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CPRE aborda mais de 240 veículos nas zonas Leste e Sul de Natal

NO TOTAL, O CPRE ABORDOU 242 VEÍCULOS, SENDO 145 CARROS E 97 MOTOCICLETAS. (DIVULGAÇÃO/SESED)

NO TOTAL, O CPRE ABORDOU 242 VEÍCULOS, SENDO 145 CARROS E 97 MOTOCICLETAS. (DIVULGAÇÃO/SESED)

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte, por meio do Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) realizou na tarde e noite desta segunda-feira (12), uma série de barreiras policiais em importantes avenidas da capital potiguar. No total, o CPRE abordou 242 veículos, sendo 145 carros e 97 motocicletas.

Na zona Leste de Natal, a ação ocorreu nas Avenidas Café Filho e na 25 de dezembro, na Praia do Meio onde foram abordados 64 carros e 52 motocicletas.

Já na zona Sul, os policiais montaram bloqueios nas avenidas Engenheiro Roberto Freire e Ayrton Senna, onde foram abordados oito ônibus, 81 carros e 45 motocicletas.

A operação visa a redução dos índices de criminalidade na região com uma maior ostensividade das forças de segurança na área, proporcionando um maior número de abordagens a veículos e pessoas a fim de apreender objetos ilícitos como drogas, armas de fogo e veículos roubados/furtados, além da captura de foragidos da Justiça.

 

Cassado, Eduardo Cunha se diz vítima de ‘vingança política’

EDUARDO CUNHA AINDA DISSE QUE PRETENDE ESCREVER UM LIVRO COM BASTIDORES DO IMPEACHMENT.  (FOTO: ED FERREIRA)

EDUARDO CUNHA AINDA DISSE QUE PRETENDE ESCREVER UM LIVRO COM BASTIDORES DO IMPEACHMENT.
(FOTO: ED FERREIRA)

Após ter o mandato de deputado cassado pelo plenário da Câmara na noite desta segunda-feira (12), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou a jornalistas que foi vítima de uma “vingança política”.

O plenário da Câmara cassou o mandato de Cunha por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções. Eram necessários 257 votos para a cassação, que foi motivada por quebra do decoro parlamentar. O deputado foi acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar, durante depoimento em março de 2015, ser titular de contas no exterior.

“Eu cometi muitos erros. Eu sou ser humano e já admiti, quando escrevi para os parlamentares, que cometi muitos erros. Eu errei, errei muitas vezes, mas não foram os meus erros que me levaram à cassação. O que está levando à minha cassação é a política. Então, eu fui vítima de uma vingança política perpetrada no meio do processo eleitoral”, disse Cunha, que declarou que irá buscar “recursos judiciais” contra a decisão da Câmara.

O deputado cassado afirmou que pretende escrever um livro, mas que ainda vai procurar uma editora. Cunha quer relatar os bastidores do processo de impeachment de Dilma Rousseff, cuja tramitação foi autorizada por ele na Câmara, quando presidia a Casa.

“Eu vou contar, obviamente, tudo o que aconteceu no impeachment, diálogos com todos os personagens que participaram de diálogos comigo em relação ao impeachment. Esses serão tornados públicos na sua integralidade”, disse. Indagado se havia gravado essas conversas, Cunha respondeu: “Tenho boa memória”.

‘Jogo político’
“Isso que foi colocado foi um jogo político. Na verdade, há uma pauta em que o presidente da Casa, apoiado pelo governo, se associou ao PT e [o objetivo] era me cassar. E ele conseguiu entregar a mercadoria”, disse. Ele afirmou que o governo “aderiu à agenda” da cassação dele quando, segundo Cunha, patrocinou a candidatura do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), “em acordo com o PT”.

“Eu disse que o governo é culpado quando fez o patrocínio… Porque quem elegeu o presidente da Casa foi o governo, quem derrotou o candidato Rogério Rosso foi o governo”, disse. Cunha também se disse vítima do que chamou de “um ano inteiro de campanha” que, segundo o deputado cassado, a Globo fez contra ele.

