Na manhã desta sexta-feira (10), uma médica foi baleada durante uma tentativa de assalto nas proximidades da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acabou fugindo e acabou atropelando atropelou três pessoas.
Segundo informações do jornal ‘Extra’, após ser ferida, a mulher teria dirigindo por cerca de 400 metros, depois teria perdido o controle do veículo e atropelado as pessoas na calçada. Em seguida, morreu.
As vítimas são um estudante da Faetec, um segurança do Ceft e um funcionário da Petrobras. Policiais militares estão no local. Equipes do Corpo de Bombeiros e da perícia foram acionadas.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 10, que seu governo enfrenta alguns problemas devido à forma como ele escolheu governar, sem permitir que sejam feitas indicações políticas para a composição da estrutura de seu governo. Ele disse, ainda, que poderá enfrentar “um tsunami na semana que vem”, mas não explicou o que poderia ser. O presidente participou do evento “Nação Caixa” nesta manhã, em Brasília, e falou brevemente a gestores da Caixa Econômica Federal.
“A imagem distorcida da Caixa era em função disso. Cada partido tinha uma presidência, uma vice-presidência. Não tinha como dar certo. Escolhi nossos ministros por critério técnico, todos têm liberdade para decidir”, afirmou.
O presidente contou que fez apenas duas indicações para o seu governo: o do secretário da Pesca, Jorge Seif Junior, e “um jovenzinho” para a Apex. “Se por ventura eu indicar alguém, falei para os ministros, eles têm poder de veto. O que eu quero deles, na ponta da linha, é produtividade. Tem que atender o fim, a quem se destina a instituição. E assim estamos governando. Alguns problemas? Sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem. Mas a gente vence esse obstáculo com toda certeza. Somos humanos, alguns erram, uns erros são imperdoáveis, outros não”, comentou.
Nesta semana, o governo enfrentou algumas derrotas no Congresso. Na quinta-feira, 9, a comissão especial que analisa a medida provisória 870, que definiu a estrutura do governo Bolsonaro, decidiu por transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, defendeu e continua insistindo que o órgão deve ficar sob sua responsabilidade.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também encerrou o dia sem colocar a medida em votação pelo plenário da Casa, o que torna sua aprovação mais arriscada, já que a matéria perde a validade em 3 de junho. A medida, no entanto, deverá ser pautada para votação na próxima semana.
No evento desta sexta, Bolsonaro tentou explicar, ainda, um recente problema que o governo enfrentou com os lotéricos, mas, ao não conseguir esclarecer exatamente o que queria dizer, afirmou apenas “não é minha praia” e fez um gesto simulando armas com as duas mãos.
Bolsonaro relembrou o início da sua trajetória como deputado, nos anos 1990. “Quem esquece o seu passado, nunca terá futuro. Cheguei na Câmara em 1991, militar, uma Câmara vinda de eleições, fruto de uma nova Constituição, enfrentando um monte de gente de esquerda, mas mantivemos a posição”, disse. O presidente contou, também, que decidiu disputar as eleições mesmo sem ter recursos e apoios “para ajudar o Brasil”. “Eu tinha que arriscar”, disse.
Ainda no evento, o presidente comentou o episódio em que foi atacado em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral e se emocionou. Ele foi aplaudido na sequência. Bolsonaro disse ainda que quando conheceu o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, “foi amor à primeira vista”, mas em seguida disse que os dois se deram um “abraço hétero” no evento desta sexta.
O cantor Luciano Camargo, da dupla com Zezé, conseguiu vencer um processo contra o Facebook na justiça e os responsáveis pela rede social terão que retirar postagens de Antonia Loyola Costa, ex-mulher do artista, que fez algumas acusações contra ele.
Antonia, que teve um filho com o sertanejo, Wesley Camargo, decidiu publicar uma série de vídeos, no fim do ano passado, onde criticou o artista e acabou afirmando que Luciano a teria agredido no passado. Na ocasião, ela chamou o ex-marido de “Lucigay”, dizendo que sempre foi traída com homens gays e travestis.
