os sete ministérios que a legenda ocupa no Governo teriam de ser entregues caso se oficialize o desembarque.

O crucial grupo do vice Michel Temer, entre eles os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, já dão o rompimento como certo. Temer não se manifestou publicamente sobre a questão, mas já deu sinais de que concorda com a ruptura. Ele cancelou uma viagem a Portugal, onde participaria de evento promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes para, de acordo com nota de sua assessoria, para “intensificar as conversas” referentes ao encontro. Caso o impeachment de Dilma se concretize, Temer herdará a presidência.

A relação entre os dois partidos se deteriorou ainda mais depois que Dilma convidou o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) para assumir a secretaria de Aviação Civil. A indicação, feita após a executiva nacional do PMDB proibir, em convenção, que seus correligionários aceitassem cargos no Governo, foi vista como uma afronta. Nem a entrada na negociação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sllva parece ter surtido efeito.

Informações: El País

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