“Estamos vivendo um processo político em que eu, por ter dado curso ao processo de impeachment, virei o troféu para poder fomentar o discurso do golpe. Então, é óbvio que, quando se programou um processo desse às vésperas da eleição, misturou tudo e só poderia dar no que deu”, disse.

 “Efetivamente, na verdade, é um somatório de situações: a eleição do presidente da Casa em acordo com os partidos que eram do governo da ex-presidente, o acordo de pôr a minha votação, ironicamente, somente para depois a votação do impeachment, deixando [a votação] numa semana solta, a duas semanas da eleição (municipal)”, completou.

Questionado sobre se acredita que será preso, ele disse não achar “nada”. “Eu não acho nada. A instrução dos meus processos já estão na fase de denúncia. A denúncia já foi apresentada”, afirmou.

Ele também foi perguntado se acreditava que o governo deveria ter medo dele. “Eu não sou pessoa de fazer qualquer tipo de ameaça, velada ou não velada”, respondeu. Sobre a possibilidade de fazer uma delação premiada, o peemedebista disse que “só faz delação quem é criminoso”, o que, segundo ele, não é o seu caso.

Punição
Com a decisão do plenário desta segunda-feira, Cunha, atualmente com 57 anos, fica inelegível por oito anos a partir do fim do mandato. Com isso, está proibido de disputar eleições até 2026. Assim, ele só poderá se candidatar novamente aos 67 anos.

Além disso, perderá o chamado “foro privilegiado”, isto é, o direito de ser processado e julgado somente no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, os inquéritos e ações a que responde na Operação Lava Jato deverão ser enviados para a primeira instância da Justiça Federal.

Caberá ao próprio STF definir se esses inquéritos e ações serão enviados para o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, ou para outro estado onde possam ter ocorrido os supostos crimes imputados ao agora ex-deputado.

Perguntado se temia a possibilidade de ser julgado por Sérgio Moro, juiz federal responsável pela Lava Jato na primeira instância, Cunha ressaltou ser inocente. “Eu não tenho que temer ninguém. Eu só temo a Deus, eu tenho temor a Deus. E eu vou me defender como eu venho me defendendo. Eu não tenho preocupação com isso. Eu tenho defesa, eu sou inocente. Como inocente, eu vou me defender”, disse.

G1 Brasília

Vendas do comércio varejista caem 0,3% entre junho e julho

O volume de vendas no comércio varejista caiu 0,3% na passagem de junho para julho deste ano. A queda veio depois de uma alta de 0,3% na passagem de maio para junho. Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) foram divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também foram registradas quedas em outros quatro tipos de comparação: média móvel trimestral (-0,3%), em relação a julho de 2015 (-5,3%), no acumulado do ano (-6,7%) e no acumulado de 12 meses (-6,8%).

Dos oito setores pesquisados pelo IBGE, seis tiveram queda no volume de vendas entre junho e julho, com destaque para tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 5,9%. Também tiveram quedas, os segmentos de combustíveis e lubrificantes (-0,3%), supermercados, alimentos, bebidas e fumo (-0,3%), móveis e eletrodomésticos (-1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%).

Por outro lado, tiveram alta os segmentos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%).

Considerando-se também os segmentos de veículos e peças e de materiais de construção, ou seja, o chamado varejo ampliado, houve queda de 0,5% entre junho e julho. Os veículos, motos e peças tiveram recuo de 0,3% nas vendas, enquanto os materiais de construção caíram 2,5%.

Receita Nominal

A receita nominal do comércio varejista avançou em todos os tipos de comparação: entre junho e julho (0,7%), média móvel trimestral (0,7%), em relação a julho de 2015 (6,7%), no acumulado do ano (4,9%) e no acumulado de 12 meses (3,7%).

No varejo ampliado, a receita nominal cresceu 0,7% entre junho e julho e 0,5% na média móvel trimestral. No entanto, recuou 1,3% na comparação com julho de 2015, 0,8% no acumulado do ano e 2,1% no acumulado de 12 meses.