Em entrevista ao jornalista Leo Dias, do site ‘UOL’, Luciano falou sobre o assunto: “O resultado deste processo foi muito justo comigo, honesto, e eles acataram meu pedido. Jamais gostaria de buscar na Justiça meus direitos por algo tão fútil e banal, mas foi preciso”, disse o sertanejo.
“Ela me acusou de coisas que disse ter acontecido quando eu era menor de idade. Foi totalmente leviana. Por isso existe esse processo…”, continuou e esclareceu que ainda há mais dois casos sobre o assunto correndo na Justiça.
Uma proposta inovadora de trazer o ambiente acadêmico para perto das empresas potiguares por meio de uma Feira de Negócios. Essa é a iniciativa do Governo do Estado e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN ao lançar a FENECITI – Feira Regional de Negócios, Ciência, Tecnologia e Inovação. A primeira edição será realizada em Caicó, nos dias 14 e 15 de junho, e seguirá com um calendário de eventos trimestrais, abrangendo outras microrregiões do Rio Grande do Norte.
“Vamos mostrar o que o RN está produzindo, aproximar o empresário que compra do que vende, promover ações de cidadania. Reunir o Governo, as Federações e a academia, e facilitar o acesso ao crédito são alguns dos objetivos da nova Feira”, destacou o secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado (SEDEC) durante o lançamento da FENECITI, nessa quinta-feira (09), no auditório da Casa do Empresário em Caicó.
O secretário detalhou a programação e enfatizou que a FENECITI será um espaço para integralizar e potencializar os negócios regionais, gerar redes de contatos e impulsionar o desenvolvimento econômico da região do Seridó e do RN. Durante os dois dias, acontecerá o Sebrae Network Day, uma oportunidade para aproximação de empresas para geração de futuros negócios e troca de experiências. O Sistema FIERN participará com o Ambiente de Inovação e unidades móveis do SESI e SENAI.
A programação contará ainda com o “Desafio Empreendedor” para Startups, uma parceria da Universidade Potiguar com outras instituições de ensino superior. Além da demonstração de produtos e soluções tecnológicas desenvolvidas pelo IFRN, o Instituto promoverá uma caravana levando alunos de todo o Seridó para visitar a Feira.
A FENECITI reunirá expositores em mais de oitenta stands. Sua estrutura também incluirá palco cultural, auditório e palco de shows. O Município de Caicó será apoiador com a estrutura externa da feira, palco, som e seguranças. Toda a programação é gratuita e acontecerá no Complexo Turístico Ilha de Sant’Ana.
Venda de estandes
A nova Feira de Negócios será viabilizada através da FCDL com o envolvimento das Câmaras de Dirigentes Lojistas de cada município. “Caicó está sendo privilegiada por ter a primeira edição desse novo formato de feira”, destacou João Batista, presidente da CDL local. Ele elogiou a iniciativa do Governo, agradeceu o apoio dos parceiros e convocou os empresários presentes para apostarem nos eventos.
O lançamento também marcou o início da venda de stands. Os stands serão comercializados por preços promocionais – R$ 300,00 – até a próxima quinta-feira, dia 16, na Casa do Empresário de Caicó.
A Feira Regional de Negócios, Ciência, Tecnologia e Inovação é uma realização da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e FCDL RN, com apoio do Sebrae, Sistema FIERN, Município de Caicó, Fecomércio RN, Governo Federal, Banco do Nordeste, IFRN, Potigás, JUCERN, Universidade Potiguar, Cimentos Mizu e Grupo Três Corações.
Ioga, surf, Crossfit, crochê e fotografia. O que estas atividades tão distintas tem em comum com o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG)? A resposta é simples: seus funcionários. Com cargas horárias que variam entre 6h e 24h, atuar na maior unidade de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (RN) para atendimentos do trauma, não é tarefa fácil. Mas, deixando de lado a rotina de processos de compras, seringas, pregões, curativos e cirurgias, quando não estão em seu ambiente de trabalho, como estes mesmos funcionários aproveitam o tempo livre para relaxar e deixar de lado as obrigações e preocupações do serviço?