Agência Brasil

CODERN e Prefeitura de Natal discutem estratégias de ocupação da antiga área do Maruim

O PRESIDENTE DA CODERN, EMERSON FERNANDES, AGRADECEU AO PREFEITO POR TER REALIZADO A OBRA QUE ESTAVA PLANEJADA HÁ 30 ANOS E NUNCA TINHA SAÍDO DO PAPEL. (DIVULGAÇÃO/CODERN)

O PRESIDENTE DA CODERN, EMERSON FERNANDES, AGRADECEU AO PREFEITO POR TER REALIZADO A OBRA QUE ESTAVA PLANEJADA HÁ 30 ANOS E NUNCA TINHA SAÍDO DO PAPEL. (DIVULGAÇÃO/CODERN)

Representantes da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), Emerson Fernandes (Diretor-Presidente) e Emiliano Rosado (Diretor Técnico-Comercial), estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira (12), com o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, para discutir estratégias na ocupação da Companhia em torno da antiga Comunidade Maruim, que será completamente revitalizada, tendo 50% de sua área destinada ao Porto de Natal e o restante à própria Prefeitura.

“Em até 30 dias as demolições das antigas moradias do Maruim serão concluídas e o Porto de Natal poderá ocupar a área que lhe será destinada”, assegurou o Prefeito de Natal, reconhecendo a importância da CODERN para a economia de Natal e do Rio Grande do Norte, além de contribuir significativamente para a geração de emprego e renda na cidade.

O Presidente da CODERN, Emerson Fernandes, agradeceu ao prefeito por ter realizado a obra que estava planejada há 30 anos e nunca tinha saído do papel: “A revitalização do Maruim tem uma importância social por oferecer moradia digna às pessoas que ali viviam, e muito mais econômica, pois vamos ampliar a área de pátio do Porto de Natal, possibilitando movimentar mais cargas e com melhor mobilidade pelo espaço que iremos ganhar”. Dr. Emerson ainda enfatizou a melhoria no acesso ao Porto de Natal, com as modificações que ocorrerão na mobilidade urbana do local e que também serão feitas também pela Prefeitura.

Os antigos moradores da comunidade Maruim foram transferidos para o Residencial São Pedro, erguido no terreno onde funcionaram as secretarias de Administração e de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, nas proximidades do estádio Senador João Câmara, no bairro das Rocas. O empreendimento é considerado o melhor do Brasil dentre aqueles que fazem parte da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida.

Operação “Mal Secreto”prende prefeito do município de Serrinha, no RN

FABIANO TEIXEIRA DE SOUZA, PREFEITO DE SERRINHA (FOTO: REPRODUÇÃO/INTER TV CABUGI)

FABIANO TEIXEIRA DE SOUZA, PREFEITO DE SERRINHA (FOTO: REPRODUÇÃO/INTER TV CABUGI)

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), através da Procuradoria-Geral de Justiça, da Promotoria de Justiça de Santo Antônio/RN e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia Militar, deflagrou, na manhã desta terça-feira (13), a Operação Mal Secreto, destinada a desarticular um esquema de desvio e subtração de recursos públicos instalado na Prefeitura Municipal de Serrinha/RN, chefiado pelo prefeito Fabiano Henrique de Sousa Teixeira, cuja prisão foi decretada por ordem do desembargador Cornélio Alves, do Tribunal de Justiça do RN.

Além do prefeito, foram decretadas as prisões preventivas de Ewerton Luiz dos Santos Sobrinho, José Olímpio Paiva Arruda, Gilvan Alves de Lima e Silvio Leônidas Batista de Moura, por ordem do Juiz em exercício na Comarca de Santo Antônio, Rafael Barros Tomaz do Nascimento, com fundamento na garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.

No curso das investigações, apurou-se que o prefeito de Serrinha simulou a contratação de diversas empresas, mediante montagem de inúmeros procedimentos de dispensa de licitação, com a finalidade de legitimar o desvio de recursos públicos dos cofres municipais.

Estão sendo investigados os crimes de peculato, falsificação de documento público, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros. Já estão documentados desvios da ordem de mais de R$ 2 milhões, podendo esse valor aumentar, uma vez que os contratos e pagamentos investigados somam o montante de R$ 9.582.491,97.

As microfilmagens dos cheques e informações obtidas junto à instituição financeira (Banco do Brasil) indicam que os cheques originais foram emitidos nominalmente a pessoas estranhas à suposta relação contratual, incluindo servidores da prefeitura, parentes e pessoas físicas e jurídicas ligadas ao prefeito, enquanto as cópias eram preenchidas e inseridas nos processos de pagamento como se os cheques tivessem por beneficiárias as empresas supostamente contratadas.

O esquema montado dentro da Prefeitura de Serrinha, sob o comando do prefeito, para o desvio de recursos públicos, tinha a finalidade de pagar despesas pessoais do chefe do Executivo municipal, incluindo gastos de campanha e dívidas com agiotas, o que era instrumentalizado através do fornecimento de notas fiscais “frias”.

Participam da operação 19 Promotores de Justiça e, aproximadamente, 70 policiais Militares, para cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão, expedidos pelo Tribunal de Justiça e pelo Juízo da Comarca de Santo Antônio.

Foragido da Justiça é preso em São Gonçalo do Amarante

JUSTIÇA WELLINGTON FERREIRA DA SILVA, DE 35 ANOS, FOI PRESO NO BAIRRO DO GOLANDIM. (DIVULGAÇÃO/SESED)

JUSTIÇA WELLINGTON FERREIRA DA SILVA, DE 35 ANOS, FOI PRESO NO BAIRRO DO GOLANDIM. (DIVULGAÇÃO/SESED)

Policiais militares de São Gonçalo do Amarante prenderam, nesta segunda-feira (12), o foragido da Justiça Wellington Ferreira da Silva, de 35 anos, no bairro do Golandim.
Após receberem informações de que uma casa na região estaria sendo utilizada como esconderijo de criminosos, os PMs fizeram um cerco no local. Quando entraram na residência, os policiais encontraram dois homens, sendo um deles Wellington, que tinha um mandado de prisão em aberto por um homicídio cometido em 2007 na cidade de Poço Branco. Crime pelo qual foi condenado em 2014.
Dentro da casa ainda foram apreendidas duas espingardas calibre 12 de fabricação artesanal que, segundo Wellington Ferreira, eram de propriedade dele. O foragido foi conduzido à Delegacia de São Gonçalo do Amarante, onde foi autuado por porte ilegal de arma e será encaminhado para o sistema prisional.

Câmara cassa mandato de Eduardo Cunha por 450 votos a favor e 10 contra

PROCESSO DE CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA DUROU 11 MESES. (FOTO:FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL)

PROCESSO DE CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA DUROU 11 MESES. (FOTO:FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL)

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (12) por 450 a favor,  10 contra e 9 abstenções a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha. A medida põe fim a um dos mais longos processos a tramitar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que se arrastava por 11 meses e interrompe o mandato de um dos políticos mais controvertidos dos últimos anos. Com o resultado, Cunha perde o mandato de deputado e fica inelegível por oito anos, mais o tempo que lhe resta da atual legislatura.

A sessão que culminou com a cassação do mandato de Cunha começou por volta das 19h, mas foi suspensa poucos minutos depois pelo presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esperava maior quórum e retomada pouco depois das 20h. Na retomada falaram o relator do processo no Conselho de Ética, Marcos Rogério (DEM-RO), o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, e o próprio deputado afastado.

Rogério rebateu argumentos da defesa e de aliados de Cunha, segundo os quais o fato de ele ter mentido sobre a existência de contas no exterior em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras é um crime de menor gravidade. O relator acusou Cunha de ter faltado com a ética e o decoro parlamentar ao utilizar de manobras para postergar o processo. O relator disse que Eduardo Cunha omitiu, ao longo de anos, da Câmara dos Deputados e nas sucessivas declarações de renda, a propriedade de milhões de dólares em contas no exterior.