Sol, areia e mar, são os elementos que compõem o ambiente onde o intensivista, Alfredo Jardim, esquece de todos os problemas. Praticante há 25 anos do longboard, modalidade do surf que utiliza uma prancha de proporções maiores que uma convencional, a praia virou sua segunda casa, tão logo subiu pela primeira vez em uma prancha, aos oito anos de idade (seu pedido de presente de aniversário), em Santos/SP, onde residia, à época. “O surf é minha válvula de escape. No Walfredo Gurgel tenho muitas responsabilidades. Cuido e trato de pacientes muito graves, internados em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Porém, quando estou em cima de uma prancha, tenho uma sensação imensa de prazer e liberdade. Pelo menos quatro vezes por semana, frequento a praia para surfar”, afirma.
A enfermeira, Luciane Trindade, divide suas horas de plantão entre as urgências administrativas dos quatro andares de enfermarias e do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). A jornada diária como gerente de enfermagem chega a ser exaustiva. O cansaço do trabalho, no entanto, não tira a disposição da enfermeira que, há quatro meses, cinco dias por semana, se dedica à prática do Crossfit. “É onde na verdade relaxo. Saio do hospital com a cabeça cheia, preocupada com alguma coisa que ficou pendente, mas, quando chego para treinar, esqueço de tudo”, garante. Conhecida por ser uma atividade de forte impacto e elevado desgaste físico, ao contrário do esperado, Luciane afirma que termina a série de exercícios aliviada. “Finalizo o treino me sentindo ótima, renovada, para encarar o dia seguinte”.
Coordenar toda a equipe do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), monitorar os indicadores de qualidade, garantir e priorizar a desospitalização dos pacientes internados, está entre as responsabilidades do gerente, Denis Job. Porém, fora do ambiente de trabalho, sua dedicação é voltada para capturar em imagens, momentos únicos, através da fotografia. Denis mantém seu hobby preferido ativo há 29 anos. “Com o primeiro salário que ganhei, comprei minha primeira máquina: uma Olimpus Trip”, revela. Ele conta que faz passeios para outros municípios (dentro e fora do RN) para passar horas fotografando. Apesar da evolução tecnológica, Job diz que não se rendeu a praticidade dos smartphones com câmeras de alta resolução. “Possuo e ainda utilizo uma Fugi X10 e uma Nikon D7000”, conta.
A psicóloga, Vanessa Macambira, explica que “a tarefa de cuidar de alguém geralmente se soma às outras atividades do dia-a-dia, deixando, muitas vezes, o trabalhador sobrecarregado. Para quem atua em um hospital, em especial aqui no Walfredo Gurgel, essa jornada diária pode ser ainda mais pesada. Portanto, buscar atividades que nos dão prazer, aquelas que tem significado para cada um de nós, além de salutar, também é fonte inesgotável de satisfação e prazer. E, sentindo prazer, temos a geração de energia vital”.
Energia vital é o que não falta na assistente social, Silvia Cunha. Ioga, colchas de retalhos, stand up Paddle, caminhadas, coral, grupo de pedal, violão e Kung Fu, são as atividades que preenchem a semana da profissional. Ela garante que para lidar com a dor e a angústia de pacientes e acompanhantes, precisa estar, primeiramente, bem consigo mesma. “Faço muita coisa e assim mantenho meu astral e energia para enfrentar os plantões. As colegas me perguntam como consigo fazer tanta coisa e, sinceramente, eu não sei. Mas tenho que fazer as coisas que amo para me sentir bem. Quase nunca adoeço”, declarou.
Atendimento a familiares e acompanhantes, elaboração de documentos, respostas a demandas judiciais e agendamento de reuniões. A secretária da direção geral, Cristiana Oliveira, cumpre há 12 anos um expediente agitado para dar conta de todas as solicitações que chegam em suas mãos. Mas, quando não está atribulada pelas obrigações diárias, o crochê lhe proporciona a paz e a tranquilidade que não encontra no trabalho. “É uma terapia para mim. Me sinto muito relaxada. Chego a passar muitas horas tricotando, especialmente a noite, quando chego em casa”. Cristiana diz que a atividade lhe dá tanta satisfação que as vezes nem vê o tempo passar. “Já fiquei tão concentrada tricotando que algumas vezes até passei da hora de dormir. Só me dei conta, muito tempo depois”, brinca.
Na noite da última quinta-feira (9), o Vereador Ney Lopes Jr. realizou uma sessão solene em homenagem aos líderes comunitários. O evento foi realizado no plenário da Câmara Municipal. Durante a solenidade lideranças e entidades, que representam a categoria, foram homenageadas.
Em seu discurso o Vereador realizou uma homenagem póstuma ao trabalho da assistente social Lurdinha Guerra, sua primeira líder. “Dona Lurdinha, cuja memória reverencio, era a expressão autêntica de quem se imolava à serviço das comunidades. Ela não se limitava a ouvir. Ela participava diretamente”, explicou.
O evento contou com a apresentação de abertura do músico Carlinhos Zens, que também foi homenageado pelo parlamentar durante a sessão. O ex-vereador, hoje deputado estadual, Ubaldo Fernandes recebeu a honraria pelo trabalho de liderança realizado no bairro das Rocas.
O propositor do encontro lembrou da importância do líder comunitário no dia a dia da cidade. “Reconhecimento a homens e mulheres que trabalham diariamente colhendo as demandas da população, os problemas dos bairros, nas comunidades e levando aos órgãos públicos as soluções. Me sinto honrado de ser o propositor, pois considero que a noite de hoje vai reconhecer a importância do líder comunitário na cidade”, disse.
Durante fiscalização de rotina na noite dessa quinta-feira (9), na BR 304, em Mossoró/RN, a Polícia Rodoviária Federal abordou o condutor de uma montana branca.
Durante vistoria na carroceria do veículo, foram encontrados 7500 maços de cigarros, acondicionados em 15 caixas.
Numa outra ocorrência, em fiscalização a um veículo Gol azul, foram encontrados um total de 900 maços de cigarros, além de 11 comprimidos de nobésio forte (rebite).
Todo o material apreendido foi encaminhado à Receita Federal de Mossoró.
Dois irmãos da cidade de Riachuelo, no Agreste Potiguar, foram condenados a 22 anos e 5 meses e 15 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de estupro e de atentado violento ao pudor. Eles praticaram os crimes entre 2008 e 2009 contra três crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 13 anos. Os processos envolvendo esses casos tramitam sob segredo de justiça e tiveram sentença do juiz Rainel Batista Pereira Filho, da comarca de São Paulo do Potengi.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o homem condenado ao maior período atraía as vítimas para a casa dele oferecendo dinheiro em troca de atos sexuais, aproveitando-se da inexperiência e da situação de vulnerabilidade social delas. Contra duas das três vítimas, os crimes foram cometidos três vezes, enquanto contra a terceira vítima, foram praticados cinco vezes.
Já o irmão condenado a mais de 15 anos atraiu duas das vítimas para sua oficina mecânica, mantendo relações sexuais por duas vezes com uma delas e por três vezes com a segunda.
As vítimas recebiam entre R$ 5 e R$ 10 para praticar os atos.
O Ministério Público do RN argumentou em suas que ficou provada a autoria e materialidade dos crimes, ressaltando a relevância de prova do depoimento das vítimas em crimes como esses e requerendo a condenação dos acusados.
A defesa dos dois homens defendeu a inexistência de provas da própria existência dos crimes, apontando ausência de testemunhas que tenham visto os acusados na companhia das vítimas, bem como pela verificação de contradições entre os depoimentos colhidos.
Decisão
Ao analisar o caso, o juiz Rainel Batista aponta que o legislador conferiu um tratamento mais rigoroso aos delitos contra a dignidade sexual, “em especial no que concerne aos delitos cometidos contra aqueles que são juridicamente considerados vulneráveis”.
O juiz refutou o argumento da defesa sobre a ocorrência da decadência, pontuando que “a representação criminal, uma vez oferecida a denúncia, torna-se irretratável, conforme o artigo 102, do Código Penal, não havendo qualquer previsão legal impondo às vítimas o dever de ratificar, após atingida a maioridade, a representação conferida pelos seus representantes legais”.