O advogado de defesa de Cunha disse que o parlamentar está sendo submetido a um linchamento e que o parecer do Conselho de Ética que pede a cassação do mandato do peemedebista não conseguiu a prova material da existência de contas no exterior. Já Eduardo Cunha disse que o processo contra ele, que pode resultar na cassação do seu mandato, é de natureza política e não tem provas. Ao fazer sua própria defesa no plenário da Câmara, Cunha atacou o governo do PT, disse que está sendo perseguido e que o processo é uma “vingança”. “Eu estou pagando o preço de ter o meu mandato cassado por ter dado continuidade ao processo de impeachment. É o preço que eu estou pagando para o Brasil ficar livre do PT”, disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Aliados de Cunha tentaram até o fim uma última manobra. O deputado Carlso Marin (PDB-RS) apresentou uma questão de ordem para que fosse votado um projeto de resolução no lugar do parecer do Conselho de Ética, o que poderia resultar numa pena mais branda, como a suspensão de mandato. A iniciativa foi indeferida por Maia. Segundo o presidente da Câmara, os deputados iriam votar, como fizeram, o parecer do Conselho de Ética, pois o projeto de resolução “não é objeto de deliberação do plenário, assim não é possível receber emendas, fazer destaque em matérias constantes dos autos”, disse.

Marun ainda tentou recorrer da decisão e pedir a suspensão da sessão, mas o pedido não recebeu apoio do plenário. Diante do resultado Maia deu seguimento à sessão com as falas dos deputados inscritos. Depois que quatro parlamentares se manifestarem, dois a favor e dois contra, os deputados aprovaram um requerimento pelo encerramento da discussão. Durante todo o processo de votação, Cunha permaneceu em frente à Mesa, conversando com deputados.

Na noite desta segunda-feira, os deputados aprovaram o parecer do Conselho de Ética que pediu a cassação do mandato de Cunha por ele ter mentido durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre ter contas secretas na Suíça que teriam recebido dinheiro do esquema de pagamento de propina envolvendo a Petrobras e investigado na operação Lava Jato.

Nega ter contas

Durante todo o processo, Cunha negou que ser o proprietário de quatro contas no exterior apontadas pela Procuradoria-Geral da República como sendo dele e de seus familiares. Cunha disse que apenas tem trustes, tipo de negócio em que terceiros passam a administrar bens do contratante, e que os valores têm origem em operações comerciais e no mercado financeiro, como a venda de carne enlatada para países da África.

Segundo o relatório aprovado no Conselho de Ética, de autoria do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), os trustes foram usados pelo presidente afastado da Câmara para ocultar patrimônio mantido fora do país e receber propina de contratos da Petrobras. O deputado diz no parecer que Cunha constituiu os trustes no exterior para viabilizar a “prática de crimes”.

Trajetória

Eleito para a presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2015 por 267 votos, derrotando em primeiro turno o candidato do governo Dilma, Arlindo Chinaglia (PT-SP) que obteve 136 votos, Cunha teve a sua trajetória marcada pelo aparecimento de que atuava como lobista no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e também duro embate que promoveu contra o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Com uma campanha montada em cima da insatisfação da base aliada do governo, Cunha, após a sua eleição, começou um processo de distanciamento e enfrentamento com o governo. A tensão crescente resultou, em julho, daquele ano no anúncio do seu rompimento com o governo Dilma Rousseff. Na ocasião Cunha disse que passaria a integrar as fileiras da oposição. Ele também começou a trabalhar para que o PMDB tomasse a mesma postura.

Operação Lava Jato

O anúncio do rompimento ocorreu em meio a escalada das denúncias que levaram o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a incluir o nome de Cunha em uma lista com o nome de políticos suspeitos de integrarem o esquema de corrupção e pagamento de propina envolvendo a Petrobras e investigado na Operação Lava Jato.