Sobre a inexistência de exame de corpo de delito, o magistrado considerou que em casos como os dos autos, a sua realização é dispensável. “Isso porque entre a ocorrência dos fatos e a início de sua investigação decorreram cerca de 2 ou 3 anos, de modo que os vestígios são perdidos ao longo do tempo, podendo a prova ser suprida por outros meios admissíveis em direito, em especial a prova testemunhal, conforme faculta o art. 167, do CPP”.
O juiz Rainel Batista Pereira destacou a importância dos depoimentos das vítimas. “Nos crimes de natureza sexual, ocorridos nos mais das vezes na clandestinidade, em locais afastados e sem a presença de testemunhas, a palavra da vítima, quando dotada de segurança, retidão e congruência, possui especial relevância como elemento de prova, desde que não colidente com os demais elementos que instruem o feito”.
O julgador considerou então que, no caso concreto, os depoimentos das vítimas e testemunhas guardam congruência uns com os outros, sem diferenças significativas. “Ademais, as versões narradas em três ocasiões distintas, e com lapso temporal considerável, são similares, o que revela a sua credibilidade. As vítimas foram seguras e contundentes em suas falas, respondendo aos questionamentos que lhe foram feitos de forma imediata e com a exposição de detalhes”.
A sentença destaca ainda que as vítimas apresentaram depoimentos congruentes e detalhados, apresentando os fatos em minúcias e sem apresentar contradição com o que fora narrado ao longo da investigação criminal que se seguiu aos fatos.
Portal no Ar
* Com informações do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
A mãe de Paulo Henrique Alves, morto em 1º de setembro de 2017 quando era detento na Cadeia Pública de Natal, em Natal, receberá indenização de R$ 40 mil do Estado do Rio Grande do Norte por danos morais sofridos pelo assassinato do filho. A sentença foi dada pela juíza Natália Modesto Torre de Paiva, da 2ª Vara de Santa Cruz, que viu comprovada a omissão danosa do Estado, fato que contribuiu para a morte do rapaz.
A autora da ação informou que o apenado veio a óbito devido agressões cometidas por outros detentos da penitenciária.
Ela pediu pela condenação ao pagamento por danos morais, bem como ao pagamento de pensão de um salário mínimo por mês, tendo início na data da morte da vítima, até a data quando a vítima atingiria 75 anos de idade.
O Estado se defendeu dizendo que não cometeu atos ilícitos e afirmou que não ficou comprovada culpa do Poder Público, em razão de não ter sido o causador da morte do falecido. Também afirmou que não foi comprovado que o apenado morto exercia atividade remunerada e contribuía para o sustento da família antes da prisão.
O Ente Estatal pontuou que a morte não foi causada por agentes do estado. Assegurou, ainda, que os valores indenizatórios pleiteados não se mostram razoáveis com a extensão do dano. Ao final, requereu a total improcedência do pedido feito pela autora.
Custódia estatal
A magistrada considerou que ficou constatada a morte de Paulo Henrique Alves quando ele estava sob a custódia do Poder Público, o que causou grave abalo moral à mãe dele. Para ela, ficou comprovado que o falecido foi morto em decorrência de edema cerebral e pulmonar e asfixia mecânica devido a constrição do pescoço (conforme laudo de exame necroscópico) dentro da Cadeia Pública Professor Raimundo Nonato.
“Consoante se dessume da leitura dos autos, o fato lesivo decorreu de ato omissivo do requerido, que negligenciou a proteção da integridade física do detento, ao permitir que o detento fosse morto por ação de outros detentos dentro do estabelecimento prisional”, anotou. A juíza entendeu que no caso subsiste a responsabilidade civil objetiva do Estado, tanto pela sua omissão, como pela sua conduta proibida pela lei.
“O dever de custódia dos apenados impõe ao Estado a preservação da integridade física daqueles, possibilitando-lhes a segurança e o gozo do direito à vida, para o digno cumprimento da pena à qual foram condenados”, assinalou a magistrada.
Ela concluiu, por fim, que não há que se falar em exclusiva culpa da vítima ou de terceiros. “O detento fora vitimado, por estar custodiado no estabelecimento prisional público, sujeito à vigilância contínua do Estado, de modo que, por todos os ângulos, caberia ao réu impedir o sinistro”.
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