Entre as denúncias estava a feita pelo ex-consultor da empresa Toyo Setal Júlio Camargo que relatou à Justiça Federal do Paraná que Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões. Cunha acusou o Palácio Planalto de ter se articulado para incriminá-lo.

Embasado pela PGR

Em razão das novas denúncias, o PSOL e a Rede protocolam, no dia 13 de outubro de 2015, uma representação contra Cunha no Conselho de Ética. Além dos dois partidos, o documento foi endossado por parlamentares do PT, PSOL, PSB, PPS, PROS e do PMDB.

A representação foi fundamentada em documento enviado ao PSOL pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após um pedido formal do partido. Os papéis já apontavam a titularidade de Cunha nas contas bancárias secretas na Suíça. Os partidos pediam a cassação do mandato dizendo que Cunha mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, em março, quando negou que tivesse contas no exterior. Na declaração enviada à Justiça Eleitoral em 2014, Cunha também não informou ter contas no exterior, apenas uma no Banco Itaú.

Após uma série de manobras que atrasaram o trabalho do colegiado, em 15 de dezembro, o Conselho de Ética, por votação de onze deputados a nove, autorizou o prosseguimento das investigações. A decisão ocorreu horas depois da Polícia Federal ter feito a Operação Catilinárias, cujo alvo foi o próprio Cunha.

Manobras

Posteriormente, outra manobra de Cunha levou ao afastamento do então relator, Fausto Pinato (PP-SP), em abril de 2016. Pinato renunciou à vaga de membro titular no Conselho de Ética alegando que o motivo foi porque o lugar pertencia ao PRB, partido que Pinato deixou para migrar para o PP. A deputada Tia Eron (PRB-BA) foi alçada ao posto de integrante do colegiado no lugar de Pinato.

Com a saída de Pinato, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) assumiu a relatoria do processo contra Cunha que praticamente retornou à estaca zero, tendo sido concluído somente em 14 de junho de 2015 quando o colegiado aprovou o parecer pela cassação do mandato do peemedebista.

Impeachment

Em 3 de dezembro de 2015, horas depois do PT retirar o apoio a Eduardo Cunha no Conselho de Ética, Cunha aceitou um dos pedidos de impeachment apresentados contra Dilma. O gesto foi apontado por petistas como uma clara retaliação pela perda do apoio no Conselho de Ética.Cunha presidiu a sessão do Plenário da Câmara que decidiu pela autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment de DilmaJosé Cruz/Agência Brasil

Em abril, Cunha presidiu a polêmica sessão do Plenário da Câmara, feita em um domingo (17), que decidiu pela autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment de Dilma. Com uma duração de 9 horas e 47 minutos, a sessão terminou com o placar de 367 votos favoráveis e 137 contrários à continuidade do processo.

Em maio, Cunha foi afastado do mandato e, consequentemente, da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em decisão unânime, os ministros seguiram o voto do ministro Teori Zavaski, relator da Operação Lava Jato, que acolheu o pedido da PGR, de dezembro de 2015, pedindo o afastamento de Cunha.

“Além de representar risco para as investigações penais sediadas neste Supremo Tribunal Federal, [a permanência de Cunha] é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele liderada”, escreveu Teori. O ministro também disse que o deputado “não tem condições pessoais mínimas” para ser presidente da Câmara pois “não se qualifica” para eventualmente substituir o presidente da República.

Processos

Com a cassação do mandato e o fim do foro privilegiado, os dois processos contra Cunha que tramitam no STF devem ser transferidos para a Justiça Federal no Paraná e ficarão à cargo do juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.Com a cassação do mandato e o fim do foro privilegiado, os dois processos contra Cunha que tramitam no STF devem ser transferidos para a Justiça Federal no Paraná.

Na primeira denúncia, feita pela Procuradoria-Geral da República em agosto do ano passado, Cunha é acusado de cometer os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação é de que o ex-deputado teria recebido US$ 5 milhões de propina relativa a dois contratos de navios-sonda da Petrobras.

A segunda denúncia trata do suposto recebimento de propina em contas secretas na Suíça. Segundo as investigações Cunha teria recebido 1,3 milhão de francos suíços de propina, o equivalente, à época, a R$ 2,4 milhões por atuar na aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011, por US$ 34 milhões (cerca de R$ 58 milhões, à época). Por essa denúncia ele é réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica com fins eleitorais.

Prestes a completar 58 anos, Cunha que foi ao longo de quase dois anos um dos principais políticos do país, pode sumir do cenário político de Brasília de forma meteórica. Isso porque a Lei da Ficha Limpa prevê que, em caso de perda de mandato, o político fique inelegível por oito anos, além do tempo restante para o fim do mandato.

Agência Brasil

Vídeo mostra ação de bandidos durante roubo de malotes e confronto com vigilantes

OCORRÊNCIA ACONTECEU NA NOITE DESTA SEGUNDA-FEIRA, EM NOVA PARNAMIRIM.

OCORRÊNCIA ACONTECEU NA NOITE DESTA SEGUNDA-FEIRA, EM NOVA PARNAMIRIM.

Uma câmera de segurança do estacionamento do supermercado onde bandidos roubaram malotes de uma empresa de segurança e ainda balearam vigilantes flagrou a ação que aconteceu na noite desta segunda-feira (12).

Pelo vídeo, é possível ver os bandidos chegando e se dirigindo aos vigilantes que desciam por uma escada rolante com os malotes.

VEJA VÍDEO:

Portal BO

Redução de efetivos é problema comum entre as unidades da Segurança Pública

REDUÇÃO DE EFETIVOS É PROBLEMA COMUM ENTRE AS UNIDADES DA SEGURANÇA PÚBLICA

A falta de efetivos é um problema comum em todas as unidades do sistema de segurança. Isso ficou evidenciado na primeira audiência pública da Comissão Especial para Elaboração de Estudos e Ações Sobre a Crise na Segurança Pública, na manhã desta segunda-feira (12), no plenário das comissões da Assembleia Legislativa.

“A audiência foi muito proveitosa e esse é o nosso papel, ouvir as unidades que compõem o sistema para apontar as providências que precisam ser tomadas para melhorar as condições de segurança para a população. Mesmo diante da crise financeira do Estado, os serviços essenciais não podem sofrer com a falta de pessoal. Pelos relatos dos representantes das unidades, a falta de pessoal é um problema grave, pois o efetivo não atende ao mínimo do que é estabelecido pelos índices internacionais de segurança pública”, afirmou o deputado Hermano Morais (PMDB) presidente da Comissão.

A Polícia Militar, de acordo com o comandante do Policiamento Metropolitano, que representou o comando geral da Polícia Militar, coronel Jair Justino a unidade só conta com um terço do efetivo necessário para atender Natal e a Grande Natal. “O previsto era termos seis mil e 400 homens e atualmente só temos 2.100 policiais na região metropolitana. Outro problema é o custeio para manter as despesas básicas”, disse o coronel.

Já o representante da Policia Civil, Delegado Geral, Cleiton Pinto afirmou à Comissão que a carência imediata daquele setor é pessoal, uma vez que só conta com 1.400 policiais civis para a capital e o interior “Além disso, 178 policiais civis estão prestes à aposentadoria, reforçou”.

Das unidades que trabalham com o setor de segurança pública, a situação mais grave é a do Instituto Técnico e Científico de Policia (ITEP). De acordo com as informações do seu diretor, Richard Palmeira. A unidade só conta com 26 peritos quando necessita de 202; “No setor de perícia, o ITEP só conta com um psiquiatra. Um exame para esse setor está sendo agendado para 2018”, disse o diretor.

A melhor situação em termos de efetivo, entre as unidades que estiveram representadas na reunião de hoje é o Corpo de Bombeiros Militar. Mesmo assim, em 2015 contava com 632 homens e hoje está com 612 e “muitos estão se aposentando, de acordo com o sub comandante, Coronel Laurêncio de Aquino.

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